Municípios do Centro, Norte e Lisboa são os melhores no desenvolvimento sustentável

  • Lusa
  • 21 Setembro 2024

Relatório sobre cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável aponta a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e o Alentejo como tendo um desempenho menos favorável.

O Centro, o Norte e a Área Metropolitana de Lisboa (AML) são as regiões de Portugal onde os municípios apresentam melhor despenho médio global no cumprimento de Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conclui um relatório.

As três regiões são destacadas no relatório “Estado dos ODS em Portugal. O que nos dizem os indicadores municipais da Plataforma ODSlocal”, que analisou como estão os vários territórios do país rumo às metas dos ODS da Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU), ao qual a Lusa teve acesso.

As regiões cujos municípios têm um desempenho médio global menos positivo são a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e o Alentejo“, contrapôs o relatório, divulgado por ocasião da Cimeira para o Futuro, que começa no domingo, na sede da ONU, em Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.

O encontro nas Nações Unidas visa “dar um novo impulso à concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável consagrados na Agenda 2030” e o relatório avaliou como está o cumprimento dos objetivos destinados a proteger o ambiente e a evitar o aquecimento global nos 308 municípios portugueses.

Foram avaliados os dados “mais recentes de 143 indicadores de progresso dos 17 ODS em relação às metas estabelecidas para cada um deles para o ano 2030”, esclarece-se no documento.

Municípios destacam-se na Educação, mas estão aquém na Ação Climática

“Atualmente, os ODS em que os municípios portugueses têm melhor desempenho médio são o ODS 4 — Educação de qualidade, o ODS 6 — Água potável e saneamento e o ODS 14 — Proteger a vida marinha“, lê-se no relatório, frisando que “todos os ODS estão a metade ou mais de metade do caminho a percorrer até 2030” para garantir um desenvolvimento sustentável do planeta.

O relatório excetua três ODS do patamar da metade ou acima da metade (o ODS 13 — Ação climática, o ODS 2 — Erradicar a fome e promover a agricultura sustentável e o ODS 5 — Igualdade de género), assinalando que estes “justificam, por isso, particular atenção”.

“Caso se mantenha a evolução da tendência verificada desde 2015 até hoje, as projeções para 2030 indicam uma melhoria generalizada dos ODS, ainda que para nenhum deles se preveja que venham a ser alcançadas 100% das respetivas metas“, estimou.

Risco de retrocesso nas cidades e comunidades sustentáveis

No entanto, há “exceções em relação a esta evolução globalmente positiva” nos ODS 11 — Cidades e comunidades sustentáveis e ODS 12 — Produção e consumo sustentáveis, objetivos que poderão “observar um retrocesso em termos de aproximação às metas definidas para 2030“.

“São, pois, cinco os ODS que justificam maior empenho a curto prazo: três porque têm progredido de forma insuficiente, pelo que necessitam de ser acelerados, e dois porque estão em risco de regredir, pelo que essa tendência tem de ser invertida”, propõem os relatores do documento.

Quanto às disparidades territoriais, o relatório alerta que “as sete regiões NUTS II de Portugal revelam disparidades intrarregionais (entre os municípios de cada região) e inter-regionais relativamente ao progresso dos vários ODS”.

O relatório indica também que existe uma “evolução desigual dos municípios em relação aos ODS”, com o “contexto ambiental, social, económico e cultural” a ser “relevante para o (in)sucesso do seu progresso em dois terços dos ODS”.

“Municípios ambientalmente mais cuidadosos com a integração da conservação da biodiversidade no ordenamento do território, socialmente mais conectados com base numa maior densidade populacional, economicamente mais prósperos em função do PIB [Produto Interno Bruto] por habitante, e promotores de uma cultura de paz e parcerias associada a uma população com níveis de educação mais favoráveis, têm melhor desempenho em mais de metade dos dezassete ODS […]”, conclui.

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Grupo SATA com prejuízos de 45 milhões no primeiro semestre

  • Lusa
  • 21 Setembro 2024

Número de passageiros transportados e receitas cresceram a dois dígitos, mas aumento dos custos operacionais e encargos com dívida empurram contas para o vermelho.

