Fnac e Volvo unidas em passatempo que oferece um carro durante um ano

  • + M
  • 29 Outubro 2024

O passatempo "À boleia do Volvo EX30" foi lançado nas redes sociais e decorre até ao final de novembro. O influenciador Vasco Pereira Coutinho é o protagonista.

A Fnac e a Volvo juntaram-se numa “campanha inédita” que culmina com um passatempo. Para as mãos do vencedor são dadas as chaves de um Volvo EX30, durante um ano.

O passatempo “À boleia do Volvo EX30” – o novo SUV 100% elétrico da marca sueca – foi lançado nas redes sociais e decorre até ao final de novembro. Para além das redes sociais, a campanha está presente em todas as lojas Fnac e nos websites das duas marcas.

No âmbito do passatempo, os participantes são desafiados a mostrar, através das redes sociais, “como aproveitariam ao máximo a autonomia superior a 400km do Volvo EX30”. Para isso, devem “‘vestir o colete’ de expert Fnac, e simular a experiência de aconselhamento especializado que caracteriza a Fnac“, explica-se em nota de imprensa.

Este desafio é lançado pelo influenciador Vasco Pereira Coutinho e um trabalhador da Fnac, num vídeo onde exploram “de forma descontraída os pontos de ligação entre o automóvel e a Fnac, como a tecnologia, a inovação e o entretenimento”.

A colaboração com a Fnac é uma excelente oportunidade para apresentar o Volvo EX30 a um público que partilha os nossos valores de inovação e sustentabilidade. Acreditamos que esta campanha irá gerar um grande entusiasmo e proporcionar uma experiência exclusiva”, diz Luís Santos, marketing operations manager da Volvo Car Portugal, citado em comunicado.

Inês Condeço, diretora de marketing e comunicação da Fnac Portugal, considera que esta parceria com a Volvo reforça o “compromisso em proporcionar experiências únicas e inovadoras aos nossos clientes”. “O Volvo EX30 representa a vanguarda da mobilidade elétrica e na Fnac estamos entusiasmados por oferecer a um dos nossos clientes a oportunidade de experienciar este veículo excecional”, acrescenta.

Tanto a Fnac como a Volvo Car Portugal acreditam no poder das ligações entre grandes marcas que partilham os mesmos valores e é com esse propósito que realizam este passatempo, que pretende reforçar a ligação emocional com os seus clientes“, lê-se ainda em nota de imprensa.

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Aguiar-Branco ataca cultura de cancelamento e pede menos visão conflitual na política

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

"Nunca serei um censor do uso da palavra. O julgamento será sempre dos cidadãos no voto”, disse o presidente a Assembleia da República.

O presidente da Assembleia da República afirmou esta terça-feira que nunca será censor da intervenção dos deputados, pediu mais consensos, sobretudo entre moderados, e insurgiu-se contra a visão conflitual estéril e a cultura de cancelamento na política. José Pedro Aguiar-Branco falava num almoço debate promovido pelo International Club of Portugal, em Lisboa, numa intervenção inicial subordinada ao tema “Bom e mau parlamentarismo”.

Na sua intervenção, o antigo ministro social-democrata defendeu o valor cimeiro da liberdade de expressão e salientou que o parlamento “é o lugar de debate e de expressão das diferenças, em que cada um assume em plenitude a responsabilidade do que pensa e do que diz”.

“O julgamento político da apreciação, de aprovação ou de repúdio pelo discurso político que é expresso por um deputado é dado pelo povo português, através do voto em eleições livres, diretas e universais. Nunca serei um censor do uso da palavra. O julgamento será sempre dos cidadãos no voto”, frisou.

No seu discurso, o presidente da Assembleia da República assinalou também que os principais avanços na democracia portuguesa se fizeram com amplos consensos envolvendo as principais forças políticas, apontando como exemplos as revisões constitucionais, a adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia ou as leis estruturantes em setores como a justiça, saúde ou a defesa.

Neste contexto, partilhou com os presentes no almoço-debate que um estudante de Vila Real o questionou na segunda-feira sobre como foi possível uma discussão tão acesa entre PSD e PS, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025, por causa da descida de um ponto percentual no IRC.

Esse estudante fez uma constatação óbvia. E nós, às vezes, aqui, na bolha em que nos movemos, não temos a perceção exata do que os cidadãos pensam. Ou seja, o país real, o país concreto, não percebe aquilo que afasta quem, durante tantos anos, foi capaz até de acabar com o Conselho da Revolução, provavelmente um acordo mais difícil de se fazer do que uma reforma fiscal para os próximos cinco anos”, comentou. Depois, deixou um aviso: “Creio sinceramente que o país está cansado de uma visão conflitual estéril da política”.

