ISEG abre inscrições para curso de gestão empresarial sustentável

  • ECO
  • 18 Outubro 2024

As inscrições para a 7.ª edição do programa Sustainable Finance já estão abertas. O curso conta com nomes como a ministra do Ambiente e Energia, Maria Carvalho, e Assunção Cristas, ex-líder do CDS-PP.

As inscrições para a 7.ª edição do programa Sustainable Finance – Reporte, Financiamento e Resiliência, organizado pelo ISEG Executive Education, já estão abertas. O curso vai realizar-se de 7 de abril a 2 de junho de 2025 e contará com o apoio institucional do Ministério do Ambiente e Energia.

O programa visa capacitar as instituições financeiras e não financeiras para modernizarem a sua gestão e a tornarem mais sustentável. Além disso, o curso pretende apresentar práticas com potencial de atração de investidores, financiadores e consumidores. O curso aborda estratégias de gestão para a sustentabilidade, metas de descarbonização e adaptação às alterações climáticas, no setor empresarial.

Nas palestras estarão presentes personalidades como a Ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, e a ex-líder do CDS e antiga ministra da Agricultura Assunção Cristas, da Vieira de Almeida Sociedade de Advogados. O painel contará ainda com Clara Raposo, do Banco de Portugal, Luís Laginha de Sousa, da CMVM, e Filipa Saldanha do Crédito Agrícola, entre outros.

O programa é organizado pelo Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), em conjunto com a Systemic, tendo como coordenadores Sofia Santos, CEO da Systemic e cocriadora do curso, e Victor Barros, professor associado de Finanças na instituição de ensino superior.

O curso terá lugar no Campus do ISEG, em Lisboa, com uma duração de 69,5 horas, às segundas-feiras, das 9h00 às 18h00, ao longo de dois meses.

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Renascença organiza meia maratona em Fátima

  • + M
  • 18 Outubro 2024

A prova conta com a Renascença enquanto naming sponsor e é organizada pela estação de rádio em conjunto com a Ganhardestak. A co-produção é da Genius y Meios, do Grupo Renascença Multimédia.

“Quem corre por gosto não falta” é o mote da primeira meia maratona da Renascença, que se realiza em Fátima, a 30 de março.

Com uma distância de padrão de 21,0975 km e partida e chegada na cidade de Fátima, a prova visa “desafiar os entusiastas da corrida num compromisso com a saúde e o bem-estar“. No entanto, a iniciativa contempla também a realização de uma caminha de 7 km que “oferece uma alternativa mais curta para os participantes”, refere-se em nota de imprensa.

A crescente adesão a estas provas desportivas reflete uma vontade de superação pessoal e bem-estar físico e mental a que a Renascença se associa, reforçando a promoção de um estilo de vida ativo e saudável“, refere a estação em comunicado.

A prova é organizada pela Renascença em conjunto com a Ganhardestak, e conta com a co-produção da Genius y Meios, do Grupo Renascença Multimédia. As inscrições já estão disponíveis no site do evento e os preços variam – consoante a data de inscrição – entre os 14 e os 18,5 euros para a meia maratona, e entre os 9 e os 12,5 para a caminhada.

À Renascença, enquanto naming sponsor, junta-se a Câmara Municipal de Ourém como patrocinador institucional da prova e o Hotel Cinquentenário como patrocinador oficial.

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Deputados aprovam fiscalização do Tribunal de Contas a projetos financiados por fundos europeus

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

A proposta apresentada pelo Governo foi aprovada com a abstenção do PS, Iniciativa Liberal e PAN. Já o Chega, o Bloco de Esquerda, o PCP e o Livre votaram contra.

Os deputados aprovaram esta sexta-feira uma alteração à lei sobre as medidas de contratação pública, que prevê a aprovação de um regime de fiscalização prévia pelo Tribunal de Contas dos contratos para a execução de projetos financiados por fundos europeus.

A proposta apresentada pelo Governo foi aprovada com a abstenção do PS (78 deputados), Iniciativa Liberal (oito) e PAN (um). O Chega (50), o Bloco de Esquerda (cinco), o PCP (quatro) e o Livre (quatro) votaram contra.

Em causa está uma alteração ao diploma que aprova as medidas especiais de contratação pública e muda o Código dos Contratos Públicos. A alteração prevê a aprovação de um “regime de fiscalização prévia especial pelo Tribunal de Contas (TdC) dos atos e contratos que se destinem à execução de projetos financiados ou cofinanciados por fundos europeus”.

