Banqueiros centrais, em Sintra, entre o otimismo contido e a busca de confiança

Primeiro dia de debates do Fórum do BCE, em Sintra, ficou marcado pelas poucas pistas de Christine Lagarde e Jerome Powell sobre novos cortes nas taxas de juro. Banqueiros querem mais dados.

Quebrando a tradicional neblina que muitas vezes assombra o Fórum do Banco Central Europeu (BCE), em Sintra, o sol brilhou no Penha Longa, no primeiro dia de debate, mas nem por isso o otimismo entre os banqueiros centrais deixou de ser contido. Ao longo do primeiro dia de trabalhos, a mensagem foi-se repetindo entre membros do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federa norte-americana (Fed): o processo de desinflação está a fazer progressos, mas é preciso maior clareza.

Os primeiros avisos chegaram ainda antes da abertura da ordem de trabalhos, pela voz do vice-presidente do BCE Luís de Guindos. Em entrevista à CNBC, o responsável espanhol afirmou que a instituição não tem “uma trajetória pré-determinada para os juros da zona do euro” e afirmou que perante a incerteza as decisões serão tomadas reunião a reunião.

Apesar de esperar que a trajetória da inflação continue em sentido descendente, advertiu que os próximos meses serão desafiantes para a inflação na zona euro. Um alerta que horas mais tarde foi repetido pela presidente da instituição, Christine Lagarde.

No painel do debate dos governadores – antecipado este ano em um dia, devido ao feriado da independência dos Estados Unidos no dia 4, que leva alguns participantes a deixarem Portugal mais cedo do que o habitual -, no qual também participaram o presidente da Fed, Jerome Powell, e o governador do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto, Lagarde considerou que os dados revelados pelo Eurostat, na manhã de terça-feira, que indicam uma desaceleração da taxa de inflação da zona euro para 2,5% em junho, são “positivos”, mas o percurso dos próximos meses vai ser acidentado.

Não precisamos ter a inflação dos serviços a 2%. Mas precisamos de ver os lucros a absorver os aumentos salariais

Christine Lagarde

Presidente do BCE

Lagarde repetiu a mensagem do jantar de boas-vindas de que a zona euro está “muito avançada no processo de desinflação” e que a inflação “está a seguir na direção certa”, mas é preciso ver, por exemplo, o comportamento dos serviços e os lucros a absorver os aumentos salariais, explicou a líder do BCE.

A inflação dos serviços é, aliás, uma das componentes às quais o BCE está mais atento. Os serviços registaram a taxa anual mais elevada em junho (4,1%, o mesmo valor face a maio) e, segundo Lagarde, não é apenas resultado do “efeito Taylor Swift” – em alusão à digressão da cantora pela Europa e que tem feito disparar, por exemplo, os preços dos hotéis nas cidades que recebem os concertos.

No entanto, os dados de junho “não foram suficientemente claros” relativamente aos serviços, de acordo com o economista-chefe, Philipe Lane, que em declarações à CNBC, à margem do evento, vincou que a instituição tomará decisões reunião a reunião e é prematuro avançar coma timeline.

Christine Lagarde, presidente do BCE, no painel de debate dos governadores © Your Image for the ECB

 

Apesar de durante a manhã, economistas terem defendido que o BCE pode continuar a reduzir gradualmente os juros ao longo dos próximos meses, Lagarde não abriu o ‘jogo’ sobre a ação futura do Conselho de Governadores. Depois de na reunião de junho ter cortado as taxas de juro, pela primeira vez em cerca de cinco anos, os mercados já descontam que o BCE não avançará com uma nova descida na reunião deste mês. Contudo, continuam expectantes sobre a reunião de setembro.

Apesar de Lagarde sublinhar que são necessárias políticas restritivas, para o governador do Banco de Portugal haverá “mais alguns cortes de taxas do BCE este ano”. Em declarações à Bloomberg, Mário Centeno defendeu, contudo, que é preciso ser prudente com as taxas de juro.

Se Lagarde escondeu o jogo, o presidente da Reserva Federal norte-americana seguiu-lhe o caminho. Jerome Powell afirmou ser preciso maior confiança “antes de reduzir as taxas de juro”. “Precisamos de ver mais dados como os que temos visto recentemente”, explicou Powell, acrescentando que “os dados representam progressos significativos”.

Precisamos de estar mais confiantes antes de reduzir as taxas de juro. Precisamos de ver mais dados como os que temos visto recentemente

Jerome Powell

Presidente da Reserva Federal norte-americana

O responsável do banco central americano sublinhou que a Fed está a ponderar cuidadosamente os riscos associados a quaisquer mudanças que possam ocorrer no ciclo da política monetária. “Estamos bem cientes do risco de cortar demasiado cedo ou demasiado tarde. Os riscos estão a tornar-se muito mais equilibrados”, argumentou.

Jerome Powell, presidente da Reserva Federal norte-americana, no painel de debate dos governadores © Your Image for the ECB

Ciclos da política monetária centram hoje atenções

Depois dos dois dos principais banqueiros centrais mundiais terem defendido cautela na condução da política monetária, o programa do segundo dia de debates abre com uma sessão conduzida por Luis de Guindos sobre os ciclos da política monetária. É neste âmbito que será apresentado a análise dos economistas Kristin Forbes, Jongrim Ha e M. Ayhan Kose, sobre o “efeito borboleta” das taxas de juro pela mão do BCE e da Fed, no qual consideram que a divergência da política monetária do BCE e da Fed confere complexidade ao ambiente económico atual, pelo que argumentam que prudência e gradualidade são essenciais na gestão das taxas de juro.

Segue-se uma apresentação sobre o passado, presente e futuro da produtividade na zona euro, um painel de debate sobre os drivers do equilíbrio das taxas de juro e uma conversa sobre o sistema financeiro internacional.

O dia como tradicionalmente com a cerimónia de entrega do Prémio Jovem Economista e com as declarações finais da presidente do BCE.

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Auditoria de 2016 elogia venda da ANA e contraria conclusão de 2024

Relatório do Tribunal de Contas, nunca publicado, considera que a privatização maximizou o valor da venda. Ainda assim, modelo regulatório fragilizou a posição do Estado e dos consumidores.

O Tribunal de Contas divulgou no início do ano um relatório com duras críticas ao processo de privatização da ANA – Aeroportos de Portugal conduzido pelo Governo de Passos Coelho. Uma avaliação da mesma entidade feita há oito anos e nunca tornada pública faz, no entanto, uma avaliação oposta da operação, concluindo que foi adequada “à luz dos interesses dos contribuinte” e maximizou o valor da venda. Os dois relatórios coincidem, ainda assim, num ponto: O contrato de concessão beneficiou a concessionária em detrimento do Estado.