“Uma visão em que o debate ganha apenas uma conotação moral e em que deixamos de dizer que não concordamos com o adversário e passamos a assumir que ele tem más intenções, que ele está capturado por interesses, que não é legítimo, que é pouco ético. Em suma, que não se pode conversar com o nosso adversário”, completou. O antigo ministro social-democrata lamentou neste contexto que se gaste “muito tempo a caricaturar as intenções dos adversários e pouco tempo a construir pontes para acordos”.

“A teoria do cancelamento é uma aberração em democracia pela censura que faz ao que considera politicamente incorreto, ou pela sistemática tentativa de obstrução das boas condições à livre exposição de ideias diferentes”, rematou, recebendo uma salva de palmas. José Pedro Aguiar-Branco defendeu em contraponto que se deve encarar “com naturalidade democrática a fragmentação das representações parlamentares” – fenómeno que “muitos receavam ser bloqueadora do funcionamento da Assembleia da República”.

“Mas a que o sistema constitucional tem sabido responder. Temos de conviver bem com a diferença quando ela é fruto da legitimidade democrática”, acrescentou.

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Cândido Costa revela que o seu clube é o Free Bet Club em nova campanha da Solverde.pt

  • + M
  • 29 Outubro 2024

A agência criativa Legendary assina a campanha, que conta com a produção da Snowberry. Presente em tv, imprensa, outdoors e digital, o planeamento de meios ficou a cargo da Media Duyes e da Clever.

Na nova campanha da Solverde.pt, que volta a ter Cândido Costa como protagonista, o ex-futebolista revela que pertence ao Free Bet Club, o que “significa estar num grupo de apostadores que encontra sempre diversão e vantagens, independentemente do resultado das suas apostas”.

No spot, Cândido Costa “é retratado num ambiente descontraído, onde, mesmo ao falhar em jogos como snooker ou dardos, mantém uma atitude segura, sabendo que, como membro do Free Bet Club, tem sempre free bets a ganhar com as suas múltiplas”, refere-se em nota de imprensa.

Presente no anúncio, enquanto easter egg, está também o Globo de Ouro recebido pelo ex-jogador, podendo ser encontrado pelo público mais atento.

A agência criativa Legendary assina a campanha “Free Bet Club: O Clube que nunca te falha”, que conta com a produção da Snowberry. Presente em televisão, imprensa, outdoors e digital, o planeamento de meios ficou a cargo da Media DuYes e da Clever (no caso do digital).

“A Solverde.pt é mais do que uma casa de apostas online, é feita de pessoas e por pessoas que vibram com o desporto, que às vezes acertam, outras não, mas, no final, seja qual for o resultado, se divertem sempre”, diz Telma Marques, head of marketing da Solverde.pt, citada em comunicado.

Fazer parte do Free Bet Club é garantir diversão, quer sejas a pessoa do momento, como o Cândido na vida, ou alguém que quase mete a bola branca, como o Cândido nesta campanha“, acrescenta.

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Despesa tem riscos “materialmente relevantes”, avisa CFP. Linha de alta velocidade é um deles

Conselho das Finanças Públicas prevê crescimento da despesa líquida acima do projetado pelo Governo e considera que a probabilidade de concretização dos riscos "é elevada".

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) estima um crescimento da despesa líquida entre 2025 e 2028 superior à prevista pelo Governo no Plano Orçamental Estrutural de Médio Prazo e alerta que existem “riscos materialmente relevantes”, cuja probabilidade de concretização considera elevada.

Na análise ao plano de médio prazo, publicada esta terça-feira, a instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral indica que o cumprimento da trajetória de referência transmitida pela Comissão Europeia a Portugal apresenta “alguns riscos”.

As projeções orçamentais do CFP, para o mesmo horizonte temporal e em políticas invariantes, apontam para uma taxa média de crescimento da despesa líquida de 4,3%, superior em 0,7 pontos percentuais (pp.) ao compromisso de 3,6% assumido” no plano orçamental estrutural.

Ou seja, a confirmar-se este cenário, Portugal incorreria num desvio acumulado na conta de controlo de 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2028, próximo do limiar máximo admitido, de 0,6%. “A manutenção de saldos orçamentais próximos do equilíbrio ou excedentários surge assim como um elemento fundamental para garantir uma execução compatível com o plano e evitar o risco de desencadear os mecanismos previstos na lei, que podem conduzir à abertura de um Procedimento relativo aos Défices Excessivos”, adverte o CFP, que sinaliza desvios anuais superiores aos limiares máximos de referência tanto em 2025 como em 2027.

Neste sentido, reforça que não existe “grande margem para se adotarem novas medidas de aumento de despesa ou de redução de receita, sem medidas compensatórias ou instrumentos apropriados de revisão da despesa“.