O grupo SATA manteve uma trajetória de crescimento de receitas no primeiro semestre do ano, mas os custos operacionais condicionaram o desempenho operacional e financeiro nesse período, segundo um comunicado da empresa aérea.

O crescimento contínuo das receitas mantém-se em 2024, atingindo cerca de 180 milhões de euros, o que representa um aumento de cerca 32 milhões de euros (+22%) quando comparado com o período homólogo de 2023″, referiu o comunicado da empresa aérea da Região Autónoma dos Açores.

No entanto, de acordo com a empresa, “a pressão sobre os custos fez recuar o EBITDA [resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações] para 6,5 milhões negativos, em comparação aos 3,6 milhões de euros positivos verificados no primeiro semestre de 2023″.

“O resultado líquido do Grupo SATA foi afetado pela pressão provocada pelo aumento dos custos operacionais, bem como nos gastos financeiros, fixando-se nos 45 milhões negativos“, segundo a nota.

“No primeiro semestre de 2024, o Grupo SATA transportou 1,174 milhões de passageiros, correspondendo a mais 166 mil passageiros (+16%), quando comparado com o período homólogo”, de acordo com a nota.

Segundo a empresa, a capacidade disponibilizada registou um aumento de 13% em comparação ao primeiro semestre de 2023, traduzindo-se num incremento geral da taxa de ocupação média (‘load factor’) do grupo em 2,6 pontos percentuais (p.p.), cifrando-se em 78,6%.

A SATA Air Açores, que faz os voos interilhas, registou um aumento de receita e de passageiros transportados e, apesar dos constrangimentos operacionais, o resultado líquido apresentou melhorias, fruto da redução de gastos financeiros.

Segundo o comunicado, a SATA Air Açores transportou 427 mil passageiros, +6% face ao primeiro semestre de 2023, tendo sido atingido um ‘load fator’ de 74,5%, superior ao ‘load factor’ do período homólogo (70,6%). A receita no primeiro semestre de 2024 atingiu os 51,4 milhões de euros (mais 6,1 milhões de euros quando comparado com o primeiro semestre 2023, +13,4%).

“O resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) foi negativo em 1,2 milhões de euros, que compara com os 0,1 milhões negativos verificados no primeiro semestre de 2023. O resultado líquido no primeiro semestre de 2024 foi negativo em nove milhões de euros, que compara com um resultado líquido negativo de 11,4 milhões de euros no período homólogo”, indicou a nota.

A SATA Internacional-Azores Airlines aumentou as suas receitas, mas também os custos operacionais impactaram de forma negativa nos resultados do semestre.

No primeiro semestre de 2024, A SATA Internacional “transportou 747 mil passageiros, +24% face ao primeiro semestre de 2023, com um ‘load fator’ de 81,1% (+1 p.p. face ao primeiro semestre de 2023)”.

Segundo o comunicado, “a receita totalizou 135,5 milhões de euros (+24,4 milhões de euros quando comparado com os primeiros seis meses de 2023)”.

“O resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) fixou-se em 4,9 milhões de euros negativos. O resultado líquido no primeiro semestre de 2024 foi negativo em 37,8 milhões de euros“, referiu a nota.

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Défice no primeiro semestre não inviabiliza meta de excedente em 2024

INE divulga na segunda-feira o saldo orçamental do segundo trimestre, em contabilidade nacional.

Um défice orçamental no primeiro semestre não deverá pôr em causa as perspetivas de um excedente orçamental na globalidade do ano. É pelo menos esta a expetativa das principais instituições económicas nacionais e internacionais e do Governo, que espera contar com a ajuda do bom desempenho da receita fiscal, nomeadamente do IRC, e das contribuições sociais na segunda metade de 2024.

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga na segunda-feira o saldo orçamental do segundo trimestre, em contabilidade nacional. Esta é a ótica utilizada nas comparações internacionais e na avaliação de Bruxelas, diferindo da contabilidade pública, apurada pela Direção-Geral de Orçamento (DGO), onde são considerados os recebimentos e pagamentos ocorridos em determinado período numa lógica de tesouraria.

Em contabilidade nacional, o Estado registou um défice orçamental de 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, o que compara com o resultado histórico alcançado no mesmo período do ano passado, quando o Estado obteve um excedente de 1,1% do PIB no arranque do ano.