O PCP queria uma Comissão Parlamentar de Inquérito à venda da ANA à Vinci, consumada em 2013, mas a pretensão não passou no Parlamento. Os responsáveis políticos e gestores envolvidos na operação vão, no entanto, ser ouvidos na Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação. O que levou o PSD a apresentar um requerimento para que o Tribunal de Contas enviasse a auditoria remetida para contraditório ao então ministro das Finanças, Mário Centeno, no início de 2016. O processo foi interrompido na altura e a auditoria nunca chegou a ser votada nem publicada.

O relatório, que já está na posse dos deputados, faz uma avaliação da privatização da gestora dos aeroportos nacionais à Vinci bem diferente daquela que foi divulgada pelo mesmo Tribunal de Contas no início deste ano, como já refere uma peça de abril da TVI.

Na auditoria de 2016 pode ler-se que “considerando o valor do encaixe realizado por negociação particular, conjugado com a OPV reservada a trabalhadores, constata-se que a opção tomada se revelou adequada à luz dos interesses dos contribuintes, uma vez que o mesmo foi superior ao valor da avaliação”.

A ANA foi alienada à Vinci por 3.080 milhões de euros, superando a avaliação máxima feita quer pelo Crédito Agrícola (2.525 milhões) quer pelo banco BIG (2.540 milhões). Excedeu também largamente os 2.440 milhões oferecidos na segunda maior proposta vinculativa, apresentada pelo consórcio Fraport/IFM.

O balanço da operação foi positivo pois cumpriu o seu objetivo principal: a redução da dívida pública maximizando o valor da venda.

Auditoria do Tribunal de Contas de 2016

O balanço da operação foi positivo pois cumpriu o seu objetivo principal: a redução da dívida pública maximizando o valor da venda“, conclui também a auditoria de 2016. Mas observa que “do valor bruto do encaixe, apenas 32,2% dos 3.080 milhões de euros foram afetos à amortização de dívida pública, o que traduz o elevado valor dos montantes deduzidos àquela receita”.

Na prática, “em termos líquidos o saldo da operação ascendeu a 1.108,8 milhões”, Isto porque é preciso deduzir os 1.200 milhões que a ANA pagou pela concessão, o pagamento de 681 milhões em dívida da concessionária e de um empréstimo de 41,4 milhões ao BES, a entrega de 30 milhões em dividendos relativos ao exercício de 2012 e os encargos de 18,4 milhões em assessoria financeira e jurídica suportados pelo Estado.

A verificação da materialidade ou, mesmo, a materialização dos principais riscos identificados pela auditoria faz concluir não ter sido maximizado o encaixe financeiro resultante da alienação das ações representativas do capital social da ANA (…).

Auditoria do Tribunal de Contas de dezembro de 2023

Na auditoria divulgada no arranque deste ano, o entendimento do Tribunal de Contas é bem diferente, concluindo “não ter sido maximizado o encaixe financeiro resultante da alienação das ações representativas do capital social da ANA“. Uma das críticas apontadas é a ausência da avaliação prévia da empresa, “que era legalmente exigível”, algo que em 2016 é desvalorizado: “A ausência da fixação de um preço base não veio a ter qualquer impacto negativo no sucesso da operação”.

O relatório vinca ainda que “o Estado concedeu à Vinci os dividendos de 2012, quando a gestão era pública, e suportou o custo financeiro da ANA para cumprir o compromisso assumido no contrato de concessão, tendo o preço da privatização (1.127,1 milhões de euros) sido 71,4 milhões inferior ao oferecido e aceite”.

Em 2016, é salientado que “o momento da venda e a calendarização da operação obedeceu a prazos reduzidos, estabelecidos no âmbito do compromisso assumido pelo Governo português” no memorando assinado no âmbito do Programa de Assistência Económica e Financeira a Portugal. Oito anos depois, sublinha-se que “a urgência em concluir a privatização fez iniciar e aprovar o respetivo processo sem todas as condições necessárias à sua regularidade, transparência, estabilidade, equidade e maximização do encaixe financeiro“.

Contrato de concessão desequilibrado a favor da ANA

Se as divergências quanto ao resultado financeiro da privatização são evidentes, no que toca ao contrato de concessão celebrado com a ANA as críticas convergem. Após a publicação do decreto de privatização da ANA e durante o processo de venda foi realizada uma alteração ao modelo regulatório. A metodologia para a fixação das taxas e os indicadores de qualidade, que se encontravam definidos em diploma legal, passaram no novo modelo para o contrato de concessão.

A auditoria feita em 2016 e nunca publicada aponta que “relativamente à função de regulador, o INAC (atual ANAC) viu a sua intervenção, em matéria de regulação económica, ser reduzida e circunscrever-se a uma intervenção ex-post, condicionada à prévia reclamação por parte dos utilizadores (companhias aéreas) das infraestruturas aeroportuárias”.

“No que respeita à fiscalização, gestão e acompanhamento do contrato de concessão, em nome do concedente, verificou-se uma transferência de competências do INAC (atual ANAC) para o Instituto da Mobilidade e dos Transportes. Contudo, a este último foram apenas atribuídas funções de acompanhamento da gestão do contrato”, acrescenta o relatório. Competências que nunca recebeu na prática, até à publicação de um diploma nos últimos dias do Executivo de António Costa.

Este novo regime pode representar uma redução da salvaguarda dos interesses dos consumidores sobre os quais se refletem os aumentos das taxas aeroportuárias, porquanto a intervenção do INAC (atual ANAC) carece da apresentação de reclamação por parte dos utilizadores (companhias aéreas).

Auditoria do Tribunal de Contas de 2016

Considera-se crítico o facto de não existir uma entidade gestora de contrato que responda, de forma integrada, às diversas valências e necessidades do seu controlo, designadamente, das cláusulas administrativas, do desempenho financeiro da concessionária, da qualidade do serviço prestado, bem como a análise e gestão dos riscos contratuais”, aponta a auditoria.

E conclui: “Este novo regime pode representar uma redução da salvaguarda dos interesses dos consumidores sobre os quais se refletem os aumentos das taxas aeroportuárias, porquanto a intervenção do INAC (atual ANAC) carece da apresentação de reclamação por parte dos utilizadores (companhias aéreas)”.

Este instrumento mereceria um controlo financeiro mais apertado e um regulador dotado de poderes mais amplos em termos económicos, caso contrário, poderá fazer parte do elenco de negócios públicos com rendas garantidas e excessivas em benefício de privados.

