CM chega à rádio. Objetivo é ultrapassar as estações de informação, aponta Carlos Rodrigues

"Os ouvintes é que decidem em quanto tempo, mas o objetivo é alcançar a liderança o mais depressa possível", aponta o diretor-geral de informação.

Uma notícia sobre justiça, do jornalista Carlos Rodrigues Lima, marca o arranque da CM Rádio (CMR), o novo projeto da Medialivre. “É a primeira rádio de notícias em Portugal“, caracteriza Carlos Rodrigues, diretor-geral editorial do grupo, acrescentando que as rádios de informação, TSF e Rádio Observador, estão “direcionadas para a bolha política-mediática”. “A CMR vais ser o regresso da realidade”, diz, dando como exemplo o tempo em que, quando havia uma notícia, se sintonizava de imediato a TSF.

Apresentando o projeto como “disruptivo” para o meio radiofónico”, Júlio Heitor nas manhãs e Lara Afonso ao fnal da tarde conduzem os períodos nobres da estação. No resto do dias, à antena da rádio chegam vários programas da CMTV, com os jornais da hora de almoço e da noite, os programas sobre futebol ‘Pé em Riste’ e ‘Liga d’Ouro’ e a ‘Noite das Estrelas’ em simultânea na televisão e na rádio.

O futebol — com relatos e comentários dos jogos dos ‘três grandes’ e da Seleção — terá “uma componente muito forte na emissão, bem como a “informação cor de rosa”, prossegue.

É a CMTV na rádio, mas não é a emissão da CMTV. Por cima dos programas da CMTV, construímos o ambiente de rádio“, diz o também diretor do Correio da Manhã, referindo-se em particular aos intervalos da emissão de televisão, que em rádio serão preenchidos por informação de trânsito, música, outras notícias e publicidade.

Na fase de arranque com emissão em FM em Lisboa (90.4) e no Porto (94.8), e digital no site do CM, o objetivo é liderar o segmento de informação. Ou seja, ultrapassar em audiências a Rádio Observador e a TSF, mas também a Antena 1 e a Rádio Renascença. “Os ouvintes é que decidem em quanto tempo, mas o objetivo é alcançar a liderança o mais depressa possível“, aponta como objetivo, reforçando a ideia de que a CMR é “uma rádio de notícias e de palavra”, não uma rádio de informação. “Todos os ouvintes vão ter uma alternativa. E eles é que têm razão”, responde, quando questionado sobre o target da estação.

Com uma equipa de 27 pessoas, às quais se junta “todo o quadro da CMTV e a malha de correspondentes que cobrem todo o país”, a principal dificuldade, aponta Carlos Rodrigues, prende-se com a medição das audiências. “A medição é muito limitada, as audiências são declarativas e não comportamentais e o sucesso é medido de forma diferida“, concretiza. “Na CMTV sei todos os dias o que fizemos bem e mal. Na rádio só se sabe depois, é uma grande dificuldade conceptual”. “Enquanto mercado não se colocar em posição de chegar a acordo, o que parece fácil, temos audiências declarativas, que são muito limitadas”, reforça.

Em relação ao investimento no novo projeto, e sem avançar valores, Carlos Rodrigues refere apenas que “todos os passos são dados sem ultrapassar o tamanho da perna“.

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Greves diminuem nos primeiros nove meses do ano à boleia das eleições e acordos setoriais

Com país focado nas eleições (primeiro, legislativas e, depois, europeias), pré-avisos de greve recuaram face a 2023. Acordos setoriais que o novo Governo foi fechando também ajudam a explicar quebra.

Nos primeiros nove meses do ano deram entrada menos 379 avisos prévios de greve do que no mesmo período de 2023, mostram os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT). As eleições e os acordos setoriais que o Governo de Luís Montenegro tem fechado (das forças de segurança aos professores) explicam esta quebra, segundo os politólogos ouvidos pelo ECO. E indicam que não deverá haver um agravamento da contestação social nos meses que restam a 2024.

Comecemos pelos números. No primeiro trimestre do ano, ainda com o Governo de António Costa no poder (embora já em gestão), deram entrada 282 pré-avisos de greve. Já entre abril e junho (o primeiro trimestre completo do novo Governo), esse número baixou para 263. E entre julho e setembro, voltou a recuar para 151 avisos prévios de paralisação.

Contas feitas, nos primeiros nove meses do ano, foram entregues, no total, 696 pré-avisos de greve, o que corresponde, calcula o ECO, a um recuo de cerca de 35% face ao mesmo período do ano passado, já que em 2023, até setembro, tinham dado entregue mais de mil destes avisos.

A manter-se este ritmo, o número de avisos prévios de greves entregues ao longo de 2024 deverá ser o mais baixo desde 2021. Isto depois de em 2023 se ter atingido o valor mais elevado desde 2013.

Avisos prévios em 2024 estão bem abaixo de 2023

Fonte: DGERT

A explicar esta redução das greves estão três fatores chaves, de acordo com os politólogos ouvidos pelo ECO: a mudança de Governo, as eleições (primeiro, as legislativas e, depois, as europeias) e os acordos setoriais que o Executivo de Luís Montenegro tem fechado.

