Justiça absolve todos os 28 arguidos no caso “Panama Papers”

  • Lusa
  • 29 Junho 2024

A justiça panamiana absolveu os 28 arguidos no caso “Panama Papers”, a fuga de documentos de um escritório de advogados que ligava personalidades de todo o mundo a um vasto sistema de evasão fiscal.

A justiça panamiana absolveu os 28 arguidos no caso “Panama Papers”, a fuga de documentos de um escritório de advogados que ligava personalidades de todo o mundo a um vasto sistema de evasão fiscal.

A juíza Baloísa Marquínez absolveu os acusados de um crime contra a ordem económica sob a forma de branqueamento de capitais, ligado ao extinto escritório de advogados Mossack Fonseca, disse na sexta-feira a justiça do Panamá, num comunicado.

A juíza decidiu que as provas recolhidas nos servidores da Mossack Fonseca “não cumpriam a cadeia de custódia, como bem como os princípios que regem a prova digital principalmente pela falta de valores de ‘hash’ [algoritmo matemático para transformar blocos de dados] que permitissem a certeza da sua autenticidade e integridade”.

Além disso, Marquínez concluiu que “as restantes provas não foram suficientes e conclusivas para determinar a responsabilidade criminal dos acusados”.

A juíza determinou ainda a extinção da ação penal no caso de um dos arguidos, Ramón Fonseca Mora, diretor e cofundador do Mossack Fonseca.

O advogado morreu a 09 de maio, aos 71 anos, devido a uma pneumonia, disseram familiares à agência de notícias Efe.

Marquínez ordenou o levantamento das medidas cautelares contra todos os arguidos, entre os quais o advogado alemão Jürgen Mossack, sócio fundador do escritório juntamente com Fonseca Mora. Mossack foi absolvido de todas as acusações.

No caso Lava Jato, a juíza indicou que “a entrada de dinheiro de fontes ilícitas, proveniente do Brasil, no sistema financeiro panamiano não poderia ser determinada com o propósito de ocultar, encobrir, disfarçar ou ajudar a escapar às consequências jurídicas do crime anterior”.

O escândalo internacional de subornos Lava Jato, com epicentro na construtora brasileira Odebrecht, foi julgado no Panamá juntamente com o caso “Panama Papers”, dada a afinidade entre os acusados e os factos investigados.

O Ministério Público tinha pedido a pena máxima, 12 anos de prisão, para Mossack e Fonseca.

Em 2016, o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação divulgou uma lista comprometedora de personalidades envolvidas num vasto sistema de evasão fiscal, na sequência de uma fuga de 11,5 milhões de documentos da Mossack Fonseca.

O caso, cuja lista incluiu entre muitos outros, o Presidente russo Vladimir Putin, os ex-chefes de Governo do Paquistão Nawaz Sharif e do Reino Unido David Cameron (atual líder da diplomacia britânica), e o futebolista Lionel Messi.

O escândalo mostrou como estas personalidades criaram empresas opacas, através da Mossack Fonseca, para abrir contas bancárias e criar empresas de fachada em vários países, de forma a esconder dinheiro, em alguns casos proveniente de atividades ilegais.

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Acordo salarial permite suspender greve na CP

  • Lusa
  • 29 Junho 2024

A greve dos trabalhadores da CP -- Comboios de Portugal foi suspensa após um acordo salarial que abrange todos os trabalhadores da companhia.

A greve na CP – Comboios de Portugal, convocada pelo sindicato dos maquinistas e que decorria até 14 de julho, foi suspensa após um acordo para aumentos salariais que beneficia todos os trabalhadores da empresa, anunciou o Governo. O Ministério das Infraestruturas e Habitação adiantou, em comunicado, que o Sindicato Nacional dos Maquinistas dos Caminhos de Ferro Portugueses (SMAQ) comunicou formalmente a suspensão da greve que começou na quinta-feira e se prolongava até 14 de julho.

As negociações entre a CP – Comboios de Portugal e o SMAQ, mediadas pela secretária de Estado da Mobilidade, Cristina Pinto Dias, permitiram “chegar a um acordo sobre várias matérias laborais, nomeadamente aumentos dos salários e do subsídio de refeição, beneficiando todos os trabalhadores da empresa”.

