Estado arrisca pagar indemnização a 79 dirigentes públicos de cargos que vão ser extintos

Governo vai reduzir em 25% as posições de chefia. Fim antecipado das comissões de serviço dita o pagamento de uma compensação desde que os diretores estejam em funções há pelo menos um ano.

O Estado arrisca pagar indemnização a 79 dirigentes de cargos que vão ser extintos, no âmbito da reforma da Administração Pública, desde que as suas comissões de serviço terminem antecipadamente e estejam em funções há pelo menos 12 meses, de forma ininterrupta, segundo o entendimento de juristas consultados pelo ECO.

“Os dirigentes têm direito a uma indemnização nos casos de cessação da comissão de serviço num cargo dirigente que se fundamente na extinção ou reorganização da unidade orgânica ou na necessidade de imprimir nova orientação à gestão dos serviços e desde que contem, pelo menos, 12 meses seguidos de exercício de funções no cargo”, de acordo com José Luís Moreira da Silva, sócio responsável pelo Departamento de Direito Administrativo e Contratação Pública da SRS Legal.

Do mesmo modo, Laëtitia Ferro Rodrigues, associada sénior da Abreu Advogados, salienta que “quem esteja em comissão de serviço, poderá ter direto a indemnização, quando a cessação da comissão de serviço se fundamente na extinção ou reorganização da unidade orgânica ou na necessidade de imprimir nova orientação à gestão dos serviços, desde que contem, pelo menos, 12 meses seguidos de exercício de funções”.

A reforma do Estado, aprovada pelo Executivo, prevê a redução de um quarto dos cargos de chefia, que irão passar de 315 para 236, o que deverá gerar uma poupança de 4,1 milhões de euros aos cofres públicos, estima o Executivo de Luís Montenegro. Há a garantia de que esta diminuição de diretores não implica despedimentos, como já tinha sublinhado o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, uma vez que o dirigente quando é afastado regressa ao ser cargo de origem quer seja na Função Pública quer seja no setor privado.

O diploma aprovado pelo Executivo estabelece que secretarias-gerais de oito ministérios serão fundidas numa grande secretaria-geral, sob a batuta de Luís Montenegro, que irá concentrar Ambiente, Economia, Educação, Finanças, Justiça, Saúde, Trabalho e Presidência do Conselho de Ministros. Mantêm-se autónomas as secretarias-gerais dos Negócios Estrangeiros, da Defesa Nacional e da Administração Interna. Assim, de 11 secretarias-gerais, o Executivo terá apenas quatro.

Quanto ao pagamento de eventuais indemnizações, o ECO perguntou ao Ministério da Presidência quantos diretores terão direito a receber uma compensação por verem a sua posição extinta e/ou reestruturada e qual o gasto previsto com indemnizações, mas, até ao momento, não obteve resposta.

No entanto, o Estado não tem de indemnizar o dirigente afastado, caso este seja designado para funções de nível igual ou superior e com vencimento igual ou superior, segundo a lei n.º 2/2004, de 15 de janeiro, que aprova o estatuto do pessoal dirigente dos serviços e organismos da administração central, regional e local do Estado.

“No caso de a comissão de serviço não ter tido uma duração igual ou superior a 12 meses com um exercício de funções de forma ininterrupta e/ou quando, após a cessação da comissão de serviço, se seguir no imediato o novo exercício de funções dirigentes no mesmo nível, ou superior ou de outro cargo público com nível remuneratório igual ou superior”, o trabalhador em causa não irá receber compensação alguma, aponta a jurista da Abreu Advogados.

Laëtitia Ferro Rodrigues alerta também que “quem esteja a exercer funções dirigentes em regime de substituição (não de comissão de serviço) não terá direito a indemnização, por a Lei nº 2/2004, de 15 de janeiro, o não prever”.

O valor da indemnização “corresponderá às diferenças salariais que se vierem a apurar, e que resultará do confronto entre a remuneração que é devida a título de comissão de serviço e a remuneração correspondente ao seu posto de trabalho de origem, tendo em consideração o tempo que faltar para o termo da comissão de serviço”, salienta Laëtitia Ferro Rodrigues.

Porém, existe um teto para o pagamento das compensações. “O valor da indemnização não poderá ultrapassar o valor correspondente à diferença anual das remunerações, nelas se incluindo os subsídios de férias e de natal”, acrescenta a mesma jurista.