A isto soma-se a aprovação de um regime excecional para as ações administrativas “urgentes de contencioso pré-contratual que tenham por objeto a impugnação de atos de adjudicação relativos a procedimentos de formação de contratos” para a execução de projetos financiados por fundos da Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

Outra das alterações prende-se com a aprovação de um recurso à arbitragem nos contratos de empreitada de obra pública ou de fornecimento de bens ou serviços públicos financiados por fundos europeus, bem como a aprovação de um regime de formação de contratos no âmbito da concentração de serviços no edifício Campus XXI, em Lisboa.

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Trabalhadores da Lactogal em greve no dia 30 de outubro por aumentos salariais

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

O caderno reivindicativo dos trabalhadores, apresentado em junho, prevê aumentos salariais intermédios, que garantam um mínimo de 150 euros em 2024.

Os trabalhadores da Lactogal agendaram uma greve para dia 30 de outubro, reivindicando aumentos salariais, a valorização do trabalho noturno e por turno, um subsídio de frio e diuturnidades, foi anunciado esta sexta-feira.

“O Sintab [Sindicato dos Trabalhadores da Agricultura e das Indústrias de Alimentação, Bebidas e Tabacos de Portugal] remeteu, esta semana, às entidades interessadas, o pré-aviso de greve dos trabalhadores da Lactogal – Produtos Alimentares, para o dia 30 de outubro de 2024, durante todo o dia”, indica, em comunicado.

A decisão de avançar para a greve foi tomada pelos trabalhadores da Unidade de Oliveira de Azeméis, após o plenário de 11 de outubro. O sindicato acusa a administração de ter descartado os quatro pedidos de reunião, tendo, após ter recebido o pré-aviso de greve, a Lactogal apresentado a própria proposta para o dia 29 de outubro.

O caderno reivindicativo destes trabalhadores, que foi apresentado em junho, prevê aumentos salariais intermédios, que garantam um mínimo de 150 euros em 2024. Por outro lado, os trabalhadores exigem o “ajustamento de salários” para promover a igualdade em cada função, com o nivelamento pelo salário “mais favorável praticado”.

A isto soma-se a valorização do trabalho noturno e por turnos, a atualização do subsídio de frio, congelado há 20 anos, a reimplantação das diuturnidades e a reaplicação das pausas praticadas nos setores de trabalho em condições adversas.

Nos últimos plenários, os trabalhadores denunciaram também a prática generalizada de assédio nos locais de trabalho e a pressão exercida sobre os pais e mães trabalhadores que usufruem dos seus direitos de parentalidade. A Lactogal é dona de marcas como Agros, Matinal, Mimosa, Primor e Vigor.

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Parlamento aprova proposta para criação de imposto mínimo de 15% sobre multinacionais

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Proposta foi aprovada esta sexta-feira com os votos contra da Iniciativa Liberal, a abstenção do Chega, BE e PCP e o voto favorável dos restantes partidos.

A proposta do Governo que transpõe a diretiva comunitária sobre a sujeição das multinacionais a um imposto mínimo de 15% foi aprovada esta sexta-feira no Parlamento.

A proposta, votada na generalidade, especialidade e final global, teve os votos contra da Iniciativa Liberal, a abstenção do Chega, BE e PCP e o voto favorável dos restantes partidos, tendo um requerimento do PSD a pedir dispensa de redação final (o que permite acelerar o processo) sido aprovado por unanimidade.

Em causa está uma proposta de lei que visa transpor para a legislação nacional a criação de um regime que garante um nível mínimo mundial de tributação para os grupos de empresas multinacionais e grandes grupos nacionais na União Europeia (UE) — a Diretiva Pilar Dois.

Os lucros das grandes multinacionais e grupos ou empresas nacionais com um volume de negócios anual combinado de pelo menos 750 milhões de euros serão tributados a uma taxa de imposto efetiva mínima que não poderá ser inferior a 15%.

Segundo a secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, a primeira obrigação declarativa e de pagamento é em 2026 por referência ao ano de 2024.

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Pierre Zago protagoniza campanha do Mercadão

  • + M
  • 18 Outubro 2024

Pierre Zago já tem vindo a colaborar com a marca e a produzir alguns conteúdos. Conta com cerca de 314 mil subscritores no seu canal de YouTube.

Pierre Zago é o rosto da nova campanha do Mercadão, que quer conquistar o público “com uma abordagem inovadora e bem-humorada, que combina o mundo do alto desempenho com coaching de forma descontraída”. A criatividade e produção são da Novamedia.

