Gamalife é a seguradora com mais lucros, BBVA a mais rentável

As seguradoras baseadas em Portugal obtiveram 738 milhões de euros de lucro líquido em 2023, revelam dados da entidade supervisora. Veja o ranking de rentabilidade das 62 companhias.

As seguradoras que operam em Portugal tiveram uma descida de lucros no ano passado, em relação ao ano anterior. Ainda assim, as seguradoras com base em Portugal, mesmo pertencentes a capital estrangeiro, totalizaram 646 milhões de euros de resultados líquidos, a que se juntaram os lucros das sucursais de seguradoras europeias para uma soma de 738 milhões de euros.

Esses lucros distribuíram-se pelas 62 companhias analisadas pela ASF, entidade reguladora do setor, que esta segunda-feira divulgou os primeiros números da atividade de cada uma das seguradoras que atuaram em Portugal em 2023. Num primeiro registo, apenas cinco deram prejuízos e de pouca expressão, dado terem pouca atividade em Portugal ou estarem em fase de investimento, como é o caso da Asisa Seguros.

Outras quatro empresas não são passíveis de análise dada a singularidade da sua atividade: Hiscox, representada pela Innovarisk, Inter Partner do grupo AXA, CPR do grupo Fidelidade e Prévoir — esta última uma empresa independente com tradição e atividade significativa em seguros de Vida.

Em valor absoluto, a empresa com maior lucro registado em 2023 foi a GamaLife, seguradora Vida que distribui através do Novobanco e com sucursal em Itália. A Fidelidade atingiu 83 milhões de euros de lucro na atividade de seguros em Portugal, embora tenha obtido mais 100 milhões de resultados com o seu negócio no estrangeiro, não refletidos nesta análise.

Em volume financeiro, as seguradoras mais lucrativas são as que exploram o ramo Vida, com a intromissão de mistas como a Generali Tranquilidade e a Allianz. As companhias Vida, que ao mesmo tempo são as que exigem maior imobilização de capital por parte dos seus acionistas, ocupam as primeiras posições do ranking.

Entre as companhias que só operam em seguros Não Vida, o destaque vai para Liberty, Ageas Seguros e Zurich, no topo dos maiores lucros.

BBVA Seguros é a mais rentável

Face à indisponibilidade de indicação do valor dos capitais próprios de cada companhia, o ECOseguros optou por calcular – nesta fase – a rentabilidade dos negócios das seguradoras comparando resultados líquidos de 2023 com a atividade comercial.

A primeira opção foi utilizar um rácio clássico, comparativo de resultados líquidos com a adição de prémios brutos emitidos e resseguro aceite, em ambiente antigo onde vigoravam as normas IFR4. Nesta ótica, a BBVA Seguros foi a mais lucrativa, seguida da seguradora de saúde Planicare, da seguradora de caução Azuaga/Abarca, a GamaLife e a Aegon Santander Vida.

Uma outra versão de ranking é nova, já em ambiente IFRS 17, em que se procura a proporção dos mesmos resultados líquidos em relação ao total de Réditos de Contratos de Seguro, um novo conceito.

As diferenças entre os resultados dos rácios em IFRS 4 e IFRS 17 são visíveis nas companhias de seguros de Vida que já os utilizam ativamente e as de companhias Não Vida que ainda utilizam as novas normas de forma mais simples.

De forma simples, os prémios brutos emitidos refletem a receita total projetada de contratos emitidos, enquanto os réditos de contratos de seguros representam a parte dos prémios que já foi reconhecida como receita durante o período de cobertura dos riscos.

De outra forma, o conceito de Rédito de contratos de seguro está alinhado com o princípio da contabilidade de competência, que reconhece receitas e despesas à medida que os serviços são prestados, e não no momento em que o prémio é emitido.

Por esta perspetiva, e dado que ECOseguros não incluiu Resseguro aceite no ranking IFRS 17, o interesse está em comparar as diferenças de lucratividade entre IFRS4 e IFRS17 para uma mesma companhia.

Veja aqui as mais lucrativas:

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Governo, sindicatos e empresas discutem salários a duas semanas do OE2025

Sindicatos e confederações empresariais esperam que, desta vez, o Governo apresente propostas concretas ou mesmo um projeto do novo acordo de rendimentos. Salário mínimo vai aumentar para 870 euros.

O Governo volta a sentar-se à mesa, esta quarta-feira, com as centrais sindicais e com as confederações empresariais para discutir a valorização dos ordenados dos portugueses, incluindo o salário mínimo a praticar em 2025. Inicialmente, como o ECO revelou em primeira mão, o Governo avançou com uma proposta de aumento para 860 euros, mas sabe-se que, nas reuniões bilaterais, foi discutido revisão em alta dessa proposta, com a fixação da retribuição mínima mensal em 870 euros em 2025.

A duas semanas da entrega da proposta de Orçamento do Estado no Parlamento, os parceiros sociais não fecham a porta a um acordo, mas tudo vai depender das medidas concretas que serão apresentadas esta tarde. As empresas insistem num alívio fiscal, enquanto os sindicatos exigem aumentos dos salários mais expressivos do que os previstos.

“Se o Governo quer fazer algum acordo a tempo do Orçamento do Estado, a expectativa é que apresente qualquer proposta concreta esta quarta-feira. Por exemplo, um projeto de acordo”, adianta o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), em declarações ao ECO.

João Vieira Lopes garante que “não tem objeções” a aumentar o salário mínimo mais do que os 35 euros já previstos — frisa que sempre “valorizou o mercado interno e a capacidade de consumo das pessoas” — e nem se opõe a uma revisão em alta do referencial para os aumentos dos demais salários do privado.

O acordo de rendimentos assinado em 2022 na Concertação Social prevê um salário mínimo de 855 euros para 2025 e um referencial de 4,7% para os aumentos dos demais salários. O ECO avançou que o Governo iria propor um aumento do salário mínimo para 860 euros em 2025, mas a ministra do Trabalho acabou por não revelar, na última reunião de Concertação, o valor que estaria em cima da mesa.

Nas reuniões bilaterais que se seguiram, o ECO sabe que foram debatidos vários valores com sindicatos e confederações empresariais, incluindo 870 euros (ou seja, um aumento de 50 euros), valor que o Público e o Jornal de Negócios indicam esta quarta-feira que deverá ser aquele que o Governo vai propor esta tarde.