Auditoria do Tribunal de Contas de 2016

O relatório aponta também que “a cláusula de partilha de riscos de tráfego só penaliza os operadores, dado que prevê sempre a manutenção e subida do tarifário, mas nunca a sua descida”. Considera ainda que o contrato “não salvaguarda de forma razoável a partilha de benefícios com o Estado, já que apenas prevê a partilha de receitas após o ano de 2025″.

Este contrato contém um reduzido risco para o concessionário encontrando-se o mesmo blindado em termos de clausulado, na medida em que quaisquer alterações relevantes, de lei ou de circunstâncias, conduzem necessariamente a um processo de reequilíbrio financeiro a favor da concessionária”, refere o relatório, alertando que sem um “controlo financeiro apertado”, a privatização “poderá fazer parte do elenco de negócios públicos com rendas garantidas e excessivas em benefício de privados“.

A auditoria divulgada no início deste ano também considera que “o Estado privilegiou o potencial encaixe financeiro com a venda da ANA, no curto prazo, em detrimento do equilíbrio na partilha de rendimentos com a concessão de serviço público aeroportuário, no longo prazo”.

As disposições sobre a regulação económica da concessão transitaram, durante o processo de privatização, da lei aplicável para o contrato, fragilizando a regulação e com prejuízo para a estabilidade processual e para a transparência e publicidade daquelas.

Auditoria do Tribunal de Contas de dezembro de 2023

Refere também que “as disposições sobre a regulação económica da concessão transitaram, durante o processo de privatização, da lei aplicável para o contrato, fragilizando a regulação e com prejuízo para a estabilidade processual e para a transparência e publicidade daquelas”.

Aponta ainda “não se ter verificado o reforço da posição competitiva, do crescimento e da eficiência da ANA, em benefício do setor da aviação civil portuguesa, da economia nacional e dos utilizadores e utentes das estruturas aeroportuárias geridas pela ANA”. Em suma, “não foi assegurado que o enquadramento deste processo protegeria cabalmente os interesses nacionais“.

De notar que as conclusões da auditoria deste ano não foram unânimes para os juízes relatores do Tribunal Constitucional. Dos nove, três votaram vencidos. A concessionária também contestou os resultados: “A ANA assinala que não acompanha a maioria das considerações e afirmações produzidas, designadamente quanto aos (alegados) desequilíbrios dos contratos de concessão a favor do privado e em especial no que respeita às taxas aeroportuárias e à receita da concessão”, lê-se na pronúncia enviada ao Tribunal de Contas e assinada pelo presidente do conselho de administração da ANA, José Luís Arnaut, e pelo presidente executivo, Thierry Ligonnière.

Ambos vão agora ser ouvidos pelos deputados da Comissão de Economia. Tal como o ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho, o antigo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, a antiga secretária de Estado do Tesouro, Maria Luís Albuquerque e o antigo secretário de Estado das Infraestruturas, Sérgio Monteiro. Do lado dos governos socialistas, foram chamados os ex-ministros Pedro Marques, Pedro Nuno Santos e João Galamba.

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Operadoras estão a investir “somas significativas” para substituir equipamentos de fornecedores de risco

Comissão Europeia indica, num novo relatório, que as operadoras em Portugal estão a realizar investimentos avultados para substituir equipamentos de fornecedores de risco nas respetivas redes.

A Comissão Europeia revelou que as operadoras de telecomunicações portuguesas estão a “investir somas significativas na substituição de equipamentos” provenientes de fornecedores que representam potenciais ameaças à cibersegurança. A indicação surge no interior de um relatório em que avalia o progresso de Portugal nos objetivos da Década Digital 2030 da União Europeia (UE), divulgado esta terça-feira.

Trata-se de uma das poucas informações oficiais sobre um processo sensível que tem sido conduzido em Portugal longe da luz dos holofotes – senão a primeira em que é referido, explicitamente, o que está a ser feito nos bastidores pelas empresas do setor (no caso, a substituição de equipamentos).

O objetivo das autoridades portuguesas é excluir definitivamente das redes 5G os equipamentos de fornecedores considerados de “alto risco”, onde, apesar de nunca ter sido referido, se destaca a tecnológica Huawei, por ter sede na China. A empresa, aliás, tem em curso um processo em tribunal contestando a controversa decisão e tem sempre negado que a sua tecnologia seja insegura, dizendo-se vítima de uma decisão meramente geopolítica, ao invés de técnica.

E que diz a Comissão Europeia nesse relatório? “No seguimento de uma avaliação das autoridades públicas, as empresas de telecomunicações estão a investir somas significativas na substituição de equipamentos para ir ao encontro das exigências de segurança definidas na 5G Cybersecurity Toolbox da UE”, lê-se no documento, aqui em tradução livre do inglês.

A avaliação em causa foi a que veio a dar origem à polémica deliberação n.º 1/2023, assinada a 25 de maio de 2023 pelo contra-almirante António Gameiro Marques, que define os “critérios objetivos de avaliação dos riscos para a segurança das redes e serviços nacionais decorrentes do uso da tecnologia 5G”. Um dos critérios para um fornecedor ser considerado de “alto risco”, para efeitos de “exclusão” ou “aplicação de restrições”, é ter sede num país que não pertença à UE, à OCDE ou à NATO.

Das entidades públicas, a informação concreta tem chegado a conta-gotas, ao ponto de, no ano passado, a Comissão de Avaliação de Segurança, o organismo que emitiu a referida deliberação, ter-se oposto, em tribunal, a que o ECO tivesse acesso ao processo de que foi alvo pela Huawei, apesar de outras partes, incluindo a própria autora, não se terem mostrado contra.

A Anacom, regulador do setor, tem a incumbência legal de fiscalizar o cumprimento das decisões da referida Comissão, que funciona no âmbito do Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço e com ligação ao Gabinete Nacional de Segurança. No mês passado, questionada pelo ECO, a Anacom admitiu ter “realizado várias reuniões técnicas com os operadores”, sem nunca referir que estava em curso a substituição de equipamentos.

No seguimento de uma avaliação das autoridades públicas, as empresas de telecomunicações [portuguesas] estão a investir somas significativas na substituição de equipamentos para ir ao encontro das exigências de segurança definidas na 5G Cybersecurity Toolbox da UE.

Comissão Europeia

Portugal no pelotão da frente do 5G

O processo do lançamento do 5G em Portugal foi atribulado, pejado de polémicas e de incidentes institucionais entre a Anacom e as operadoras. Após um longo leilão de frequências, que até foi duramente criticado no Parlamento pelo então primeiro-ministro, António Costa, o país acabou por ser o penúltimo da UE a ter rede móvel de quinta geração.