Alerta assim para “riscos materialmente relevantes para a evolução da despesa, cuja probabilidade de concretização é elevada“. Entre estes riscos inclui:

  • o impacto orçamental da linha de alta velocidade Porto-Lisboa (LAV): o encargo líquido das Parceria Público-Privada (PPP), nomeadamente com empreitadas, sinalização e telecomunicações, deverá começar “a ganhar relevância nos anos de 2027 e 2028”, podendo alcançar os 0,1% e os 0,2% do PIB, respetivamente. “Ora, tal coincide justamente com o biénio no qual o compromisso assumido por Portugal para o crescimento da despesa líquida é mais restritivo”, aponta;
  • a despesa com defesa e segurança: os compromissos internacionais assumidos por Portugal, exigirá um aumento desta despesa em torno dos 0,5 pontos do PIB (aproximadamente 1.650 milhões de euros a preços de 2028), “encargo esse que não se encontra contemplado nesta projeção em políticas invariantes apresentada pelo CFP”.
  • a despesa com funções sociais, concretamente a saúde: a despesa com saúde e cuidados continuados pode, no ano de 2028, agravar-se cerca de 0,4% do PIB face ao cenário central do exercício, segundo o relatório.

“Este conjunto não exaustivo de pressões corresponde a aproximadamente 1% do PIB. Tal acrescentaria cerca de 2,5% ao nível da despesa líquida no ano de 2028, criando dificuldades no cumprimento da trajetória sem medidas compensatórias“, indica.

Previsão dos excedentes de 2027 e 2028 não é “plausível”

A instituição presidida por Nazaré da Costa Cabral considera que a projeção do CFP não permite sustentar a trajetória orçamental prevista pelo Governo para 2027 e 2028.

“A informação constante no Plano não se mostra plausível quanto à trajetória prevista para a receita e despesa pública nos últimos dois anos do mesmo e, consequentemente, para o saldo orçamental“, refere, indicando que o saldo previsto pelo Executivo para 2027 e 2028 é de 1,1% e 1,3% do PIB, respetivamente, valores que comparam com os excedentes de 0,4% e 0,2% do PIB que haviam sido projetados no Programa de Estabilidade 2024-28, também num cenário de políticas invariantes.

Para esses anos, o CFP aponta para um saldo orçamental de 0,3% e 0,2% e considera ainda que o Plano “não identifica medidas de política económica que sustentem o compromisso apresentado”.

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Tiago Froufe autonomiza área da comunicação e lança Public, ‘irmã” da agência de influenciadores Luvin

A Public concentra o marketing de influência, PR e consultoria e estratégia e a Luvin fica com a gestão de celebridades, influenciadores e criadores de conteúdos. Tiago Froufe explica o lançamento.

A Lovin Content, dona da agência de influenciadores Luvin, vai autonomizar a área de comunicação e assessoria de imprensa. Nasce assim a Public, uma nova agência de comunicação. “A combinação de talentos de influenciadores com assessoria de imprensa tradicional no mesmo grupo, mas não na mesma empresa, pode ser vista como uma resposta às novas dinâmicas de comunicação e marketing, e atrair a atenção positiva do mercado”, justifica ao +M Tiago Froufe, fundador e CEO do grupo. “Acreditamos que irá trazer novos clientes e aumentar a satisfação entre os existentes”, prossegue o responsável.

A Public fica então com as áreas de marketing de influência, PR e consultoria e estratégia de comunicação e a Luvin com a gestão de celebridades, influenciadores e criadores de conteúdos.

“As áreas de PR, consultoria e influencer marketing passam agora a fazer parte exclusivamente da oferta da Public` que está mais formatada para dar uma melhor resposta, até devido à experiência que a equipa tem. A área de consultoria estratégica de comunicação que chega agora com a Public será uma parte muito importante do negócio desta nova agência“, adianta o CEO das duas marcas.

A Luvin, por seu turno, continuará a desempenhar o seu trabalho de “agenciamento de talentos nas diversas áreas, ligando-os ao mercado publicitário, aquilo para que foi criada há 11 anos”, continua. Ou seja, “no fundo, vai focar-se no core da sua atividade, representando atores, apresentadores de TV ou rádio, criadores de conteúdo digital ajudando-os a desenvolver as suas carreiras“.

Cristina Ferreira – também sócia minoritária da Lovin Content –, Fernanda Serrano, Joana Barrios, Nuno Agonia, Ana Garcia Martins (A Pipoca Mais Doce), Pedro Ribeiro ou José Mata são algumas das cerca de 30 personalidades agenciadas pela Luvin.