“O primeiro fator tem que ver com o desgaste que estava associado ao final da governação do Partido Socialista, depois de oito anos. Havia um cansaço e um descontentamento por um conjunto de promessas que não consubstanciadas em medidas”, salienta o professor Bruno da Costa, da Universidade da Beira Interior.

O primeiro fator tem que ver com o desgaste que estava associado ao final da governação do Partido Socialista, depois de oito anos. Havia cansaço.

Bruno da Costa

Professor da Universidade da Beira Interior

Por outro lado, identifica o mesmo politólogo, o período eleitoral “acaba por acalmar as reivindicações”, uma vez que os sindicatos tendem a focar-se em apresentar propostas aos futuros governantes e os partidos associados ao sindicalismo a centrar-se nas próximas eleições, não trazendo “para as ruas a contestação”.

Na mesma linha, o professor Tiago Carvalho, do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), aponta o novo ciclo político e a entrada do novo Governo como explicações para a redução dos pré-avisos, referindo que os últimos momentos do Executivo anterior ficaram marcados por alguma tensão, já que, depois de ter feito algumas concessões, “retraiu-se muito”, nomeadamente no que diz respeito aos professores.

A estes motivos, o também investigador soma um outro: a maior abertura que este Governo tem mostrado para a negociação (pelo menos, nalguns setores).

Bruno da Costa concorda com a importância dos acordos setoriais que o Governo fechou para esse redução das paralisações, mencionando, por exemplo, o entendimento com os professores, que veio dar resposta a uma das suas persistentes reivindicações: a devolução do tempo de serviço perdido. E também o acordo com as forças de segurança, em torno dos polémicos suplementos.

“O Governo conseguiu frenar aquilo que era um conjunto de pré-avisos de greves em múltiplos setores“, observa, assim, o professor da Universidade da Beira Interior. “Trocou-se a contestação pela negociação”, afirma, por sua vez, Tiago Carvalho.

Três meses finais sem aumento das greves?

Se no último ano, os politólogos ouvidos, então, pelo ECO anteviam um quarto trimestre de forte contestação social, desta vez a projeção é de que os meses que restam a 2024 serão marcados por uma manutenção do que tem sido vivido até aqui, sem agravamentos.

“Para já, acho que não haverá um aumento das greves. Não o vejo. Acho que continuará a haver greves na saúde e na educação, mas isso já vem de antes”, sublinha o professor Tiago Carvalho, que considera que os setores onde tem havido maior desinvestimento deverão ser os mais afetados por paralisações.

Para já, acho que não haverá um aumento das greves. Não o vejo.

Tiago Carvalho

Professor do ISCTE

Já o professor Bruno da Costa atira que a contestação social “tem estado estagnada” até por haver “forte instabilidade política a nível parlamentar” no país. “O cenário de forte instabilidade política desmobiliza de certo modo um conjunto de lutas“, argumenta o politólogo.

Além disso, declara o professor da Universidade da Beira Interior, o Governo continua a mostrar abertura para a negociação, tendo mesmo avançado com negociação na Concertação Social para um salário mínimo nacional acima do previsto (vai aumentar para 870 euros em janeiro, conforme já escreveu o ECO).

E até os pensionistas têm sido endereçados pelo Executivo, frisa o mesmo especialista, lembrando que o ministro das Finanças e a ministra do Trabalho mostraram abertura para repetir o suplemento extraordinário para os reformados, caso haja margem orçamental para tal.

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Dos Estados Unidos à China, passando pela Europa. As principais ausências da COP29

Principais líderes políticos não estarão presentes na maior conferência para o clima, em Baku. Von der Leyen, Scholz, Sánchez e Biden são alguma das ausências, a par de Luís Montenegro.

Esta segunda-feira arranca mais uma Conferência das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas (COP 29). A 29ª edição tem lugar entre 11 e 22 de novembro, em Baku, no Azerbaijão, e ocorre numa altura de tensões geopolíticas e transições políticas, dois fatores que obrigam a que alguns dos principais líderes não marquem presença na conferência deste ano. Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, Pedro Sánchez, primeiro-ministro de Espanha, Olaf Scholz, chanceler alemão e Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, são alguns dos nomes que vão falhar a principal conferência da ONU dedicada às alterações climáticas. Também o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, não consta das confirmações.

O executivo comunitário, que foi um dos primeiros do mundo a assumir o compromisso da neutralidade carbónica até 2050, não estará representado pela presidente da Comissão Europeia, mas sim pelo Comissário europeu para a Ação Climática, o neerlandês Wopke Hoekstra, que estará acompanhado pelo Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel.

Ursula von der Leyen deverá permanecer em Bruxelas, numa altura em que o Parlamento Europeu entra na fase final das audições dos comissário indigitados para o novo colégio. Maria Luís Albuquerque, indicada por Portugal, já foi aprovada para ser a próxima Comissária para os Serviços Financeiros e Uniao das Poupanças e Investimentos mas só deverá tomar posse a 1 de dezembro, juntamente com os restantes comissários indigitados. Nessa altura, o executivo comunitário dará início ao seu mandato.