António Ferreira dos Santos, inspetor-geral das Finanças desde 2021, é um dos seis dirigentes de entidades públicas que o Governo ‘convida’ a sair já no próximo mês de novembro. As respetivas comissões de serviço “cessam automaticamente”, lê-se no diploma que suporta a primeira fase da reforma do Estado.

Na lista dos cargos a eliminar, surgem ainda os dirigentes do Centro de Gestão da Rede Informática do Governo (CEGER), a Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública (ESPAP), a Secretaria-Geral da Presidência do Conselho de Ministros e as chefias dos centros de competência JurisAPP e PlanApp.

No processo gradual de fusão e reestruturação de serviços, para janeiro de 2025, fica entreaberta a porta para a cessação das direções das secretarias-gerais (SG) da Economia e do Ambiente e Energia. Em junho de 2025, será a vez das lideranças das SG das Finanças e do Trabalho. As restantes SG têm reestruturação marcada para janeiro de 2026.

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Juíza rejeita processo contra Trump no caso dos documentos secretos levados da Casa Branca

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

Donald Trump é acusado de reter documentos confidenciais após sair da Casa Branca.

A juíza responsável pelo caso em que Donald Trump é acusado de reter documentos confidenciais após sair da Casa Branca rejeitou esta segunda-feira todo o processo, considerando que a nomeação do procurador especial Jack Smith viola a Constituição.

Na decisão, que representa uma grande vitória para o ex-presidente candidato às presidenciais deste ano pelo Partido Republicano, a juíza Aileen Cannon atende ao pedido dos advogados de defesa e rejeita o caso que corre no estado da Florida.

A decisão da juíza distrital representa uma conclusão surpreendente e abrupta para um caso criminal que, na altura em que foi aberto, era amplamente considerado como a mais perigosa de todas as ameaças legais que o ex-presidente enfrentava.

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Zelensky favorável à participação russa numa próxima conferência de paz

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

É a primeira vez que o presidente ucraniano fala em conversações com a Rússia sem que as tropas russas se retirem do território ucraniano, como exigia anteriormente.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, manifestou-se esta segunda-feira favorável, pela primeira vez, a uma participação russa numa próxima cimeira de paz organizada por Kiev, após a ausência de Moscovo na conferência de junho na Suíça. “Penso que os representantes russos devem participar nesta segunda cimeira”, afirmou Zelensky durante uma conferência de imprensa em Kiev, segundo a agência francesa AFP.

O Presidente ucraniano disse esperar que um plano para a segunda reunião possa estar pronto em novembro. Zelensky não mencionou a cessação das hostilidades, mas o estabelecimento de um plano sobre segurança energética para a Ucrânia, cujas infraestruturas foram devastadas pelos bombardeamentos russos, a livre navegação no Mar Negro e a troca de prisioneiros.

A Rússia continua a ocupar quase 20% do território ucraniano e as perspetivas de um cessar-fogo ou de uma paz duradoura entre Kiev e Moscovo são mínimas nesta fase, após quase dois anos e meio de ataques russos em grande escala. É a primeira vez que Zelensky fala em conversações com a Rússia sem que as tropas russas se retirem do território ucraniano, como exigia anteriormente.

No passado, recusou também conversar com Moscovo enquanto Vladimir Putin estivesse no poder e chegou mesmo a assinar um decreto que tornava ilegais as negociações com Moscovo. A Ucrânia, liderada por Zelensky, afirma regularmente que quer recuperar todos os territórios ocupados pelo vizinho russo, incluindo a península da Crimeia, anexada por Moscovo em 2014.

Antes de qualquer negociação de paz, Kiev exige a retirada das forças russas atualmente presentes em solo ucraniano, ou seja, cerca de 700 mil soldados, segundo os números apresentados por Putin. Para negociar com a Ucrânia, Putin exige abandono das quatro regiões que Moscovo afirma ter anexado em setembro de 2023, além da Crimeia, e a garantia de que Kiev não vai aderir à NATO.

Tais exigências foram ignoradas por Kiev e pelos seus apoiantes ocidentais. Em meados de junho, realizou-se na Suíça uma primeira cimeira sobre a paz na Ucrânia. Cerca de cem países estiveram representados, mas a Rússia não foi convidada e a China, aliada diplomática e económica de Moscovo, decidiu não participar.