Estamos a fazer o percurso inverso ao do restante mercado, que fez uma adaptação do modelo tradicional de agência de comunicação a uma nova realidade, com desafios mais imediatos, mais digitais e também mais mensuráveis. Nascemos e crescemos desta “nova realidade” e, portanto, conhecemos as reais necessidades da estratégia da comunicação nos dias de hoje, pelo que o nosso desafio é demonstrar aos clientes que estamos a tomar a decisão mais acertada”, comenta. Sobre o potencial da nova estrutura, e até comparando com a área de pessoas, Tiago Froufe antecipa que as duas marcas podem trabalhar em conjunto, utilizando tanto a assessoria tradicional como as plataformas sociais. “Ao combinarem o expertise, as agências podem aproveitar dados e análises sobre as audiências e tendências de mercado para otimizar as suas estratégias de comunicação e, assim, maximizar resultados“, aponta.

Com uma equipa de cerca de 10 pessoas na Public, que absorve os profissionais de estratégia e influencer marketing da Luvin, a agência começará por trabalhar estas áreas em cliente como a AEG, Nacional, GrupoConcept (DepilConcept e BodyConcept), Bel Portugal, Pingo Doce, Pisca Pisca, Domino´s, BacanaPlay, entre outros.

“Temos clientes em certos segmentos e tipos de negócios que, pelo historial, teremos maior facilidade em angariar. No entanto, a Public será uma mais-valia para aqueles que valorizem a importância de uma comunicação estratégica e integrada, que procura alavancar tanto a media tradicional quanto as plataformas de influência nas redes sociais”, responde quando questionado sobre os clientes.

Quanto a perspetivas de faturação no próximo ano, o responsável não avança números concretos. “Como é óbvio a parte financeira é imprescindível, mas mais do que isso, o nosso foco é que 2025 seja o ano em que apresentamos a Public ao mercado e mostramos que, em parceria com a Luvin, os clientes passam a encontrar uma resposta robusta e integrada”. “Acreditamos que vamos aumentar a faturação, mas por agora o importante é que o mercado perceba que existe este novo player e que podem encontrar nele a resposta integrada que as marcas/empresas tanto procuram”, resume.

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Suspeitas relativas a 25 barragens fora da acusação do caso EDP. Só barragens de Pedrogão e Alqueva seguem para julgamento

Do total de concessões e explorações de 27 barragens portuguesas que os magistrados do DCIAP investigaram, nos últimos doze anos, só relativamente a duas é que o MP considera haver indícios de crime.

Uma das suspeitas previstas na acusação do Ministério Público no processo da EDP/CMEC é a entrega das barragens do Alqueva e de Pedrógão à EDP sem concurso público. Ou seja, do total de concessões e explorações de 27 barragens portuguesas que os magistrados do DCIAP investigaram, nos últimos doze anos, só relativamente a estas duas é que o Ministério Público (MP) considera, agora, que há indícios de crime. Deixando ‘cair’ as suspeitas às restantes 25.

Em causa as críticas ao facto do Executivo socialista (à data, liderado por José Sócrates) ter adjudicado a concessão e exploração de 27 barragens sem recurso a concurso público. A elétrica alegou que era um direito adquirido e, por isso, não eram obrigados a lançar esse mesmo concurso público.

Manuel Pinho terá autorizado, quando era ministro da Economia, uma extensão da concessão de exploração de 27 barragens por 25 anos à EDP em que esta deveria ter pago um valor mínimo de 1,6 mil milhões de euros, mas pagou apenas 759 milhões. O valor final a pagar pela EDP foi fixado num despacho assinado por Manuel Pinho e Francisco Nunes Correia, então ministro do Ambiente.

Na altura da negociação dos CMEC, a EDP fechou a extensão das concessões do domínio hídrico. Por 759 milhões, a elétrica garantiu a concessão de 27 barragens por 25 anos, numa produção de 4.000 megawatts. No texto original do relatório, assumiu-se o valor de 581 milhões de euros como uma renda excessiva tendo por base estimativas da REN.

O alargamento dos prazos de exploração de 27 barragens também motivou queixas à Comissão Europeia, em 2012. Depois de uma longa investigação, Bruxelas determinou, em 2017, que a metodologia utilizada para calcular o valor pago pela empresa foi adequado.

O que diz a acusação a Mexia, Manso Neto e Pinho?

António Mexia e João Manso Neto são acusados pelo MP de terem corrompido Manuel Pinho, ex-ministro socialista da Economia, para obter 840 milhões de euros de benefícios para a EDP. O MP pediu ainda a perda de bens dos arguidos e de duas empresas do Grupo EDP (EDP, SA e EDP Gestão de Produção de Energia, SA) no valor desses mesmos 840 milhões de euros a favor do Estado.

Um valor que corresponde ao alegado benefício que terá sido concedido pelos arguidos acusados de corrupção passiva ao Grupo EDP. Segundo a acusação, a que o ECO/Advocatus teve acesso, os magistrados do MP chegaram a este valor através de pareceres técnicos que foram sendo juntos ao processo ao longo dos 12 anos em que durou a fase de investigação.