Volvidos mais de dois anos desde o lançamento das primeiras ofertas comerciais 5G, a Comissão Europeia coloca agora o país no pelotão da frente do 5G. Diz até que Portugal pode servir “de exemplo” para outros países que estão mais atrasados, desde que defina metas concretas para aumentar ainda mais os já elevados níveis de conectividade.

“Portugal não apresentou um objetivo nacional para alcançar conectividade gigabit para todos. No entanto, com o seu desempenho atual, Portugal já está a contribuir significativamente para alcançar a meta europeia de 100% de redes de alta capacidade de fibra até 2030 e pode razoavelmente esperar alinhamento com o nível de ambição da UE. Mesmo assim, a inclusão de uma trajetória e de medidas no roadmap podem não só guiar os esforços na reta final da cobertura total como também dar o exemplo a outros Estados-membros que estão a progredir mais lentamente”, lê-se na análise da Comissão Europeia ao progresso português rumo aos objetivos da Década Digital 2030, publicado na terça-feira.

Mais em concreto, a Comissão Europeia diz que “Portugal está equipado com infraestruturas excelentes”, derivado do elevado investimento privado em redes de comunicações (apesar de ainda poder “acelerar a digitalização das empresas”), e remata que o país deverá alcançar os objetivos “muito antes de 2030”, o ano de referência no plano europeu da Década Digital.

Sobre isto, o relatório inclui uma frase que outrora teria sido polémica: “O bom ponto de partida global de Portugal deve-se a iniciativas públicas, como o recente leilão 5G e o concurso gigabit em curso [para levar fibra ótica às zonas onde não existe cobertura], conjugados com o dinamismo dos operadores privados.” Em 2021, eram várias as vozes que responsabilizavam a Anacom e o leilão de frequências pelo atraso português no 5G (incluindo, como é notório, a do então primeiro-ministro).

Ainda no plano da conectividade, há, contudo, um aspeto em que Portugal fica aquém da UE: segundo a Comissão Europeia, o número de subscrições fixas de banda larga com velocidade de download de 1 Gbps (gigabit por segundo), ou mais, é de 9,1%, bastante abaixo da média de 18,5% da UE.

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Fórum Nacional de Seguros 2024 arrancou com 2500 profissionais

  • ECO Seguros
  • 2 Julho 2024

O 1º dia do Fórum Nacional de Seguros ficou marcado pelos mais de 2500 visitantes. O evento, organizado pelo ECO Seguros e pela Zest, decorre até esta quarta-feira, na Alfândega do Porto.

Foram mais de 2500 profissionais que se juntaram, esta terça-feira, na terceira edição do Fórum Nacional de Seguros (FNS). Os vários players do setor segurador vão continuar a marcar presença, até quarta-feira, na Alfândega do Porto, onde se continuará a debater as principais novidades e desafios do setor.

Ao longo de todo o dia foram realizados oito painéis de debate, duas entrevistas e várias apresentações, que abordaram temas como o aumento da longevidade e o impacto para o setor segurador, as novas oportunidades para seguros de vida e pensões, a sustentabilidade do ecossistema dos seguros de saúde, as corretoras enquanto redutoras de lacunas de proteção, e a tecnologia no setor dos seguros.

A Universalis foi um dos mais dos 40 stands presentes no evento, que aproveitou o momento para destacar a sua nova fase: “Desde outubro, fazemos parte do quinto maior broker do mundo, que é o grupo Acrisure. Portanto, estamos aqui hoje com o lançamento do co-branding entre a Universalis e a Acrisure e entendemos que não havia melhor local do que fazê-lo no fórum”, referiu José Rodrigues, diretor geral da Universalis.

Também o stand da Carglass Portugal, que faz parte do Fórum Nacional de Seguros desde a primeira edição, aproveitou para partilhar o serviço QIV online, que facilita o acesso dos clientes à Carglass. De acordo com Miguel Ferreira, Sales Manager da Carglass Portugal, este serviço conta com “índice de satisfação acima de 85%”.

Já a Semper estava a dar mais visibilidade a dois produtos novos, nomeadamente seguros para máquinas casco e produtos cyber. “Estamos aqui para fazer este lançamento e divulgação”, referiu David Sousa, diretor da Semper, que acrescentou a importância deste evento para “estreitar relacionamentos” e ficar a par das “novidades que vão surgindo no setor”.

Nesse seguimento, Rui Ferreira, diretor comercial da Lusitania Seguros, também reconheceu relevância deste evento, no qual estavam a divulgar todos os seus produtos generalistas: “Juntam-se aqui os principais operadores do mercado, sejam eles seguradores, sejam os que pertencem à distribuição. Portanto, é uma excelente oportunidade de contacto e de disponibilização de informação e conhecimento”.

Rever e angariar mais parceiros motiva participação

Entre os vários motivos que trouxeram mais de 40 marcas de seguros a este evento, há um que se destaca: a angariação de parceiros. Luís Malcato, administrador da Azuaga Seguros, uma seguradora especialista no ramo de caução, revelou que a experiência dos anos anteriores lhe permitiu perceber a “enorme potencialidade” do fórum. “Acreditamos que é um bom fórum para estar presente e para ter contactos com o setor segurador”, disse.

A mesma opinião foi partilhada por Renato Moedas, responsável pelas parceiras na Mudey Pro, que mostrou interesse em atrair parceiros para trabalharem nesta plataforma, que promete simplificar e descomplicar os seguros: “Temos de continuar a angariar mais parceiros para lhes mostrar esta nova tecnologia. O nosso objetivo é tirar a carga administrativa aos mediadores e fazê-los ganhar tempo para se poderem dedicar a outras coisas, seja a angariar mais clientes, seja na sua vida pessoal“.

“O nosso principal objetivo aqui é fazer parcerias com outros mediadores para alargar a nossa rede de agentes e comercialização“, afirmou Nuno Santos, Diretor-geral da Diagonal corretora de seguros.

Por sua vez, Fernando Marques, sócio-gerente da Methodus, revelou que procura aprofundar, com a participação neste evento, o seu “programa de internacionalização em nichos de mercado”. “A relação internacional permite-nos responder às necessidades que o mercado tem, mas que as seguradoras tradicionais não conseguem fazer“, garantiu.

Essas relações também foram destacadas por Mafalda Costa, Team Leader na equipa de gestão de rede na Innovarisk, que enalteceu a capacidade do evento de reafirmar parcerias que já existam: “Acho que o fórum é uma excelente maneira de nos conectarmos com os nossos parceiros. As nossas soluções são de nicho e é importante estar nestes espaços, que são poucos em Portugal, para divulgar as nossas soluções e ficarmos cada vez mais próximos dos nossos parceiros”.