“A Comissão encontra-se numa fase de transição e a Presidente irá, por conseguinte, concentrar-se nas suas funções institucionais”, explicou um porta-voz da Comissão Europeia ao ECO.

Da parte do Parlamento Europeu, Roberta Metsola também não estará presente, estando a instituição representada, em alternativa, pela eurodeputada portuguesa Lídia Pereira, que levará consigo em nome do Parlamento Europeu um conjunto de propostas, entre as quais o objetivo de aumentar o teto de financiamento sustentável global, atualmente nos 100 mil milhões de euros, tal como avançou o ECO/Capital Verde.

A eurodeputada e vice-presidente da bancada do Partido Popular Europeu (PPE) não viajará sozinha para Baku. Enquanto presidente da delegação do Parlamento Europeu, Lídia Pereira estará acompanhada por mais 14 eurodeputados.

De Portugal, o Governo estará representado pela ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, a secretária de Estado da Energia, Maria João Pereira, o secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa e ainda a Secretária de Estado do Mar, Lídia Bulcão e a secretária de Estado da gestão de Saúde, Cristina Vaz Tomé.

A comitiva portuguesa estará acompanhada pelo chefe da delegação da Assembleia da República e Presidente Comissão do Ambiente e Energia da Assembleia da República, Salvador Malheiro, a deputada Rita Matias, do Chega, Ricardo Pinheiro, deputado do PS e Carlos Cação, deputado do PSD.

Devido às inundações devastadoras em Valência, na semana passada, o presidente do Governo espanhol, Pedro Sánchez, também ficará dentro das fronteiras do seu país, numa altura em que decorrem as missões de resgate na região e as autoridades prestam apoios às vítimas. Por seu lado, na Alemanha, o mais recente terramoto político obrigou a que o chanceler Olaf Scholz cancelasse a comparência na COP29. A participação do líder alemão estava prevista no arranque das negociações da cimeira, em Baku, mas a demissão do ministro das Finanças e a convocatória para uma moção de confiança — que deverá resultar em eleições antecipadas — obrigou a que o chanceler permanecesse em Berlim.

Do outro lado do Atlântico, os chefes-máximos do México, Brasil, Canadá e Estados Unidos não irão juntar-se às discussões climáticas em Baku. Lula da Silva está a recuperar de um traumatismo, pelo que deverá permanecer em Brasília para recobro e Joe Biden ficará pela Casa Branca, numa altura em que se prepara para passar o testemunho a Donald Trump, que venceu as eleições presidenciais e tomará posse, 20 de janeiro, como o 47º presidente eleito. Os líderes da China, do Japão, e da Austrália também não constam da última agenda da ONU para os discursos dos líderes na COP29, de acordo com a Reuters.

Em sentido contrário, espera-se a presença do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer e da homóloga italiana, Giorgia Meloni, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky e ainda o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman. Por seu turno, a Rússia estará representada pelo primeiro-ministro Mikhail Mishustin, de acordo com a agência noticiosa.

Embora os líderes das principais economias não estejam presentes para a COP29, espera-se a comparência dos mesmos na cimeira do Grupo dos 20, que se realiza no Brasil a 18 e 19 de novembro. A reunião servirá também para discutir os esforços dos países para financiar a transição climática.

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Airbus acelera contratações em Santo Tirso para chegar a 380 trabalhadores no final do ano

A fabricante de aviões, que está a expandir a superfície industrial em cerca de 30% para dar resposta aos pedidos da Airbus, prevê contratar mais 40 pessoas até ao final do ano.

Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
Fábrica da Airbus Atlantic em Santo TirsoHugo Amaral/ECO

A Airbus Atlantic Portugal continua a reforçar a aposta em Portugal, consolidando a posição do país como player mundial no setor aeroespacial. A unidade localizada na zona industrial da Ermida, em Santo Tirso, onde a multinacional está a aumentar a área de produção, conta atualmente com 340 pessoas e prevê chegar aos 380 trabalhadores até ao final do ano. Mais 30 do que previa há poucos meses.

A fábrica da gigante francesa no distrito do Porto tem abertas várias vagas de trabalho e a equipa vai crescer acima dos 350 funcionários com que previa fechar o ano. “Atualmente contamos com uma equipa de cerca de 340 pessoas, das quais 50% são mulheres, o que não é habitual no contexto industrial. Até ao final do ano esperamos atingir um efetivo de 380 colaboradores”, adianta ao ECO o diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal, Eric Belloc.

A Airbus Atlantic Portugal produz painéis para a família A320 e para a fuselagem frontal do A350 XWB, assim como subconjuntos para a família A320, explica Eric Belloc, acrescentando que a fábrica “tem de entregar qualidade e contribuir, ano após ano, para o aumento da produção da Airbus, cujas encomendas estão em máximos históricos. Por isso, continuamos a crescer, a investir em novas máquinas e a aumentar as nossas equipas”, explica.

A unidade localizada em Portugal tem de entregar qualidade e contribuir, ano após ano, para o aumento da produção da Airbus, cujas encomendas estão em máximos históricos. Por isso, continuamos a crescer, a investir em novas máquinas e a aumentar as nossas equipas.