O presidente da CCP atira, porém, que a abertura das empresas “depende do pacote” apresentado pelo Governo. “Para mostrar às empresas que devem fazer aumentos quer do salário mínimo, quer do salário médio é preciso ver qual é o enquadramento que o Governo apresenta em termos de condições para as empresas”, afirma.

Não temos objeções a ir além disso do previsto no salário mínimo, mas depende do pacote.

João Vieira Lopes

Presidente da CCP

Numa entrevista recente, o responsável já tinha sinalizado que sem uma taxa reduzida de IRC para os primeiros 100 mil euros tributáveis das pequenas e médias empresas e sem passos para a extinção das tributações autónomas não assinará qualquer acordo. Esta quarta-feira, o Jornal de Negócios avança que o Governo vai propor, neste âmbito, a redução da taxa de tributação autónoma, 5% a cada ano, atingindo um total de 20% até ao final da legislatura, tal como já estava no programa do Executivo.

Também os agricultores colocam o holofote nos impostos. Fonte oficial da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) explica que, nas reuniões com o Governo, tem abordado, por um lado, a fiscalidade aplicada a “agricultores, empresas e trabalhadores estrangeiros não residentes”, e, por outro, a necessidade de reversão da integração das Direções Regionais de Agricultura nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais. Por agora, a confederação não adianta mais detalhes das suas propostas, remetendo mais declarações para depois da reunião desta quarta-feira.

Por sua vez, o presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), à saída da última reunião de Concertação Social, já tinha mostrado abertura para fazer um “upgrade do acordo de rendimento”, mas apenas se o Governo acolher algumas das suas propostas. Quanto a esta nova reunião, não foi possível ter declarações de Armindo Monteiro.

Entre as reivindicações da CIP, está a redução gradual do IRC, bem como a possibilidade de as empresas pagarem um 15.º mês de salário aos trabalhadores, sem terem de descontar IRS e pagar contribuições sociais.

“Não queremos isenções fiscais ligadas a salários”

A proposta de um 15.º de salários surgiu há um ano pela mão da CIP. E, desde então, tem feito correr muita tinta. O Governo anterior não a acolheu, mas o atual Executivo fez questão de deixar no seu programa a intenção de isentar de contribuições e impostos os prémios de produtividade por desempenho (no valor de até 6% da remuneração base anual). “Correspondendo, dessa forma, a um 15º mês”, lê-se no programa do atual Governo.

Agora que a valorização dos rendimentos está em discussão, o Governo questionou os parceiros sociais sobre esta medida, segundo avança ao ECO o secretário-geral adjunto da UGT. Sérgio Monte admite que os prémios sejam isentos de impostos, mas rejeita que tal se aplique a um salário extra.

Não queremos isenções ligadas a salários. O Governo tinha no seu programa a proposta de isentar os prémios de produtividade. Há que acautelar como aplicar isso. Queremos saber como é a isenção e para onde reverte“, sublinha o sindicalista. Há duas semanas, Sérgio Monte já tinha confessado ao ECO o receio de que um 15.º mês de salário viesse a ser um cavalo de Troia “para onde se canalizam todos os aumentos futuros”.

Não queremos isenções ligadas a salários. O Governo tinha no seu programa a proposta de isentar os prémios de produtividade. Queremos saber como é a isenção e para onde reverte.

Sérgio Monte

Secretário-geral adjunto da UGT

Já quanto aos salários, o secretário-geral adjunto indica que sentiu, nas reuniões bilaterais, abertura da parte do Governo para ir além quer do previsto para o salário mínimo quer para o referencial para os aumentos dos demais salários.

Sérgio Monte diz-se “sempre” confiante num acordo de Concertação Social e avisa que, a haver um entendimento antes de o Orçamento do Estado dar entrada no Parlamento, é preciso que o Governo apresente números e propostas concretas já esta quarta-feira.

Também a CGTP, pela voz do secretário-geral, não fecha a porta a um acordo (esta central sindical ficou de fora dos entendimentos assinado em 2023 e 2022), a menos que se perpetue a política de baixos salários. “Se for para isso, não contem com a CGTP. Estaremos sempre na primeira linha da defesa dos trabalhadores“, assinala Tiago Oliveira.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 25 Setembro 2024

A OCDE vai divulgar o seu mais recente outlook para a economia, num momento em que o Orçamento do Estado para 2025 continua a centrar as atenções no plano interno.

O dia será marcado pelas novas projeções para a economia da OCDE e pela conferência de líderes na Assembleia da República, num momento em que as negociações para a aprovação do Orçamento do Estado para 2025 continuam a centrar atenções. Há ainda a divulgação de indicadores económicos na Europa e nos EUA e o relatório da CMVM sobre auditoria.

OCDE atualiza estimativas para a economia

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) divulga esta quinta-feira o seu outlook económico, com novas estimativas para a economia. No último economic outlook, publicado no início de maio, a organização reviu em alta as estimativas para o produto interno bruto (PIB) português, antecipando um crescimento de 1,6% em 2024, acima dos 1,2% antes previstos pela organização. A apresentação do outlook será realizada numa conferência de imprensa com Álvaro Santos Pereira, economista-chefe da OCDE.

Conferência de líderes com OE na agenda

Está marcada para esta terça-feira a conferência de líderes da Assembleia da República, num momento em que prosseguem as negociações para o Orçamento do Estado e a dois dias do encontro agendado entre o primeiro-ministro e o líder socialista, Pedro Nuno Santos. Já no início desta semana, Luís Montenegro reuniu-se com os presidentes do Chega e da Iniciativa Liberal. O Presidente da República tem apelado a que haja um esforço para viabilizar o documento, avisando que caso não haja Orçamento haverá uma crise política.

CMVM apresenta relatório à qualidade da auditoria

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) apresenta esta quarta-feira os resultados globais do sistema de controlo de qualidade da auditoria do Ciclo 2023/2024. No ano passado, o regulador do mercado de capitais aplicou e cobrou menos coimas às auditoras por práticas indevidas e detetou menos irregularidades do que no ano anterior. A CMVM registou 255 irregularidades no ciclo 2022/2023, no seguimento de 13 ações de supervisão regulares presenciais encerradas. Trata-se de um número 48% abaixo das 488 contabilizadas no período anterior.

INE mostra evolução do desenvolvimento sustentável

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga o relatório de 2023 relativo aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O relatório visa mostrar a evolução do país relativamente aos objetivos que constam na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada pelas Nações Unidas em 2015 e que inclui objetivos como garantir o acesso à saúde e educação ou melhorar a ação climática.