Na ótica de caixa, as contas públicas registaram um défice de 2.731 milhões de euros até junho. Desde dezembro de 2022, quando o saldo global foi negativo em 3.590,8 milhões de euros, que não era tão elevado. O saldo até junho agravou-se em 178 milhões de euros face ao mês anterior e em 7.574,5 milhões de euros face ao período homólogo. Esta evolução resulta de um aumento da despesa (11,2%) aliado a uma diminuição da receita de 4,1%.

Os dados não permitem aferir conclusões sobre qual será o saldo em contabilidade nacional, uma vez que são feitos ajustamentos na passagem de uma ótica para outra, mas já sinalizam que ficará abaixo do excedente de 1% registado no segundo trimestre de 2023 e que contribuiu para um saldo positivo de 1,1% no conjunto da primeira metade desse ano.

No entanto, mesmo que Portugal registe um défice no primeiro semestre, as projeções económicas apontam para uma recuperação das contas públicas no resto do ano. Os dados da DGO relativos a julho revelam que as contas públicas passaram de défice a um saldo orçamental positivo de 1.059,8 milhões de euros, em contabilidade pública.

A ajudar os cofres do Estado esteve a receita fiscal, com destaque para o Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas (IRC), que rendeu aos cofres do Estado cerca de sete mil milhões de euros e deu mais motivos ao ministro das Finanças para confiar que irá chegar ao fim do ano com um ligeiro excedente orçamental. A receita com este imposto cresceu 36% em julho face ao período homólogo, quando se cifrou em 5.112,3 milhões de euros.

Se no primeiro semestre o Estado só tinha executado 39% da receita fiscal prevista para este ano, a situação mudou e esta percentagem não só subiu em julho para 55,6%, como 85% da receita de IRC estimada no Orçamento do Estado para 2024 já foi arrecadada.

Na última reunião de negociações com os partidos sobre o Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), o Governo indicou continuar a esperar um excedente de 0,2% ou 0,3% do PIB em 2024. A perspetiva de um saldo orçamental positivo é endossada por todas as organizações económicas e há mesmo quem até projete um excedente superior à meta do Ministério das Finanças.

Na atualização das previsões macroeconómicas divulgada esta semana, o Conselho das Finanças Públicas aponta, num cenário de políticas invariantes – ou seja, considerando as medidas que já se encontram em vigor ou aprovadas -, para um excedente orçamental de 0,7% em 2024, refletindo um melhor desempenho da receita fiscal e contributiva e dividendos, que “mais do que compensa o impacto das novas medidas de política e a atualização das medidas de resposta à inflação e ao choque geopolítico“.

Segundo a instituição liderada por Nazaré da Costa Cabral, aproximadamente 80% desse contributo da receita de impostos e contribuições sociais é devido aos impostos diretos, “concretamente à receita proveniente do imposto sobre o rendimento de pessoas coletivas (IRC), devendo-se o restante (0,2 pontos percentuais do PIB) às contribuições sociais”. No entanto, face ao saldo ajustado de efeitos não recorrentes (one-off) de 2023 estima-se uma redução em um ponto percentual (pp.) do PIB, refletindo o impacto das medidas de política económica aprovadas tanto no OE2024 como já em 2024.

Mais otimista do que o CFP, o Banco de Portugal prevê mesmo um saldo positivo das contas públicas de 1% em 2024. Entre as restantes instituições, o Fundo Monetário Internacional (FMI) aponta para um excedente de 0,2%, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 0,3% e a Comissão Europeia de 0,4%.

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Fitch mantém rating de Portugal mas melhora perspetiva para positiva

A agência prevê "um baixo risco de eleições antecipadas no próximo ano", mas admite que o Governo tenha de recorrer à gestão em duodécimos, o que "exigiria uma política orçamental mais rigorosa".

A Fitch manteve esta sexta-feira inalterado o rating de Portugal em ‘A-‘, mas melhorou a perspetiva de estável para positiva. A decisão surge depois de em março a agência de notação financeira norte-americana não ter mexido na avaliação da dívida soberana portuguesa.