Já a CP salientou, em comunicado, que as partes chegaram “a um acordo quanto ao regulamento de carreiras”, sublinhando que o SMAQ se comprometeu a terminar com a greve com efeitos imediatos. “O acordo agora alcançado é extensível a todas as categorias profissionais da CP, garantindo que todas as áreas da empresa beneficiem das melhorias acordadas. Gostaríamos de expressar o nosso agradecimento ao SMAQ pela postura de diálogo e entendimento demonstrada ao longo das negociações. A cooperação e a abertura ao diálogo foram fundamentais para alcançar este consenso, que promove o bem-estar dos trabalhadores e a eficiência da CP”, destacou ainda a empresa.

Também o ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, congratulou-se “com o entendimento alcançado e com o levantamento da greve anunciada pelo SMAQ”, de acordo com o comunicado do seu ministério. Miguel Pinto Luz reiterou ainda “a sua postura de continuidade para o diálogo com os sindicatos do setor”.

A greve dos trabalhadores da CP – Comboios de Portugal levou à supressão de 934 comboios dos 1.247 programados (74,9%) entre as 00:00 e as 22:00 desta sexta-feira, segundo dados enviados à Lusa pela empresa. Os serviços mínimos previam a circulação de 318 comboios, tendo circulado 313.

O secretário-geral da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans), José Manuel Oliveira, afirmou à à agência Lusa que a greve “paralisou praticamente a empresa em todos os setores de atividade”. José Manuel Oliveira já tinha adiantado que o que estava em causa eram salários de entrada baixos, “Muito próximos do salário mínimo nacional”, bem como uma diferença reduzida entre a base e o topo da carreira para os trabalhadores da CP, que ronda os 100 euros. Em consequência, conforme apontou, a empresa tem cada vez menos trabalhadores, apesar de o número de passageiros e o lucro terem aumentado.

Na quinta-feira, a CP tinha alertado que eram esperadas perturbações na circulação, em especial até sábado. Os clientes com bilhetes para viajar nos comboios alfa pendular, intercidades, internacional e inter-regional podem pedir o reembolso total do mesmo ou a sua troca. Os reembolsos podem ser efetuados nas plataformas digitais da CP, até 15 minutos antes da partida do comboio da estação de origem do cliente, ou nas bilheteiras.

 

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Biden e Trump atraem menor audiência para debate presidencial em 20 anos

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Só 49,7 milhões de pessoas ligaram as suas televisões para assistir ao debate, um baixo número de audiências que não se via num primeiro frente-a-frente presidencial desde 2020 entre Al Gore e Bush.

A audiência do primeiro debate presidencial do ano, realizado na quinta-feira entre o ex-presidente norte-americano Donald Trump e o atual líder, Joe Biden, foi a mais baixa em duas décadas, segundo um relatório preliminar difundido pela CNN.

O levantamento aponta que 49,7 milhões de pessoas ligaram as suas televisões para assistir ao debate, um baixo número de audiências que não se via num primeiro frente-a-frente presidencial desde o primeiro entre o democrata Al Gore e o republicano (e mais tarde presidente) George W. Bush em 2000, segundo dados recolhidos pelo think tank Pew Research Center.

O debate provocou um sobressalto político entre os democratas devido ao mau desempenho de Biden, com muitos analistas tradicionalmente alinhados com este partido a apelarem à sua substituição como candidato nas eleições de 5 de novembro. Esta não é a primeira vez que Biden e Trump se enfrentam num debate televisivo: o primeiro do ciclo eleitoral de 2020, quando o republicano perdeu a Casa Branca, atraiu mais de 73 milhões de norte-americanos.

No entanto, o debate de setembro de 2016 entre Hillary Clinton e Trump durante as eleições de 2016 foi o mais visto na história do país, com mais de 84 milhões de telespetadores. Trump irrompeu na cena política nacional há sete anos, depois de derrotar Hillary Clinton, ex-secretária de Estado e representante da elite política democrata.

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Faculdade de Farmácia de Lisboa diz que “não ocorreu” plágio no caso da ministra da Saúde

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

O Conselho Científico da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa concluiu que o trabalho apresentado pela ministra da Saúde "cumpriu o programa proposto". E diz que plágio "não ocorreu".

A Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa esclareceu esta sexta-feira que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “cumpriu o programa proposto” no relatório de atividades académicas que desenvolveu e que não houve plágio.

Numa nota enviada à agência Lusa, assinada pelo presidente do Conselho Científico da faculdade, António Almeida, e pela diretora da instituição, Beatriz Lima, é referido que “o relatório das atividades desenvolvidas foi objeto de análise pelo Conselho Científico, que apreciou os diversos aspetos do relatório e concluiu que o trabalho apresentado cumpriu o programa proposto“.

“Quaisquer outras ilações não são possíveis de ser retiradas, designadamente quanto ao alegado plágio, que não ocorreu”, sublinham os docentes.

O esclarecimento da faculdade surge depois de uma notícia da edição desta sexta do jornal Público afirmar que a ministra da Saúde copiou trechos de um curso de uma universidade inglesa para o relatório que entregou no final de 2023. O jornal adianta que a Faculdade de Farmácia de Lisboa identificou “inconformidades”, mas na nota enviada à Lusa a instituição nunca as refere. “O Conselho Científico reafirma a posição tomada de que o relatório foi corretamente aprovado”, sintetiza a faculdade na missiva enviada ao final da tarde.

A instituição adianta ainda que Ana Paula Martins, professora auxiliar com agregação da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, entre dezembro de 2020 e dezembro de 2021, “esteve no exercício de licença sabática concedida por esta Faculdade, no âmbito da qual desenvolveu diversas atividades académicas, de acordo com o programa de trabalho proposto”.

Após ter estado no parlamento a responder a uma interpelação do Bloco de Esquerda sobre o programa de emergência para a saúde, a ministra foi questionada pelos jornalistas sobre esta questão, mas escusou-se a fazer comentários.

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Lançado aviso para financiar compra de 15 elétricos articulados para Lisboa

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

O aviso, com um valor de 27,5 milhões, tem como objetivo a aquisição de 15 elétricos articulados, a cargo da Carris, para Lisboa.

O Governo lançou esta sexta-feira o aviso para o financiamento da aquisição de 15 elétricos articulados para a cidade de Lisboa, no âmbito do novo quadro comunitário, no valor de 27,5 milhões de euros, a cargo da Carris.

A cerimónia de apresentação do aviso para a candidatura da Companhia Carris de Ferro de Lisboa decorreu ao final da tarde desta sexta-feira na Estação dos Elétricos da Carris, em Santo Amaro, com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e da ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho.

O aviso agora lançado, com um valor de 27,5 milhões, tem como objetivo o financiamento, no âmbito Programa Sustentável 2030, da aquisição de 15 elétricos articulados, visando o “alargamento da rede” existente, “quer em extensão quilométrica, quer em frequência do serviço a oferecer.” Dos 15 elétricos, adquiridos em setembro do ano passado, 14 deles já se encontram em circulação para a carreira 15E entre Cais do Sodré e Algés, tendo representado um investimento de 40,4 milhões de euros.

O aviso prevê o cofinanciamento de 85% do valor que tinha sido investido na aquisição dos 15 elétricos. A Carris destaca que os novos elétricos, “para além de uma maior capacidade (220 pessoas), são mais modernos, silenciosos e ergonómicos”.

“Estes projetos são muito importantes. Correspondem a uma luta contra as alterações climáticas. Portanto, é o transporte público limpo, movido a eletricidade e também confortável, para atrair as pessoas e para que haja uma mudança de comportamento”, afirmou a ministra do Ambiente, Maria Graça Carvalho. A governante falava aos jornalistas na zona de Belém, no final da cerimónia, após uma viagem num dos novos elétricos articulados.

Presente também na cerimónia, o ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, que fez apenas um discurso, sem falar aos jornalistas, deixou um conjunto de desafios à Câmara de Lisboa, liderada pelo social-democrata Carlos Moedas, na área da mobilidade sustentável, ressalvando também a necessidade de continuar a melhorar os transportes públicos.

Cabe-nos dar condições cada vez melhores a quem anda nos transportes públicos. Cabe-nos impactar do lado do preço. Se baixarmos os preços vamos aumentar a procura, mas não vai ser suficiente. Vamos ter de ter cidades mais amigas do transporte público e menos amigas do transporte individual”, defendeu.