A Ucrânia já tinha proposto um plano de paz de 10 pontos, apoiado pelo Ocidente, que implicava a retirada incondicional das forças russas do território ucraniano. A Rússia rejeitou a proposta. Segundo uma sondagem divulgada hoje em Kiev, 44% dos ucranianos são a favor de negociações sobre o fim da guerra com a Rússia, 35% são contra e 21% não têm uma opinião clara.

Uma sondagem semelhante publicada em maio de 2023 mostrou que apenas 23% dos ucranianos eram a favor da abertura de negociações com a Rússia. A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 para “desmilitarizar e desnazificar” o país vizinho, segundo anunciou Putin na altura.

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Caso BESA: Álvaro Sobrinho e Salgado vão a julgamento

Álvaro Sobrinho e Ricardo Salgado vão a julgamento por burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais no âmbito do caso BESA.

Álvaro Sobrinho e Ricardo Salgado vão a julgamento por burla, abuso de confiança e branqueamento de capitais no âmbito do caso BESA. Também os ex-administradores do BES, Amílcar Morais Pires e Rui Silveira, e o ex-administrador do BES Angola, Hélder Bataglia, vão a julgamento. A decisão foi anunciada esta segunda-feira pela juíza Gabriela Assunção. Nenhum dos arguidos esteve presente na sessão.

A juíza considerou que há provas suficientes e que por isso é muito mais provável uma condenação em julgamento do que uma absolvição, deixando de parte vários argumentos invocados pelos arguidos, como os da defesa de Salgado que invocou o estado de saúde do seu cliente e reiterou a necessidade de uma perícia neurológica ao ex-presidente do BES.

“Concluiu-se que apesar dos défices cognitivos, tem boa capacidade de expressão, compreensão e raciocínio. Em todo o caso, o apuramento de real capacidade neurológica não é na fase de instrução”, disse a juíza.

O advogado de Salgado, Adriano Squilacce, afirmou à saída do tribunal que nos últimos processos as instruções têm sido “desconsideradas” nas medidas e detenções em que são requeridas pelos arguidos. “Em particular esta defesa ainda fica surpreendia com uma questão tão grave e gravosa da doença de Alzheimer ser desconsiderada inclusivamente para realização de perícias medicas neste processo“, disse.

Já Raul Soares de Veiga, advogado de Amílcar Morais Pires, sublinhou que esta era a “má” decisão que esperava, porque “a instrução está a transformar-se numa fase processual que não serve para nada”. “Foi tudo indeferido, todas as diligências de prova, de modo que só podia esta instrução ter sido rapidíssima”, disse.

Álvaro Sobrinho está acusado de 18 crimes de abuso de confiança agravado — cinco dos quais em coautoria — e cinco de branqueamento de capitais. Já ao ex-presidente do BES, Ricardo Salgado, foram imputados cinco crimes de abuso de confiança e um de burla qualificada, todos em coautoria.

Entre os arguidos estão ainda os ex-administradores Amílcar Morais Pires, visado por um crime de abuso de confiança e outro de burla; Hélder Bataglia, acusado de um crime de abuso de confiança; e Rui Silveira, que responde por um crime de burla.

Este processo baseia-se na concessão de financiamento pelo BES ao BESA, em linhas de crédito de Mercado Monetário Interbancário e em descoberto bancário. Por força desta atividade alegadamente criminosa, a 31 de julho de 2014, o BES encontrava-se exposto ao BESA no montante de perto de 4,8 mil milhões de euros.

As vantagens decorrentes da prática dos crimes indiciados neste inquérito contabilizam-se nos montantes globais de 5.048.178.856,09 euros e de 210.263.978,84 dólares norte-americanos, de acordo com a acusação do Ministério Público (MP) conhecida em julho de 2022.

Segundo o MP, além “das quantias movimentadas indevidamente a débito das contas do BESA domiciliadas no BES, em Lisboa, para crédito de contas de estruturas societárias que funcionaram em seu benefício pessoal, também em diversas ocasiões Álvaro Sobrinho utilizou a liquidez disponibilizada naquelas duas contas bancárias para fazer face ao pagamento de despesas na aquisição de bens e no financiamento direto da atividade de outras sociedades por si detidas”.

O MP defendeu que todos os arguidos devem ser julgados “nos termos exatos da acusação”, mas as defesas contestaram a tese da acusação, considerando assim que o tribunal não deve levá-los a julgamento.