Em 29 de setembro do ano passado, a Fitch subiu a notação de Portugal de ‘BBB+’ para ‘A-‘, mantendo a perspetiva estável. Um ano depois, em comunicado, elogia o contínuo progresso na redução do rácio da dívida pública, o compromisso com uma política orçamental prudente e a desalavancagem externa em curso, que considera reduzirem as vulnerabilidades do país.

A agência prevê “um baixo risco de eleições antecipadas no próximo ano”. No entanto, alerta que a posição minoritária do Governo “resulta em incerteza política”, incluindo “em relação à aprovação do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025)”.

Embora parta de um cenário em que a proposta orçamental é aprovada, admite ser possível que o Governo tenha de recorrer à gestão em duodécimos, o que “exigiria uma política orçamental mais rigorosa face à proposta de 2025”. Para a Fitch, esta gestão “também implicaria atrasos na implementação de políticas”.

A agência prevê que um crescimento económico moderado e um excedente orçamental “modesto”, de 0,2% do PIB este ano, reduzam a dívida pública de Portugal para 95,8% do Produto Interno Bruto (PIB) até ao final de 2024, face a 99,1% no final de 2023. Para este ano, a Fitch estima um “ligeiro aumento” da taxa de desemprego para 6,6%, seguido de uma redução para 6,4% entre 2025 e 2026.

Já a inflação deve cair de 5,3% para 2,6% em 2024 e estabilizar em torno dos 2% nos próximos dois anos.

A próxima agência a olhar para a dívida portuguesa será a Moody’s em 15 de novembro, fechando as avaliações deste ano. O rating é atribuído pelas agências de notação financeira, tendo impacto no custo de financiamento dos países e das empresas, uma vez que avalia o risco de crédito.

(Notícia atualizada às 22h18)

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Incêndios: APA realiza intervenção de emergência para travar arrastamento de terras para o rio Vouga

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

O objetivo passa por "minimizar aquilo que são as cinzas causadas pelos incêndios sobre a captação de água do Carvoeiro, que abastece toda a região de Aveiro".

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) vai efetuar uma “intervenção de emergência” nas linhas de água que afluem ao rio Vouga, colocando açudes de madeira para evitar o arrastamento de terras, anunciou esta sexta-feira o presidente da instituição.

Vamos fazer uma intervenção de emergência nas linhas de água que afluem ao rio Vouga para controlar aquilo que é o arrastamento das chuvas das cinzas para a massa de água”, revelou Pimenta Machado, em Faro, à margem da reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras.

O presidente da APA adiantou que os técnicos da entidade estão no terreno, em conjunto com as câmaras de Albergaria-a-Velha, de Águeda e de Aveiro, para avaliar a realização dessa intervenção. O objetivo, frisou, passa por “minimizar aquilo que são as cinzas causadas pelos incêndios sobre a captação de água do Carvoeiro, que abastece toda a região de Aveiro”.

A intervenção implica a colocação de “pequenos açudes de madeira para reter as cinzas”, evitando que elas cheguem ao Vouga e alterem “aquilo que é a qualidade na captação de água no Carvoeiro”, acrescentou Pimenta Machado. O presidente da APA disse que as situações mais preocupantes nas captações de água serão alvo de intervenções de emergência, estando a ser efetuado “um trabalho de grande articulação com os municípios” relativamente a esta matéria.

Também à margem da reunião da Sub-comissão Regional da Zona Sul da Comissão de Gestão de Albufeiras, a ministra do Ambiente e Energia, Graça Carvalho, declarou que o seu ministério está a acompanhar “toda a parte de paisagem ambiental”, com o levantamento da situação em parques e zonas protegidas e também a situação dos resíduos resultantes de incêndios nos leitos de água.

A APA está a acompanhar de perto e o senhor secretário de Estado do Ambiente faz parte daquela task-force daquele grupo que acompanha o senhor ministro da Coesão [Territorial, Castro Almeida] para fazerem o levantamento de todos os equipamentos que precisam de uma intervenção urgente”, apontou.

Sete pessoas morreram e 161 ficaram feridas devido aos incêndios que atingiram desde domingo sobretudo as regiões Norte e Centro do país, nos distritos de Aveiro, Porto, Vila Real, Braga, Viseu e Coimbra, e que destruíram dezenas de casas. A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) contabiliza cinco mortos, excluindo da contagem dois civis que morreram de doença súbita.