No âmbito do Programa Sustentável 2030, o Governo anunciou também esta sexta a dotação de 96 milhões de euros para a conclusão das Linha Rosa (São Bento – Casa da Música) do Metro do Porto e de 82,1 milhões de euros para a conclusão do Sistema de Mobilidade do Mondego, que irá servir Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã, com autocarros elétricos em via dedicada.

O Programa Sustentável 2030 tem uma dotação total de cerca de 3,7 mil milhões de euros, sendo que desta verba estão alocados à mobilidade urbana multimodal sustentável 1,3 mil milhões e à rede transeuropeia de transportes 1,4 milhões de euros.

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Esta é a chave vencedora do Euromilhões. Prémio regressa aos 17 milhões de euros

  • ECO
  • 28 Junho 2024

O jackpot desta sexta-feira ronda os 17 milhões de euros, depois de ter sido registado um vencedor do primeiro prémio no sorteio anterior em Portugal.

Com um primeiro prémio no valor de 17 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira um novo sorteio do Euromilhões. No sorteio anterior, o primeiro prémio, no valor de 213 milhões de euros veio para Portugal, para a freguesia de Ramalde, no Porto. Este foi o prémio do Euromilhões mais elevado de sempre a ser sorteado no país.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 28 de junho:

Números: 10, 16, 18, 22 e 35

Estrelas: 1 e 10

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Ainda “é cedo” para a semana de quatro dias, diz ministra

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

“Ainda estamos longe” de uma possível regulamentação desta matéria, disse ainda a ministra Maria do Rosário Palma Ramalho.

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho considerou esta sexta-feira que “é cedo” para avançar com a implementação da semana de quatro dias, depois de apresentar as conclusões de um projeto-piloto neste âmbito. Questionada à margem do evento, na Reitoria da Universidade do Porto, onde se debateu a semana de quatro dias, a governante disse: “Ainda estamos longe” de uma possível regulamentação desta matéria.

“Aliás, nunca regulamentaríamos sem levar esta matéria à concertação social”, referiu. A ministra recordou que o próprio estudo, que foi apoiado pelo anterior Governo “se assume como um princípio da reflexão”. “É um estudo de cientistas, portanto, é uma reflexão que se tem de continuar e se deve continuar com as empresas”, assim como com os trabalhadores, as associações patronais e sindicatos, defendeu.

Palma Ramalho alertou ainda para potenciais efeitos indiretos do modelo assumido no estudo, alertando para um aumento da discriminação de género, visto que os resultados apontam para uma maior recetividade das trabalhadoras.

“Temos uma repartição dos papéis sociais em Portugal muito tradicional e, portanto, a mulher continua a ser quem mais tem as responsabilidades familiares”, disse a governante, referindo que é preciso medidas que promovam uma maior equidade e não que “contribuam para aumentar essas responsabilidades” de forma desequilibrada “sobre as mães”.

O projeto português, lançado no ano passado, abrangeu 41 empresas, que adotaram a semana de quatro dias em diferentes formatos e implementaram várias mudanças organizacionais. Entre as conclusões estão melhorias operacionais e do desempenho, sendo que apenas uma das empresas teve de contratar mais trabalhadores, segundo um comunicado do IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), divulgado na semana passada.

No fim, apenas quatro empresas voltaram à semana de cinco dias. Do lado dos trabalhadores, o projeto-piloto originou redução da exaustão e desgaste e uma melhoria da saúde mental e física, sendo que a grande maioria gostava de continuar.

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BE pede audição urgente da ministra do Trabalho sobre alterações ao subsídio de desemprego

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

O partido refere-se às afirmações de Maria do Rosário Palma Ramalho sobre não poder "haver em Portugal pessoas a ganhar mais por subsídio de desemprego do que se estivessem a trabalhar”.

O Bloco de Esquerda quer ouvir, com urgência, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social na Assembleia da República sobre as alterações que o Governo quer fazer no subsídio de desemprego.

Num requerimento, dirigido ao presidente da Comissão Parlamentar de Trabalho, Segurança Social e Inclusão, Eurico Brilhante Dias, os bloquistas pedem uma audição urgente da ministra Maria do Rosário Palma Ramalho para debater o que dizem ser posições “contraditórias” do Governo nos últimos dias sobre a questão dos apoios sociais no desemprego.