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Bar Ogilvy ganha conta de criatividade da Galp

  • + M
  • 15 Julho 2024

A conta da Galp, ganha em consulta ao mercado, era trabalhada pela O Escritório e DDB. 

A BAR Ogilvy é a nova agência criativa da Galp. “É um orgulho podermos trabalhar uma marca portuguesa com uma história tão rica e um portfólio de comunicação também ele histórico. E como agência com um claro foco em criatividade e resultados, a exigência criativa da Galp não podia ser um estímulo melhor. Foi exatamente esse estímulo que nos deu força para agarrar esta oportunidade desde o primeiro minuto”, diz citado em comunicado Miguel Ralha, CEO e partner da agência.

“Toda a equipa da BAR Ogilvy está entusiasmada com as oportunidades que esta parceria vai trazer. A nossa equipa está preparada para levar a criatividade e a inovação a novos patamares, contribuindo para o sucesso contínuo da Galp”, prossegue.

A conta da Galp, ganha em consulta ao mercado, tem vindo a ser trabalhada pela O Escritório e DDB.

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Porto junta 450 alunos de todo o mundo na “maior academia de empreendedorismo da Europa”

Mais de 450 alunos, de 50 universidades de todo o mundo viajaram até ao Porto para participar no European Innovation Academy. Têm três semanas para desenvolver ideias que poderão ser futuras startups.

A cidade do Porto volta a acolher, pelo terceiro ano consecutivo, mais uma edição da European Innovation Academy (EIA), considerada a “maior academia dedicada ao empreendedorismo no continente europeu”. Ao longo de três semanas, mais de 450 estudantes (cerca de 70 portugueses), de cerca de 50 universidades de todo o mundo, irão participar em workshops, sessões de mentoria e eventos de networking.

Os estudantes têm três semanas para criarem a sua própria startup. Ao longo do programa intensivo que decorre entre 14 de julho a 2 de agosto, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto, os alunos têm o acompanhamento de 45 mentores das áreas de design, marketing, tech, business, pitching, life coaches, IP e investors.

“É com grande orgulho que a Universidade do Porto coorganiza, pelo terceiro ano consecutivo, a European Innovation Academy”, afirma o vice-reitor da Universidade do Porto. António de Sousa Pereira acrescenta ainda que “o evento representa uma oportunidade ímpar para centenas de estudantes de todo o mundo, mas é também uma oportunidade para a Universidade e a cidade promoverem o ecossistema de inovação do Porto a nível internacional“.

Entre os oradores estão nomes como Gideon Marks (cofundador da DogLog), Tanel Erm (head of microsoft development center Estonia), Zahra Tashakorinia (senior product manager da Amazon Lab126), Isaiah Harvin (senior product manager na Disney Streaming), entre muitos outros.

A European Innovation Academy detalha que “para as startups mais promissoras, o programa culminará num pitch, durante o qual terão a oportunidade de apresentar as suas ideias a um painel de conceituados investidores e business angels, provenientes de diversos pontos do mundo”.

Das edições anteriores do evento resultaram algumas startups como é o caso, em Portugal, da BreastScreening AI, liderada por Francisco Calisto, e da Clynx, liderada por Joana Pinto.

Esta também é uma oportunidade da Universidade do Porto, que coorganiza o evento com a Câmara Municipal, mostrar o seu dinamismo no ecossistema. “Mais do que ser o epicentro da inovação europeia, neste período do verão, estamos empenhados em continuar a posicionar a cidade enquanto território de inovação de topo, desenvolvendo esforços e iniciativas contínuas com resultados que muito nos orgulham”, afirma Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto e também vereador do pelouro da Inovação e Transição Digital, citado em comunicado.

Desenvolvido ao longo de cinco anos por instituições de Silicon Valley, universidades de Stanford e Berkeley, e pela Google, a EIA foi fundada na Estónia em 2013. Desde 2017 que a instituição organiza os programas de verão em Portugal, sempre com o apoio do Santander Universidades, com as últimas três edições a serem realizadas no Porto, depois das quatro anteriores terem decorrido em Cascais. Até ao momento, este programa já contou com a participação de 25 mil universitários e professores provenientes de cerca de 85 países.

A cerimónia inaugural realizou-se esta segunda-feira na Faculdade de Economia da Universidade do Porto e contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal do Porto, Filipe Araújo e do reitor da Universidade do Porto, António de Sousa Pereira.

