Avaliação bancária das casas tem maior subida num ano

O valor mediano de avaliação bancária na habitação teve uma subida homóloga de 8,19% em agosto. É preciso recuar a agosto do ano passado para assistir a uma subida tão expressiva.

O mercado da habitação continua a dar sinais de solidez. O Instituto Nacional de Estatística (INE) revela esta sexta-feira que o valor mediano de avaliação bancária na habitação em agosto foi de 1.664 euros por metro quadrado, mais 26 euros que o observado no mês precedente.

Este é o nono mês consecutivo de subidas mensais e o maior crescimento mensal desde novembro de 2022. E em termos homólogos, a taxa de variação fixou-se em 8,2% (7,4% em julho). É preciso recuar um ano até agosto de 2023 para encontrar um crescimento tão expressivo.

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O INE revela que a Região Autónoma dos Açores apresentou o aumento mais expressivo face ao mês anterior (3,5%), não se tendo verificado qualquer descida em nenhuma região. Em comparação com agosto de 2023, o maior crescimento do valor mediano de avaliação bancária observou-se no Oeste e Vale do Tejo (13,2%), não se tendo também verificado qualquer descida em nenhuma região.

Os dados do INE revelam também que tanto as moradias como os apartamentos registaram uma subida do valor mediano de avaliação bancária — que é determinado no âmbito de pedidos de crédito para a aquisição de habitação.

No entanto, foi a primeira vez desde novembro do ano passado que o valor mediano da avaliação bancária dos apartamentos (8,38%) foi superior ao das moradias (8,35%).

Além disso, o INE destaca também que “a Grande Lisboa, o Algarve, a Região Autónoma da Madeira, a Península de Setúbal e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação
superiores à mediana do país em 47,6%, 33,9%, 15,9%, 13,3% e 10,3%, respetivamente.”

Em oposição surge o Alto Alentejo, Beiras e Serra da Estrela e Alto Tâmega e Barroso, ao apresentarem-se como as regiões com os valores mais baixos em relação à mediana do país (-50,4%, -46,2% e -45,9%, respetivamente).

Para o apuramento do valor mediano de avaliação bancária de agosto, o INE revela que foram consideradas 31.738 avaliações (20.162 apartamentos e 11.576 moradias), mais 29% que no período homólogo.

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Economia portuguesa beneficiou do “efeito YOLO” no turismo, defende secretário do Orçamento

Secretário de Estado do Orçamento destaca o 'boom' de turismo no pós-pandemia, considerando que a economia portuguesa foi grande beneficiária de uma "alteração estrutural" nos padrões de consumo.

Foi sob o efeito YOLO, acrónimo de You Only Live Once, ou, só se vive uma vez, que o consumo disparou no pós-pandemia, levando a uma “explosão” do turismo, beneficiando países como Portugal. O argumento foi defendido esta sexta-feira pelo secretário de Estado do Orçamento, José Maria Brandão Brito, no Parlamento, que considerou estar-se perante uma alteração estrutural.

No debate em plenário sobre a Conta Geral do Estado de 2022, ano em que estava em funções o Governo socialista de António Costa, José Maria Brandão Brito destacou que a economia portuguesa beneficiou do “forte desempenho do consumo de residentes e não residentes, isto é, turistas, uma vez que que o contributo positivo do consumo público caiu e do investimento colapsou”.

“O dinamismo do consumo privado ocorreu num contexto de elevadas poupanças das famílias acumuladas involuntariamente pelo distanciamento social ditado pela pandemia, enquanto a explosão do turismo, que em 2022 cresceu mais de 80% em termos reais, resultou do efeito que ficou conhecido como o acrónimo inglês YOLO, que levou a uma alteração possivelmente estrutural do padrão de consumo e teve uma implicação uma maior proeminência do turismo no espetro dos gastos da família por todo o mundo“, disse.

Segundo o governante, a especialização da economia portuguesa, com a “preponderância” do turismo, fez com que Portugal “beneficiasse desta alteração estrutural dos padrões de consumo” e “explicam o sobredesempenho da economia portuguesa em 2022 no contexto europeu“.

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Ex-CEO e fundador da Raize vai liderar área de consumer finance do Novobanco

José Maria Rego vai liderar a área de consumer finance, uma das principais apostas da estratégia comercial do Novobanco, com mais de 330 milhões de euros em financiamento a particulares.