De acordo com a acusação, os factos ocorreram entre 2006 e 2014 e, em síntese, relacionam-se com a transição dos Contratos de Aquisição de Energia (CAE) para os Custos de Manutenção do Equilíbrio Contratual (CMEC), designadamente com a sobrevalorização dos valores dos CMEC, bem como com a entrega das barragens de Alqueva e Pedrógão à Eletricidade de Portugal (EDP) sem concurso público e ainda com o pagamento pela EDP da ida de um ex-ministro para a Universidade de Columbia dar aulas.

“Ainda segundo a acusação, um dos arguidos, à data ministro da Economia, apoiou a nomeação de outro arguido como presidente executivo da EDP e favoreceu indevidamente essa empresa, mediante contrapartidas. Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, diz o mesmo comunicado.

“Ao acordo, que para o efeito ambos fizeram, vieram a aderir os restantes arguidos, que o concretizaram também mediante contrapartidas”, conclui a acusação. Quanto a alguns dos factos pelos quais era investigado Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia – relacionados com o negócio da “Home Energy” –, foram arquivados, por falta de provas, acrescenta o Ministério Público.

Quais os crimes imputados a cada arguido?

  • António Mexia, ex-presidente executivo da EDP: um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político.
  • João Manso Neto, ex-presidente da EDP Renováveis e ex-administrador da EDP: um crime corrupção ativa para ato ilícito de titular de cargo político
  • Manuel Pinho, ex-ministro da Economia do Governo socialista de José Sócrates: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • João Conceição, ex-assessor do ministro Manuel Pinho no Ministério da Economia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • Miguel Barreto, ex-diretor-geral da Energia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.
  • Rui Cartaxo, ex-assessor de Manuel Pinho no Ministério da Economia: um crime corrupção passiva para ato ilícito de titular de cargo político.

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Sporting confirma que Manchester United quer pagar cláusula de 10 milhões para levar Rúben Amorim

A SAD leonina informou a CMVM que o Manchester United quer pagar a cláusula de 10 milhões de euros por Rúben Amorim, devendo assim o treinador rumar a um dos maiores emblemas da Premier League.

O Sporting SAD comunicou esta terça-feira à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) que o Manchester United manifestou interesse em contratar o treinador Rúben Amorim, estando disposto a pagar a cláusula de rescisão no valor de 10 milhões de euros.

Segundo o comunicado oficial emitido pela sociedade desportiva leonina, o clube inglês “manifestou interesse em pagar à Sporting SAD o valor da referida cláusula” do técnico português, tendo o Conselho de Administração da Sporting SAD remetido para as condições previstas no contrato de trabalho em vigor.

Esta informação foi divulgada pelo Sporting no cumprimento das suas obrigações enquanto sociedade cotada em bolsa, ao abrigo do Regulamento da União Europeia sobre abuso de mercado.

A confirmar-se esta transferência, representará uma das mais avultadas compensações pagas por um treinador no futebol europeu, depois de em 2020 a SAD leonina ter pago também 10 milhões de euros ao Sporting de Braga para contar com os serviços de Ruben Amorim.

Desta forma, o técnico português, que tem sido elogiado pelo seu trabalho no Sporting, poderá assim estar prestes a dar o salto para um dos clubes mais prestigiados da Premier League inglesa.

Esta notícia surge num momento crucial da temporada, podendo ter implicações significativas tanto para o Sporting como para o Manchester United nas respetivas competições nacionais e europeias. As ações da Sporting SAD estão a cair 3% para 0,97 euros.

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Governo funde serviços para garantir poupanças no Estado

A compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, no próximo ano, 31,5 milhões de euros, revelou o ministro da presidência, António Leitão Amaro.

O Governo extinguiu e fundiu a secretaria-geral da presidência do Conselho de Ministros e o Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (Ceger) que assegura os serviços informáticos de apoio ao Governo, na nova secretaria-geral do Governo. No Conselho de Ministros desta terça-feira foram ainda aprovados os estatutos da ESPAP, a nova entidade que vai gerir os serviços partilhados: compras, pagamento de salários, aquisição material informático. O ministro da presidência revelou que a compra centralizada de combustíveis, gás e vigilância vai poupar, para o próximo ano, 31,5 milhões de euros.

Naquela que é a prossecução da reforma da Administração Pública, Leitão Amaro explicou que o objetivo do Governo é cada vez mais caminhar para um modelo de compras centralizadas no Estado. “A semana passada foi ao nível da eletricidade e esta semana gás, combustíveis e vigilância que geraram uma poupança de 31,5 milhões de euros”, explicou.

Para a realização destas compras foram aprovadas duas Resoluções do Conselho de Ministros que “autorizam a assunção de encargos orçamentais e a realização das despesas inerentes ao fornecimento de gás natural e para os combustíveis rodoviários, para um conjunto de entidades da Administração Pública, para o ano de 2025”. “Esta aquisição centralizada gera uma poupança superior a seis milhões de euros no próximo ano, já realizada através da ESPAP e do Sistema Nacional de Compras Pública”, detalha o comunicado do Conselho de Ministros.