Os bloquistas criticam, além da contradição dentro do Governo, uma posição do executivo comprometedora da proteção “das pessoas que se encontram em situação de desemprego” que afirmam ter sido assumidas nos últimos dias pela ministra do Trabalho e pelo primeiro-ministro.

“Importa clarificar as afirmações realizadas pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e as que foram, posteriormente, realizadas pelo primeiro-ministro, porque são contraditórias, mas também porque vão no sentido de uma maior desproteção das pessoas que se encontram em situação de desemprego”, frisa o Bloco de Esquerda no requerimento.

O BE refere-se às afirmações de Maria do Rosário Palma Ramalho sobre não poder “haver em Portugal pessoas a ganhar mais por subsídio de desemprego do que se estivessem a trabalhar” e ser preciso “evitar que em Portugal possa haver situações em que quem não trabalha na verdade tem rendimentos dados pelo Estado que favoreçam a situação de se manter como está em vez de fazer procura ativa de emprego e trabalhar”.

Por sua vez, o primeiro-ministro, no debate quinzenal, afirmou que as palavras da ministra do Trabalho não iam no sentido “da desvalorização do subsídio de desemprego”, mas sim de preocupação “com um conjunto de outras prestações” como o subsídio social de desemprego.

Neste requerimento, o Bloco de Esquerda recorda também que a Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, após uma reunião com a ministra do Trabalho, afirmou que a concertação social está a debater a aplicação de “critérios mais eficazes em termos do que se considera o emprego conveniente”.

“Estas declarações efetuadas pelo primeiro-ministro e pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, com o respaldo da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, são contraditórias entre si”, criticam os bloquistas. “Se num caso, falamos de uma prestação contributiva – em que os trabalhadores descontam uma percentagem do seu salário, para que depois lhes um possa ser garantido um direito social, para qual o contribuíram –, no caso do subsídio social de desemprego, falamos de uma prestação não contributiva e que, em média, se fixa em 397€”, acrescentam.

Para o partido, “qualquer que seja a alteração, vai implicar uma mudança profunda” nas regras atualmente em vigor “nomeadamente no que diz respeito ao conceito de emprego conveniente e à possibilidade de cumulação de rendimentos do trabalho com prestações sociais”.

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Ucrânia anuncia entrega de defesas antiaéreas e mísseis pelos EUA e oito países europeus

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Shmigal precisou que os mísseis Patriot chegarão em maior quantidade devido à entrega de países como os Estados Unidos, Alemanha, Roménia, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Noruega.

O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmigal, anunciou esta sexta-feira que os Estados Unidos e oito países europeus estão dispostos a entregar em breve novos sistemas de defesa antiaérea, para além de mísseis Patriot e NASAMS. “Os parceiros internacionais escutaram-nos. Convencemo-los de que fortalecer a defesa aérea da Ucrânia é a primeira prioridade”, indicou, citado pelos ‘media’ ucranianos.

De acordo com Shmigal, a Itália vai enviar o seu segundo sistema SAMP-T, capaz de intercetar mísseis balísticos, enquanto a Alemanha disponibilizará veículos blindados antiaéreos Gepard e mísseis teleguiados IRIS-T. Shmigal precisou que os mísseis Patriot chegarão em maior quantidade devido à entrega de países como os Estados Unidos, Alemanha, Roménia, Dinamarca, Países Baixos, Espanha e Noruega. Assinalou ainda que a Súecia enviará à Ucrânia dois aviões de vigilância por radar.

Vai permitir detetar objetivos aéreos incluindo de território inimigo, e prepararmo-nos melhor para repelir os ataques”, susteve.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra

. Os últimos meses foram marcados por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra cidades e infraestruturas ucranianas, ao passo que as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia, ilegalmente anexada em 2014.

Já no terceiro ano de guerra, as Forças Armadas ucranianas têm-se confrontado com falta de soldados e de armamento e munições, apesar das reiteradas promessas de ajuda dos aliados ocidentais, que começaram entretanto a concretizar-se.