O fundador e ex-CEO da Raize, José Maria Rego, é o novo líder área de consumer finance do Novobanco. A contratação de José Maria Rego acontece depois do gestor ter abandonado as funções executivas na Raize no passado mês de fevereiro, após a conclusão da venda da fintech à Flexdeal.

Em comunicado, o banco explica que “esta área de negócio é uma das principais apostas da estratégia comercial do Novobanco e representa atualmente mais de 330 milhões de euros em financiamento anual a particulares em Portugal”.

A nova unidade de negócio faz parte de um programa global de transformação estratégica do banco, iniciado em 2023, e que tem como objetivo tornar as principais áreas de negócio mais ágeis, inovadoras e centradas no cliente.

O desafio passará por continuar a investir em tecnologia, inovação e na otimização do nosso modelo de serviço, para estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes e das suas necessidades.

José Maria Rego

Fundador e ex-CEO da Raize

“O desafio passará por continuar a investir em tecnologia, inovação e na otimização do nosso modelo de serviço, para estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes e das suas necessidades“, adianta José Maria Rego, citado no comunicado.

Já Mark Bourke, CEO do Novobanco, refere que a entidade está muita satisfeita “por contar com a experiência do José Maria Rego para liderar a nova área de consumer finance, e explorar de forma ágil e inovadora novas oportunidades de crescimento e de aproximação do banco aos seus clientes”. “Como banco centrado no cliente, queremos continuadamente oferecer aos nossos clientes a melhor experiência e proposta de valor”, acrescentou.

O Novobanco explica ainda que este reforço na estrutura do banco surge já na sequência da recente nomeação de João Paixão Moreira, ex-sócio sénior da McKinsey, para o cargo de administrador comercial de retalho em maio.

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“Alguns colegas do BCE não gostam da expressão, mas a inflação foi vencida”, assume Centeno

"Alguns dos meus colegas do conselho de governadores não gostam da expressão, mas a inflação foi, de facto, vencida", assume o governador do Banco de Portugal.

Mário Centeno na Cimeira do Turismo, organizado pela Confederação do Turismo de PortugalConfederação do Turismo de Portugal

O governador do Banco de Portugal considera que o BCE venceu “com sucesso” a batalha contra a inflação. “Alguns dos meus colegas do conselho de governadores não gostam da expressão, mas a inflação foi, de facto, vencida”, assumiu esta sexta-feira Mário Centeno.

Falando na Cimeira do Turismo, em Mafra, Centeno explicou: “Fizemos um sacrifício muito grande para vencê-la”, mas os dados mostram que a inflação já se encontra “em torno” daquilo que o Banco Central Europeu (BCE) pretende.

“A inflação desceu mais depressa do que subiu, demorou muito tempo a subir, foram muitos choques sucessivos que fizeram subir a taxa de inflação para mais de 10%”, explicou. Porém, os últimos números mostram um cenário muito diferente: a taxa de inflação em França está nos 1,2% e em Espanha nos 1,5%. “A inflação está em torno dos 2%, que é onde queremos onde esteja”, disse o governador do Banco de Portugal.

"Alguns dos meus colegas do conselho de governadores não gostam da expressão, mas a inflação foi, de facto, vencida.”

Mário Centeno

Governador do Banco de Portugal

Depois de subir as taxas de juro em 450 pontos base nos últimos dois anos, o BCE já promoveu dois cortes das taxas em 25 pontos base cada, com a taxa de juro dos depósitos a cair para os 3,5%.

A próxima reunião do conselho de governadores do BCE está marcada para o dia 17 de outubro, na Eslovénia.

“Parece desejo maléfico”, mas juros não devem voltar a terreno negativo

O que se seguirá? Para Centeno, que pede cautela neste processo, é importante que ocorra um processo de normalização deste ciclo da política monetária, mas evitando que as taxas de juro voltem aos níveis que tínhamos antes da crise pandémica.

“Eram taxas de juro negativas, não era desejável nem saudável para a economia”, sublinhou o governador e membro do conselho do BCE. “A normalização das taxas de juro acontecerá quando elas estabilizarem nos 2%, mais décima menos décima“, acrescentou.

Centeno defendeu que as famílias e empresas terão de se adaptar a esta nova realidade de taxas mais altas do que antes da pandemia. Até porque avisou: “Os juros não vão voltar aos níveis da pandemia. Parece um desejo maléfico, mas é a forma de estabilizar os juros e a inflação na Zona Euro“, frisou.