Volkswagen inicia negociações com sindicatos

A multinacional alemã Volkswagen e os sindicatos iniciam negociações, após a fabricante automóvel alemã ter admitido pela primeira vez o encerramento de fábricas na Alemanha para reduriz custos. Nas últimas semanas tem havido grande especulação em torno do número de funcionários que poderão ser despedidos. Uma publicação económica alemã chegou a avançar, na semana passada, que poderia estar em cima da mesa o despedimento de até 30 mil pessoas, um número que não foi confirmado pela empresa. O ministro alemão da Economia, Robert Habeck, afirmou que pretende ajudar a Volkswagen a ultrapassar o período de redução de custos, que inclui a rescisão de vários acordos coletivos de trabalho na Alemanha, sem encerrar fábricas da empresa.

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Salário dá salto de até 20% este mês com corte no IRS. Veja as simulações

As tabelas de retenção aplicadas em setembro e outubro irão refletir a descida do imposto com retroativos a janeiro. Pensionistas só irão sentir o alívio a partir de outubro.

Trabalhadores dependentes vão descontar menos IRS no salário que vão receber já este mês. O ganho mensal poderá ultrapassar os 500 euros mensais para um salário bruto de 3.000 euros, o que corresponde a um incremento de cerca de 20% face ao ordenado líquido de agosto, de acordo com as simulações da EY para o ECO. Este bónus também será atribuído em outubro.

Esta descida extraordinária das tabelas de retenção na fonte foi aprovada pelo Governo para refletir a redução do IRS, aprovada pelo Parlamento, e compensar, em dois meses (setembro e outubro), o valor descontado a mais desde janeiro por trabalhadores dependentes e pensionistas.

Assim, em setembro e outubro, e de forma extraordinária, salários brutos até 1.175 euros estarão livres de retenção, quando até agosto descontavam 114,68 euros por mês, uma vez que esta isenção aplicava-se até aos 934 euros, no caso de um solteiro sem filho.

O ministro Joaquim Miranda Sarmento, ladeado pela secretária de Estado dos Assuntos Fiscais, Cláudia Reis Duarte, à chegada para a sua audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, na Assembleia da República, em Lisboa, 26 de junho de 2024. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSAANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Contas feitas pela EY mostram que os mais beneficiados serão os trabalhadores que se encontram na faixa salarial dos 3.000 euros brutos mensais. Um solteiro sem filhos com um vencimento de 3.000 euros brutos mensais descontava, até agosto, 723 euros por mês, o que dava um salário líquido de 2.277 euros, sem contar com as contribuições sociais de 11%. Em setembro e outubro, a retenção na fonte vai baixar 526 euros para 197 euros, elevando o ordenado líquido para 2.803 euros por mês. Para outros tipos de perfis como trabalhador solteiro com filhos, casado com filhos ou pensionista, a poupança é semelhante, em torno dos 500 euros. Proporcionalmente, é nesta folha salarial ou recibo de pensão, de 3.000 euros, que o ganho é maior, na ordem dos 20%.

Trabalhadores com rendimentos mensais brutos de 2.000 e 5.000 euros também vão ter ganhos consideráveis, mas abaixo da poupança de cerca de 20% para ordenados de 3.000 euros. Assim, um solteiro sem filhos com um vencimento de 2.000 euros, que descontava 349 euros, ficando com um ordenado líquido de 1.651 euros, vai passar a reter, em setembro e outubro, apenas 41 euros, o que corresponde a uma redução de 19%. No final, fica com um ordenado de 1.959 euros, sem contar com as contribuições para a Segurança Social, de 11%.

No caso de uma remuneração bruta mensal de 5.000 euros, e considerando também um solteiro e sem filhos, o trabalhador vai levar para casa mais 572 euros por mês, em setembro e outubro, uma vez que irá descontar 957 euros quando, até agosto, adiantava ai Estado 1.529 euros todos os meses. Trata-se de um ganho para o salário líquido de 16%, que se irá situar nos 4.043 euros. Em agosto, o ordenado livre de impostos estava nos 3.471 euros.

O benefício vai baixando consoante os salários diminuem, porque também os descontos já eram menores, sendo que até aos 934 euros brutos mensais, para um solteiro sem filhos, o vencimento estava isento. Com as tabelas de setembro e outubro, este patamar livre de imposto vai subir para 1.175 euros mensais brutos, quando, até agosto, este ordenado pagava de IRS 114,68 euros por mês.

Solteiros ou casados com dois filhos ficam isentos até aos 2.000 euros de salário

Mas a isenção, aplicada pelas tabelas de setembro e outubro, sobe consideravelmente para outros tipos de perfis, designadamente no caso de um solteiro com dois filhos, em que o ordenado bruto até 2.000 euros deixa de reter na fonte durante dois meses. Até agosto, descontava 281 euros mensais. Também um trabalhador casado (dois titulares) com dois filhos não vai ter de descontar IRS durante dois meses até aos 2.000 euros brutos de salário. De janeiro a agosto, este contribuinte tinha de adiantar ao Fisco 306 euros todos os meses.

Simulações da EY para um ordenado bruto de 1.500 euros, valor próximo do vencimento médio que se fixou em 1.640 euros no segundo trimestre de 2024, mostram que, um solteiro sem filhos, que descontava 203 euros, vai reter apenas 12 euros, em setembro e outubro, o que vai gerar um ganho mensal de 191 euros. Já um solteiro com um ou mais filhos e um casado (dois titulares) com um ou mais dependentes, a ganhar 1.500 euros, vão ficar isentos durante dois meses, quando, até agosto, retinham mais de 130 euros.

Veja as simulações para diferentes perfis

Trabalhador solteiro ou casado (dois titulares) e sem filhos

Trabalhador solteiro com um filho

Trabalhador solteiro com dois filhos

Trabalhador casado (dois titulares) com um filho

Trabalhador casado (dois titulares) com dois filhos

A partir de novembro e até ao final do ano, estarão em vigor outras tabelas já sem o efeito do mecanismo da retroatividade aplicado em setembro e outubro. Deste modo, no mês 11, a retenção na fonte passa a incidir sobre remunerações mensais a partir dos 935 euros (até agosto os descontos começavam a partir dos 934 euros) para não casados e sem filhos. Ou seja, pontualmente, as taxas baixam mais em setembro e outubro e depois, em novembro e dezembro, são atualizadas face às que estão em vigor até agosto, em linha com a redução do IRS aprovada pelo Parlamento. A taxa mais baixa, de 13,25%, recua para 13%, a de 18% diminui para 16,50% e assim sucessivamente.