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Definição de uso de verba para destilar vinho feita até 31 de agosto

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

"Vamos definir a portaria para se utilizar da melhor forma estes 15 milhões de euros", referiu José Manuel Fernandes, sobre a proposta da Comissão Europeia para a destilação de excedentes de vinho.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, disse esta segunda-feira que até 31 de agosto estará definida a portaria para a utilização dos 15 milhões de euros propostos pela Comissão Europeia para a destilação de excedentes de vinho.

“Ainda estamos a definir os montantes de que podemos precisar até 31 de agosto, vamos definir a portaria para se utilizar da melhor forma estes 15 milhões de euros”, referiu José Manuel Fernandes, ressalvando que esta verba proveniente de uma reserva de crises terá ainda de ser aprovada pelo Colégio de Comissários, o que deverá acontecer esta semana.

O ministro, que falava aos jornalistas à margem de uma reunião com os seus homólogos da União Europeia (UE), referiu que quer também utilizar as verbas disponíveis para a promoção internacional dos vinhos portugueses – e que têm sido cativadas pelos responsáveis pelas Finanças – como uma medida para combater os excessos no mercado.

“Estamos a definir os montantes que podemos precisar para tudo isto até 31 de agosto”, referiu, acrescentando ainda que “na reprogramação do Pepac [Plano Estratégico da Política Agrícola Comum] haverá 14,2 milhões de euros para a promoção. O novo Pepac, salientou, irá ainda prever a colheita verde, para prevenir excessos no mercado, evitando a destilação de excedentes para produzir álcool industrial, prática que vai ser financiada pela UE em 15 milhões de euros e se aplica a 34 milhões de litros de vinho tinto de denominações de origem protegida (DOP) e indicações geográficas protegidas (IGP).

A destilação dos excedentes “é apenas um paliativo” para um problema que se acumulou e não uma solução. Para evitar os excedentes de produção, José Manuel Fernandes referiu que os principais países produtores, como França e Espanha, promovem o arranque de vinha e a colheita verde. O ministro apontou ainda o dedo a um “ataque ao vinho tinto e, nomeadamente, um ataque ao consumo mesmo moderado do vinho” à escala da UE, o que obriga à procura de novos mercados.

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Natixis lança campanha de atração de talento jovem pela mão da FES Agency

  • + M
  • 15 Julho 2024

A agência portuense desenvolveu o conceito deste programa de trainees, o que incluiu a evolução do naming, a criação da identidade visual associada à campanha e o desenvolvimento de um site.

A FES Agency foi a responsável pela criação da “We Want You“, campanha de atração de talento jovem da Natixis, que contempla cerca de 200 oportunidades de estágios remunerados, em regime híbrido, para recém-graduados.

A agência portuense desenvolveu o conceito deste programa de trainees, o que incluiu a evolução do naming, a criação da identidade visual associada à campanha e o desenvolvimento de um website que visa apoiar os interessados.

“Quando a Natixis nos lançou a oportunidade de inovar e de dar, ao mesmo tempo, continuidade ao conceito da edição anterior – We Want Your Brain – pensámos em algo que pudesse afirmar ainda mais o desejo da empresa em apostar na pessoa de forma particular e nas skills de cada um. Estamos felizes com o conceito que propusemos e com toda a dinâmica que foi e está a ser criada à volta do naming, tanto no digital, como no próprio escritório”, explica Liliana Castro, CEO da FES Agency, citada em comunicado.

Com a campanha ‘We Want You’, acreditamos ter evoluído naquele que já era um conceito de enorme sucesso, procurando ir ainda mais longe na valorização das pessoas e do talento que procuramos para a Natixis. Este é um projeto muito especial porque foi concebido com os nossos trainees, que agora são também a cara da campanha. O ‘We Want You’ é o reflexo perfeito da nossa employer value proposition, mostrando que quem se junta a nós pode construir o seu futuro, enquanto constrói o futuro da banca”, diz, por sua vez, Nádia Leal Cruz, head of communication and sustainability na Natixis em Portugal.

As candidaturas de recém-graduados ao programa podem ser submetidas até dezembro deste ano através do website.

A FES também já tinha sido responsável pelo planeamento e organização do Natixis League of Legends Challenge (realizado a 29 de junho), e vai planear um outro evento para a Natixis em Portugal, que vai ser anunciado “em breve”, adianta-se em nota de imprensa.