(Notícia atualizada às 11h17)

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Redes sociais associadas a ferimentos autoinfligidos em crianças e adolescentes

  • Lusa
  • 27 Setembro 2024

"A causalidade não pode ser, para já, generalizada", ressalvam os autores do estudo dado a conhecer pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

A exposição de crianças e adolescentes às redes sociais está significativamente associada ao aumento do risco de comportamentos de automutilação, com gravidade ligeira a moderada, alerta um estudo divulgado esta sexta-feira pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP).

Uma equipa de investigadores examinou dezenas de estudos realizados em diferentes regiões do mundo, nomeadamente nos Estados Unidos da América, Reino Unido e China, e concluiu que as redes sociais estão associadas a ferimentos autoinfligidos, embora não se possa falar numa relação de causa-efeito.

O estudo final foi publicado em abril e, em comunicado, a FMUP cita os autores, segundo os quais “tem-se assistido a um aumento dos casos de crianças e adolescentes que infligem danos a si próprios de forma intencional, através, por exemplo, de cortes, arranhões ou pancadas, habitualmente em zonas do corpo acessíveis e fáceis de esconder, como pulsos, braços, barriga e pernas”. Este é considerado um problema de saúde pública na adolescência.

Estes comportamentos autolesivos são “um mecanismo para aliviar emoções negativas e difíceis de lidar (como raiva ou ansiedade), expressar angústia, autopunir-se ou, mais raramente, punir outras pessoas“.

Paralelamente, os investigadores alertam que tem crescido o uso das redes sociais, como o TikTok e o Instagram, o que alterou o modo como os jovens se relacionam entre si e com o mundo que os rodeia, a partir de idades cada vez mais precoces.

Publicado no Journal of Affective Disorders Reports, este trabalho concluiu que existe uma associação entre a exposição às redes sociais e comportamentos autolesivos em crianças e jovens entre os 9 e os 24 anos, quer num contexto de internamento psiquiátrico, quer na comunidade.

Os resultados apontam para um possível “efeito de contágio social” e de “imitação” das redes sociais no comportamento dos mais novos, com crianças e jovens a assumirem que seguiam plataformas online com publicações de automutilações antes de também o fazerem.

“A possibilidade de um efeito de contágio permanece uma questão em aberto, assim como a causalidade da associação entre redes sociais e comportamentos autolesivos“, ressalvam, no entanto, os investigadores, para quem “a causalidade não pode ser, para já, generalizada”.

Os autores sugerem a realização de estudos que analisem as experiências e as perspetivas das crianças e dos jovens ao longo do tempo, de modo a perceber, por exemplo, se a automutilação ocorre antes ou depois de assistirem ou de participarem em conteúdos do género nas redes sociais.

Também sugerem que se complemente o autorrelato das crianças e jovens com recurso à tecnologia disponível, de modo a rastrear o tempo objetivamente gasto por estes nas redes sociais e estudar a importância do número de horas de exposição e o papel do género.

Assinam este trabalho Luís Guilherme Spínola e Irene Carvalho, da FMUP, bem como Cláudia Calaboiça, do Centro de Psicologia da Universidade do Porto (CPUP).

Na quarta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou que a utilização problemática das redes sociais está a aumentar entre os jovens europeus, que são também mais propensos a desenvolver o vício do jogo.

Precisamos de uma ação imediata e sustentada para ajudar os adolescentes a parar a utilização potencialmente prejudicial das redes sociais, que tem demonstrado levar à depressão, ao bullying, à ansiedade e ao mau desempenho escolar“, afirmou o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, em comunicado.

Em 2022, 11% dos adolescentes (13% das raparigas e 9% dos rapazes) mostraram sinais de utilização problemática das redes sociais, em comparação com apenas 7% quatro anos antes, de acordo com dados obtidos junto de 280.000 jovens com 11, 13 e 15 anos de 44 países da Europa, Ásia Central e Canadá.

Os sintomas são semelhantes aos da toxicodependência: incapacidade de controlar a utilização excessiva, sentimentos de desistência e abandono de outras atividades em favor das redes sociais e consequências negativas na vida diária.

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Clima económico aumenta em setembro para máximos de abril de 2023

A impulsionar este resultado está sobretudo a confiança no setor dos serviços e a confiança na indústria transformadora e no comércio. Consumidores também estão mais confiantes.