No caso dos contribuintes solteiros e sem filhos que auferem 3.000 euros brutos por mês, o ganho mensal de mais de 500 euros por mês vai diminuir para 20 euros, o que corresponde a um alívio de apenas 1% face a agosto, quando em setembro e outubro era de cerca de 20%. Ou seja, os descontos de 197 euros desses dois meses vão passar para 703 euros, ainda assim abaixo dos 723 euros que foram retidos todos os meses entre janeiro e agosto.

Trabalhadores com rendimentos mensais brutos de 2.000 vão descontar apenas 41 euros, em setembro e outubro. A partir de novembro, a retenção sobe para 331 euros, mas ainda fica abaixo dos 349 euros que foram descontados todos os meses, entre janeiro e agosto. Ou seja, há um ganho de 18 euros ou de 1% face a agosto.

No caso de uma remuneração brutal mensal de 5.000 euros, cujos descontos vão baixar significativamente, em setembro e outubro, de 1.529 euros para 572 euros, a retenção volta a agravar-se em novembro. A partir desse mês, a retenção na fonte avança para 1.501 euros, ainda assim uma redução de 28 euros ou 1% face às tabelas praticadas pelo Fisco entre janeiro e agosto.

Pensionistas só vão sentir o alívio a partir de outubro

Os reformados da Segurança Social e da Caixa Geral de Aposentações (CGA) só irão sentir o efeito da descida extraordinária da retenção na fonte em outubro, porque as prestações de setembro já foram processados. Mas o Governo compromete-se a fazer os ajustes necessários nos descontos de novembro e dezembro para compensar o mês de setembro em que não foram aplicadas as novas tabelas.

Pelo menos em outubro, não haverá lugar a retenção na fonte até aos 1.202 euros para um pensionista solteiro, divorciado, viúvo ou casado (dois titulares), quando até aqui este reformado descontava a partir dos 838 euros mensais. Isto significa um ganho, em setembro e outubro, de 111,71 euros por mês.

Caso as novas tabelas extraordinárias tivessem sido aplicadas também em setembro, este mesmo reformado passaria a descontar a partir dos 937 euros, a partir de novembro, quando até agosto a retenção incidia a partir dos 838 euros. Como serão feitas retificações até ao final do ano como medida compensatória pela não aplicação das tabelas em setembro, aquele patamar a partir do qual há lugar a retenção na fonte poderá igualmente sofrer reajustes.

De lembrar que, em outubro, os pensionistas, com reformas até 1.527,78 euros, vão ter direito a um duplo “brinde”. Para além da descida significativa da retenção na fonte, irão receber um suplemento extraordinário. O bónus será de 200 euros para os pensionistas com prestações até 509,26 euros, de 150 euros para os pensionistas com reformas acima de 509,26 euros e até 1.018,52 euros, e de 100 euros para os reformados que aufiram mais de 1.018,52 euros, até ao limite de 1.527,78 euros.

Veja as simulações para diferentes perfis

Pensionista solteiro sem dependentes

Pensionista casado (dois titulares) sem dependentes

Pensionista casado (um titular) sem dependentes

Em 2025, o reembolso de IRS será menor ou terá mesmo de pagar

A descida significativa dos descontos para o IRS, em setembro e outubro, tem um revés da medalha. Uma vez que a retenção é um adiantamento do imposto ao Estado, uma espécie de pagamento por conta, não significa que, no final, o imposto a liquidar seja menor. Quanto maior o adiantamento ou o desconto, maior poderá ser o reembolso e quanto menor for a retenção também mais reduzido será o dinheiro que o Fisco devolve ou o contribuinte poderá ser chamado a pagar.

Assim, a redução extraordinária da retenção na fonte em setembro e outubro poderá obrigar trabalhadores por conta de outrem e pensionistas com rendimentos mensais brutos entre 1.100 e 2.500 euros a pagar IRS, em 2025, na altura da liquidação do imposto, caso não deduzam à coleta despesas suficientes, segundo as contas da consultora Ilya. O alerta já tinha sido dado pela bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados, Paula Franco.

“Alguns contribuintes vão ter de pagar IRS, mas também depende das deduções à coleta ao longo do ano”, revelou ao ECO pelo especialista em Direito Fiscal, Luís Nascimento, da Ilya. Um trabalhador a ganhar 1.100 euros por mês e que, até então, tinha direito a reembolso, arrisca pagar, no próximo ano, 115 euros de imposto. No caso de um vencimento de 2.000 euros, o IRS a liquidar poderá ascender a 178 euros e um ordenado bruto mensal de 2.500 euros poderá ter de entregar ao Estado 247 euros, no momento do acerto de contas.

Os cálculos realizados pelo fiscalista tiveram já em consideração a atualização da dedução específica, de 4.100 para 4.350,24 euros, que é a parcela abater ao rendimento anual para apurar o montante que é efetivamente tributado. Ou seja, quanto maior for esta dedução, menores serão os ganhos sobre os quais incidirá a taxa de IRS, logo o imposto baixa. Para além disso, Luís Nascimento incluiu o teto máximo de 250 euros de despesas gerais e familiares que podem ser dedutíveis.

Mesmo assim, e adicionando estes dois fatores, que fazem baixar a tributação, o fiscalista verificou que “trabalhadores com vencimento mensais brutos entre 1.100 e 2.500 euros poderão mesmo ter de pagar imposto se não apresentarem mais despesas à coleta, nomeadamente de saúde, educação, com restauração, cabeleireiro, veterinário, transportes públicos ou com rendas de habitação própria e permanente”.

“Isto acontece porque vai haver uma descida significativa da retenção na fonte, isto é, no imposto que todos os meses adiantamos ao Fisco. Por isso, é natural que, no ano seguinte, na liquidação do imposto, haja contribuintes que recebam reembolsos menores ou que sejam chamados a pagar”, afirmou o fiscalista.

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Banco de Fomento é para continuar. Sarmento e Pedro Reis garantem consenso

"O Executivo está a trabalhar numa solução que permita dar continuidade ao regular funcionamento da gestão" do BPF, apesar das sucessivas mudanças ao nível do conselho de administração.