Eric Belloc

Diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal

O mesmo responsável realça ainda que “a Airbus tem um compromisso com Portugal a longo prazo e pretende garantir que esta parceria continue a gerar valor não só no imediato, mas também para as gerações vindouras”. “Graças à contribuição da Airbus, Portugal está a reforçar a sua posição como player mundial no setor aeroespacial, num mercado cada vez mais dinâmico e em evolução“, completa.

A fábrica da Airbus Atlantic em Portugal é estratégica para o grupo francês e tem vindo a contribuir cada vez mais para a produção global. Em Santo Tirso são produzidos 17 diferentes painéis para os aviões da Airbus — 16 para a família A320 e um para o A350, as chamadas “bochechas” do avião.

Reportagem na fábrica da Airbus Atlantic em Santo Tirso - 20MAR24
Eric Belloc, diretor-geral da Airbus Atlantic PortugalHugo Amaral/ECO

O diretor-geral da Airbus Atlantic Portugal sublinha que a empresa “tem tido um papel fundamental no reforço da cadeia de abastecimento aeroespacial portuguesa, proporcionando oportunidades de inovação e crescimento”. Assim como, acrescenta, “[contribuiu para a economia local através do desenvolvimento da cadeia de abastecimento local, por meio das parcerias estabelecidas com mais de 30 empresas portuguesas, e claro, da criação de empregos qualificados”.

A unidade portuguesa da Airbus Atlantic vai avançar em 2025 com a expansão da superfície da fábrica de Santo Tirso em 5.500 metros quadrados. Uma construção que vai permitir aumentar ali a produção para responder ao aumento dos programas da empresa do setor aeroespacial. A nova área de produção deverá estar operacional no primeiro trimestre de 2026.

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Alfredo Casimiro vai avançar com ação contra TAP e Pedro Nuno Santos

Antigo acionista da Groundforce, que perdeu a participação no capital com o processo de insolvência, considera que "deve ser ressarcido em valor a definir judicialmente".

Alfredo Casimiro, fundador da Urbanos e antigo acionista maioritário da Groundforce, vai avançar com uma ação em tribunal contra a TAP e o ex-ministro das Infraestruturas Pedro Nuno Santos, no valor de 50 milhões de euros. O empresário exige ser indemnizado pela forma como foi pedida a insolvência da empresa de handling, agora pertença da britânica Menzies Aviation.

Os advogados que representam o empresário já avançaram com uma notificação judicial avulsa, uma formalidade que garante que os prazos não prescrevem. “A ação está em construção. O objetivo é avançar antes do final do ano, para que os futuros compradores da TAP tenham consciência de que esta contingência existe“, afirma ao ECO.

A ação, colocada através da Pasogal, visa a companhia aérea, que em maio de 2021 avançou com o pedido de insolvência, que seria decretada pelo tribunal em agosto, e o atual secretário-geral do PS, que na altura era ministro das Infraestruturas.

Considero completamente ilegal a insolvência como foi feita“, afirma Alfredo Casimiro. “Saímos de lá com zero. Achamos que devemos ser ressarcidos em valor a definir judicialmente”, acrescenta.

Não é a primeira vez que Alfredo Casimiro recorre a tribunal por causa da Sociedade Portuguesa de Serviços de Handling (SPdH), mais conhecida pela marca Groundforce. Tentou por várias vezes reverter a declaração de insolvência, atrasando o trânsito em julgado, mas foi perdendo os sucessivos recursos, que chegaram até ao Constitucional.

Ainda em 2021, envolveu-se num conflito aberto com a TAP e Pedro Nuno Santos. Alfredo Casimiro entrou para a Groundforce em 2012, aproveitando a obrigatoriedade de a TAP vender a maioria do capital. Através da sua sociedade, a Pasogal, ficou com 50,1% do capital e a companhia aérea manteve 49,9%. Os problemas começaram com a pandemia e a paralisação do tráfego aéreo, em 2020.

No ano seguinte, a Groundforce já estava em apuros. Sem capacidade para financiar a empresa, Alfredo Casimiro tentou recorrer à ajuda do Governo para um empréstimo com garantia do Estado, que nunca avançou. Foi aí que começou o confronto com Pedro Nuno Santos, acusando-o da “chantagem” e “roubo” por querer nacionalizar a empresa e entregá-la a outro privado. Chegou a gravar uma reunião no Ministério, sem conhecimento do ministro, acabando o áudio por vir a público.

Acabaria por ser a TAP a injetar liquidez na Groundforce, primeiro com o adiantamento de pagamentos e depois através de um contrato de sale e leaseback de equipamento, que o próprio Casimiro acabaria depois por contestar. Depois de uma greve com forte impacto na transportadora aérea, a própria avançou para o pedido de insolvência, que o tribunal aprovou, ditando o afastamento de Alfredo Casimiro da gestão. Na altura, a dívida à TAP era de 15,5 milhões e à ANA Aeroportos de 12,8 milhões.

O plano de recuperação da SPdH, validado pelos credores e o tribunal, reduziu a zero a participação da Pasogal. Os 50,1% são agora detidos pela britânica Menzies Aviation, que capitalizou a empresa. Grupo que Alfredo Casimiro elogia.