Mas haverá mais poupanças, seja ao nível dos dirigentes – “a partir do momento em que os respetivos diplomas sejam aprovados” –, ou através da libertação de 27 edifícios públicos, cujos serviços e ministérios serão concentrados na sede da Caixa Geral de Depósitos e que serão imediatamente alocados a projetos de habitação ou rentabilizados, sendo o rendimento dessa alienação alocado às despesas com habitação pública, “com custos que a classe média e famílias mais carenciadas possam suportar”.

Leitão Amaro prometeu mais fusões, “ao logo das próximas semanas”, o âmbito da reforma do Estado, que se iniciou em junho com a fusão de oito das secretarias-gerais de ministérios numa única secretaria-geral do Governo. O ministro revelou que ainda não foi escolhida a pessoa que irá dirigir esta nova secretaria-geral. Mas o modelo será semelhante ao utilizado para secretário-geral do sistema de informação da República, ou seja, a escolha recai sobre o primeiro-ministro Luís Montenegro.

Segundo o Governo, esta reforma permitirá uma poupança de 23 milhões de euros por ano, sendo que era essencial para o país poder pedir a Bruxelas o quinto cheque do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). No total, pretende reduzir em 25% os cargos de dirigentes, passando de 315 para 236, o que implica uma quebra de quatro milhões de euros nos gastos com vencimento.

No diploma que determina a extinção por fusão, da Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros (SGPCM) é estabelecido também “o procedimento de integração dos trabalhadores da SGPCM, definindo os critérios de seleção dos recursos humanos a reafetar a cada um dos serviços e entidades que lhes sucedem nas competências e atribuições transferidas”, lê-se no comunicado do Conselho de Ministros.

No Conselho de Ministros desta terça-feira foi ainda aprovada a tutela partilhada das CCDR entre o ministro da Coesão e da Agricultura, que passa a ter a responsabilidade de nomear um vice-presidente nas várias CCDR. Esta foi a solução encontrada pelo primeiro-ministro para satisfazer as exigências da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) para assinar o acordo de concertação social. A decisão tinha sido anunciada por Montenegro no debate quinzenal no início de outubro.

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Portugal “não pode desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus

AEP diz que "as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional" e o Estado deve delegar nestas entidades competências de gestão operacional.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração da AEP, no discurso de abertura do II Congresso Portugal EmpresarialRicardo Castelo/ECO

Os fundos europeus “assumiram um papel decisivo ao longo dos últimos anos” no desenvolvimento e reforço da competitividade e produtividade das empresas. Com Portugal praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, o presidente do Conselho de Administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, alerta que o país não pode “desperdiçar a última oportunidade” nos fundos europeus. E diz que as associações empresariais devem ser valorizadas, atribuindo-lhes “competências de gestão e execução operacional”.

“Portugal já está praticamente a meio do atual período de programação dos fundos estruturais, que devia ser gerador de múltiplas oportunidades para a economia portuguesa”, referiu Luís Miguel Ribeiro, no discurso de abertura do II Congresso Portugal Empresarial, organizado pela AEP sob o tema “Escalar as Empresas, Fazer Crescer o País”, que está a decorrer esta tarde na Exponor e que conta com a presença do secretário de Estado da Economia, João Rui Ferreira, do economista-chefe da OCDE, Álvaro Santos Pereira, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

O presidente da AEP defende que as empresas portuguesas precisam continuar a ganhar escala, para reforçar a sua produtividade e competitividade, e os fundos europeus desempenham um papel crucial neste caminho, uma oportunidade que o país não pode perder.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta, alguns dos quais decorrentes do contexto geopolítico adverso”, avisa.

A frase ‘não podemos desperdiçar esta oportunidade’ é um lugar-comum, mas é uma realidade incontornável. Provavelmente, esta poderá ser mesmo a última oportunidade para Portugal, atendendo aos novos reptos a que o orçamento europeu terá de dar resposta.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

Numa menção a medidas concretas que o Executivo pode adotar para acelerar a concretização dos fundos, a AEP realça que “os avisos em contínuo são um importante contributo para a execução rápida, desburocratizada e eficaz, dos fundos europeus.”

Luís Miguel Ribeiro destacou ainda que “as associações empresariais não têm sido consideradas e valorizadas no desempenho futuro da economia nacional”. “Continuamos a defender que o Estado deve concentrar-se nas suas funções de regulador e delegar ao tecido institucional associativo, de base empresarial organizada e qualificada, que é representativo e próximo das empresas, competências de gestão e execução operacional de políticas coletivamente definidas, onde se incluem programas de formação, mas também outras políticas de desenvolvimento e de incentivo ao investimento empresarial”, defendeu.

