Investimento de 150 milhões na Amkor vai permitir criar 350 postos de trabalho
A antiga Qimonda, que vai receber um incentivo de 18,9 milhões de euros para a nova área industrial, deverá aumentar o número de funcionários para 1.200, após a conclusão das obras, até maio.
A nova unidade industrial que a Amkor está a criar na área dos semicondutores deverá estar concluída em maio e vai permitir à antiga Qimonda criar 350 novos postos de trabalho, com a empresa a passar dos atuais cerca de 850 trabalhadores para 1.200. O investimento, que integra os 420 milhões de euros que a Aicep contratualizou no ano passado, vai permitir duplicar a área edificada da empresa em Vila do Conde e reforçar a sua capacidade produtiva.
As obras para a construção do novo centro da Amkor deverão estar concluídas no espaço de três a quatro meses, informou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, após uma visita à empresa esta segunda-feira. A construção desta nova unidade vai permitir à empresa de semicondutores atingir os 1.200 colaboradores na fábrica de Vila do Conde, acima dos atuais 850.
A ATEP – Amkor Technology Portugal vai investir 150 milhões de euros na criação de uma nova unidade industrial no setor dos semicondutores. O projeto “Montagem e teste de semicondutores – open foundry” vai “permitir o desenvolvimento de processos produtivos inovadores para as tecnologias de Wafer Level, Substrate Level e Panel Level Fan Out, essenciais na resposta à política europeia e nacional prevista no Chips Act”, explicou ao ECO fonte oficial do Compete, o organismo que, em conjunto com a Aicep, foi responsável pela organização processual (gestão, acompanhamento e execução).
O projeto — que faz parte dos investimentos contratualizados pela AICEP, que irão permitir criar mais de 1.000 postos de trabalho numa primeira fase –, vai aumentar a área edificada para o dobro, aumentando a área em mais de 30 mil metros quadrados, segundo detalhou o presidente da Câmara de Vila do Conde, à margem da visita à fábrica. Vítor Costa considera este centro “absolutamente estratégico” para a casa-mãe e para a Europa, num momento em que a região procura reduzir a dependência asiática nesta área tão importante.
Este investimento da Amkor, que há seis anos comprou à Nanium, a empresa que nasceu da falência da Qimonda e era detida pelo Estado (18%, através da AICEP), pelo BCP (41%) e pelo Novobanco (41%), vai receber um incentivo de 18,9 milhões de euros.
Num discurso perante os colaboradores da Amkor, Montenegro lembrou que “não foi fácil aguentar a atividade desta empresa” e “no final da primeira década deste século a ideia que tudo podia acabar não era irrealista”, referindo-se à falência da Qimonda.
O primeiro-ministro destacou que, apesar de a empresa ter hoje “40% dos colaboradores” que tinha nessa altura, “dentro de alguns anos — poucos — vão atingir e ultrapassar esse número“, garantiu.
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