Davidson Kempner contrata João Talone para consultor sénior
O ex-presidente do BCP e EDP é o novo 'senior advisor' do fundo americano Davidson Kempner, conhecido pelos negócios no setor hoteleiro e de centros de dados em Portugal.
João Talone, ex-presidente do BCP e EDP, é o novo consultor sénior (senior advisor) da Davidson Kempner Capital Management, um dos maiores fundos de investimento com negócios de hotéis e centros de dados (Start Campus) em Portugal. A empresa norte-americana anunciou esta sexta-feira que contratou o gestor para dar apoio aos investimentos nos setores de energia, transformação digital e infraestruturas.
O plano é que se foque mais na Península Ibérica, mas o trabalho de consultoria abrangerá noutras zonas do mundo. “Talone traz uma vasta experiência para a Davidson Kempner, tendo sido presidente e diretor executivo do grupo EDP, uma empresa europeia de serviços públicos de energia com uma posição de liderança no mercado global de energias renováveis. Foi também cofundador da Magnum Capital, uma das maiores empresas ibéricas de private equity”, destaca a DK.
A Davidson Kempner tem cerca de 37 mil milhões de dólares (35 mil milhões de euros) em ativos sob gestão e mais de 500 trabalhadores nos sete escritórios de Nova Iorque, Filadélfia, Londres, Dublin, Hong Kong, Shenzhen e Mumbai. Em Portugal, esteve por detrás do maior negócio imobiliário de 2022, ao comprar os fundos ECS por aproximadamente 850 milhões de euros.
“A transição energética exigirá capital flexível e Davidson Kempner tem um histórico de apoiar o crescimento de futuros líderes de mercado neste espaço dinâmico. Além disso, Espanha e Portugal têm enormes oportunidades para atrair atividades intensivas em energia ansiosas por soluções verdes. Estou ansioso para fazer parceria com a Davidson Kempner e algumas das empresas do seu portefólio para procurar oportunidades atrativas de apoio a uma transição energética mais ampla”, afirmou João Talone.
João Talone foi CEO da EDP entre 2003 e 2006, mesmo antes de entregar a pasta a António Mexia, e voltou à empresa anos mais tarde. Em janeiro de 2024, saiu, no final do primeiro mandato enquanto líder do Conselho Geral e de Supervisão (CGD) da energética, depois de propor alterações ao modelo de governação da empresa – incluindo a redução do número de representantes da China Three Gorges (CTG) e do grupo Masaveu neste órgão de fiscalização – e não ter recebido resposta. O gestor esteve neste cargo entre 2021 e 2024 em substituição de Luís Amado.
Foi também vice-presidente do conselho de administração da HidroCantábrico, após a aquisição, em 2005, por parte da EDP. Antes deste percurso profissional na energética, esteve 14 anos (1987-2001) no BCP, onde foi presidente do conselho de administração e CEO, tendo-se destacado pela criação da área de seguros do banco agora liderado por Miguel Maya, que atingiu a liderança do mercado em apenas sete anos.
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