O indicador de clima económico aumentou para 2,1 pontos em setembro, atingindo o valor mais alto desde abril de 2023, de acordo com dados divulgados esta sexta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A impulsionar este resultado está sobretudo a confiança no setor dos serviços e a confiança na indústria transformadora e no comércio. Paralelamente, também os consumidores estão mais confiantes.

O organismo de estatística explica que o indicador de confiança dos serviços aumentou em setembro, após ter diminuído no mês precedente, como resultado do “contributo positivo de todas as componentes, perspetivas relativas à evolução da procura, apreciações sobre a atividade da empresa e opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, mais expressiva no primeiro caso”.

Em setembro, destaca-se a confiança nas atividades imobiliárias e de alojamento, restauração e similares. Já o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda diminuiu em setembro em todos os setores, indústria transformadora, construção e obras públicas, comércio e serviços.

O indicador de confiança dos consumidores também aumentou em setembro, depois da diminuição do mês anterior, registando desde julho valores superiores ao observado em fevereiro de 2022, antes da queda abrupta verificada em março de 2022.

Segundo o INE, o saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu nos últimos dois meses, após o aumento ligeiro verificado em julho. Já o saldo das perspetivas sobre a evolução futura dos preços diminuiu significativamente em setembro, depois do aumento registado no mês precedente.

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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Tribunal mantém anulação de concurso para privatização da Azores Airlines

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Setembro 2024

Embora o tribunal tenha considerado “improcedente” a providência cautelar do consórcio, confirmou que o processo de privatização da Azores Airlines ainda está em curso apesar da anulação do concurso.

O Tribunal Administrativo e Fiscal de Ponta Delgada não deu razão ao consórcio Newtour/MS Aviation na providência cautelar avançada contra a decisão governamental de anular o concurso público para a privatização da Azores Airlines. Porém, a sentença confirma que o processo de venda da companhia se mantém em curso.

Em 30 de maio, o consórcio empresarial — que era o único concorrente válido na corrida para obter entre 51% a 85% da companhia aérea açoriana — interpôs uma providência cautelar que foi agora considerada “improcedente” pela Justiça do arquipélago.

A intenção da contestação judicial era reverter a decisão do Governo dos Açores, que em 2 de maio cancelou o concurso devido à “alteração significativa das condições económicas e financeiras tidas em conta na avaliação inicial da companhia aérea”, alegando que a Azores Airlines, que valia 6 milhões no início do processo, é agora avaliada em 20 milhões de euros.

Apesar da decisão do tribunal favorável ao Executivo de José Manuel Bolieiro, o processo de privatização da Azores Airlines continua em andamento “[…] Ainda não foi proferida qualquer decisão de anulação do concurso aqui em causa, e, por conseguinte, a execução da deliberação suspendida não consolida, por si só, a anulação do processo de privatização“, indica a Newtour/MS Aviation em comunicado, citando a sentença proferida.

O consórcio, que considera sem fundamento a justificação do Governo açoriano para a anulação do concurso, reitera a sua “total disponibilidade […] para ser parte da solução que assegure a viabilidade da SATA, cuja privatização deverá estar concluída até dezembro de 2025, em conformidade com o plano aprovado pela Comissão Europeia”.

“Uma SATA forte, dotada dos meios necessários, é fundamental para o setor do transporte aéreo na região e, por extensão, para o desenvolvimento dos Açores”, diz ainda o consórcio empresarial no comunicado.

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Cecília Meireles é a nova secretária-geral da ATIC

A Associação Técnica da Indústria de Cimento tem uma nova secretária-geral, Cecília Meireles. A ex-deputada do CDS vai substituir Marta Feio.

Depois de passar pelo Parlamento e pela Cerejeira Namora, Marinho Falcão, Cecília Meireles assumiu o cargo de secretária-geral da Associação Técnica da Indústria de Cimento (ATIC). A ex-deputada do CDS vai substituir Marta Feio, que assumiu recentemente funções como vogal do Conselho Diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA).

Neste novo desafio, Cecília Meireles terá como prioridades contribuir para a “execução de projetos dependentes do PRR” e para a “implementação do programa de descarbonização do setor”. Em comunicado, a ATIc considera este um objetivo “ambicioso” que coloca o setor numa posição de vanguarda relativamente ao cumprimento de metas nacionais e europeias, num esforço decidido pelas empresas cimenteiras em plena fase de transformação.

