Conheça as tendências que vão marcar o retalho em 2025
Personalização, aposta em modelos de subscrição e fidelização, e investimento em tecnologia são algumas das tendências para este ano, segundo a tecnológica CI&T.
Num contexto económico desafiante, o setor do retalho deve adaptar-se a um consumidor cada vez mais exigente. A CI&T, empresa de tecnologia da informação e software, identificou as principais tendências do setor para este ano.
A personalização, a aposta em modelos de subscrição e fidelização, e o investimento em tecnologia são apontadas como as principais tendências. Também o desenvolvimento de abordagens que promovam a ligação emocional com os consumidores será uma mais-valia este ano.
“Prevemos um 2025 cheio de oportunidades para o setor do retalho e tudo indica que a personalização será o grande pilar que moldará o setor este ano”, afirma a retail strategy da CI&T. “Os consumidores querem cada vez mais controlo sobre as suas escolhas e preferências, e o retalho tem de se adaptar a essa realidade,” comenta Melissa Minkow.
Ofertas e experiências hiper-personalizadas
Perante as mudanças geracionais, o retalho deve tirar partido de tecnologias e dar-lhe uma nova força, permitindo ofertas e experiências hiper-personalizadas. A empresa refere que “tirar partido de tecnologias das aplicações de encontros, como por exemplo a geolocalização, revela-se uma boa estratégia para aportar inovação ao retalho”.
Desta forma, os “comerciantes podem, por exemplo, possibilitar que os consumidores paguem um valor único para obter funcionalidades premium, ou ajudá-los a melhorar o ‘algoritmo’ de produtos que lhes aparecem e a atualizar as suas preferências após grandes eventos da vida, como casamentos, filhos ou mudanças de casa”, indica a CI&T.
Modelos de subscrição e de fidelização
Para 2025, a CI&T antecipa uma continuação da “grande evolução” dos programas de fidelização: “Será necessário proporcionar aos consumidores um sentido de exclusividade que faça aumentar o seu interesse. Explorar estratégias para aumentar a fidelização e envolvimento será fundamental para ter sucesso num mercado altamente competitivo”, nota.
A tecnológica relembra que os “comerciantes devem procurar introduzir serviços de subscrição específicos para determinadas categorias, que proporcionem acesso ilimitado a determinados produtos ou experiências”.
Manter os consumidores próximos das marcas será cada vez mais relevante, pelo que o “setor do retalho deverá apostar na construção de comunidades digitais para aprofundar o contacto com o cliente mais além das páginas de redes sociais, websites e espaços físicos de venda”, refere a empresa de tecnologia da informação e software.
Inteligência artificial em voga
Na ótica da CI&T, a IA generativa (GenAI) está a impulsionar uma personalização cada vez mais profunda – e exemplifica que “várias marcas já permitem que os clientes personalizem os artigos que compram”, ou enviam-lhes “alertas no aniversário”.
A empresa de tecnologia da informação e software não tem dúvidas que “este ano, os comerciantes devem tirar o máximo partido da GenAI e capacitar os consumidores para que, por exemplo, personalizem a utilização da app ou website das marcas, escolhendo o esquema de cores que preferem, vendo modelos com as dimensões aproximadas/formas do corpo similares, e alternando entre os modos claro e escuro”.
A empresa aponta ainda que outra tecnologia, que já é amplamente utilizada na Ásia e o pode ser melhor explorada na Europa, são os códigos QR. “Podem ser utilizados com grande eficácia para emitir vouchers temporários, publicidade com realidade aumentada, logins seguros em aplicações e muito mais. A pandemia fez com que os consumidores se familiarizassem com esta tecnologia, e os comerciantes que os utilizarem de forma mais criativa vão ter muito a ganhar”, adianta a CI&T.
A tecnológica aponta ainda que “também ganham força as tecnologias de smart shopping, como as caixas automáticas com RFID e os carrinhos inteligentes, pois permitem diminuir os tempos de espera nas caixas e nos provadores”.
Ligação emocional
O envolvimento emocional dos consumidores é muito importante em todos os setores, e o do retalho não é exceção. “Inspirando-se nas recentes ‘Daylists’ do Spotify, por exemplo, os comerciantes podem adotar abordagens que permitam aos clientes desfrutar de listas de reprodução relevantes para si enquanto estão na loja, ou mesmo propor-lhes ofertas e descontos específicos em função do seu estado de espírito”, refere a a CI&T, destacando que “para isso, podem pedir que preencham questionários em tempo real para ajudar a conseguir a máxima personalização da sua experiência de compra”.
Para além disso, a CI&T enumera que “proporcionar aos consumidores um resumo dos seus hábitos de compra, como também o Spotify faz anualmente com o seu ‘Wrapped’, é uma estratégia inteligente para fortalecer a ligação emocional com os consumidores, que geralmente estão interessados em conhecer os detalhes da sua própria experiência”.
Quer através de programas criativos de subscrição e fidelização, ou de envolvimento emocional, estar próximo dos clientes e conhecê-los profundamente será o caminho mais certo para o sucesso.
“À medida que os consumidores se tornam mais exigentes e procuram experiências que ultrapassam as simples transações, as marcas precisam de descobrir como aportar valor de forma única e significativa“, nota Melissa Minkow. “Quer através de programas criativos de subscrição e fidelização, ou de envolvimento emocional, estar próximo dos clientes e conhecê-los profundamente será o caminho mais certo para o sucesso”, conclui a retail strategy da CI&T.
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