O que vimos cá trazer é a nossa rede de parceiros, que é um programa que temos de apoio à rede de mediação, no qual conseguimos dar uma mais valia ao nosso agente, ao nível de serviços, de produtos no mercado e ao nível de soluções em seguradoras nacionais e internacionais, assim como melhorar o seu apoio administrativo e também a sua remuneração”, disse, neste sentido, Diogo Oliveira, diretor comercial SEGUP.

Ainda nesta linha, Mário Santos, Managing Partner da Special Insurance, uma empresa que explora seguros de nicho de mercado, partilhou: “Este é o fórum ideal para conhecermos novos colegas, revermos outros já existentes e, no fundo, tentar realizar negócios ou parcerias que nos levem a fazer negócio”.

FNS reconhecido como evento de referência nacional

São vários os participantes que já repetem a sua visita ao Fórum Nacional de Seguros, mas até mesmo os mais recentes confessam que o impacto e a notoriedade que este evento tem a nível nacional foi fator determinante para marcarem presença nele. Rui Diniz, CEO da Planicare, uma companhia do ramo da saúde, revelou que “sendo uma seguradora que quer ser cada vez mais nacional e marcar presença no mercado”, tinham de “estar presentes num evento como este, que é muito relevante no setor segurador”.

Por sua vez, Nuno Santos, da Prevóir, afirmou que mostra “é bastante importante para a marca”. “Dá-nos uma dinamização comercial mais credível”, partilhou. Essa credibilidade também foi enaltecida por João Rodrigues, Coordenador da rede de prestadores da Mediplus Portugal, um TPA de seguros e planos de saúde, que explicou a importância de participar no evento para atrair mais clientes: “Este é o fórum de seguros e, por consequência, dos seguros de saúde. Nós queríamos marcar presença porque a nossa entrada no mercado português é ainda recente. Entramos há cerca de um ano e meio e queremos ser vistos, queremos conhecer e mostrar aquilo que podemos fazer pelos clientes”.

A presença no fórum como alavanca no mercado segurador também foi referida por Miguel Pinheiro, Sales Manager da Lluni, que revelou ter decidido regressar ao fórum por considerar que “continua a ser um dos maiores eventos em termos de mercado de seguros“, ao mesmo tempo que realçou a sua importância para “fazer contactos formais e informais com os clientes parceiros e futuros clientes”.

“Achamos que faz sentido estar com parceiros, distribuidores, fornecedores. É importante afirmar a nossa marca, que é líder em Portugal na corretagem de seguros, e consideramos que é muito relevante estar aqui, junto do fórum de mercado de seguros em Portugal, para dar visibilidade“, assegurou Carlos Martins, Chief Operating Officer da SABSEG, um corretor generalista.

Filipe Charters de Azevedo, Sócio Gerente da Safe Crop, também referiu a visibilidade do FNS, que considera “o maior fórum de seguros do país e onde estão praticamente todos os mediadores, corretores e principais companhias“. “Estamos à procura de agentes e mediadores que queiram trabalhar connosco num produto de nicho, que é o ramo agrícola. Por isso, queremos expandir a nossa rede de distribuição, estar em todos os concelhos e este é o sítio onde podemos encontrar toda a gente e falar das necessidades do setor”, acrescentou.

Por sua vez, Nuno Megre, Head of Sustainability na Generali Tranquilidade, foi mais longe e afirmou mesmo que este é “um evento obrigatório para os principais players do mercado“. Players esses que, ao marcarem presença no fórum, levaram Francisco Correia, Técnico de Suporte Especialista I2S Brokers, a assegurar: “É um evento onde vale a pena participar, já que aqui vemos todas as pessoas que estão envolvidas no negócio dos seguros, publicitamos a nossa solução e conhecemos mais pessoas da área”.

“Este evento tem um lugar no mundo dos seguros, por isso eu acho que já não pode passar ano nenhum sem que haja este evento porque está aqui toda a gente“, garantiu Hugo Gonçalves, CEO da Libax, que foi corroborado por Tasso Franco, Gerente de Contas da Sammy Free: “É um evento muito importante para o setor. Participamos no ano passado e achamos um evento de extrema importância para divulgarmos os nossos produtos e fazer networking com outros players do setor“.

É sempre uma boa experiência porque é um fórum que permite-nos estar com os nossos parceiros, com os nossos colegas, e é sempre gratificante. Também as palestras são ótimas porque nos permitem adquirir novos conhecimentos e estar a par das tendências de mercado e por isso é sempre bom nós fazermos parte”, concluiu Mónica Nicolau, Diretora Comercial April Portugal.

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Stellantis arranca com produção de carros elétricos em Mangualde

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

O grupo Stellantis "entregou" também ao Serviço Nacional de Saúde 719 veículos elétricos destinados ao apoio domiciliário em todo o país, assim como os respetivos postos elétricos.

A unidade de Mangualde da Stellantis iniciou a produção de veículos elétricos após um investimento de cerca de 30 milhões de euros para adaptação da fábrica, disse esta terça-feira o presidente executivo do grupo automóvel, Carlos Tavares.

A fábrica portuguesa assegurará a produção de oito modelos 100% elétricos nas versões de passageiros e comerciais ligeiros dos modelos Citroën ë-Berlingo e ë-Berlingo Van, Peugeot E-Partner e E-Rifter, Fiat e-Doblò e Opel Combo-e para os mercados doméstico e de exportação.

No ano passado, Carlos Tavares tinha anunciado a produção de veículos elétricos a bateria para o início de 2025, mas este objetivo foi antecipado. Em declarações aos jornalistas no final da cerimónia desta terça-feira que marcou o arranque da produção destes veículos, Carlos Tavares disse não ter previsões de quantos sairão da fábrica anualmente, porque “isso depende totalmente do caderno de encomendas, os clientes é que decidem”.

Segundo Carlos Tavares, como se viu na Alemanha e na Itália, o caderno de encomendas “está totalmente dependente dos subsídios que os governos europeus quiserem dar à classe média para comprar veículos elétricos”.

“O caderno de encomendas de um negócio europeu como o nosso geralmente anda à roda dos três meses de encomendas. Eu tenho uma ideia muito clara dos carros que vou produzir nos próximos três meses e posso dizer que, a nível europeu, o nosso mix de vendas de veículos elétricos está na ordem dos 12 a 14% das vendas totais. A nível desta fábrica depende das encomendas que vamos receber”, frisou.

O presidente executivo da Stellantis explicou que “a única coisa a fazer é criar um processo industrial que seja flexível e permita absorver as variações”, que foi o que aconteceu em Mangualde.