Tendo como objetivo passar a mensagem de que o Mercadão, que trabalha com o Pingo Doce, “é a solução ideal para quem quer fazer as suas compras de supermercado, sem complicações”, a campanha presente no digital “aproveita o estilo único de Pierre Zago, que é conhecido pelo seu humor irreverente e a capacidade camaleónica“, explica-se em nota de imprensa.

“Queríamos criar algo que quebrasse o molde das campanhas tradicionais de delivery. O Pierre Zago trouxe o equilíbrio perfeito entre humor, irreverência e relevância também eficaz em destacar os pontos fortes do Mercadão”, explica Luís Novais, fundador e diretor criativo da Novamedia, citado em comunicado.

O criador de conteúdos assume o papel de um shopper de alta performance“, representando o “expoente máximo do serviço de personal shopping“. Pierre Zago cria vídeos para o YouTube, canal no qual tem cerca de 314 mil subscritores, onde se filma a pregar partidas a pessoas que estão na rua.

Dentro daquele que é o seu estilo característico, já tem vindo a colaborar com a marca e a produzir alguns conteúdos.

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⛽ Combustíveis vão descer esta semana. Gasóleo baixa três cêntimos e gasolina meio cêntimo

A partir de segunda-feira, quando for abastecer, deverá pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,702 euros por litro de gasolina simples 95.

Os combustíveis vão ficar mais baratos na próxima semana. O gasóleo, o combustível mais usado em Portugal, deverá descer três cêntimos, anulando a subida desta semana, e a gasolina deverá descer meio cêntimo, avançam ao ECO fontes do setor. A esperada maior queda semanal em mais de um mês nos preços do crude explica, em grande medida, esta descida.

Quando for abastecer, deverá passar a pagar 1,553 euros por litro de gasóleo simples e 1,702 euros por litro de gasolina simples 95, tendo em conta os valores médios praticados nas bombas à segunda-feira, divulgados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG).

Estes valores já têm em conta os descontos aplicados pelas gasolineiras e a revisão das medidas fiscais temporárias para ajudar a mitigar o aumento dos preços dos combustíveis.

Os preços podem ainda sofrer alterações para ter em conta o fecho das cotações do petróleo brent de sexta-feira e o comportamento do mercado cambial. Mas também porque os preços finais resultam da média dos valores praticados por todas as gasolineiras. Além disso, os preços cobrados ao consumidor final podem variar consoante o posto de abastecimento.

Esta semana, os preços do gasóleo subiram 2,6 cêntimos e da gasolina 2,8 cêntimos, ligeiramente menos do que o esperado pelo mercado.

O preço do brent, que serve de referência para o mercado europeu, está esta sexta-feira a descer 1,25%, para 73,52 dólares por barril, e caminha para a maior queda semanal em mais de um mês, devido às preocupações com as perspetivas de procura e a um excedente de stocks.

A Agência Internacional de Energia (AIE) já reduziu as previsões de procura, sinalizando o potencial para um excesso global, enquanto a OPEP reduziu as suas projeções pelo terceiro mês consecutivo, ambas citando em grande parte a procura mais fraca por parte da China. Um receio alimentado pela queda dos preços das casas novas na China pelo 16.º mês consecutivo.

Os investidores continuaram a avaliar os riscos de abastecimento no Médio Oriente, depois dos militares israelitas terem confirmaram que Yahya Sinwar, um importante líder do Hamas, foi morto, o que aumentou o receio de uma escalada regional. Embora Israel tenha dito que evitará atacar as instalações de petróleo do Irão, os riscos permanecem com o intensificar dos ataques aéreos.

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Parlamento chumba proposta do Governo que reduz requisito para evitar dupla tributação

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Votos contra do PS, Bloco de Esquerda, PCP e Livre, a par com a abstenção do Chega e da deputada única do PAN, ditaram o chumbo da proposta na generalidade.

A junção dos votos contra do PS, PCP, BE e Livre com a abstenção do Chega e do PAN ditou esta sexta-feira o chumbo da proposta que visava autorizar o Governo a legislar sobre o requisito da dupla tributação económica. A iniciativa foi votada na generalidade após ter sido discutida pelo plenário durante a sessão desta sexta-feira.