“A Menzies é um grande grupo que está a fazer o trabalho possível. Já utilizei várias vezes no aeroporto e tem corrido bem”, afirma o empresário.

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Alterações climáticas em quinto lugar no “top” das preocupações dos portugueses

  • ECO
  • 11 Novembro 2024

A maioria dos portugueses importa-se com as alterações climáticas, segundo o BEI, mas é a quinta preocupação do país. Maioria acredita que investir agora nas questões climáticas é essencial.

A maioria (99%) dos inquiridos portugueses no inquérito anual do Banco Europeu de Investimento (BEI) afirma que é fundamental que o país se adapte às alterações climáticas. Embora essa adaptação seja uma prioridade, fica em quinto lugar na lista de maiores preocupações no âmbito do país.

A sétima edição do inquérito BEI, divulgado em comunicado aos jornalistas, reuniu opiniões de mais de 24 mil participantes da União Europeia e dos Estados Unidos. Em Portugal, foram questionadas 1.009 pessoas, das quais 66% destacam ser necessário dar prioridade às questões climáticas. Além disso, 95% dos portugueses acreditam que investir agora é essencial para evitar custos altos no futuro, um número superior à média europeia de 85%.

“As pessoas sabem que temos de agir agora para nos adaptarmos e atenuarmos os efeitos das alterações climáticas, mas uma transição bem planeada é também a que faz mais sentido do ponto de vista económico. Cada euro investido na prevenção e na resiliência permite poupar entre 5 euros e 7 euros na reparação dos danos”, afirmou Nadia Calviño, presidente do BEI em comunicado.

A maioria dos inquiridos (95%) acreditam que investir na adaptação climática pode gerar empregos e impulsionar a economia local, ultrapassando a média da União Europeia, de 86%.

Os custos da adaptação climática, segundo 49% dos portugueses questionados, devem ser suportados pelas empresas e indústrias que contribuem para o seu agravamento, valor 14 pontos acima da média europeia. Cerca de um terço (30%) defende que todos devem contribuir igualmente, enquanto 8% sugere que as pessoas mais ricas devem suportar os custos da adaptação climática através de mais impostos.

O comunicado do BEI destaca ainda o relatório da Agência Portuguesa do Ambiente, que refere que a Europa é atualmente o continente que mais rapidamente enfrenta o aquecimento global, e espera-se que eventos climáticos extremos se intensifiquem.

Nos últimos cinco anos, de acordo com o comunicado do BEI, 86% dos portugueses afirmam ter sido afetados por, pelo menos, um fenómeno climático extremo, um índice que supera a média europeia em 6 pontos. Além disso, 71% dos portugueses relatam ter sofrido pelo menos uma consequência direta desse tipo de evento.

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As ETT oferecem-se para trabalhar com os Serviços Públicos de Emprego para ajudar as pessoas e as empresas após a DANA

  • Servimedia
  • 11 Novembro 2024

Asempleo colocou-se à disposição das comunidades autónomas afetadas pela DANA para colaborar na assistência a pessoas e empresas na grave situação social, laboral e empresarial resultante da DANA.

De acordo com Asempleo, a associação fê-lo através de uma carta dirigida às autoridades competentes e aos serviços públicos de emprego, tanto a nível estatal como regional.

A associação patronal de Empresas de Trabalho Temporário (ETT) e Agências de Emprego de Espanha põe ao serviço da Administração a sua capilaridade territorial e setorial, assim como a especialização dos seus profissionais para colaborar com os Serviços Públicos de Emprego em tarefas de informação e orientação profissional, adaptadas às necessidades específicas dos trabalhadores; assim como na gestão e colocação de ofertas de emprego, tanto em empresas como em entidades sociais e no setor público, para dar atenção prioritária aos desempregados.

Com este esforço, Asempleo quer contribuir para impulsionar a recuperação da atividade económica e limitar o impacto da situação no emprego. Nas palavras do seu presidente, Andreu Cruañas, “conscientes do impacto dramático das circunstâncias atuais sobre os trabalhadores e também sobre as empresas, assumimos o desafio de contribuir ativamente para a recuperação económica e social das zonas afetadas com toda a responsabilidade. Esperamos ter a oportunidade de coordenar esforços e contribuir para a recuperação e revitalização das comunidades afetadas, com uma ação eficiente e empenhada”.

A proposta de colaboração dos empregadores é desenvolvida no âmbito da Lei do Trabalho e da Estratégia Espanhola de Apoio Ativo ao Emprego. Além disso, explica que “está em consonância com o envolvimento e o compromisso demonstrado por organizações empresariais homólogas em países como a Itália, a Polónia e os Países Baixos, que realizaram ações específicas para ajudar os refugiados em consequência da guerra na Ucrânia, em colaboração com os Serviços Públicos de Emprego”.

 

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Coimbra quer dar isenções de IMT e IMI ao investimento

  • ECO
  • 10 Novembro 2024

O projeto do novo regulamento de concessão de incentivos ao investimento em Coimbra prevê a isenção total ou parcial de IMT, IMI e derrama.