“A Indústria Cimenteira é fundamental para a economia local e nacional, emprega, direta e indiretamente, mais de 5.100 pessoas, e as suas exportações representaram 1,9 mil milhões de euros entre 2005 e 2021, contribuindo assim para o equilíbrio da Balança de Pagamentos. Neste período, a indústria procedeu a investimentos significativos – 224 milhões – em medidas de redução do impacto ambiental e em Investigação, Desenvolvimento e Inovação que se materializaram numa redução superior a 14% nas emissões específicas de CO2 por tonelada de cimento desde 1990”, referem

A ATIC explica ainda que, em março de 2021, foi adotado o Roteiro da Indústria Cimenteira para a Neutralidade Carbónica 2050 no qual estão explícitos o compromisso formal e o alinhamento com as metas de descarbonização e sustentabilidade nacionais estabelecidas no Roteiro para a Neutralidade Carbónica 2050 do Governo Português, em consonância com os princípios do Pacto Ecológico Europeu.

Com uma carreira parlamentar de quase 20 anos, Cecília Meireles decidiu deixar a Assembleia da República, tendo regressado à advocacia em 2022, altura em que se juntou à Cerejeira Namora Marinho Falcão. Durante o período em que integrou a sociedade, Cecília Meireles liderou o escritório de Lisboa e a área de responsabilidade social corporativa, tendo sido mais tarde promovida a sócia da firma.

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Consórcio vai desenvolver biopesticidas a partir de folhas de canábis para proteger olival

  • ECO
  • 27 Setembro 2024

Projeto financiado em 150 mil euros apresentado a semanas da época da apanha da azeitona. Combate a doença nos olivais passa por biopesticida feito dos excedentes da produção de canábis medicinal.

Um consórcio que reúne laboratórios, academia e empresas vai desenvolver biopesticidas sustentáveis provenientes de extratos de canábis medicinal. O projeto vai receber um financiamento de 150 mil euros da “La Caixa/BPI”, refere-se em comunicado.

O projeto ValorCannBio espera combater, com o biopesticida, duas doenças que prejudicam os olivais, a gafa e a tuberculose. A gafa causa perdas de produção que podem atingir os 100% correspondendo a 50 milhões de euros, e a redução da qualidade do azeite, tal como a tuberculose.

“As soluções existentes no mercado para combater a gafa e a tuberculose não são eficazes e recaem em grupos dos pesticidas de síntese química, com impactos negativos no meio ambiente, e que estão a ser descontinuados, pelo que é premente encontrar alternativas”, explica Ana Rita Duarte, investigadora do LAQV da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa | NOVA FCT.

“Por outro lado, as empresas de canábis podem vir a escoar os excedentes da biomassa para uma futura indústria produtora de biopesticidas, evitando os altos custos de destruição e apostando numa economia circular” acrescenta a investigadora.

O projeto vai desenvolver um biopesticida a partir de folhas da planta de canábis, excedentes da produção de canábis medicinal em Portugal, que legalmente têm de ser destruídas, permitindo assim atender às necessidades dos olivicultores.

Esta iniciativa venceu a 6.ª edição do Programa Promove da Fundação ”la Caixa”, em colaboração com o BPI e a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), na categoria de projetos-piloto inovadores e faz parte de um consórcio que reúne o CoLab InnovPlantProtect, laboratório colaborativo de Elvas, o Laboratório Associado para a Química Verde da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa (LAQV-NOVA FCT), a GreenBePharma, empresa dedicada à produção de canábis medicinal, e a AGR Global empresa de cultivo e produção de olival.

O projeto foi anunciado nesta quarta-feira, dia da sustentabilidade, e segundo o comunicado “é atribuído a uma equipa já distinguida por vários projetos nacionais e internacionais.”

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Estudo revela que só cinco municípios não têm património classificado

  • Lusa
  • 27 Setembro 2024

Quase 60% dos edifícios classificados são religiosos, revela o “Atlas Artístico e Cultural de Portugal”, que será apresentado nesta sexta-feira, Dia Mundial do Turismo.

Portugal contava em 2022 com mais de 4.600 imóveis de património cultural classificado, espalhados por todo o território nacional, com exceção de cinco municípios, revelou o “Atlas Artístico e Cultural de Portugal”, a ser hoje apresentado, em Lisboa.

De acordo com o “Atlas Artístico e Cultural de Portugal”, fruto de uma parceria entre a Direção-Geral das Artes (DGArtes) e o ISCTE-Instituto Universitário de Lisboa, através do Observatório Português das Atividades Culturais, havia, em 2022, 4.655 imóveis culturais classificados, a maioria dos quais como monumentos.