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Senhorios podem pedir compensação por rendas antigas a 1 de julho

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Em causa estão os cerca de 125 mil senhorios com rendas antigas que não transitam para o NRAU, designadamente de inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou com um grau de deficiência.

O formulário para os senhorios acederem à compensação do Estado pelas rendas antigas vai ficar disponível no portal da habitação na segunda-feira, segundo o Ministério das Infraestruturas e Habitação. A data foi avançada pelo Ministério das Infraestruturas e Habitação em resposta a questões da Lusa e está já visível no referido portal.

“O IHRU [Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana] disponibilizará uma área dedicada exclusivamente ao apoio aos senhorios, no Portal da Habitação, cujo formulário estará disponível ao público no dia 1 de julho”, refere o Ministério. Trata-se de uma compensação aos senhorios com rendas antigas e cujos contratos se vão manter com esta configuração uma vez que não transitam para o Novo Regime do Arrendamento Urbano, como determina a lei do Mais Habitação.

As condições e passos necessários para que os senhorios possam aceder a esta compensação estão contemplados num decreto-lei publicado no final do ano passado. Na semana passada, a Associação Lisbonense de Proprietários tinha transmitido preocupação, antecipando um “caos total” devido à falta de orientações para os senhorios fazerem o pedido de compensação pelas rendas antigas.

Em causa estão os cerca de 125 mil senhorios com rendas antigas que não transitam para o NRAU, designadamente de inquilinos com idade igual ou superior a 65 anos ou com um grau de deficiência superior a 60% e também as rendas de agregados com um rendimento anual bruto corrigido (RABC) inferior a cinco retribuições mínimas nacionais anuais.

A compensação em causa prevê a atribuição a estes senhorios de uma compensação equivalente à diferença entre o valor da renda e 1/15 do valor patrimonial da casa.

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Greve dos oficiais de justiça continua a libertar detidos sem interrogatório judicial

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Entre uma a duas dezenas de detidos foram libertados nas últimas 24 horas sem serem ouvidos por um juiz, devido à greve dos funcionários judiciais em curso.

Entre uma a duas dezenas de detidos foram libertados nas últimas 24 horas sem serem ouvidos por um juiz, devido à greve dos funcionários judiciais em curso, que impossibilita cumprir o prazo de 48 horas para primeiro interrogatório judicial.

De acordo com Carlos Almeida, presidente do Sindicato dos Oficiais de Justiça (SOJ), estrutura que convocou a paralisação, nas últimas 24 horas foram libertados vários cidadãos detidos em todo o país e adiadas diligências, como buscas, e operações policiais, “algumas de grande envergadura”, como “medida preventiva” para evitar que os detidos nessas operações acabassem por ser colocados em liberdade devido à greve em curso, que não tem serviços mínimos decretados.

A greve foi convocada para todas as tardes de segunda-feira a sexta-feira e manhãs de quartas-feiras e sextas-feiras, o que em alguns dias da semana implica uma greve em contínuo ao longo de um dia e meio.

Três homens detidos em Alcobaça na quarta-feira por roubo, um deles com recurso a arma de fogo, foram libertados esta sexta-feira sem ser presentes a interrogatório judicial no tribunal de Leiria para aplicação de medidas de coação, tendo os suspeitos antecedentes criminais por resistência e coação, furto, roubo e homicídio na forma tentada.

Em Albufeira, no Algarve, a greve dos oficiais de justiça adiou a leitura do acórdão da jovem acusada de ter matado outra à porta de uma discoteca em Albufeira, em 2023.

À greve durante os períodos da tarde em curso desde janeiro juntou-se agora a greve nas manhãs de quartas-feiras e sextas-feiras, depois de o SOJ não ter chegado a acordo com o Ministério da Justiça nas negociações para a revisão da tabela salarial, o pagamento do suplemento de recuperação processual integrado no salário a 14 meses e a abertura de concursos de promoção e entrada na carreira.

Em recentes declarações à Lusa, o SOJ alegou que a resolução do conflito “é simples”, bastando que o atual Governo cumpra o programa eleitoral apresentado aos portugueses nas últimas eleições legislativas de 10 de março.

Na segunda-feira o SOJ volta a ser recebido no Ministério da Justiça para uma reunião de negociação suplementar.