O responsável reforçou aquele que tem sido o papel das associações junto das empresas, ajudando-as a ultrapassar desafios e a defender os seus interesses. “O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo”, salvaguardou.

O movimento associativo empresarial liderou grandes campanhas de promoção, contribuindo para que as empresas pudessem alcançar importantes ganhos de quota nos mercados internacionais e elevar a intensidade exportadora do país num curto prazo.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente do CA da AEP

A AEP defende, assim, que “a descentralização de competências deve colocar no âmbito de atuação da esfera privada um conjunto de ações que as entidades privadas têm vindo a demonstrar que desempenham com mais eficácia, eficiência e a mais baixo custo.”

“A AEP continuará empenhada em defender o interesse das empresas, batalhando por uma redução progressiva de todos os custos de contexto, nomeadamente, através de uma fiscalidade mais amiga do investimento e com previsibilidade, mas não só”, acrescentou.

Para Luís Miguel Ribeiro um dos principais problemas das empresas portuguesas continua a ser a falta de escala, lembrando que “o segmento das microempresas representa mais de 96% do número de empresas, contribuindo para uma proporção significativa do emprego. Porém, a sua representatividade é bem menor quando analisamos o seu peso relativo no VAB (que não atinge 30%) e no investimento (inferior a 40%).”

“Estes números refletem de forma muito objetiva que os ganhos de escala empresarial são fundamentais, rumo à melhoria da produtividade“, conclui.

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CEO da ANA admite que existam trabalhadores a dormir no Humberto Delgado. Garante que aeroportos são seguros

O presidente executivo da ANA disse no Parlamento que trabalhadores em causa não são da concessionária. Garantiu que os aeroportos portugueses são seguros e regularmente auditados.

O presidente da Comissão Executiva da ANA Aeroportos, Thierry Ligonniére, admitiu esta terça-feira no Parlamento que existam casos de trabalhadores da atividade de handling a dormir no aeroporto. Apontou como justificação a falta de transporte público adequado aos horários de trabalho. Caso está a ser analisado para encontrar soluções.

Thierry Ligonniére diz que soube através do requerimento do Chega que existirão trabalhadores a pernoitar no aeroporto. O presidente executivo da concessionária diz que a situação está a ser analisada e que “os casos que terão acontecido estarão relacionados com a falta de transporte público para o aeroporto“, afirmou na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, onde está a ser ouvido por requerimento do Chega.

O responsável garantiu que não se tratam de trabalhadores nem da ANA, nem da Portway, a empresa de handling detida pela concessionária. Os casos envolvem funcionários da Menzies Aviation, a antiga Groundforce, segundo foi noticiado pela RTP em julho.

“É uma atividade que começa muito cedo e acaba muito tarde. Vão para o aeroporto na véspera e dormem umas horas no aeroporto antes de começarem a trabalhar”, explicou. “A ANA está a analisar com as empresas e comunidade aeroportuária uma forma de chegarem ao aeroporto e terem condições dignas“, afirmou.

A questão foi levantada por Filipe Melo, deputado do Chega, que disse ter “conhecimento de que há trabalhadores da Menzies e da Portway, estrangeiros, que não falam uma palavra em português, que comem e dormem dentro do aeroporto“. E questionou as implicações destes casos na segurança aeroportuária.

Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado.

Thierry Ligonniére

Presidente do conselho de administração da ANA

O presidente executivo da ANA garantiu que “todo o sistema da aviação civil coloca em primeiro lugar a questão da segurança”. Explicou que “há manuais de operações, que integram a formação de cada uma das pessoas que têm de realizar atividades à volta dos aviões”. A formação “é sancionada por um teste, em língua portuguesa. Todas as pessoas deveriam ter um conhecimento da língua portuguesa, senão seria difícil passarem o teste“.

Thierry Ligonniére deixou a garantia de que a segurança é a prioridade de todas as entidades da aviação civil. “Os nossos aeroportos em Portugal são seguros. É um setor muito escrutinado pelas autoridades e é constantemente auditado“, afirmou o presidente executivo da ANA. Acrescentou ainda que para receberem o cartão que permite o acesso ao lado Ar, os trabalhadores têm de apresentar o registo criminal e uma declaração da PSP.

Filipe Melo criticou ainda a existência de remunerações muito próximas do salário mínimo entre os trabalhadores do handling. “É uma atividade com poucas margens, salários baixos, muita concorrência. Estas empresas tentam fazer o melhor para assegurar as melhores condições tendo em conta os constrangimentos económicos”, explicou Thierry Ligonniére.

O gestor responsável pela Menzies Aviation Portugal também já foi chamado à Comissão, mas a audição só acontecerá em dezembro, após a aprovação do Orçamento do Estado.