Quase 3.000 dos imóveis classificados são considerados de interesse público, havendo 867 de interesse municipal e 831 monumentos nacionais.

“Verifica-se que o património edificado classificado ocorre em todo o território nacional, não se verificando qualquer assimetria territorial na distribuição destes bens. Apenas não existe qualquer bem classificado em cinco municípios, todos localizados na Região Centro (Oliveira do Bairro, Vagos, Pampilhosa da Serra, Proença-a-Nova e Entroncamento)”, pode ler-se no estudo, que vai ser hoje apresentado na Biblioteca Nacional, em Lisboa.

De acordo com o “Atlas”, em 2021 eram 106 “os municípios com pelo menos um monumento nacional visitável”, ou seja, mais de um terço dos 308 concelhos.

“Estes monumentos são sobretudo edifícios religiosos (58,8%), mas também podem ser visitados monumentos nacionais de natureza militar ou ainda civil, ainda que estes últimos com menor expressão. Os monumentos nacionais visitáveis estão essencialmente sob gestão pública (49,5%), destacando-se nestes os dependentes da administração local – municípios – seguindo-se os da administração central – Ministério da Cultura. Todavia, a gestão privada deste conjunto representa 47,4%, com uma grande expressividade da Igreja Católica”, acrescentam os autores do estudo coordenador por José Soares Neves.

O “Atlas Artístico e Cultural de Portugal” foi criado para mapear e caracterizar “os equipamentos culturais existentes e as entidades artísticas em atividade”, pretendendo “analisar os impactos da crise causada pela covid-19 a curto e a médio prazo, com a produção de indicadores atualizados que permitam suportar a tomada de decisões estratégicas por parte da área governativa da cultura e informar entidades públicas, privadas e os cidadãos”.

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Frotas: “Se não houver apoio, a tendência será sempre a subida dos custos”

  • ECO
  • 27 Setembro 2024

Gustavo Duarte, dos Transportes Paulo Duarte, alertou para a possibilidade de uma subida de preços para os consumidores se a falta de apoio às transportadoras continuar.

“Se não houver apoio, a tendência será sempre a subida dos custos”. É desta forma que Gustavo Duarte, CEO dos Transportes Paulo Duarte encara a consequência da falta de ajuda pública e o aumento de encargos das transportadoras. O comentário, deixado durante a conferência Outlook Auto, que decorreu nos dias 24 e 25 de setembro, no estúdio ECO, foi reforçado pela comparação com Espanha, da qual destacou os preços competitivos, enquanto os transportadores portugueses enfrentam dificuldades que afetam a competitividade e, por conseguinte, a economia nacional.

O CEO da Transportes Paulo Duarte recordou a medida do gasóleo profissional: “Nós, em 2021, com o governo anterior, passámos a estar abrangidos pelo gasóleo profissional, que neutralizou parcialmente o efeito dos impostos”. No entanto, reconheceu que, apesar de ter trazido benefícios fiscais para os transportadores, ainda assim revelou-se insuficiente diante do aumento constante dos preços dos combustíveis.

Da conversa, moderada por André Veríssimo, subdiretor do ECO, faziam também parte João Paulo Leão Pereira, Gestor Grandes Contas Sekurit Service & Glassdrive, e Mário de Morais, Country Manager da Bolt, que apresentaram os seus pontos de vista quanto ao futuro das frotas em Portugal.

Painel “Frotas – Um tema do Presente e do Futuro”Hugo Amaral/ECO

Mário de Morais, da Bolt, trouxe à discussão a realidade diversificada dos TVDE em Portugal, que vai desde operadores com um único veículo até grandes empresas com centenas de carros: “Temos uma realidade de uma frota unipessoal – de um carro, dois carros – e temos a realidade de frotas mais profissionalizadas – de 500, 600 carros. Toda esta realidade existe em Portugal”.

Neste ponto, destacou a crescente adoção de carros elétricos, “que se tornam mais viáveis em áreas urbanas”, mas reconheceu também que ainda não são a norma. E acrescentou que se os preços continuam a subir como consequência da inflação, “as pessoas não têm como adquirir” este tipo de serviços. “E quem sofre é um setor [transportes] que cresceu e que neste momento tem muita gente a depender dele”, disse.