Em causa estava uma proposta para reduzir para metade a participação a partir da qual há lugar a isenção de tributação dos dividendos e eventuais mais-valias recebidos por sociedades residentes em Portugal, com o diploma a estabelecer que beneficiam deste regime as sociedades que detenham por um período superior a um ano uma participação igual ou superior a 5% do capital social ou direitos de voto da empresa que distribui os lucros.

Atualmente, o limite de participação na entidade que distribui os dividendos é de 10% — não havendo lugar a isenção para participações inferiores.

A proposta inclui-se no conjunto de medidas que constam do Programa Acelerar a Economia e chegou à Assembleia da República sob a forma de pedido de autorização legislativa, o que mereceu críticas de vários partidos, com Jamila Madeira, do PS, a apontar o facto de o Governo usar este expediente para retirar do Parlamento a discussão e aprovação de medidas fiscais.

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Defesa de Ricardo Salgado diz que estatuto de maior acompanhado não resolve nada

  • Lusa
  • 18 Outubro 2024

Com este requerimento, "finalmente, o MP reconhece a situação" de incapacidade de Salgado, ou seja "aquilo que a defesa anda a dizer há três anos", disse o advogado Francisco Proença de Carvalho.

A defesa de Ricardo Salgado no processo BES/GES congratulou-se pelo facto do Ministério Público (MP) tenha “reconhecido a situação” de incapacidade do ex-banqueiro, mas contrapôs, dizendo que o estatuto de maior acompanhado não resolve o problema.

“Não altera nada”, vincou o advogado Francisco Proença de Carvalho, observando que, apesar de o MP ter proposto o estatuto de maior acompanhado para Ricardo Salgado, este “já tem a sua cuidadora informal”, que é a mulher, Maria João Salgado, a qual “é uma pessoa absolutamente essencial” para o seu cliente.

Francisco Proença de Carvalho falava aos jornalistas à saída do Juízo Criminal de Lisboa após, na sessão de julgamento desta sexta-feira o MP enviar um requerimento ao tribunal para que seja atribuído o estatuto de maior acompanhado ao arguido Ricardo Salgado, no âmbito do processo BES/GES.

Francisco Proença de Carvalho admitiu que “não estava a contar” com esta iniciativa do MP, da qual ainda não foi notificado, mas disse que, com este requerimento, “finalmente, o MP reconhece a situação” de incapacidade de Ricardo Salgado, ou seja “aquilo que a defesa anda a dizer há três anos”.

“Dentro dos seus deveres de objetividade e de legalidade, o MP está a fazer o procedimento adequado. No fundo, reconhece aquilo que dizemos há muito tempo, que Ricardo Salgado não tem condições de se defender, não tem condições cognitivas de participar no processo e isso tem de ter os seus efeitos” e consequências, concluiu o causídico.

Francisco Proença de Carvalho referiu a propósito que na audiência de julgamento em que está a depor como testemunha o antigo presidente do Banco Espírito Santo Investimento (BESI), José Maria Ricciardi, que está a falar de factos ocorridos há mais de 10 anos, sobre os quais “só Ricardo Salgado poderia esclarecer”.

Neste contexto, o advogado considera assim que o direito de defesa de Ricardo Salgado “está esmagado”, sendo isso “uma evidência”. Francisco Proença de Carvalho entende ainda que, apesar do estatuto de maior acompanhado pedido pelo MP, Ricardo Salgado continua a “não ter condições de se defender”.

“Com estatuto de maior acompanhado ou sem estatuto de maior acompanhado, o meu cliente já é um maior acompanhado há algum tempo (pela mulher Maria João Salgado”, alegou.

ANDRÉ KOSTERS/LUSAANDRÉ KOSTERS/LUSA

De acordo com o documento assinado pelos procuradores, o MP quer a emissão de certidão de documentos entregues pela defesa de Ricardo Salgado aquando da sua contestação e das suas declarações em tribunal realizadas na terça-feira, quando fez a identificação formal como arguido no julgamento, com vista à instauração do processo de maior acompanhado.

Segundo explicou a advogada Ana Pires, coordenadora do Departamento de Família e Menores da sociedade RSA, a atribuição do estatuto de maior acompanhado “acontece após a verificação de situação de incapacidade”, sendo normalmente feitas perícias nesse sentido ou utilizada uma anterior perícia.

“O tribunal constata que a pessoa não está no uso de todas as faculdades e designa uma pessoa que substitua a pessoa diminuída. Pergunta-se ao beneficiário para, se conseguir, dizer quem quer ser o acompanhante e pode ser a mulher. Se não for possível, o tribunal pode não aceitar também a escolha e nomear outra”, indicou, clarificando que no limite e em abstrato pode ser alguém exterior à família.

