Lisboa mantém-se entre as bolsas mais “amigas” dos investidores e dividendos vão voltar a subir em 2025

As cotadas da bolsa de Lisboa apresentam uma rendibilidade de dividendos próxima de 5%. Retornos vão continuar a subir em 2025 e 2026.

Portugal continua a apresentar uma das rendibilidades de dividendo mais atrativas na Europa. A bolsa lisboeta apresenta uma taxa de remuneração de 4,8%, em 2024, a sexta melhor a nível europeu, conclui o Dividend Study 2025, realizado pela Allianz GI. E a expectativa é que a rendibilidade dos dividendos pagos pelas cotadas nacionais continue a aumentar.

A bolsa portuguesa, que já chegou a ser a campeã dos dividendos, surge, pelo sexto ano consecutivo, no top 10 das praças que oferecem as remunerações mais atrativas na Europa. Áustria, Noruega, Finlândia, Itália e Espanha são os únicos mercados que remuneram os acionistas com taxas de dividendo mais elevadas, de acordo com a análise anual feita pela gestora de ativos alemã.

Os analistas da gestora alemã calculam que os dividendos aumentem “dos 1,75 mil milhões de euros em 2024 para cerca de 1,84 mil milhões de euros em 2025, podendo atingir os 1,9 mil milhões de euros em 2026”.

Em termos de remuneração, a expectativa apontada no estudo é que o rendimento dos dividendos suba de 4,8%, no ano passado, para 4,9%, este ano.

Entre as 14 empresas que pagaram dividendos no ano passado (Greenvolt não pagou e EDP Renováveis remunerou em ações), mais de metade dos dividendos das companhias do índice nacional incorporam uma rendibilidade de pelo menos 5%

Com uma taxa de dividendo próxima de 10%, a Nos é a empresa que apresenta a melhor taxa de remuneração. REN e Ibersol completam o pódio das empresas com o melhor rendimento de dividendo, com taxas que rondam os 7% e os 6,6%, respetivamente.

A tradição de pagar dividendos na bolsa de Lisboa tem permitido aos investidores uma remuneração “adicional”, que, à semelhança do que acontece na Europa, representa uma importante fatia dos ganhos angariados através do investimento em ações.

Segundo os cálculos da Allianz GI, “nos últimos 40 anos, quase 39% da rentabilidade total anualizada dos investimentos em ações no índice MSCI Europe deveu-se à contribuição de dividendos”. Já na América do Norte (MSCI North America) e na Ásia-Pacífico (MSCI Pacific), os dividendos contribuíram com pouco menos de 22% e pouco mais de 41% do rendimento total, respetivamente.

Depois de um travão no pagamento de dividendos durante a pandemia da covid-19 — muitas empresas optaram por congelar ou cortes a sua remuneração acionista como uma medida preventiva — , a Allianz GI espera agora que o pagamento de dividendos continue a aumentar anualmente.

“Em 2025, os setores das Tecnologias de Informação e da Saúde deverão liderar o crescimento no pagamento de dividendos”, antecipa Grant Cheng, gestor de dividendos de ações. O mesmo especialista prevê que, “em contrapartida, os dividendos no setor da energia podem diminuir”.

Já o setor financeiro “continuará a ser o principal pagador de dividendos, embora com um crescimento mais moderado”.

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