O projeto do novo regulamento de concessão de incentivos ao investimento em Coimbra prevê a isenção total ou parcial de Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT), Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) e Derrama, revelou a autarquia. “No documento em apreciação estipula-se, entre outras medias, que os novos incentivos ao investimento podem passar pela isenção total ou parcial do Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis, na aquisição de imóveis, a afetar à execução do projeto de investimento ou quando haja recurso a locação financeira, com opção de compra no final”, refere.

Em comunicado enviado à agência Lusa, a Câmara Municipal de Coimbra revela que a proposta de projeto, que será deliberada na reunião do executivo da próxima segunda-feira, prevê também a isenção total ou parcial de IMI, por um período até cinco anos, relativamente aos imóveis afetos à execução do projeto de investimento, sendo possível a sua renovação por uma vez, com igual limite temporal.

Está ainda prevista a isenção total ou parcial de Derrama aplicável ao lucro tributável sujeito e não isento de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (IRC), “com base nos critérios definidos ou isenção total ou parcial de Taxas Urbanísticas aplicáveis, nos termos dos regulamentos municipais em vigor”.

As pessoas coletivas de qualquer setor de atividade podem beneficiar de isenção total da Derrama aplicada sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC”, desde que cumpram um de três critérios.

Entre eles figuram o volume de negócios igual ou inferior a 150 mil euros, o volume de negócios superior a 150 mil euros e igual ou inferior a 300 mil euros, e que nos últimos dois anos económicos tenham criado postos de trabalho: um em microempresas, três em pequenas empresas e seis em médias empresas.

As ‘start-ups’ e ‘scale-ups’ que se enquadrem na Lei 21/2023, de 25 de maio, e que não se encontrem abrangidas pelo número anterior, podem beneficiar de redução de 50% da Derrama aplicada sobre o lucro tributável sujeito e não isento de IRC”, acrescenta.

O projeto do novo “Regulamento de Concessão de Incentivos ao Investimento do Município de Coimbra – Invest Coimbra”, vem substituir o atual regulamento, em vigor desde 2017, denominado “Regulamento de Apoio a Iniciativas Económicas de Interesse Municipal – Coimbra Investe”.

Segundo a Autarquia de Coimbra, este regulamento encontrava-se desatualizado, o que levou a que fosse criado um novo documento para “ir ao encontro das atuais necessidades desta área estratégica”, “autonomizando a dimensão de incentivos e dos apoios concedidos ao investimento e criando um mecanismo autónomo de alienação dos novos lotes/terrenos das novas áreas de acolhimento empresarial”.

O regulamento Coimbra Investe em vigor está aquém dos objetivos definidos pelo presente executivo para o desenvolvimento da região, concretamente do seu tecido industrial e empresarial em geral, pelo que se torna necessária a sua revisão por forma a ir ao encontro das atuais necessidades desta área estratégica para o Município”, justifica.

Após publicação do texto do projeto, os interessados podem apresentar por escrito, pelo período de 10 dias úteis, contributos para a elaboração do documento.

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Maersk Denve garante legalidade do navio em Lisboa. Marcelo está “mais descansado”

  • Lusa
  • 10 Novembro 2024

O grupo dinamarquês Maersk Denver assegurou que a carga do navio que atracou em Lisboa é legal e não inclui armas ou munições militares. Marcelo afirma-se "mais descansado" com informações do Governo.

O grupo dinamarquês Maersk Denver assegurou que a carga do navio que atracou em Lisboa e que alegadamente tem um histórico de transporte de armas para Israel é legal e não inclui armas ou munições miliares.

A carga em questão está em total conformidade com as leis e regulamentos nacionais e internacionais. A carga a ser transbordada não inclui nenhuma arma ou munição militar“, assegurou a Maersk Denver, numa nota enviada à Lusa. O navio em causa atracou, no sábado, em Lisboa, depois de ter sido impedido de acostar em Espanha. O grupo esclareceu ainda que a carga está a ser transportada em nome dos EUA, no âmbito do programa de cooperação de segurança EUA-Israel.

A Maersk disse ter fornecido todas as informações necessárias “com bastante antecedência”, cumprindo o procedimento estabelecido, não tendo recebido, até então, qualquer manifestação de preocupação por parte das autoridades. “[…] As autoridades portuárias não utilizaram a oportunidade de inspecionar a carga, que permanece disponível para inspeção a qualquer momento“, sublinhou.

Por outro lado, a Maersk Denve disse ter consultado as autoridades espanholas para saber porque é que a entrada do navio naquele país foi negada, tendo em conta que a carga não é diferente de outras remessas transbordadas no porto.

No sábado à noite, dezenas de pessoas manifestaram-se contra a atracagem, em Lisboa, de um navio que, segundo o líder parlamentar do Bloco de esquerda, Favian Figueiredo, tem estado “na rota do genocídio” em Gaza e tem sido “central no armamento de Israel”.

A denúncia partiu da campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel, que indica que o navio fez, nos últimos meses, centenas de transportes ilegais de armas para Israel, através do porto espanhol de Algeciras.