O Banco Português de Fomento (BPF) é para continuar e o Governo está a trabalhar numa solução para que a instituição possa funcionar de forma regular depois da saída da chairwoman, Celeste Hagatong, em setembro, e do administrador com o pelouro comercial, Hugo Roxo, em abril. “O Governo rejeita que esteja em discussão qualquer intenção de acabar com o Banco de Fomento”, disse ao ECO fonte oficial dos Ministérios das Finanças e da Economia.

As queixas dos empresários e dos bancos comerciais relativamente ao modo de funcionamento da instituição liderada por Ana Carvalho têm alimentado a discussão sobre o rumo que o banco deveria seguir para apoiar de modo mais eficiente a economia e até mesmo sobre a utilidade da sua existência. Nas últimas semanas surgiram rumores insistentes de que o Governo poderia estar a avaliar a extinção da instituição, com a integração de parte da operação na CGD e as garantias públicas a financiamento a transitarem para outra instituição pública, como o IAPMEI. Os ministros das Finanças e da Economia estariam em divergência sobre a manutenção do Banco de Fomento como instituição autónoma. Mas, em resposta conjunta ao ECO, algo inédito, os dois ministérios asseguram que a extinção do banco não está em cima da mesa, apesar das críticas dos empresários.

“O Fomento não serve para nada.” “Parece que o BPF está contra as empresas.” “O banco nasceu torto e parece que nunca se vai endireitar.” Estes são alguns dos desabafos que vários agentes económicos e políticos têm partilhado com o ECO. Há poucas semanas, o ECO noticiava em primeira mão que o Banco de Fomento já tinha aprovado 345 operações no âmbito das linhas InvestEU, mas ainda nenhuma estava contratada.

O mandato do atual conselho de administração termina em novembro. Mas, a chairwoman, Celeste Hagatong, renunciou ao cargo, por “motivos de saúde”, no início de agosto, com efeitos a partir de 1 de setembro. Uma baixa de peso tendo em conta que Hagatong e Ana Carvalho foram as escolhidas pelo então ministro da Economia, António Costa Silva para refundar o banco. A CEO Beatriz Freitas foi afastada numa decisão surpresa e foram depositadas grandes expectativas nas mudanças que ambas iriam introduzir no banco.

Mas a equipa do BPF só ficou completa em janeiro de 2023, o que teve reflexo na atividade da instituição. E desde abril deste ano tem um elemento a menos, porque o administrador executivo com o pelouro comercial, Hugo Roxo, apresentou a demissão, por motivos pessoais. Ana Carvalho, desde então, tem acumulado também estas funções.

Hugo Roxo esteve em funções menos de um ano. O administrador que foi substituir Tiago Simões de Almeida, que também renunciou ao cargo, iniciou oficialmente funções no Banco de Fomento em maio do ano passado.

O mandato da atual administração termina no final do ano e caso o Executivo opte por escolher novos elementos estes têm de passar pelo processo de fit and proper no qual o Banco de Portugal avalia os candidatos. Só depois da luz verde do regulador é possível assumirem funções, algo que pode durar três a quatro meses.

O ECO questionou os ministérios liderados por Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Reis sobre se a opção seria propor nomes já, para “acelerar” o fit and proper e garantir o novo chairman e administradores estariam prontos para assumir funções após a assembleia-geral anual na qual as contas têm de ser aprovadas. O Banco de Fomento é uma peça importante na execução do Plano de Recuperação e Resiliência, já que tem de garantir que são injetados na economia 268 milhões de euros da bazuca, até final de 2025.

Considerando os acontecimentos recentes, que precipitaram alterações ao nível do conselho de administração, o Executivo está naturalmente a trabalhar numa solução que permita dar continuidade ao regular funcionamento da gestão da instituição”, responderam em conjunto os dois ministérios que partilham a tutela da instituição.

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Prazos de cobrança de impostos à EDP suscitam dúvidas

Diretora-geral do Fisco garantiu que o prazo de caducidade estava suspenso por decorrer uma investigação judicial. Agora, Movimento Terra de Miranda alerta para risco de caducidade no fim do ano.

A diretora-geral da Autoridade Tributária garantiu em maio que os prazos para a cobrança de 110 milhões de euros de impostos alegadamente devidos pela EDP no negócio das barragens estão suspensos, mas o Movimento Terra de Miranda alerta que a cobrança daqueles 110 milhões de euros pelo negócio da venda de seis barragens ao consórcio francês liderado pela Engie vai expirar no final deste ano. “O Governo vai deixar caducar o Imposto de Selo e IRC devidos pelo negócio das barragens. Essa caducidade ocorrerá já no final deste ano, apesar dos constantes alertas deste Movimento”, diz num comunicado.

Em maio, a diretora-geral da Autoridade Tributária, Helena Borges, garantiu numa audição no Parlamento que “o prazo de caducidade está suspenso” porque está a decorrer uma investigação judicial, como noticiou o ECO. Nessa altura, a responsável justificou ainda o motivo pelo qual não foi possível mover uma inspeção tributária: “A AT não pode desenvolver um procedimento administrativo, não pode avançar com ações de inspeção no decurso de um inquérito do Ministério Público”.

Esta posição do Fisco parece não ter convencido o Movimento Terra de Miranda, que insiste que a cobrança de IRC, IMT e Imposto de Selo, devidos pela EDP, vai mesmo expirar. “A Assembleia da República foi informada de que, afinal, nenhuma inspeção tributária havia sido iniciada. A decisão de não inspecionar o negócio e não exigir o imposto é ilegal e inaceitável”, critica o Movimento. “Tentam enganar-nos dizendo que o processo-crime suspende a inspeção tributária, mas a lei diz exatamente o contrário, que ambos os processos correm em paralelo e que a inspeção tributária tem absoluta prioridade”, sublinham na mesma nota.

A verdade é que a diretora-geral do Fisco foi bastante clara quando foi ouvida pelos deputados da comissão de orçamento, finanças e administração pública (COFAP): “Não temos um problema de caducidade. Em relação ao IMT, existe um prazo de oito anos para a liquidação, por isso a questão nem se coloca”, assegurou Helena Borges. “No caso do IRC e Imposto de Selo, os factos em investigação são coincidentes com a liquidação. Mas, se algum risco houver, tomaremos as ações para evitar a caducidade”, defendeu ainda.

Neste momento há duas investigações em curso. Uma primeira foi aberta em 2021 depois das dúvidas suscitadas pelas autarquias e por alguns partidos da oposição relativas à forma como as empresas envolvidas no negócio — EDP e Engie — teriam alegadamente contornado a obrigação de liquidação de Imposto de Selo sobre esta transação no valor de cerca de 110 milhões de euros. Recorde-se que o negócio rendeu à EDP 2,2 mil milhões de euros. Em causa estão seis barragens em Miranda do Douro, Picote, Bemposta, Baixo Sabor, Feiticeiro e Tua.