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Governo quer modelo único para subsídio de mobilidade nas regiões autónomas

  • Lusa
  • 15 Julho 2024

"Não é possível explicar porque é que existe uma diferença de tratamento entre duas regiões autónomas e duas regiões insulares”, afirmou o secretário de Estado das Infraestruturas.

O Governo defendeu esta segunda-feira um “modelo único” para o subsídio social de mobilidade para assegurar um “tratamento homogéneo” entre as regiões autónomas, adiantando que ainda não está definido o valor máximo elegível para residentes nos Açores.

“É muito importante termos um modelo único para as duas regiões autónomas. Não é possível explicar porque é que existe uma diferença de tratamento entre duas regiões autónomas e duas regiões insulares”, afirmou o secretário de Estado das Infraestruturas.

Hugo Espírito Santo falava aos jornalistas em Ponta Delgada, após uma reunião com secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas do Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM). O secretário de Estado insistiu que o subsídio social de mobilidade deve assegurar um “tratamento homogéneo” entre os Açores e a Madeira.

“Precisamos, de facto, desse tratamento homogéneo entre regiões, reconhecendo tudo aquilo que são as diferenças e as semelhanças entre as mesmas”, reforçou. Hugo Espírito Santo salientou a “preocupação muito forte” do Governo da República com as “fraudes e abusos” relacionados com o subsídio de mobilidade, defendendo que é preciso “estancar imediatamente” a ausência de limites na taxa de emissão dos bilhetes.

“Ao longo dos últimos anos, tudo aquilo que são os relatórios da Inspeção-Geral de Finanças e da ANAC [Agência Nacional de Aviação Civil] mostram um agravamento dos custos com as viagens dos residentes insulares sem que isso tenha, de facto, um reflexo no preço médio das mesmas”, justificou.

Em 31 de maio, já depois de ter anunciado a intenção de rever o modelo de subsídio de mobilidade, o ministro das Infraestruturas defendeu, na comissão de Economia do parlamento açoriano, a implementação nas “próximas semanas” de um limite máximo elegível de cerca de 600 euros para o apoio, medida criticada por todos os partidos durante a audição.

Quando questionado, o secretário de Estado disse esta segunda que o valor máximo ainda não está definido, remetendo a questão para as conclusões do grupo de trabalho que está a elaborar a revisão do subsídio, cujo trabalho vai terminar a 15 de setembro. “Vai ser, provavelmente, partilhado com as conclusões do grupo de trabalho”, afirmou, a propósito do teto máximo que vai ser definido para os residentes açorianos, um limite que já existe no caso dos residentes na Madeira.

A secretária do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas reiterou a discordância do executivo açoriano com a imposição de um limite e disse “aguardar com expectativa” as conclusões do grupo de trabalho. “A posição do Governo Regional é manter o subsídio sem limite, porque foi assim que foi concebido. De qualquer forma, o grupo de trabalho está a funcionar. A nossa preocupação, de todos nós, é evitar situações de abuso e as de fraude entregá-las mesmo às instâncias próprias”, afirmou.

Berta Cabral realçou a importância de encontrar um modelo que permita ao passageiro pagar apenas o valor definido na lei, sem a necessidade de adiantar a verba e de posterior reembolso. “Há um grupo de trabalho que está a encontrar as melhores soluções para o subsídio de mobilidade, tentando desburocratizar e simplificar, cujo foco principal é que o residente pague apenas a tarifa de residentes e não haja a necessidade de adiantar o total do bilhete”, destacou.

Nos Açores, o subsídio social de mobilidade permite aos residentes no arquipélago deslocarem-se para o continente com uma tarifa aérea máxima de 134 euros. Porém, é necessário adquirir inicialmente a passagem pelo preço de venda e só depois de efetuada a viagem todo o valor acima desta meta de 134 euros é ressarcido a título de reembolso pelo Estado. Na Madeira, foi fixado para os residentes o valor de 86 euros nas ligações de ida e volta para o território continental, valor que pode aumentar se a viagem exceder o teto máximo de 400 euros.

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Miranda Sarmento avisa que OE não deve ser “chumbado” nem “desvirtuado”

Ministro das Finanças defende que o melhor para o país é a aprovação do Orçamento do Estado para 2025, seguindo as medidas previstas no Programa de Governo.

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, defendeu esta segunda-feira a necessidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) ser aprovado, mas avisou que as medidas contempladas devem seguir o Programa de Governo, não devendo ser desvirtuado no âmbito das negociações com os partidos.