A outra estrutura sindical do setor, o Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ) chegou a acordo com a tutela, tendo desconvocado as greves em vigor, iniciando na próxima semana a negociação da revisão do Estatuto dos Funcionários de Justiça.

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Rui Coutinho será o novo presidente da SATA

  • Lusa
  • 28 Junho 2024

Depois da saída da anterior presidente, Teresa Gonçalves, por "motivos pessoais, o Governo Regional dos Açores anunciou o antigo diretor regional dos Transportes Aéreos para o cargo.

O antigo diretor regional dos Transportes Aéreos Rui Coutinho será o novo presidente da companhia aérea SATA, revelou esta sexta-feira o Governo dos Açores, que decidiu criar um conselho estratégico para “tornar mais robustos os processos de decisão” da empresa.

“Relativamente ao Conselho de Administração da SATA Holding, S.A., o Governo dos Açores indicará para presidente o doutor Rui Miguel Furtado Coutinho, a quem incumbirá a indicação dos restantes elementos que constituirão a equipa no Conselho de Administração, que manterá todas as competências atualmente consagradas nos estatutos da companhia”, disse, em conferência de imprensa a secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas, Berta Cabral.

Segundo a governante, Rui Coutinho “conta com uma experiência de vários anos no setor da aviação e transporte, tendo sido diretor regional dos Transportes Aéreos e Marítimos e diretor regional da Mobilidade”.

Rui Coutinho desempenhou ainda as funções de chefe do departamento de Operações Aeroportuárias do Aeroporto de Ponta Delgada, diretor do Aeroporto de Santa Maria e chefe de Divisão de Planeamento, Gestão e Controlo da Direção dos Aeroportos dos Açores, sob gestão da ANA Aeroportos de Portugal, “tendo coordenado as áreas de planeamento e controlo de gestão, investimentos, marketing, licenciamento, ambiente e sistemas de informação”, disse.

Berta Cabral acrescentou que o novo presidente da SATA terá como prioridade “o estrito cumprimento do Plano de Reestruturação aprovado pela Comissão Europeia”.

O plano, como referiu, deverá conter a estabilização da reorganização da estrutura empresarial, a adequação da operação, com melhoria da eficiência e redução de custos, a salvaguarda da SATA Air Açores, “a efetivação da privatização da Azores Airlines”, a reestruturação e alienação do negócio de ‘handling’ como companhia autónoma do grupo SATA e a apresentação de uma proposta num eventual novo concurso de Obrigações de Serviço Público (OSP) territoriais, “uma vez que a companhia está proibida de realizar rotas deficitárias”.

A titular da pasta da mobilidade nos Açores indicou também que o executivo decidiu manter no conselho de administração da SATA, como administradores não executivos, Bernardo Oliveira e João Crispim Ponte, “visando o acompanhamento do trabalho no âmbito do Plano de Reestruturação”.

O futuro presidente da SATA vai ocupar o cargo que foi deixado vago por Teresa Gonçalves, que se demitiu em 09 de abril, por “motivos pessoais”, segundo o executivo açoriano. Teresa Gonçalves tomou posse como presidente do grupo empresarial em abril de 2023, após a saída de Luís Rodrigues para a liderança da TAP.

No encontro com os jornalistas também esteve presente o secretário das Finanças, Planeamento e Administração Pública dos Açores, Duarte Freitas, que revelou que o executivo regional decidiu que será criado, “com dignidade estatutária, um Conselho Estratégico com o propósito de tornar mais robustos os processos de decisão em matérias consideradas estratégicas promovendo um alinhamento de todos os interesses envolvidos e robustecendo a reflexão do papel da SATA para a região”.

“O Governo Regional dos Açores entende que a criação de um Conselho Estratégico na estrutura de governo da SATA Holding, S.A. se afigura pertinente, especialmente para facilitar e aprofundar os debates acerca dos principais desafios estratégicos com que a empresa se depara, acolhendo as perspetivas de vários representantes dos interesses dos açorianos e do grupo SATA”, afirmou.

Duarte Freitas adiantou igualmente que o futuro conselho estratégico terá entre sete e nove membros e será liderado “por uma personalidade de reconhecido mérito e idoneidade profissional, que prime pela capacidade de pensamento estratégico e desenvolvimento empresarial”.

(atualizado às 19h com mais informação)

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