(Última atualização às 16h59)

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Alentejo 2030 abre candidaturas para apoio a investimentos em proteção civil e gestão de riscos

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos.

O programa Alentejo 2030 abriu candidaturas ao aviso do concurso Apoio a Investimentos em Proteção Civil e Gestão Integrada de Riscos, com uma dotação total de 7,5 milhões de euros, para fortalecer as capacidades operacionais, foi esta terça-feira divulgado.

De acordo com a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Alentejo, em comunicado, os 7,5 milhões de euros são financiados pelo Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) a uma taxa máxima de cofinanciamento de 85%.

O programa “foca-se em investimentos que promovam a adaptação às mudanças climáticas e a resiliência perante desastres naturais, incluindo eventos como erosão, galgamento, inundações, secas e incêndios rurais”, explicou a CCDR do Alentejo.

“A meta é fortalecer as capacidades operacionais, incluindo antecipação, reação e recuperação em face de tais eventos, alinhando-se com a Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030”, esclareceu.

Segundo a CCDR, este aviso “contribui para o objetivo do Alentejo mais Verde, uma das prioridades do programa” Alentejo 2030.

Neste âmbito, acrescentou, serão apoiadas ações em áreas como o investimento em infraestruturas e meios para prevenção e combate a incêndios rurais, o desenvolvimento de planos de prevenção e gestão de riscos e de implementação de sistemas de monitorização, o planeamento e alerta em proteção civil.

O processo de candidaturas decorrerá em nove fases, entre 29 de novembro de 2024 e 05 de setembro de 2025 (datas de encerramento) e as dotações financeiras serão atribuídas e distribuídas entre as cinco Comissões Intermunicipais do Alentejo (CIM).

A dotação financeira da CIM Alto Alentejo será de 1,5 milhões de euros, a CIM Alentejo Central ficará com 1,6 milhões de euros, a CIM Alentejo Litoral com 821 mil euros, a CIM Baixo Alentejo com 1,3 milhões de euros, e a CIM Lezíria do Tejo com 2,1 milhões de euros.

De acordo com a CCDR, podem candidatar-se ao financiamento entidades públicas e associações com projetos de proteção civil enquadrados nos Planos de Ação dos Investimentos Territoriais Integrados das Comunidades Intermunicipais da região Alentejo.

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PSI passa a integrar 15 títulos depois da exclusão da Greenvolt

  • Lusa
  • 29 Outubro 2024

Depois da OPA bem sucedida da KKR, a Greenvolt foi agora excluída do principal índice acionista português.

A Greenvolt foi esta terça-feira excluída do PSI, principal índice de referência do mercado de capitais português, que assim passa a ter apenas 15 empresas, confirmou fonte da Euronext à Lusa.

As ações da Greenvolt continuam cotadas “mas já foram excluídas do índice”, precisou a fonte.

A Greenvolt liderada por Manso Neto estreou-se no então PSI-20 em 20 de setembro de 2021, dois meses depois de ter entrado para a bolsa de Lisboa.

O PSI (Portuguese Stock Index) é o índice que agrega as maiores empresas cotadas na Euronext Lisboa que tenham mais de 1.000 milhões de euros de capitalização.

Na sexta-feira, a Euronext anunciou em comunicado que os norte-americanos da Kohlberg Kravis Roberts (KKR) conseguiram adquirir 97,64% da Greenvolt depois de lançarem uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) geral e obrigatória sobre a empresa liderada por Manso Neto.

De acordo com a informação divulgada na sexta-feira, o grupo, que lançou a oferta através da sociedade GVK Omega, detém 159.389.340 ações, que correspondem a 97,64% do capital social e direitos de voto da Greenvolt, sendo que o objeto desta oferta foi de 33,37%, correspondendo a títulos ainda não detidos pela americana.

A KKR pode agora avançar, como tinha previsto, com o direito de aquisição potestativa, por ter ficado com uma posição de 90% ou superior, “o que resultará na exclusão das ações da admissão à negociação no Euronext Lisbon“, lembrou.

O comunicado detalhou que o grupo adquiriu, através da oferente (GVK Omega) por outras participadas KKR em bolsa e fora de bolsa durante o período da oferta, 18,93% do capital da Greenvolt.

Já o total “adquirido pela oferente em resultado da oferta através do serviço de centralização de bolsa” foi de 12,08%.

No final de 2023, a KKR lançou uma oferta voluntária sobre a Greenvolt, que acabou por se converter em obrigatória. Em 03 de junho, a KKR revelou que iria, através da sociedade GV Investor Bidco, converter as obrigações em ações, ficando nessa altura com uma posição de 82% na empresa.

Nesta oferta, a KKR pagou 8,3107 euros por cada ação, “o que equivale ao montante global da oferta de 452.683.371,9 euros”, de acordo com um prospeto.

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