Mário de Morais, Country Manager da BoltHugo Amaral/ECO

"Se os preços nos mercados estrangeiros aumentarem de repente, as pessoas não têm como adquirir tudo isto. E quem sofre é um setor que cresceu e que neste momento há muita gente a depender dele.”

Mário de Morais, Country Manager da Bolt

Por sua vez, João Paulo Leão Pereira, da Glassdrive, apontou para a resiliência da sua empresa, que tem de se adaptar constantemente às mudanças do mercado. O especialista observou que, enquanto o número de veículos nas ruas aumenta, a empresa vai ganhando com isso. “Eu creio que se deixou de ter aqueles polos de trânsito das horas de ponta da manhã e da tarde, passamos a ter muita circulação na rua e na autoestrada. E as autoestradas são sempre propensas a projeção pedra. Por isso nós, nesse capítulo, não sentimos tanto o impacto no negócio“, admitiu.

João Paulo Leão Pereira, Gestor Grandes Contas Sekurit Service & GlassdriveHugo Amaral/ECO

No entanto, há outro ponto onde considera que a Glassdrive poderá sair mais afetada, que está relacionado com os investimentos em tecnologia e inovação: “Estamos a investir em novos modelos e tecnologias, mas se as marcas não conseguirem vender, esses investimentos ficam parados”.

"Estamos a investir em novos modelos e tecnologias, mas se as marcas não conseguirem vender, esses investimentos ficam parados.”

João Paulo Leão Pereira, Gestor Grandes Contas Sekurit Service & Glassdrive

Ainda dentro das inovações, Gustavo Duarte também mencionou o potencial do hidrogénio como fonte de energia e a necessidade de adaptar as infraestruturas a novas realidades, como a utilização de camiões de maior capacidade para reduzir a pegada de carbono. O responsável dos Transportes Paulo Duarte destacou, por isso, a importância de uma visão estratégica para o setor: “Se deixarmos o transporte ao seu próprio norte, é evidente que o preço será o único fator a considerar”.

Gustavo Duarte, CEO dos Transportes Paulo DuarteHugo Amaral/ECO

A atratividade das profissões ligadas ao transporte foi outro dos pontos debatidos pelo painel, que teve a opinião unânime de que é algo que está “em mudança”. A penosidade das funções e as condições de trabalho foram discutidas como fatores que influenciam a escassez de motoristas qualificados. A necessidade de transformar a perceção da profissão e torná-la mais sustentável foi, por isso, um consenso entre os oradores.

Assista aqui à talk:

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Estudo conclui que PME têm pouca ambição de crescer e competir internacionalmente

  • Lusa
  • 27 Setembro 2024

Investigação da Nova SBE aponta também para "falta de boas práticas de gestão em domínios como política salarial, avaliação de desempenho, transformação digital, análise de dados e IA".

As pequenas e médias empresas (PME) em Portugal têm pouca ambição de crescer e de competir internacionalmente, faltando boas práticas de gestão em domínios como política salarial ou avaliação de desempenho, revela um estudo da Nova SBE.

Uma equipa da Nova School of Business and Economics (SBE) analisou o impacto da educação no crescimento e produtividade das PME em Portugal e concluiu que a sua dimensão e o nível de internacionalização são muito baixos.

Pouca ambição de crescer e de competir internacionalmente é uma das características identificadas na investigação que aponta ainda “falta de boas práticas de gestão em domínios como política salarial, avaliação de desempenho, transformação digital, análise de dados e Inteligência Artificial“.

O estudo é divulgado no dia em que a Nova SBE celebra o aniversário de um programa de formação e mentoria, o “Voice Leadership”, no qual já participaram mais de mil PME.

O programa “atraiu mais de mil gestores de topo, destacando-se pela sua juventude e elevado nível de qualificação: 80% possuem formação superior, o que nos surpreendeu”, disse à Lusa Miguel Ferreira, investigador principal do programa.

Para o investigador, estas empresas, que ainda têm uma reduzida dimensão, “demonstram um elevado potencial de crescimento e os seus líderes ambicionam alcançar esse objetivo nos próximos cinco anos”.

Segundo Miguel Ferreira, para atingir estas metas será necessário um maior investimento em áreas estratégicas como marketing, inovação e tecnologia, além do desenvolvimento e implementação de planos de internacionalização.

O Voice é promovido pela Formação de Executivos da Nova SBE que se propõe formar e capacitar gestores, estando já a decorrer as inscrições para a 2.ª edição, que irá começar em 2025.

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