Swisscom recebe luz verde para comprar Vodafone Itália
A operadora de telecomunicações suíça obteve o OK da Concorrência e do Governo italianos para comprar o negócio em Itália da Vodafone por oito mil milhões de euros. Marca funde-se com Fastweb.
É oficial: o acordo entre a Vodafone e a Swisscom para que a operação em Itália troque de mãos está fechado após receber as aprovações regulatórias necessárias. Para a Vodafone, o ano de 2025 começa com um encaixe de oito mil milhões de euros fruto da conclusão deste negócio anunciado a 15 de março do ano passado.
A operadora suíça anunciou esta quinta-feira que obteve ‘luz verde’, tanto da Autoridade da Concorrência italiana (Autorità Garante della Concorrenza e del Mercato) como do Governo (Ministero delle Imprese e del Made in Italy), para a aquisição da operação italiana da Vodafone, que compreende uma fusão de marcas com a Fastweb.
“A Fastweb + Vodafone irá desbloquear um valor significativo para todas as partes interessadas e sustentar os investimentos no mercado italiano de telecomunicações através de uma maior escala, uma estrutura de custos mais eficiente e sinergias significativas anuais com taxas de execução de cerca de 600 milhões de euros”, reforçou a Swisscom, em comunicado tornado público esta manhã.
A conclusão da transação ocorreu formalmente na terça-feira (31 de dezembro de 2024), portanto o processo de integração da Fastweb e da Vodafone Itália começou agora com a entrada em funções da nova comissão executiva da empresa conjunta, que irá operar sob a marca corporativa Fastweb + Vodafone.
Como o closing ocorreu ainda em 2024, os custos de integração (no valor de até 200 milhões de euros), maioritariamente vindos dos acordos de partilha de rede móvel, vão entrar nas demonstrações financeiras da Swisscom de 2024. E a orientação para o EBITDA da Swisscom acabou por ser revista em baixa para os 4,3-4,4 mil milhões de francos suíços (4,5-4,6 mil milhões de euros).
Certo é que, nos próximos cinco anos, a Vodafone e a antiga subsidiária italiana ainda estarão ligadas numa ótica de prestação de serviços, de acordo com os trâmites acordados pelas partes. Mantêm-se também dois objetivos para as receitas desta venda, que foram estabelecidos a 15 de março: reduzir a dívida líquida do grupo britânico e devolver aos acionistas até 2 mil milhões de euros.
A transação avalia a Vodafone Itália num múltiplo de 7,6 vezes o EBITDA ajustado para o ano fiscal terminado a 31 de março de 2024. Nesse período, o grupo de telecomunicações britânico – que se encontra no pódio do setor em Portugal – viu os lucros operacionais caírem 74,6% para 3,7 mil milhões de euros.
Em termos organizacionais, passam a existir cinco divisões na Vodafone: Alemanha, Mercados Europeus, África, Vodafone Empresas e Vodafone Investimentos.
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