A especialista referiu também que o acompanhante designado não presta declarações pela pessoa que está a substituir.

O regime de maior acompanhado aplica-se apenas a adultos, é sobretudo usado para efeitos cíveis e o substituto designado serve sobretudo para tomar decisões pela pessoa que se encontra diminuída relativamente a questões não judiciais.

Ricardo Salgado está acusado de 62 crimes, alegadamente praticados entre 2009 e 2014, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, infidelidade, manipulação de mercado, branqueamento de capitais e falsificação. A queda do GES causou prejuízos superiores a 11,8 mil milhões de euros.

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Quem cobra mais? Vai poder comparar comissões nas transferências imediatas e MB Way

Já pode usar o Comparador de Comissões para confrontar os custos com manutenção da conta ou cartão entre os bancos. Mas a ferramenta vai incluir comissões nas transferências e MB Way no próximo ano.

Já é possível usar o Comparador de Comissões para confrontar os custos em cada banco com a manutenção de conta, o cartão de crédito, transferências a crédito e outros serviços. Mas a partir de 31 de março do próximo ano esta ferramenta também vai permitir comparar as comissões associadas às transferências imediatas e às transferências através de aplicações de telemóvel, como o MB Way.

“Através desta iniciativa regulamentar, pretende-se adaptar o Comparador de Comissões às mudanças verificadas nos mercados bancários de retalho, nas práticas de comissionamento e no quadro normativo, desde a sua entrada em funcionamento, em outubro de 2018”, indica o supervisor bancário que no final de 2022 colocou em consulta pública o projeto para alargar o Comparador de Comissões – que pode ser consultado no portal do Cliente Bancário – a mais serviços.

Em concreto, explica ainda, “é atualizado e alargado o dever de reporte à informação sobre as comissões exigidas pela inclusão de novos serviços, nomeadamente as comissões associadas às transferências e ao envio de fundos através de aplicações de pagamento”, como o MB Way.

Uma das maiores mudanças diz respeito às transferências imediatas, que permite a transferência de dinheiro de uma conta para a outra em alguns segundos. Estas têm vindo a conquistar terreno às transferências a crédito, que podem demorar dias a serem concretizadas, mas representam uma pequena fatia das transferências realizadas em Portugal.

No início do próximo ano entra em vigor o novo regulamento europeu que vai obrigar os bancos a não cobrarem mais pelas transferências imediatas do que cobram pelas transferências normais, o que poderá mudar os hábitos dos clientes.

Todas as informações divulgadas no Comparador de Comissões – uma ferramenta criada em 2018 – são reportadas pelos próprios bancos, que vão agora ter de prestar mais dados sobre os preços que praticam nas transferências imediatas e transferências MBWay.

Atualmente, o Comparador de Comissões permite comparar preços em serviços como a manutenção da conta, disponibilização de cartões de crédito e de débito, levantamento de numerário, requisição de cheques, transferências a crédito, entre outros.

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Air France – KLM contrata equipa legal para privatização da TAP

A Air France - KLM contratou a Skadden para a assessoria legal. Diogo Leónidas, da J+Legal, vai liderar a equipa em Portugal que prestará apoio à sociedade americana.

Os grupos interessados na TAP continuam a construir a sua “armada” para disputar a privatização da TAP. A Air France – KLM anunciou a contratação da americana Skadden e da portuguesa J+Legal, avançou o Negócios (acesso pago) e confirmou o ECO. É mais um sinal do forte interesse do grupo franco neerlandês na venda da companhia portuguesa, que tem este mês uma reunião agendada com o Governo.

A Air France-KLM está a trabalhar com as equipas jurídicas da Skadden e da J+Legal na privatização da TAP. Esta combinação assegura o conhecimento da realidade local e ampla experiência em operações internacionais na área financeira e de M&A”, afirma fonte oficial da companhia.

O advogado Diogo Leónidas Rocha, que este ano integrou a divisão de M&A e Financeiro da J+Legal, vai liderar a equipa responsável pela assessoria à Skadden, apurou o ECO.

O grupo neerlandês também já contratou o assessor financeiro, mas a identidade continua reservada. A assessoria de comunicação está a cargo da LLYC, desde o verão do ano passado.