A área ardida em Portugal continental desde domingo ultrapassa os 121 mil hectares, segundo o sistema europeu Copernicus, que mostra que nas regiões Norte e Centro já arderam mais de 100 mil hectares, 83% da área ardida em todo o território nacional. O Governo declarou situação de calamidade em todos os municípios afetados pelos incêndios nos últimos dias e hoje dia de luto nacional.

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Cerca de 44 mil vacinas contra a gripe e covid-19 administradas no primeiro dia

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

A campanha de vacinação sazonal arrancou esta sexta com quase cinco milhões de vacinas contra a gripe e a covid-19 para administrar. Mais 25 farmácias aderiram este ano à campanha.

Perto de 44 mil vacinas contra a gripe e a covid-19 foram administradas no primeiro dia da campanha de vacinação sazonal, cerca de 32 mil das quais em farmácias, anunciou esta sexta-feira a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo adiantou a DGS à agência Lusa, até às 18:00, foram administradas 25.504 vacinas contra a gripe, 6.762 em unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e as restantes 18.742 em farmácias comunitárias do país. Quanto à vacinação contra a covid-19, no primeiro dia da campanha outono-inverno 2024-2025 foram dadas 18.490 doses, 13.773 nas farmácias e 4.757 nos centros de saúde, indicou ainda direção-geral.

A campanha de vacinação sazonal arrancou esta sexta com quase cinco milhões de vacinas contra a gripe e a covid-19 para administrar. Mais 25 farmácias aderiram este ano à campanha de vacinação, num total de 2.519 que vão funcionar em complementaridade com os centros de saúde, administrando as vacinas a utentes entre os 60 e os 84 anos e aos seus profissionais de saúde.

Este ano, a vacinação contra a gripe com dose reforçada é alargada às pessoas com 85 ou mais anos, para além das pessoas residentes em lares de idosos, similares e rede nacional de cuidados continuados integrados (RNCCI). Na quinta-feira, a DGS esclareceu que a exclusão da vacinação das farmácias a pessoas com 85 anos ou mais deve-se a “questões de logística” face à disponibilidade de vacinas contra a gripe de dose elevada e número de postos.

O Governo vai gastar 7,6 milhões de euros com a vacinação contra a covid-19 e a gripe nas farmácias e quer ter mais pessoas vacinadas até ao final de novembro do que em 2023.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 54 milhões de euros

  • ECO
  • 20 Setembro 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 54 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 54 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 20 de setembro:

Números: 16, 25, 29, 34 e 37

Estrelas: 3 e 7

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Governo reúne-se na 4.ª feira com parceiros sociais com valorização salarial na agenda

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

Esta será a quinta vez que as confederações patronais e as centrais sindicais vão estar sentadas à mesa da Concertação Social com o novo Governo.

O Governo e os parceiros sociais voltam a reunir-se na próxima quarta-feira em Concertação Social para discutir “a valorização salarial” e o “crescimento económico”, segundo a convocatória a que a Lusa teve acesso. Na ordem de trabalhos consta “a valorização salarial e crescimento económico”, entre outros assuntos.

O início da reunião está previsto para as 15:00 na sede do Conselho Económico e Social, em Lisboa, num encontro que será presidido pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, segundo a convocatória. Esta será a quinta vez que as confederações patronais e as centrais sindicais vão estar sentadas à mesa da Concertação Social com o novo Governo.

No último encontro, em 11 de setembro, estiveram presentes o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, o ministro da Economia, Pedro Reis, a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, o secretário de Estado do Trabalho, Adriano Rafael Moreira, e a secretária de Estado das Pescas, Cláudia Aguiar, além da ministra do Trabalho, que preside à Concertação.

À saída da reunião, Maria do Rosário Palma Ramalho assegurou que o Governo ainda não tinha “uma proposta” para o aumento do salário mínimo nacional, tendo ficado acordadas “reuniões bilaterais” sobre essa matéria até uma próxima reunião conjunta, que acontece já na quarta-feira.