Entretanto, o Ministério Público abriu um outro inquérito para investigar o papel de várias entidades públicas, designadamente da Autoridade Tributária (AT) e da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), envolvidas no processo de avaliação das barragens vendidas pela EDP para efeitos de cobrança do IMI. Em causa está o facto de o Fisco ter deixado caducar o IMI de 2019, uma vez que este imposto não foi cobrado até ao final de 2023, data em que podia liquidar este imposto relativo aos quatro anos anteriores.

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Ministro da Agricultura promete apoios devido aos fogos mas sem compromisso com prazos

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

Os 500 milhões de euros do fundo de coesão para cobrir os prejuízos dos incêndios florestais não vão poder ser usados no imediato, porque "há determinados passos que têm de ser cumpridos".

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, garantiu esta terça-feira que todas as pessoas afetadas pelos incêndios florestais na última semana “não serão esquecidas nem abandonadas”, mas não se comprometeu com prazos.

O governante esclareceu ainda que os 500 milhões de euros do fundo de coesão anunciados pelo primeiro-ministro para cobrir os prejuízos dos incêndios florestais, não vão poder ser usados no imediato.

“Ainda vai ser preciso alterar regulamentos, uma reprogramação do Portugal 2030, uma decisão se calhar do Parlamento Europeu. O que sabemos é que teremos esses recursos para os poder utilizar, mas há determinados passos que têm de ser cumpridos e que vão ser encurtados ao máximo, mesmo por parte das instituições europeias”, afirmou.

José Manuel Fernandes falava aos jornalistas após uma visita a uma exploração de mirtilos que foi afetada pelos incêndios que lavraram no concelho de Sever do Vouga, no distrito de Aveiro, durante quatro dias, consumindo uma área florestal de cerca de 4.500 hectares, e que causaram danos em várias casas de primeira habitação e destruíram várias empresas.

Questionado pelos jornalistas sobre quando é que os apoios irão chegar às mãos das pessoas afetadas pelos incêndios, o ministro referiu que o Governo está a procurar usar todos os fundos europeus possíveis e os recursos do Orçamento nacional para, “no mais curto espaço de tempo, com rapidez, apoiar aqueles que sofreram e bem merecem” o apoio e a solidariedade.

No caso dos fundos europeus, o ministro adiantou que “há alguma demora mais que vai depender de aprovações da Comissão Europeia e do possível envolvimento do Parlamento Europeu”.

O governante referiu, por outro lado, que também há questões burocráticas a resolver, assegurando que o Governo irá encurtar todos os prazos para “chegar rapidamente com o apoio para as pessoas”.

José Manuel Fernandes deixou a garantia de que todos aqueles que tiveram prejuízos “decorrentes desta catástrofe” vão ser apoiados, afirmando que é preciso contabilizar os estragos, um trabalho que está a ser feito pelas comissões de coordenação e desenvolvimento regional com a ajuda das autarquias.

No que diz respeito à reposição do potencial produtivo e para as alfaias agrícolas, o ministro disse que irão abrir essa medida “rapidamente”, adiantando que, relativamente à estabilização dos solos, já há trabalhos que estão em curso por equipas do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas e das câmaras municipais.

O ministro afirmou ainda que no Conselho de Ministros, que irá ter lugar na próxima quinta-feira, serão anunciadas “medidas concretas, que não vão ser imediatas na sua aplicação, infelizmente”.

José Manuel Fernandes visitou esta tarde uma exploração de mirtilos em Pessegueiro do Vouga, com uma área de sete mil metros quadrados, que ardeu por completo, e depois visitou um aviário, situado a poucas centenas de metros, que sofreu prejuízos na ordem dos 350 mil euros, com a destruição de um pavilhão, máquinas e acessórios.

Nove pessoas morreram e mais de 170 ficaram feridas em consequência dos incêndios que atingiram na passada semana sobretudo as regiões Norte e Centro de Portugal.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil contabilizou oficialmente cinco mortos nos fogos.

Os incêndios florestais consumiram, entre os dias 15 e 20 de setembro, cerca de 135.000 hectares, totalizando este ano a área ardida em Portugal quase 147.000 hectares, a terceira maior da década, segundo o sistema europeu Copernicus.

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Preço do medicamento para gémeas luso-brasileiras foi “substancialmente inferior”

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

Na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas, o presidente do Infarmed garantiu que "o preço máximo do medicamento não são os dois milhões de euros que se tem vindo a fazer referência".

O presidente do Infarmed disse que o preço do medicamento administrado às gémeas luso-brasileiras é “substancialmente inferior” aos dois milhões de euros, lembrando que a entidade procurou “um contrato baseado na partilha de riscos”.

“O preço máximo do medicamento não são os dois milhões de euros que se tem vindo a fazer referência. É um valor que eu posso dizer que é substancialmente inferior a esse preço”, indicou Rui Santos Ivo, sem revelar o valor real por motivos de confidencialidade.

De acordo com informações veiculadas desde o fim do ano passado, o tratamento teria custado ao Estado quatro milhões de euros, dois milhões por cada uma das duas gémeas.

Numa audição de quase três horas na comissão parlamentar de inquérito ao caso das gémeas tratadas com o medicamento Zolgensma no Hospital de Santa Maria em 2020, o responsável da Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde recordou que “foram feitas as autorizações de utilização excecional” do Zolgensma para o tratamento da atrofia muscular espinal das crianças.

“O Infarmed desencadeou contactos com a empresa no sentido de encetar esta negociação, que só poderia ser concluída depois, quando o medicamento tivesse a autorização” de comercialização e quando fosse aprovado um programa de acesso precoce, “no sentido de garantir que autorizações anteriores ao contrato de financiamento, que ia ser celebrado, seriam abrangidas por essas mesmas condições”, explicou, depois de ter sido questionado pela deputada da Iniciativa Liberal Joana Cordeiro.

Rui Santos Ivo, presidente do InfarmedLusa

De acordo com Rui Santos Ivo, a negociação decorreu “à semelhança de outros medicamentos”, mas o Zolgensma “era uma circunstância completamente nova”, porque era “um medicamento de administração única, que tinha um custo extremamente elevado”.