A posição de Miranda Sarmento foi transmitida em declarações aos jornalistas, à entrada para a reunião do Eurogrupo, que se realiza esta segunda-feira em Bruxelas.

A melhor solução para o país é ter um Orçamento do Estado aprovado, que siga o Programa do Governo, que não seja nem chumbado, nem desvirtuado“, disse.

As declarações de Miranda Sarmento ocorrem numa altura em que o Governo e o PS têm atirado publicamente de forma mútua responsabilidades sobre a aprovação do Orçamento do Estado (OE2025).

Em entrevista ao Jornal de Negócios e à Antena 1, o antigo ministro da Economia (PS) Pedro Siza Vieira, questionado sobre se o PS deve viabilizar o documento, disse ser “conveniente e importante para o país que o OE seja aprovado“. “Tenho a convicção de que nenhum dos partidos que está neste momento representado do Parlamento tem interesse em que o OE não seja aprovado. Acho que nenhum deles tem vontade de ir para eleições ou permitir que o país continue a ser governado em duodécimos durante o ano de 2025, muito menos que possa haver qualquer estilo de crise política”, afirmou o ex-governante.

Para Pedro Siza Vieira, “o Governo apresentará uma proposta de OE e das duas uma: ou o Chega vota a favor e isso permite que os demais partidos votem contra, ou o Chega abstém-se e só com a abstenção também do PS é que a viabilização pode suceder. Portanto, andam aqui num jogo de sombras, em que basicamente cada jogador condiciona a jogada do outro.”

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, voltou ainda a remeter comentários sobre a descida de IRS do PS para após a decisão do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa. Questionado em Bruxelas sobre o fim do prazo para que Marcelo Rebelo de Sousa pedisse a fiscalização preventiva do diploma pelo Tribunal Constitucional, Miranda Sarmento reiterou que continua a considerar que a medida viola a norma-travão.

O Presidente da República pode agora devolver o diploma ao Parlamento, promulgar ou promulgar, mas pedir a fiscalização sucessiva ao Palácio de Ratton.

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Metro de Lisboa arranca com estudos técnicos para expansão até à Costa da Caparica e Trafaria

Empresa vai iniciar os estudos técnicos do projeto da expansão até à Costa da Caparica e Trafaria. Obras deverão arrancar dentro de cinco a sete anos, diz ministro das Infraestruturas.

A Câmara Municipal de Almada, o Metropolitano de Lisboa e a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) assinaram esta segunda-feira um protocolo de cooperação para a expansão do metro até à Costa da Caparica e Trafaria, passando por Santo António e São João. Os 6,6 quilómetros do novo troço vão permitir uma ligação direta ao transporte fluvial e uma dinamização da economia local.

O Metropolitano de Lisboa vai iniciar agora os estudos técnicos. Com este protocolo avança, assim, o estudo, planeamento e concretização do projeto de extensão do Metro Sul do Tejo, nomeadamente no que toca ao objeto, custos, faseamento e definição do traçado.

Incentivar à redução da utilização do carro e, por consequência, o tráfego rodoviário, indo ao encontro do compromisso de Portugal de atingir a neutralidade carbónica em 2050, é um dos objetivos desta empreitada.

Cerimónia de assinatura do protocolo da expansão do Metro até à Costa da Caparica e Trafaria15 julho, 2024

Espera-se, por isso, “uma diminuição significativa do tráfego automóvel nas principais vias de acesso à Costa da Caparica e Trafaria, contribuindo para um ambiente mais limpo e menos congestionado”, referem as entidades num comunicado conjunto.

A empreitada consiste num “passo significativo na melhoria do transporte público, oferecendo uma alternativa rápida, eficiente e ecológica aos habitantes e visitantes destas zonas costeiras”, detalham na mesma nota.

Este novo troço também vai contribuir para o desenvolvimento económico da região, captando novos negócios e oportunidades de emprego. Além de vir a representar um acesso mais fácil e rápido às praias da Costa da Caparica, sendo uma mais-valia para moradores e turistas.

No âmbito deste protocolo, compete ao Metropolitano de Lisboa a gestão do projeto, estabelecendo e assegurando a colaboração entre as partes. Terá de desenvolver e/ou promover o relatório de diagnóstico, assim como fazer a avaliação da viabilidade técnica-económica do traçado de referência e a realização de serviços de cartografia e de topografia.

