EUA cancelam conferência de imprensa em Kiev
A conferência de imprensa entre Volodymyr Zelensky e Keith Kellogg foi cancelada após a reunião ter ocorrido, a pedido da parte norte-americana.
Uma conferência de imprensa prevista para depois de uma reunião do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, com o enviado dos EUA à Ucrânia, Keith Kellogg, foi cancelada esta quinta-feira. De acordo com as autoridades ucranianas, a conferência de imprensa foi cancelada após a reunião ter ocorrido.
A viagem de Kellogg a Kiev coincidiu com a recente disputa entre Trump e Zelensky – depois de Trump ter chamado “ditador” a Zelensky –, que criou tensão entre os dois líderes e lançou ainda mais dúvidas sobre o futuro do apoio dos EUA ao esforço de guerra da Ucrânia.
O porta-voz da presidência ucraniana, Serhiy Nikiforov, não deu qualquer outra razão para além de que o cancelamento ocorreu a pedido dos EUA. A delegação dos EUA não fez qualquer comentário sobre este assunto, para já.
Quando a reunião começou, os repórteres de imagem foram autorizados a entrar numa sala onde os dois homens apertaram as mãos antes de se sentarem frente a frente numa mesa no gabinete presidencial em Kiev. A reunião pretendia discutir os esforços de Trump para colocar um fim à guerra de quase três anos.
Zelensky apelou, depois, para que sejam estabelecidas “relações sólidas” entre Kiev e Washington. “As relações sólidas entre a Ucrânia e os Estados Unidos beneficiam o mundo inteiro”, afirmou.
“O encontro com Keith Kellogg foi muito produtivo, com uma boa discussão”, sublinhou Zelensky, adiantando que durante o encontro foram discutidas “a situação no campo de batalha, a forma de repatriar os prisioneiros de guerra ucranianos e as garantias de segurança efetivas”.
A viagem de Kellogg a Kiev coincidiu com a recente aproximação de Donald Trump ao Presidente da Rússia, Vladimir Putin, e à disputa entre Trump e Zelensky – depois de o líder norte-americano ter chamado “ditador” ao Presidente ucraniano -, o que criou tensão entre os dois líderes e lançou ainda mais dúvidas sobre o futuro do apoio dos EUA ao esforço de guerra da Ucrânia.
Entretanto, o Presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou que conversará com o seu homólogo ucraniano ainda esta quinta.
“Estou a dar o alarme esta noite porque estou convencido de que estamos a entrar numa nova era. Isso vai obrigar-nos a fazer escolhas. Vamos também ter de rever as nossas escolhas, as nossas escolhas orçamentais e as nossas prioridades nacionais neste novo mundo”, afirmou o Presidente francês nas redes sociais. “Nós, europeus, temos de aumentar o nosso esforço de guerra”, sublinhou Macron.
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