Marcelo “mais descansado” com informações do Governo

O Presidente da República, por seu lado, manifestou-se “mais descansado” em relação às informações dadas pelo Governo sobre o navio que alegadamente tem um histórico de transporte de armas para Israel e que atracou em Lisboa.

Marcelo Rebelo de Sousa, que falava aos jornalistas em Vila Viçosa, no distrito de Évora, explicou falou ao telefone esta tarde com o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, que lhe garantiu que na sequência de uma pesquisa ao navio não foi encontrado qualquer pormenor relacionado com armamento. “O que se passa [segundo informações de Paulo Rangel ao PR] é que foi pesquisado tudo em pormenor e não se encontrou nada relacionado com armamento naquilo que foi descarregado em Lisboa, não houve carregamento em Lisboa”, disse. “Há sim algum trânsito, mas é para os Estados Unidos, não é para Israel e, naquilo que foi descarregado não havia traço de arma, nem houve carregamento de arma”, acrescentou.

Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda que Paulo Rangel explicou que o mesmo navio “parou em vários portos” de Espanha e Marrocos, países cuja posição “é muito conhecida” relativamente ao que se passa em termos de conflitos internacionais. “Não há, daquilo que puderam detetar, nenhuma prova, nenhum elemento, nenhum dado quanto a este navio, neste momento, relativamente ao transporte de material militar, portanto, armamento”, disse.

O chefe de Estado, que falava no final das celebrações do dia do Estado Maior General das Forças Armadas e do seu patrono, manifestou-se por isso “mais descansado” em relação a este tema. “Mais descansado, obviamente, pois essa é a preocupação, para o Governo ter passado tudo isso a pente fino durante estes dias, acho que fez o que devia fazer”, defendeu.

O Presidente da República recordou ainda que, em relação a esta matéria, “é possível” a Portugal controlar aquilo que passa por Portugal, mas não é possível saber “se há um ano, há dois anos, há ano e meio, há três anos, quatro anos” o navio fez ou não outro tipo de transporte.

Sabe-se que ele para cá carregou o que não era armamento e foi isso que o Governo me explicou, agora o que vai fazer daqui a três dias, a dez dias, a um ano, dois anos, três anos no âmbito da atividade da empresa, isso Portugal na altura devida, se encontrar razões para estar preocupado e considerar que é censurável, pode então tomar medidas, neste momento o que me foi dito é que não havia justificação para tomar”, acrescentou.

Em comunicado enviado às redações no sábado, o Governo português justificou a autorização dada para a acostagem do navio com o facto de não transportar “qualquer carga militar, armamento ou explosivos” e descreve detalhadamente a carga, em que se incluem “três contentores com componentes de aviões (peças de asas) com destino aos EUA”.

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5ª Conferência Ecoseguros: Como garantir segurança financeira na reforma

  • ECO Seguros
  • 10 Novembro 2024

No painel apontaram-se estratégias que visam garantir a sustentabilidade financeira das famílias, com foco na saúde e prevenção para idosos, responsabilidade individual e apoio do setor privado.

O painel “Seguros de vida: Longevidade, sustentabilidade e oportunidades”, contou Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida, Luiz Ferraz, CEO da Prévoir Vie, Isabel Castelo Branco, CEO BPI Vida e Pensões e com Gonçalo Castro Pereira, Vice-Presidente da Gamalife e foi moderado por Francisco Botelho, Diretor ECO Seguros.

O painel “Seguros de Vida: Longevidade, Sustentabilidade e Oportunidades” reuniu Marta Graça Ferreira, Presidente da Real Vida, Luiz Ferraz, CEO da Prévoir Vie, Isabel Castelo Branco, CEO BPI Vida e Pensões e com Gonçalo Castro Pereira, Vice-Presidente da Gamalife. Foram apontadas estratégias para garantir que a sustentabilidade financeira das famílias acompanha o aumento da esperança média de vida. Entre estas defendeu-se soluções voltadas para a prevenção da doença e apoio à saúde de clientes mais velhos, defendeu-se que a sustentabilidade financeira dependerá da responsabilidade individual em investir na segurança financeira futura e que, nesse sentido, o setor privado deve complementar os esforços públicos com ofertas que promovam a proteção financeira no longo prazo.

Veja, ou reveja o painel:

 

A 5ª Conferência ECOseguros com o tema geral “Os seguros como parceiros do crescimento económico e da proteção social” teve lugar a 30 de outubro em Lisboa, no Centro Cultural de Belém (CCB).

Empresas que viabilizaram a Conferência

A 5ª Conferência ECOseguros foi possível devido ao apoio recebido de importantes protagonistas do setor segurador, permitindo o acesso gratuito aos profissionais inscritos. As companhias de seguros apoiantes foram a Ageas Seguros, Allianz, Azuaga, BPI Vida e Pensões, Caravela, CA Seguros, Fidelidade, GamaLife, Generali Tranquilidade, Mgen, Mútua Saúde, Prévoir e Real Vida.

Entre as corretoras e mediadoras de seguros, apoiaram a 5.ª Conferência a Innovarisk Seguros, MDS, NacionalGest e Universalis/Acrisure.

Entre as tecnológicas estiveram Cleva, lluni, MPM e RandTech Computing.