A governante não confirmou uma eventual proposta do executivo para ir além do previsto do acordo de rendimentos e subir o salário mínimo nacional em 2025 para 860 euros, indicando que ainda não houve “uma proposta inicial do Governo” e que quando houver será negociada “com os parceiros” e só depois comunicada publicamente. Não obstante, sinalizou que gostava que as negociações ficassem concluídas antes do prazo-limite de entrega do Orçamento do Estado para 2025, ou seja, 10 de outubro.

Questionada sobre se o Governo está disponível para acolher a proposta da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) que tem em vista permitir que as empresas paguem voluntariamente aos trabalhadores um 15.º mês isento de IRS, a ministra disse apenas que “está confiante no que consta do programa do Governo”.

Do lado dos parceiros sociais, as centrais sindicais defenderam que o Governo pode ir “mais além” do que o previsto no aumento do salário mínimo para 2025, enquanto os patrões reiteraram que os aumentos salariais não podem ser descolados de indicadores económicos.

No que toca ao cenário macroeconómico, o Governo estima que a economia cresça 2% este ano e em 2025, apontando para excedentes orçamentais de 0,3% em 2024 e de 0,2% no próximo ano, segundo dados a que a Lusa teve acesso. Do lado da receita, o executivo estima que esta cresça entre 4% a 4,5% em 2024 e 2025, já a despesa corrente deverá aumentar 8% em 2024 e entre 4% a 5% em 2025.

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Relatório dos Serviços Secretos revela várias falhas em atentado a Trump

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

"É importante que nos responsabilizemos pelos fracassos de 13 de julho e que usemos as lições aprendidas para garantir que não voltaremos a ter outro fracasso de missão como este", disse o diretor.

Um relatório, divulgado esta sexta-feira, revela que falhas na comunicação com as autoridades locais prejudicaram o desempenho dos Serviços Secretos dos EUA no atentado ao ex-Presidente Donald Trump, em julho. Um documento de cinco páginas que resume as principais conclusões do relatório dos Serviços Secretos encontra falhas nas autoridades locais e federais que precederam o tiroteio de 13 de julho num comício de campanha em Butler, Pensilvânia, onde Trump foi ferido no ouvido.

Embora a resposta falhada tenha sido bem documentada através de depoimentos no Congresso, investigações dos meios de comunicação social e outras declarações públicas, o relatório marca a tentativa mais formal dos Serviços Secretos de catalogar os erros do dia.

“É importante que nos responsabilizemos pelos fracassos de 13 de julho e que usemos as lições aprendidas para garantir que não voltaremos a ter outro fracasso de missão como este”, disse o diretor interino dos Serviços Secretos, Ronald Rowe Jr., acompanhando a divulgação do relatório sobre a investigação interna da própria agência.

O relatório revela uma série de “deficiências de comunicação” antes do tiroteio cometido por Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, que foi baleado por um contra-atirador dos Serviços Secretos depois de ter disparado oito tiros na direção de Trump, a partir do telhado de um edifício a menos de 150 metros. O relatório acrescenta que os Serviços Secretos sabiam, mesmo antes do tiroteio, que o local do comício representava um desafio de segurança.

Entre os problemas detetados destaca-se o facto de que alguns polícias locais presentes no local não tinham conhecimento da existência de dois centros de comunicações no local, o que significa que os agentes não sabiam que os Serviços Secretos não estavam a receber a sua transmissão de rádio.

As autoridades policiais também comunicaram informações vitais fora das frequências de rádio dos Serviços Secretos. Este lapso foi especialmente problemático para a equipa de proteção de Trump, “que não estava informada do quão focadas estavam as autoridades estaduais e locais, nos minutos que antecederam o ataque, na localização do sujeito suspeito”.

Se soubessem, diz o relatório, poderiam ter tomado a decisão de proteger Trump enquanto a busca estava em curso. O relatório levanta ainda questões sérias sobre o motivo pelo qual nenhum polícia estava posicionado no telhado em que Crooks subiu antes de abrir fogo. Por outro lado, a equipa tática que operava no segundo andar do edifício não teve contacto com os Serviços Secretos antes do comício.

Esta equipa foi trazida por um departamento de polícia local para ajudar no evento, sem o conhecimento dos Serviços Secretos, refere o relatório. Os Serviços Secretos souberam antecipadamente que o local do comício – escolhido pela equipa de Trump, porque acomodava melhor o “grande número de participantes desejados” – era um desafio de segurança devido às linhas de visão que poderiam ser exploradas por um potencial atacante.