Após fazer o enquadramento ao então secretário de Estado da Saúde António Lacerda Sales, o dirigente disse que procurou “negociar um preço diferente” e um pagamento “com base nos resultados”.

“Foi realmente o que sucedeu. Nós, neste caso, temos um pagamento que é feito no período de quatro anos, com o pagamento no início e depois em função dos resultados”, anotou, acrescentando que houve 37 autorizações para o Zolgensma.

Ao deputado do PCP Alfredo Maia, o presidente do Infarmed explicou que “qualidade, segurança e eficácia” são os critérios de autorização dos medicamentos. “Esses fatores foram todos ponderados para a nossa tomada de decisão e, à semelhança do que foi feito noutras escolhas, nós fizemos uma avaliação com rigor, portanto, considero que os nossos peritos são rigorosos e competentes. Fizemos uma avaliação com rigor. A decisão que nós tomámos foi uma decisão acertada”, salientou.

Rui Santos Ivo recordou ainda, em resposta ao centrista João Almeida, que quando a informação foi veiculada por email, “em nada alterou o procedimento que o Infarmed observa neste e noutras circunstâncias”. “Este processo seguiu os mesmos trâmites [que os outros]”, sublinhou.

No início da comissão, o presidente do Infarmed reiterou que os pedidos de acesso ao medicamento administrado às gémeas luso-brasileiras “foram avaliados em simultâneo” e não tiveram qualquer interferência externa, após ‘email’ da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde.

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“Acha que a Madeira é um antro de gangsters?” Albuquerque tem a “maior fé” no seu executivo

  • Lusa
  • 24 Setembro 2024

"Somos portugueses de primeira. Não somos um bando de vadios nem de pessoas aqui destituídas de ética e de moral, nem somos uma colónia", reclama o líder do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque.

O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou esta terça-feira ter a “maior fé” que nenhum elemento do executivo está envolvido no processo que investiga suspeitas de criminalidade económica e financeira na região, no âmbito da operação “AB INITIO”.

“Você acha que a Madeira é um antro de gangsters e de criminosos e de associações mafiosas? Eu acho que isto até é ofensivo para a dignidade dos cidadãos da Madeira”, disse aos jornalistas, no Funchal, referindo-se ao facto de os órgãos de comunicação social apontarem para mais de 20 suspeitos no processo, alegadamente com base no despacho de apresentação e em fontes do Ministério Público.

Miguel Albuquerque (PSD) considerou ainda ser uma “leviandade” lançar suspeitas sobre toda a gente. “Afinal quem somos nós? Somos portugueses de primeira. Nós não somos um bando de vadios, nem de pessoas aqui destituídas de ética e de moral, nem somos uma colónia”, afirmou.

Em 17 de setembro, a Polícia Judiciária desenvolveu uma operação na Madeira relacionada com suspeitas de criminalidade económica e financeira que denominou “AB INITIO“, no âmbito da qual foram constituídos nove arguidos.

Em causa estão suspeitas da prática dos crimes de participação económica em negócio, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, prevaricação e financiamento proibido de partidos políticos.

Estão a ser investigados pelo menos 25 concursos efetuados entre 2020 e 2024, totalizando mais de um milhão de euros (sem IVA).

Miguel AlbuquerqueLusa

“Eu tenho a maior fé que não está ninguém envolvido no Governo nesta questão”, afirmou Miguel Albuquerque, que hoje falou aos jornalistas sobre este processo em dois momentos distintos, primeiro à margem da cerimónia de vinculação à profissão de 95 novos enfermeiros na Madeira, depois à margem de uma cerimónia de entrega de prémios a desportistas.

Miguel Albuquerque negou, por outro lado, ter realizado reuniões com empresários na Quinta Vigia, sede da Presidência do Governo Regional, salientando que se trata de “narrativas” e “coisas absurdas”. “Num processo o que tem que se provar são factos, não são narrativas”, disse.

“Daqui a dias, com estas primeiras páginas, vamos chegar à conclusão que isto é uma terra de mafiosos e de suspeitos”, acrescentou, referindo-se à edição impressa de hoje do DN/Madeira, que identifica mais de 20 possíveis arguidos no processo.

Miguel Albuquerque reiterou estar de consciência tranquila e lamentou que as narrativas que constam do processo passem para a comunicação social, acabando por “queimar pessoas na praça pública” antes de efetuadas as averiguações.

“Claro [que estou de consciência tranquila]. Nós temos todos os procedimentos feitos nos termos legais nas instituições públicas, todas as pessoas tem credibilidade, tem currículo profissional, tem uma vida familiar”, declarou, insistindo que “é intolerável estar a queimar as pessoas na praça pública.”

No âmbito da investigação “AB INITIO”, foram detidos o presidente da Câmara Municipal da Calheta e da Associação de Municípios da Madeira (AMRAM), Carlos Teles, o presidente do conselho diretivo do Instituto da Administração de Saúde da Madeira (Iasaúde), Bruno Freitas, o ex-secretário regional da Agricultura, Humberto Vasconcelos, o antigo diretor da Agricultura e Desenvolvimento Regional, Paulo Santos, duas funcionárias deste mesmo departamento do Governo Regional e os empresários Humberto Drumond e Miguel Nóbrega.

Foi também constituído arguido o secretário-geral do PSD/Madeira e vice-presidente da Assembleia Legislativa regional, José Prada.

Os detidos saíram todos em liberdade na quinta-feira, sujeitos a Termo de Identidade e Residência, proibição de contactarem uns com os outros e obrigação de avisar o tribunal caso se ausentem da Madeira, mas sem confiscação de passaporte.

Apenas ao presidente do conselho consultivo do Instituto da Administração da Saúde da Madeira (Iasaúde), Bruno Freitas, foi decretada a suspensão do cargo público que desempenha.

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Seguradora digital Acheel vai entrar no mercado português

  • ECO Seguros
  • 24 Setembro 2024

A ambição da Acheel é: "tornar-se líder europeu em seguros digitais", desafiando os modelos tradicionais de negócios e apostando num futuro mais digital no setor de seguros.

A seguradora digital Acheel, com sede na França, anunciou que obteve a autorização para operar nos mercados da Espanha e Portugal em regime de Livre Prestação de Serviços (LPS), avançou o Tribune Assurance.

Francky Défossé e Ralph Ruimy, cofundadores da francesa Acheel avisam que a entrada em Portugal e na Espanha é apenas o início de um plano maior de expansão pela Europa. “Já temos projetos em discussão para outros países europeus”, afirmaram em comunicado.