Quando temos uma encomenda de 719 veículos para o SNS, vamos tentar fazer os 719 veículos de uma só vez, uns atrás dos outros. Durante um certo tempo vamos fazer só veículos elétricos”, referiu no evento que também contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do ministro da Economia, Pedro Reis.

Segundo Carlos Tavares, Mangualde tem “uma fábrica que está muito flexível para ser capaz de absorver as variações de encomendas que são o resultado das políticas europeias em matéria de subsídios à compra de veículos elétricos”. “Na Europa, atualmente, logo que há corte nos subsídios aos veículos elétricos, os consumidores europeus param de encomendar veículos elétricos”, contou.

Em Mangualde, a Stellantis está equipada “para fazer de zero a 100% de veículos elétricos”, afirmou Carlos Tavares, avançando que, este ano, a fábrica deverá “bater mais um novo recorde de produção, na ordem dos 87 mil veículos”, acima dos 82 mil do ano passado.

Carlos Tavares explicou aos jornalistas que a fábrica de Mangualde “tem demonstrado uma performance excelente em termos de qualidade e de custo” e tem “uma linha de montagem muito flexível”. Ou montamos um chassi térmico por baixo do carro ou um chassi elétrico. A nível de linha de montagem a flexibilidade é quase total”, explicou.

A Stellantis de Mangualde liderou uma das agendas mobilizadoras para a inovação empresarial com o projeto “GreenAuto”, que reúne um consórcio de 37 entidades parceiras e que representa um investimento conjunto de 119 milhões de euros.

A unidade de Mangualde teve transformações significativas na sua área industrial, destacando-se aquelas realizadas na criação de uma nova linha de montagem de baterias, que promoveu a total modernização de uma área com mais de 800 metros quadrados. Esta nova zona, implementada no setor da montagem, permitiu a criação de 63 novos empregos.

“Fizemos esta escolha porque achamos que a fábrica de Mangualde tem um grande potencial em qualidade, uma boa competitividade de custos, que neste momento até é melhor do que a de Vigo. Portanto, não há razão para não dar à fábrica de Mangualde o fabrico dos veículos que representam o futuro”, frisou.

719 veículos elétricos entregues a caminho do Serviço Nacional de Saúde

Esta terça-feira o grupo Stellantis “entregou” também ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) 719 veículos elétricos destinados ao apoio domiciliário em todo o país, assim como os respetivos postos elétricos.

“Vamos fornecer 719 veículos elétricos a bateria – Peugeot e-Rifter e Citroën ë-Berlingo – e 600 postos de carregamento que vão ser entregues com os veículos para que possam imediatamente ser carregados no ponto de utilização”, anunciou o presidente do grupo Stellantis.

Carlos Tavares esclareceu que esta entrega, feita de forma simbólica com uma chave à secretária de Estado da Saúde, Ana Povo, é fruto de um concurso realizado em 2023 de que a fábrica de Mangualde foi vencedora, depois de uma luta “muito renhida”. Segundo adiantou à agência Lusa o gabinete da ministra da Saúde, os 719 veículos resultam do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) para a “modernização e crescimento sustentável” para “apoio à prestação de cuidados de saúde primários”.

Segundo informação do Ministério da Saúde, “foram comunicadas pelas entidades abrangidas pelo PRR, as suas necessidades, num quadro de aproveitamento dos fundos destinados aos investimentos de modernização da frota dessas entidades”.

Assim, vão 120 veículos para a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo, 15 para a ARS do Alentejo, 81 para a ARS do Algarve, 117 para a ARS do Centro e 350 para a ARS do Norte. Os restantes são distribuídos pelas Unidades Locais de Saúde (ULS) da Guarda, Castelo Branco, Matosinhos, Alto Minho, Baixo Alentejo, Litoral Alentejano, Nordeste e ULS do Norte Alentejano.

“Eu tenho um orgulho enorme em participar na melhoria da saúde do nosso país. Sei que a nossa saúde tem desafios importantes pela frente e é um orgulho podermos ajudar a melhorar e, ao mesmo tempo, contribuirmos para a diminuição das emissões de dióxido de carbono”, admitiu Carlos Tavares.

A entrega simbólica de duas chaves foi feita hoje em Mangualde, no distrito de Viseu, no dia em que a fábrica assinalou oficialmente o início da produção de veículos automóveis e que contou com a presença do Presidente da República.

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Moedas diz que foi “o único” presidente da câmara a travar Alojamento Local em Lisboa

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

O autarca diz que aparecimento de hotéis em zonas de contenção de Alojamento Local é explicado por "um direito adquirido” no Plano Diretor Municipal. Moedas sugere a revisão do PDM.

O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), disse esta terça-feira que foi “o único” a travar o alojamento local na cidade, tendo o PS lembrado que a liderança PSD/CDS-PP votou sempre contra a suspensão de novos registos. “Eu fui o único presidente da câmara, até agora, que travou o alojamento local”, afirmou Carlos Moedas, na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa, no âmbito da apreciação do trabalho do executivo camarário entre maio e junho.

O autarca do PSD respondia ao deputado municipal do BE Vasco Barata, que o acusou de desinvestimento em programas de habitação pública e de ocupar mais tempo a proteger o alojamento local do que as casas para as pessoas morarem. Recusando essas acusações, Carlos Moedas sublinhou que “é mentira” que a liderança PSD/CDS-PP tenha desinvestido em habitação, realçando que a câmara assinou com a União Europeia 560 milhões de euros para esta área.

Em relação ao alojamento local, o social-democrata criticou o “desplante enorme” do BE, que apoiou o anterior executivo municipal liderado pelo PS, num período em que se registou um aumento de 500 para 18 mil estabelecimentos na cidade, questionando se algum dos bloquistas tinha investimentos nesta área, numa alusão ao caso do antigo vereador do BE Ricardo Robles. O deputado do BE retorquiu, considerando que o autarca do PSD “tem muitos expedientes para contornar a verdade”.

Criticando a ideia de que Carlos Moedas foi o que mais fez para travar o alojamento local em Lisboa, o líder municipal do PS, Manuel Lage, recordou que a liderança PSD/CDS-PP, que governa sem maioria absoluta, votou sempre contra as propostas da oposição para prorrogar a suspensão de novos registos até à entrada em vigor da alteração ao regulamento municipal desta atividade.

Em resposta, o social-democrata explicou que o objetivo de PSD/CDS-PP era ter um novo regulamento do alojamento local, com zonas de contenção relativa e absoluta, reconhecendo o voto contra nas propostas de suspensão apresentadas pela oposição, mas ressalvando que “o objetivo era o mesmo”.