O relatório não identifica indivíduos específicos que possam ser culpados nem indica se algum membro do pessoal foi alvo de sanções, embora tenha sido relatado nos meios de comunicação social norte-americanos que pelo menos cinco agentes dos Serviços Secretos foram alocados a outras funções.

A diretora da agência na altura, Kimberly Cheatle, demitiu-se mais de uma semana após o atentado, dizendo que assumiu total responsabilidade pelos lapsos. A investigação dos Serviços Secretos é uma das inúmeras investigações, incluindo do Congresso e uma investigação de vigilância levada a cabo pelo gabinete do inspetor-geral do Departamento de Segurança Interna.

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Confagri envia carta a ministro da Agricultura e von der Leyen sobre regras anti-deflorestação

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

Se o regulamento anti-desflorestação ”for aplicado no prazo previsto, “poderá causar sérios prejuízos a todos os envolvidos nas cadeias de produção”, avida a confederação.

A confederação das cooperativas agrícolas pede ao ministro da Agricultura e à presidente da Comissão Europeia para refletirem sobre o prazo de implementação do regulamento anti-desflorestação.

A Confederação Nacional das Cooperativas Agrícolas e do Crédito Agrícola de Portugal (Confagri) indica que enviou na quinta-feira uma carta ao ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, apelando que “seja, na próxima reunião de Conselho de Ministros da Agricultura da UE, uma voz ativa e defensora da extrema necessidade de refletir sobre o timing da implementação do Regulamento Anti-Desflorestação”.

Paralelamente, a confederação sinaliza que vai também enviar uma carta à presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, sobre a mesma temática, alertando que, se o regulamento for aplicado no prazo previsto, “poderá causar sérios prejuízos a todos os envolvidos nas cadeias de produção”.

A confederação argumenta que “os atrasos consequentes” de Bruxelas em “disponibilizar orientações específicas, e mesmo em entregar uma plataforma de submissão de dados de rastreabilidade fidedigna e funcional, são uma realidade gritante”.

O presidente da Confagri avisa que se poderá chegar a 30 de dezembro (data estabelecida para a aplicação permanente das novas regras) sem se ter alcançado “uma transição pensada, equilibrada e razoável que não cause impactos negativos na produção nacional e em toda a cadeia de valor”.

Se vamos continuar a adotar medidas europeias, é essencial não só realizar estudos de impacto que analisem os efeitos das mesmas, mas sobretudo adaptar estas medidas às realidades dos produtores e indústrias de cada Estado-membro e prepará-los, com tempo e minúcia, para estas transições”, acrescenta Idalino Leão, citado em comunicado. Caso contrário, corre-se “o risco de causar sérios prejuízos no panorama comercial nacional e europeu”, remata.

Na quarta-feira, seis associações empresariais – APED, CAP, FIPA, Centromarca, IACA e APEL – anunciaram que subscreveram um manifesto a apelar à extensão do prazo para a implementação das novas regras anti-desflorestação da União Europeia, que visam proibir a importação de produtos como carne de bovino, café, cacau ou madeira que sejam provenientes de regiões desflorestadas.

No manifesto, as associações alertam que, além da burocracia e dos encargos financeiros, existe um risco real de as micro e pequenas empresas não conseguirem cumprir o regulamento por incapacidade de adaptação, com impacto em toda a cadeia, designadamente no que se refere à produção nacional.

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Fisco alerta para novos emails fraudulentos

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

Algumas dessas mensagens fraudulentas estão relacionadas com a declaração de IRS, bem como dívidas tributárias.

A Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) alerta para a existência de emails fraudulentos que estão a ser enviados a contribuintes com links de ligação, cujo objetivo é apoderar-se de dados pessoais

A Autoridade Tributária e Aduaneira tem conhecimento de que alguns contribuintes estão a receber mensagens de correio eletrónico supostamente provenientes da AT nas quais é pedido que se carregue em links que são fornecidos”, aponta o fisco, num aviso publicado na quinta-feira no Portal das Finanças, no qual alerta os contribuintes para nunca carregarem nos links em causa.