Entre protagonistas especiais na área dos seguros estiveram presentes a Broseta – Advogados, EY, Future HealthCare e NTT Data.

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Mútua saúde: “Não somos concorrentes, somos alternativa”

A nova operadora de seguros de saúde apresentou-se em Lisboa juntando centenas de protagonistas do setor em Portugal.

A MPS – Mútua Saúde realizou a sua apresentação oficial na semana passada em Lisboa, juntando os seus fundadores e muitos protagonistas para celebrar o arranque das operações.

A apresentação da MPS incluiu um debate, moderado por Sara Pinto, que juntou Maria de Belém Roseira, Adalberto Campos Fernandes, José Germano de Sousa e Rui Leão Martinho.

“Ao fim de um ano faremos um balanço”, sublinhou Rui Leão Martinho, presidente da administração da Mútua Saúde que reforçou estar a nova seguradora dirigida “às empresas que não têm seguros de saúde para os seus empregados”, com possibilidade de estes seguirem com os seus contratos sozinhos mesmo depois de reformados.

Nelson Rianço, CEO da Mútua, acentuou que a MPS “não é concorrente de ninguém, é alternativa” no segmento dos seguros de saúde, realçando as suas características mutualistas que estão na origem do projeto.

Também falaram os co-fundadores, José de Pina, Almeida Lopes, João Proença e Ema Paulino, todos abordando diversos aspetos que levaram à constituição da MPS.

Um debate, moderado por Rui Leão Martinho, foi oportunamente lançado no momento, com a participação dos ex-ministros Maria de Belém Roseira e Adalberto Campos Fernandes e ainda de José Germano de Sousa, administrador do Grupo Germano de Sousa, com o tema “Os desafios da saúde e o papel das seguradoras”.

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Chega vai desencadear novo processo de revisão constitucional

  • Lusa
  • 10 Novembro 2024

O grupo parlamentar do Chega vai desencadear um novo processo de revisão constitucional com "o objetivo fundamental de reduzir para 150 o número de deputados" na Assembleia da República.

O grupo parlamentar do Chega anunciou que vai desencadear um novo processo de revisão constitucional com “o objetivo fundamental de reduzir para 150 o número de deputados” na Assembleia da República. “O Chega proporá que os artigos a rever sejam limitados e sobretudo concentrados na reforma do sistema político português, nomeadamente em termos de composição dos órgãos, regras de transparência, imunidade e competências”, refere o partido em comunicado, acrescentando que o processo deverá ter início “logo que terminem os trabalhos orçamentais“, que se estendem até final de novembro.

O Chega refere que vai reunir ainda esta semana o seu grupo parlamentar, de 50 deputados, “para concluir e ratificar as principais proposições normativas a constar do projeto de revisão constitucional que será submetido ao parlamento“.

A interrupção súbita da última legislatura, bem como a falta de vontade evidenciada pelo PS, impediram a conclusão de uma reforma constitucional que é necessária e fundamental a Portugal. Por isso, o grupo parlamentar do Chega focar-se-á na obtenção de consensos entre os três maiores partidos para uma alteração cirúrgica à Constituição da República que permita a modernização institucional e jurídica de que o país precisa“, acrescenta o partido.

Na última legislatura, iniciou-se um processo de revisão constitucional, interrompido em novembro de 2023 após o anúncio de dissolução do parlamento e eleições antecipadas.

Esse 12º processo de revisão da Constituição da República Portuguesa (só sete foram concluídos com sucesso) tinha sido desencadeado também com a apresentação de um projeto do Chega, em outubro de 2022, seguido por todas as bancadas e deputados únicos, num total de oito projetos e 393 propostas de alteração, revogação e aditamento de artigos à lei fundamental.

Devido à dissolução do parlamento, aquela que seria a oitava revisão da Constituição — quase 20 anos depois da anterior mudança (2005) — ficou mais uma vez pelo caminho, sendo possível uma revisão ordinária na atual legislatura.

De acordo com a Constituição, a Assembleia da República pode rever a Lei fundamental decorridos cinco anos sobre a data da publicação da última lei de revisão ordinária e a iniciativa pode partir de qualquer deputado. “Apresentado um projeto de revisão constitucional, quaisquer outros terão de ser apresentados no prazo de trinta dias“, diz ainda a Constituição, que determina que qualquer alteração tenha de ser aprovada por maioria de dois terços.

Na atual legislatura, tal como na anterior, apenas PSD e PS somados somam os dois terços dos deputados necessários para rever a Constituição, não sendo possível alterar qualquer artigo se pelo menos um dos dois maiores partidos for contra.

No anterior processo de revisão, duas das áreas em que PS e PSD tinham registado consenso era na possibilidade de incluir na Constituição o isolamento de doentes graves e contagiosos sem recurso ao estado de emergência ou o acesso pelos serviços de informações a metadados de comunicações.

O reforço dos direitos ambientais e dos animais ou a modernização da linguagem constitucional eram outas das mudanças à vista, num processo em que o PS até demonstrou abertura para algumas alterações pontuais no sistema político, área que tinha rejeitado à partida mexer.

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