A IAG, dona da British Airways ou Iberia, está a trabalhar com a sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA) e com a H/Advisors CV&A, na assessoria de comunicação. A Lufthansa contratou a assessoria jurídica PLMJ, segundo avançou em janeiro o Jornal Económico.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, revelou quarta-feira em entrevista à SIC Notícias que, depois de reunir com os grupos IAG e Lufthansa, vai este mês auscultar a Air France – KLM sobre o interesse na privatização da TAP.

“Nesta fase estamos a ouvir estes três intervenientes. Já ouvimos a IAG e a Lufthansa. Vamos ouvir a Air France – KLM ainda no decorrer deste mês de outubro. E a partir daí desenharemos a nossa proposta de alienação da empresa”, afirmou Joaquim Miranda Sarmento no programa Negócios da Semana, transmitido na quarta-feira à noite. O Governo solicitou “novas avaliações” do valor da TAP e está a aguardar o resultado, disse ainda o ministro.

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Candidata do PSD falha eleição para juíza do Tribunal Constitucional. PS fala em “normalidade democrática”

  • ECO e Lusa
  • 18 Outubro 2024

Maria João Vaz Tomé obteve 76 votos a favor, 86 brancos e 42 nulos, ficando longe dos dois terços necessários para ser eleita. PS alega que juíza não tem o "perfil técnico e ético" adequado ao cargo.

A candidata indicada pelo PSD para juíza do Tribunal Constitucional (TC), Maria João Vaz Tomé, ficou longe dos dois terços de votos necessários para ser eleita, obtendo 76 votos a favor, 86 brancos e 42 nulos.

Esta votação indica também que a candidata escolhida pelo PSD ficou distante do pleno dos deputados que votaram e que fazem parte das bancadas social-democrata, do Chega, do CDS-PP e da Iniciativa Liberal.

O anúncio deste resultado, pelo secretário da mesa da Assembleia da República, o social-democrata Jorge Paulo Oliveira, foi saudado com uma salva de palmas por vários deputados das bancadas da esquerda.

Juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça desde 2018 e com longa carreira na Faculdade de Direito da Universidade Católica do Porto, Maria João Vaz Tomé foi indicada pelo PSD para substituir no TC José Teles Pereira, que terminou o seu mandato em julho passado.

Maria João Vaz Tomé foi ouvida na quinta-feira, ao início da tarde, em sede de Comissão de Assuntos Constitucionais. E após essa audição o Bloco de Esquerda lançou um apelo aos deputados para que a chumbassem por causa das suas posições sobre o aborto. Pouco depois, o PS comunicou que tinha dado indicações aos seus deputados para que não votassem a favor da candidatura da juíza conselheira do Supremo Tribunal de Justiça.

Esta manhã, o líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, ainda pediu aos socialistas para fazerem “uma avaliação justa do percurso e do currículo da candidata” e reverterem a intenção de votar contra. Algo que não veio a acontecer.

“Faz parte da normalidade democrática”, reage o PS

A decisão do grupo parlamentar do PS de não eleger a candidata indicada pelo PSD “é fundamentada e surge na sequência de uma análise criteriosa da audição” da juíza na Comissão de Liberdades, Direitos e Garantias, na Assembleia da República.

“O PS rejeita a afirmação de que esta decisão compromete o normal funcionamento do processo de eleição de um juiz para o TC e de que contribui para o desprestígio das instituições. A rejeição de uma candidatura faz parte da normalidade democrática e do exercício pleno da soberania parlamentar”, referem os socialistas, notando não é a primeira vez que tal sucede.

Para os deputados do PS, “a audição de Maria João Vaz Tomé deixou evidente que o perfil técnico não se adequa ao cargo”. “Embora seja uma magistrada com um currículo respeitável e uma longa carreira no Supremo Tribunal de Justiça, as suas declarações sobre vários temas fundamentais, como a existência do próprio TC, o seu papel na avaliação de políticas públicas, o funcionamento interno do tribunal, o efeito suspensivo dos recursos de constitucionalidade, ou a ponderação de interesses e direitos em conflito, demonstrou falta de pensamento consolidado e algumas contradições, o que levantou sérias preocupações”.

Em comunicado, o grupo parlamentar socialista refere ainda que “a maturidade do Parlamento não se coaduna com a aprovação tácita das personalidades propostas pelos partidos”. A eleição de um juiz para o TC “requer um escrutínio profundo e ponderado, e as audições não podem ser reduzidas a meras formalidades, devendo garantir que os candidatos possuem o perfil adequado, tanto técnico como ético, para desempenharem funções de tamanha responsabilidade”.

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