A AT partilha algumas dessas mensagens fraudulentas relacionadas com a declaração de IRS, bem como dívidas tributárias.

Como em alertas anteriores, a AT sublinha que estas “mensagens são falsas e devem ser ignoradas” e que “o seu objetivo é convencer o destinatário a aceder a páginas maliciosas carregando nos ‘links’ sugeridos”, o que nunca deve ser feito.

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Agosto foi o mês mais quente no globo e o décimo em Portugal desde 1931

  • Lusa
  • 20 Setembro 2024

Na Europa, "o valor médio da temperatura do ar foi mais 1.57 °C acima do valor médio 1991-2020, sendo o segundo agosto mais quente, depois do mesmo mês de 2022.

O mês de agosto de 2024 foi o mais quente a nível global e o segundo na Europa, enquanto em Portugal continental foi o décimo desde 1931, informou esta sexta-feira IPMA, indicando que aumentou a área em seca meteorológica. Segundo o boletim do clima do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), o mês de agosto em Portugal foi também o sétimo mais quente desde 2000.

O IPMA refere que em Portugal continental o mês de agosto de 2024 classificou-se como muito quente em relação à temperatura do ar e muito seco em relação à precipitação, sendo “o 10.º agosto mais quente desde 1931 e o 7.º mais quente desde 2000 com um valor médio da temperatura média do ar, 23.85 graus celsius (°C), 1.17 °C acima do valor normal 1981-2010″.

“O valor médio da temperatura máxima do ar, 31.08°C, registou uma anomalia de mais 1.66 °C em relação à normal. O valor médio da temperatura mínima do ar, 16.62 °C, foi superior ao normal, com uma anomalia de + 0.67 °C, sendo o 6º valor mais alto desde 2000”, informa o IPMA.

Segundo o boletim do clima referente a agosto, neste mês destacou-se um período quente relativamente longo (de 3 a 21 de agosto) de valores de temperatura máxima do ar acima do valor médio mensal, destacando-se os dias 10 e 16 com anomalias da ordem de mais 6.0 °C e com 15% das estações meteorológicas com uma temperatura máxima igual ou superior a 40 °C.

secaLusa

No período de 15 a 21 de agosto ocorreu uma onda de calor, que abrangeu em especial a região do Alentejo. Em relação à precipitação, agosto foi o 5.º mês mais seco desde 1931 e o mais seco dos últimos 35 anos, correspondendo o total da precipitação a apenas 6% do valor médio 1981-2010.

No mês de agosto não se registou precipitação significativa em todo o território, verificando-se mesmo ausência de precipitação em toda a região sul. Verificou-se um aumento da área em seca meteorológica que se estendeu a toda a região interior Norte e Centro. “A sul do Tejo predominaram as classes de seca moderada e severa, destacando-se os distritos de Beja (interior) e Faro (sotavento) com vários locais na classe de seca severa. No final de agosto cerca de 82% do território estava em seca meteorológica fraca a severa”, conclui o IPMA.

A nível global, adianta o IPMA, “o mês de agosto de 2024 foi o mais quente já registado (a par com 2023) com uma temperatura média global de 16.82 °C, 0.71 °C acima do valor médio 1991-2020.

Na Europa, “o valor médio da temperatura do ar foi mais 1.57 °C acima do valor médio 1991-2020, sendo o segundo agosto mais quente, depois do mesmo mês de 2022, refere o instituto, acrescentando que “as temperaturas do ar na Europa estiveram acima da média no sul e no leste europeu e abaixo da média sobre as partes noroeste da Irlanda e do Reino Unido, na Islândia, na costa oeste de Portugal e no sul da Noruega.

Os dados apontam ainda que o mês de agosto foi mais seco que a média na maior parte da Europa continental, incluindo o sul do Reino Unido e a Irlanda, os Alpes, os Balcãs, o noroeste da Rússia e o leste da Fennoscandia (ou Fino-Escandinávia), com áreas no sul e leste em seca e com ocorrência de incêndios florestais.

Foi também mais húmido do que a média na Islândia, no norte do Reino Unido e na Irlanda, grande parte da Fennoscandia, na costa norte da Europa continental, bem como no oeste da Rússia e Turquia.

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