Maior feira de emprego no turismo regressa a Lisboa com mais de mil vagas
Nona edição da Feira de Emprego do Turismo divide-se em cinco momentos: depois de Vilamoura, Évora e Coimbra, decorre esta semana em Lisboa. Segue depois para o Porto. Totalizam dez mil vagas.
Lisboa acolhe esta sexta-feira, dia 14 de março, mais uma edição da Feira de Emprego do Turismo. Desta vez, promete fazer a ponte entre 110 empresas do setor e mais de mil oportunidades de trabalho. Em declarações ao ECO, o responsável António Marto argumenta que o turismo “tem de ser” atrativo também para os mais mais jovens, já que são estes que “podem aumentar a qualidade oferecida“, quer pelas suas qualificações, quer “por terem cada vez mais mundo”.

A Feira de Emprego do Turismo nasceu há quase uma década em Lisboa — este ano assinala-se a nona edição — com cerca de 400 ofertas de emprego. Desde então tem crescido, dividindo-se este ano em cinco momentos: depois de em fevereiro ter tido lugar em Vilamoura, Évora e Coimbra, em março acontecerá em Lisboa (a 14) e depois ruma ao Porto (a 26).
Ao ECO, o responsável Antonio Marto adianta que estarão disponíveis nestes vários encontros mais de dez mil oportunidades de trabalho em centena e meia de empresas. Destas vagas, cerca de 1.400 são relativas ao evento que decorrerá em Lisboa (na Sala Tejo da Altice Arena) no fim desta semana.
Este evento na capital — cuja participação é gratuita, ainda que exija inscrição prévia até quarta-feira — será dividido em dois blocos: até ao almoço, o foco serão os alunos do ensino secundário, profissional e universitário; já o período da tarde será dedicado ao público em geral.
Entre as iniciativas incluídas, destaque para as sessões de mentoria, que têm “como objetivo oferecer orientação personalizada a todos aqueles que procurem progredir nas suas carreiras“, e as speed interviews (entrevistas rápidas), “organizadas por diversas empresas presentes, que têm como objetivo criar um momento com os candidatos qualificados, que serão pré-selecionados pela organização“.
“O turismo passou de uma atividade muito importante para um setor fundamental para o nosso país. Esta relevância é por demais evidente. Aliás, verificamo-lo em cada um dos nossos eventos“, sublinha António Marto.
O turismo passou de uma atividade muito importante para um setor fundamental para o nosso país. Esta relevância é por demais evidente. Aliás, verificamo-lo em cada um dos nossos eventos.
O turismo é um dos setores onde os empregadores nacionais reportam, neste momento, mais dificuldades em recrutar trabalhadores. António Marto salienta que, a curto prazo, são precisas 50 mil pessoas, sendo que tem havido maior cuidado no recrutamento, diz.
“As equipas de recursos humanos têm uma maior atenção ao currículo e aproveitam todas as possibilidades, seja através de sessões de mentoria com pequenos grupos, que visam oferecer orientação personalizada aos candidatos, seja em speed interviews, na qual todos os interessados podem ter uma conversa de três a cinco minutos com as entidades presentes. E, claro, nos diálogos informais junto de quem visita os seus stands“, afirma o responsável.
Salários a melhorar no turismo
Com os trabalhadores a escassear, os empregadores do turismo têm melhorado os salários oferecidos, garante António Marto, que aponta a valorização não só do salário base como também das condições gerais oferecidas.
“Claro, há ainda um longo caminho a percorrer, um pouco ao encontro da realidade nacional, independentemente do setor. Agora, se cresce a qualidade dos candidatos, tal tem um natural impacto nas suas exigências, com consequências também no que as entidades patronais têm de apresentar se quiserem alcançar as suas metas de recrutamento”, assinala o responsável.
Por outro lado, quanto aos horários de trabalho difíceis que caracterizam o setor, António Marto considera que “é difícil contornar” pela própria natureza da atividade.
“No entanto, as empresas do setor têm procurado equilibrar escalas e oferecer maior previsibilidade nos horários. Acima de tudo, as organizações têm de ser francas na descrição do cargo em questão, de forma a não criar expectativas que depois não possam cumprir. E aos candidatos exige-se a responsabilidade de apenas aceitar uma proposta para a qual estejam preparados“, defende o responsável.
As organizações têm de ser francas na descrição do cargo em questão, de forma a não criar expectativas que, depois, não possam cumprir. E aos candidatos exige-se a responsabilidade de apenas aceitar uma proposta para a qual estejam preparados.
Perante estes dois pontos — os salários e os horários –, e questionado sobre a atratividade deste setor para os jovens, António Marto é claro: o turismo tem de atrair os mais trabalhadores com idades mais tenras, até para melhorar a sua qualidade.
“Estou otimista, basta circular pelos corredores da Feira de Emprego do Turismo para sentir o entusiasmo dos jovens que nos visitam“, atira o responsável.
Na visão de António Marto, o sucesso não tem de ser apenas associado a gestores, investidores ou desportistas. “Basta ver o impacto das recentes notícias em torno dos chefs e dos restaurantes com estrelas Michelin para aferir que é um tema muito sério e que Portugal cuida daqueles que, com o seu esforço e competência, dão um estatuto e dimensão superiores ao país nestas áreas“, remata o responsável.
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