Já o município de Almada deve estabelecer as condições de inserção urbana do novo traçador, no território sob sua tutela administrativa, nomeadamente de harmonização com as áreas urbanas contempladas pelo novo troço.

Já a TML terá de garantir a articulação e gestão do projeto de expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica, abrangendo os estudos sobre tráfego e procura, além da harmonização das opções de transporte público com os restantes modos de transporte e tarifário na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Obras deverão arrancar dentro de cinco a sete anos

À margem da cerimónia, o ministro das Infraestruturas disse esperar que as obras para a extensão do Metro Sul do Tejo à Costa de Caparica e à Trafaria possam arrancar dentro de cinco a sete anos. Em declarações à agência Lusa, Miguel Pinto Luz afirmou: “Eu diria que dentro de cinco, seis, sete anos podemos estar a pensar em obras no terreno e material circulante adquirido”.

“Nós hoje não lançámos o Metro Sul do Tejo, lançámos estudos e tencionamos, nos próximos três anos, apresentar estes estudos”, com o valor do investimento incluído, frisou o governante.

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Ex-publicitária “embarca” em agência de eventos ao ar livre na região de Setúbal

Após trabalhar vários anos em agências de publicidade, a lisboeta Vanessa Lima mudou-se para Setúbal para criar a Sea Life Lovers, que emprega 15 pessoas e organiza eventos corporativos ao ar livre.

Natural de Lisboa, Vanessa Lima trabalhou durante vários anos em agências de publicidade como diretora de contas e no planeamento estratégico, um trabalho que implicava muitas viagens. Ao perceber que a filha sentia “saudades” e falta da figura maternal, decidiu então “mudar de vida” para ter mais tempo para a família.

Movida pela paixão que nutre desde criança pela natureza, já que o pai praticava caça submarina, mudou-se para Setúbal e criou em 2014 a Sea Life Lovers, uma agência de eventos náuticos, de praia e de natureza privados ou corporativos. As atividades são realizadas entre Azeitão, Serra da Arrábida, Setúbal, Troia e Comporta, com um limite máximo de 250 pessoas.

“Criamos agendas entre água e terra com várias dinâmicas e sempre em exclusividade. Trabalhamos com clientes particulares, mas o nosso core é corporativo e internacional”, explica ao ECO/Local Online a empreendedora de 46 anos, licenciada em Relações Públicas e Publicidade, e pós-graduada em Comunicação e Marketing pelo Instituto Superior de Novas Profissões.

Vanessa Lima detalha que “todas as atividades que desenvolvem são exclusivamente para grupos e feitas à medida”. No entanto, os programas podem ser direcionados também para Incentive Groups, seja em lazer ou profissionalmente. Os eventos corporativos pesam entre 80% a 90% da faturação da Sea Life Lovers, tendo clientes como o Bankinter ou os CTT. Dentro deste segmento, o peso dos clientes internacionais ronda os 60% a 70%, sejam empresas estrangeiras sediadas em Portugal ou até grupos que vêm propositadamente a Portugal.

A Sea LifeLovers, que emprega 15 pessoas, tem parcerias de exclusividade com a Herdade da Comporta, Vinhos José Maria da Fonseca e o Troia Resort com o projeto Back on Track – Your Geocaching Reference, que funciona como uma espécie de caça ao tesouro digital através de coordenadas GPS.

“Criámos a aplicação e desenvolvemos os conteúdos do próprio lugar. É um desafio em termos corporativos e motivacionais para grandes equipas, que alia a parte histórica, gastronómica e cultural”, explica Vanessa Lima. No caso da Herdade da Comporta, a atividade consiste na “busca pelo néctar dos deuses”, enquanto nos Vinhos José Maria da Fonseca é em “busca de um moscatel de Setúbal”. Este tipo de atividades tem um custo aproximado de 50 euros por pessoa.

O meu objetivo em termos de vida está a ser cumprido. Consigo ter mais tempo e uma qualidade de vida muito melhor do que a que tinha anteriormente.

Vanessa Lima

Fundadora da Sea Life Lovers

Dez anos depois de arriscar mudar de vida e criar a sua própria agência de eventos, Vanessa Lima não tem dúvidas que o “objetivo em termos de vida está a ser cumprido”. “Consigo ter mais tempo e uma qualidade de vida muito melhor do que a que tinha anteriormente”, enfatiza a gestora, que passou por agências como a Young & Rubicam ou a DDB Lisboa.

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