Durante este mandato 2021-2025, a câmara fiscalizou o alojamento local e cancelou 250 licenças, indicou o autarca, deixando o “compromisso democrático” de voltar a apresentar a proposta de novo regulamento a reunião de câmara, uma vez que em abril de 2023 foi decidido que a mesma só seria apreciada depois de aprovada a Carta Municipal de Habitação, o que ainda não aconteceu, mas está já numa fase final.

A deputada do PEV Cláudia Madeira indicou que em 2019 a câmara aprovou um regulamento do alojamento local, que prevê zonas de contenção no centro da cidade, “mas deixou a porta aberta a novos hotéis”, verificando-se entre 2020 e 2023 o surgimento de 71 empreendimentos turísticos, dos quais 52 hotéis, com 41 desses dentro da zona de contenção absoluta de alojamento local.

Cláudia Madeira questionou se faz sentido proibir alojamento local no centro da cidade e ao mesmo manter o licenciamento e abertura de hotéis, ao que Carlos Moedas disse que se trata de respeitar o Plano Diretor Municipal (PDM), porque “há um direito adquirido”, sugerindo a revisão do PDM.

Da bancada do PS, Sofia Escária questionou a visão de mudança dos “Novos Tempos” (PSD/CDS-PP/Aliança/MPT/PPM), que prometiam uma solução diferente para resolver os problemas da cidade, afirmando que “essa mudança se verifica, mas não é para melhor”.

A socialista questionou ainda o posicionamento político de Carlos Moedas em relação ao alojamento local, considerando que recentemente o Governo (PSD/CDS-PP) revogou medidas do programa Mais Habitação, implementado pelo anterior executivo (PS), quando se verifica uma tendência europeia de limitar o impacto do alojamento local, inclusive a cidade espanhola de Barcelona que decidiu acabar com a atividade até 2028.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 26 milhões de euros

  • ECO
  • 2 Julho 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 26 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 26 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido totalistas no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 2 de julho:

Números: 2, 7, 34, 35 e 46

Estrelas: 6 e 8

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Renamo critica “envolvimento” de Marcelo na pré-campanha das presidenciais moçambicanas

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

O principal partido da oposição moçambicana diz que "viu com estranheza o encontro entre o Presidente da República Portuguesa (...) e o candidato da Frelimo às eleições presidenciais de outubro".

A Renamo, principal partido da oposição moçambicana, acusou esta terça-feira o Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, de “envolvimento” na pré-campanha da Frelimo, por se ter encontrado com o candidato presidencial do partido no poder, Daniel Chapo.

“A Renamo, surpreendida, manifesta o seu desagrado sobre este acontecimento e lamenta o envolvimento do Presidente de Portugal na pré-campanha, na esperança de melhor ponderação”, lê-se no comunicado. O partido Renamo diz que “viu com estranheza o encontro entre o Presidente da República Portuguesa (…) e o candidato da Frelimo às eleições presidenciais de outubro próximo, Daniel Francisco Chapo”.

O encontro, em momento de pré-campanha eleitoral, pode ser interpretado como “apoio” do chefe de Estado português, em plenas funções, ao candidato presidencial do partido Frelimo e igualmente secretário-geral desta força política, avança-se na nota de protesto. A Renamo refere que é fiel ao princípio universal da não-ingerência nos assuntos internos de outros países, estando comprometido com o estreitamente das relações de cooperação e de amizade com o “país irmão” Portugal.

O candidato da Frelimo às eleições presidenciais, de 9 de outubro próximo, salientou que, na quinta-feira, primeiro dia da sua estadia em Portugal, foi recebido pelo Presidente, Marcelo Rebelo de Sousa. Nas últimas semanas, Daniel Chapo, que também é secretário-geral interino da Frelimo, tem estado a realizar visitas de apresentação no exterior.

Em 26 de junho, Chapo foi recebido pelo Presidente de Angola, João Lourenço, também presidente do MPLA, com o qual abordou aspetos ligados ao desenvolvimento de Angola e de Moçambique e a cooperação entre os dois países, e de quem recebeu também “garantia de apoio espiritual, moral”. A Renamo apoia Ossufo Momade na candidatura às eleições presidenciais.

As eleições presidenciais vão decorrer em simultâneo com as legislativas e eleições dos governadores e das assembleias provinciais. O atual Presidente moçambicano e da Frelimo, Filipe Nyusi, está constitucionalmente impedido de voltar a concorrer para o cargo, porque cumpre atualmente o segundo mandato na chefia de Estado, depois de ter sido eleito em 2015 e em 2019.

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Governo espera que setor do turismo represente 20% do PIB em 2033

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

"A nossa expectativa é que em 2033 Portugal possa arrecadar globalmente mais de 56 mil milhões de euros de receitas, possa empregar mais de 1,2 milhões de pessoas", disse Pedro Machado.

O secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, disse esta terça-feira esperar que em 2033 o turismo possa representar 20% do PIB, arrecadando mais de 56 mil milhões de euros de receitas e empregando mais de 1,2 milhões de pessoas.

Portugal recebeu em 2023 praticamente 30 milhões de turistas que geraram uma economia turística de cerca de 25 mil milhões de euros de receitas. A nossa expectativa é que em 2033 Portugal possa arrecadar globalmente mais de 56 mil milhões de euros de receitas, possa empregar mais de 1,2 milhões de pessoas e isto possa significar praticamente 20% do PIB” (Produto Interno Bruto), afirmou Pedro Machado, na cerimónia de abertura da 17.ª edição do QSP Summit, no Porto.

Sob o tema ‘Rethinking Organizations’, esta edição da QSP Summit conta com a participação de mais de 3.500 participantes de 30 países e de mais de 100 oradores.

Saudando a escolha do tema, que considerou “muito oportuna”, o secretário de Estado do Turismo defendeu, contudo, que para o país alcançar essa expectativa persistem desafios, sobretudo externos, com a alteração dos modelos de negócio e competitividade, com o domínio da Inteligência Artificial e a premência da sustentabilidade.

Defendendo que estes são desafios para o Estado, organizações públicas e privadas, Pedro Machado notou que a capacidade das organizações se ajustarem se repercutirá também na área do turismo, onde disse existir “uma equação complexa e desafiante” entre a sustentabilidade, qualidade e coesão territorial.

Este triângulo tem de ter uma avaliação, ajustamento e dinâmica permanente. É o nosso desafio quando projetamos um crescimento exponencial em matéria de entrada de turistas estrangeiros. A forma, o modo e a resposta que somos capazes de dar”, referiu, acrescentando que à coesão territorial se soma a transversalidade do território e diversidade de produtos.