Após mais de três anos de atuação no território francês, a seguradora especializada em serviços digitais quer ampliar sua presença internacional. Atuando tanto no modelo B2C (diretamente para o consumidor) quanto B2B2C (em parceria com outras empresas), a Acheel conta com mais de 42 produtos no portfólio e tem como objetivo estabelecer parcerias estratégicas com empresas locais.

A digitalização dos serviços financeiros nesses países oferece terreno fértil para a entrada de empresas inovadoras, como a Acheel, que pretende se destacar pela sua abordagem tecnológica.

De acordo com os cofundadores da companhia, Ralph Ruimy e Francky Défossé, a entrada em Portugal e na Espanha é apenas o início de um plano maior de expansão pela Europa. “Já temos projetos em discussão para outros países europeus”, afirmaram em comunicado. A ambição da Acheel é clara: “tornar-se líder europeu em seguros digitais”, desafiando os modelos tradicionais de negócios e apostando num futuro mais digital no setor de seguros.

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IV Corrida Multicare Vitality vai ser no Jamor e receitas revertem para Associação Prevenir

  • ECO Seguros
  • 24 Setembro 2024

Segundo o chief markting officer da Multicare e Fidelidade, Sérgio Carvalho, esta iniciativa alinha-se com o objetivo da empresa em ir além da proteção e promover um estilo de vida saudável.

A Multicare vai realizar a IV Corrida Multicare Vitality no dia 20 de outubro no Centro Desportivo Nacional do Jamor e a receita com as inscrições vão reverter na sua totalidade para a Associação Prevenir, anunciou a seguradora de saúde do Grupo Fidelidade em comunicado.

A corrida multicare Vitality tem percursos adaptados a diferentes faixas etárias e condições físicas. Nesse sentido, a pista abre para os adultos às 10h00 que podem correr distâncias de 5 ou 10 quilómetros ou completarem 5 quilómetros em caminhada. Já as crianças entre os 5 e 13 anos tem um percurso próprio de 300 metros ou um quilómetro, com início às 9h00. As embaixadoras da Multicare Vitality a apresentadora Isabel Silva e atleta e vice-campeã olímpica do triplo salto em Tóquio 2020 Patrícia Mamona vão participar no evento.

A inscrição tem um custo de cinco euros para adultos e dois para crianças e as receitas vão reverter para a associação que desenvolve programas longitudinais de prevenção de comportamentos de risco e promoção da saúde, que capacitam agentes para prover hábitos de vida saudáveis e competências nos indivíduos, desde a infância ate à terceira idade. Para inscrições aqui.

Segundo o chief markting officer da Multicare e Fidelidade, esta iniciativa alinha-se com o objetivo da empresa em ir além da proteção e promover um estilo de vida saudável. “Desde 2021 que realizamos esta corrida porque queremos ter um papel determinante e gerar impacto positivo no desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Cada vez mais o nosso papel vai bem além da simples proteção dos nossos clientes e sabemos que temos de ser agentes ativos na promoção de uma longevidade vivida e desfrutada com qualidade. A Corrida Multicare Vitality representa e materializa este nosso compromisso de promoção da saúde e da adoção de hábitos de vida saudável, contribuindo assim para uma longevidade sustentável.”, assinalou Sérgio Carvalho.

Com esta iniciativa, a empresa pretende consciencializar a população do impacto do exercício físico no bem-estar físico e psicológico. “Com a organização da Corrida Multicare Vitality pretendemos promover a conscientização sobre a importância do exercício físico para o bem-estar físico e psicológico ao longo da vida, convidando clientes e a população a participarem num evento familiar e descontraído.”, referiu Ana Rita Gomes, administradora da Multicare.

Assim como nas edições anteriores, a quarta corrida Multicare Vitality será organizada pela HMS Sports.

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Suevia nasce da fusão entre a corretora de seguros S4 e Sueiro

Com a mudança da marca, a Suevia tem como objetivo "proporcionar um novo impulso e maior notoriedade" ao projeto no negócio em Portugal.

Da fusão das corretoras de seguros S4 e Sueiro nasceu uma nova marca – a Suevia, com presença em Portugal, para a qual foi desenvolvida nova imagem e logótipo, anunciou a companhia em comunicado.

Alfredo Blanco, CEO da Suevia, assinalou durante o anúncio da nova marca que “a Suevia nasceu com um objetivo claro: ser a primeira mediadora de private equity independente, 100% galega, em Espanha e Portugal.”

A Suevia foi lançada e apresentada ao mercado no passado dia 12 de setembro na I Convenção Suevia em Vigo. O evento reuniu toda a sua equipa de Espanha e Portugal, assim como representantes de companhias de seguros, associações do setor e empresários galegos.

Entre as seguradoras parceiras da corretora apareceram responsáveis da Allianz, AXA, Caser, Generali e Mapfre, e, em nome da Administração Pública, Blanca García-señoráns Álvarez, diretora territorial do Ministério da Presidência, Justiça e Desponto na província de Pontevedra.

A empresa foi apresentada como uma corretora especializada em gestão de risco empresarial. “A Suevia nasceu com um objetivo claro: ser a primeira mediadora de private equity independente, 100% galega, em Espanha e Portugal. Sabemos onde queremos chegar, temos um plano de ação e uma estrutura para atingir o nosso objetivo”, disse Alfredo Blanco, CEO da Suevia, durante o anúncio da nova marca.

A convenção reuniu também as principais organizações do setor, como a Espabrok, ADECOSE e a AGACOSE. Representantes destas conversaram com Alfredo Blanco sobre os processos de transformação nos próximos anos, adaptação aos processos de mudança para trabalhadores e digitalização no trabalho das corretoras.

A presença digital da empresa está “a ser revista”, sendo que os websites (portugueses e espanhol) “surgirão com a nova imagem a breve trecho”.

O que significa esta mudança para o negócio em Portugal?

Com a mudança da marca, a Suevia tem como objetivo “proporcionar um novo impulso e maior notoriedade” ao projeto no negócio em Portugal.

A mediadora quer alcançar os negócios em expansão no norte da Península Ibérica e ser mediadora profissional das empresas localizadas desde o País Basco até ao Porto. “Esta área económica abrange um número muito importante de empresas, negócios e atividades em plena expansão. É, portanto, um espaço de futuro, com um horizonte de crescimento promissor, no qual a Suevia se posiciona como uma corretora especializada, com capacidade para atuar em ambos os países.”, refere a empresa em resposta ao ECOseguros.

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