Na cerimónia marcou também presença o presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), António Cunha, que destacou a importância de se repensar as organizações, tanto do setor privado, como do setor público, lembrando que o contexto internacional é “crescentemente desafiante”, a que se somam outros desafios ao nível da transição digital ou ambiental.

Já o vice-presidente da Câmara do Porto, Filipe Araújo, considerou o tema desta edição “da maior importância e atualidade”, defendendo que tanto as organizações públicas como privadas “têm de ser repensadas e redefinidas à luz dos presentes desafios num mundo marcado pela incerteza e volatilidade”.

A cerimónia, que decorreu no Teatro Municipal do Porto – Rivoli, antecede os dois dias do evento (quarta e quinta-feira) que terá lugar na Exponor, em Matosinhos. O diretor executivo da QSP Summit, Rui Ribeiro, destacou o “trajeto de crescimento e qualidade do evento”, que integra um programa “ambicioso” com mais de 38 sessões, uma exposição “renovada” e momentos de networking.

No Rivoli, Rui Ribeiro destacou a importância dos apoios públicos para a continuidade do evento e para que este continue a desempenhar o seu “papel de reflexão”.

 

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Macron e esquerda unem-se para travar triunfo da extrema-direita de Le Pen

Centenas de candidatos da área política de Macron e da aliança de esquerda retiraram-se num esforço para evitar a vitória da extrema-direita na segunda volta das eleições francesas.

Os centristas, da ala de Emmanuel Macron, e os candidatos da aliança de esquerda uniram-se esta terça-feira para travar uma vitória da extrema-direita de Marine Le Pen, na segunda volta das eleições francesas que decorrem este domingo, dia 7 de julho, escreve o Politico.

Pelo menos 200 candidatos, tanto da aliança de esquerda como da coligação centrista do presidente Emmanuel Macron, retiraram-se da disputa eleitoral para apoiar os candidatos que têm mais hipótese de derrotar os nacionalistas de Le Pen, segundo estimativas da AFP e do Le Monde, citadas pelo mesmo jornal.

Esta tática dividiu o campo presidencial desde a primeira volta, depois de tanto Macron como o seu primeiro-ministro Gabriel Attal terem apelado à retirada de candidatos, com vista a uma união democrática-republicana. Mas a aliança tão desejada pelo ex-presidente de França parece estar a alinhar-se para evitar um triunfo da extrema-direita no domingo.

Na primeira volta, que se realizou a 30 de junho, o Rassemblement National (RN) teve um resultado histórico face há dois anos: conseguiu 34% dos votos juntamente com os seus aliados, superando os socialistas, a esquerda radical e os ecologistas que se uniram sob o nome de Frente Popular (28%) e (mais surpreendentemente) a Renascença liberal de Macron que acumulou apenas 20,3% dos votos. Foram as eleições mais participadas desde 1997.

Os resultados colocam o partido de Le Pen muito próximo da maioria absoluta – a única condição sobre a qual Jordan Bardella governaria caso fosse eleito primeiro-ministro pelo partido. De acordo com o instituto Ipsos, num parlamento composto por 577 círculos uninominais, o partido de Le Pen poderá obter entre 230 e 280 deputados. A esquerda ficaria com 125-165, os liberais de Macron com 70-100 lugares, e os republicanos (direita tradicional) com 41-61. Para o controlo da câmara são necessários 289 deputados.

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Turismo de Portugal lança Rede de Observatórios Regionais de Sustentabilidade

  • Lusa
  • 2 Julho 2024

A rede de observatórios tem como objetivo “promover a colaboração dos destinos na monitorização da sustentabilidade, apoiar o desenvolvimento de boas práticas de gestão ao nível regional e local".

O Turismo de Portugal (TP) lançou uma Rede de Observatórios Regionais de Sustentabilidade, para promover a monitorização deste aspeto da atividade turística no país, adiantou, num comunicado divulgado esta terça-feira. A rede, que segundo o TP “faz de Portugal o primeiro país com observatórios de sustentabilidade em todas as regiões turísticas”, reforça a sua missão “em posicionar-se como um dos destinos turísticos mais competitivos e sustentáveis do mundo”.

“Obter um conhecimento aprofundado dos impactos da atividade turística no território e uma maior eficiência no planeamento e gestão dos destinos é um dos objetivos estratégicos do Turismo de Portugal”, destacou a entidade.

Assim, para o Turismo de Portugal, a constituição da rede de observatórios tem como objetivo “promover a colaboração dos destinos na monitorização da sustentabilidade, apoiar o desenvolvimento de boas práticas de gestão ao nível regional e local, bem como dinamizar ações de cocriação e iniciativas de divulgação”.

O Turismo de Portugal lembrou que este trabalho se iniciou em janeiro de 2018, quando foi reconhecido dentro da rede internacional da OMT (INSTO), o Observatório do Turismo Sustentável do Alentejo (ASTO).

Em janeiro de 2020 foram reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT) mais dois: “O Observatório de Turismo dos Açores e o Observatório Regional para o Turismo Sustentável do Algarve (AlgSTO) e, mais recentemente, o Observatório do Centro”, passando assim a ser quatro o número de estruturas nacionais a integrar a INSTO.

“Até ao final do ano serão ainda submetidos à OMT os pedidos de adesão dos mais recentes observatórios criados – regiões Norte, Lisboa e Madeira”, referiu. A INSTO é uma rede de observatórios de turismo que pretende monitorizar o impacto económico, ambiental e social do turismo ao nível do destino.

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Mop reúne 11 marcas em campanha para promover o outdoor

  • + M
  • 2 Julho 2024

Dove, Heineken, Continente, Worten, Vodafone, NOS, Meo, Lidl, Super Bock, Pingo Doce e Delta são as marcas que a Mop reuniu na campanha que vai lançar quarta-feira.

Dove, Heineken, Continente, Worten, Vodafone, NOS, Meo, Lidl, Super Bock, Pingo Doce e Delta. São estas a marcas que a Mop reuniu para uma campanha que vai lançar esta quarta-feira, com o objetivo é valorizar o setor da publicidade exterior, ou Out Of Home (OOH), como um todo – e a Mop em particular. “Em grande é mais fácil reconhecer uma marca” é o mote.

Numa altura em que já temos 600 faces instaladas nas ruas de Lisboa quisemos lançar esta campanha com o objetivo de demonstrar a versatilidade do OOH e, em particular, do ‘novo e variado’ portfolio da MOP, num conceito que ‘obrigava’ a ter marcas que fossem de grande dimensão, com logos de imediato reconhecimento dos consumidores”, refere Vasco Perestrelo, CEO da MOP, citado em comunicado.

A campanha é assinada pela Dentsu Creative.

https://videos.sapo.pt/AjtKCZ5OTOZKKpzA38rV

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