Presidente da Confederação do Turismo diz que conjuntura política não é positiva
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) afirmou que a nova conjuntura política não é positiva para o país e pediu estabilidade e uma governação estável.
O presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP) afirmou esta terça-feira que a nova conjuntura política não é positiva para o país e pediu estabilidade e uma governação estável.
“A CTP espera que a situação política seja clarificada de forma muito célere. A nova conjuntura política com que nos deparamos não é positiva para o país em geral e para as empresas em particular“, disse Francisco Calheiros, em Albufeira, no Algarve.
Ao discursar na conferência “Turismo do Algarve: Superar desafios, Construindo o Amanhã”, que assinala os 55 anos da Região de Turismo do Algarve (RTA), o presidente da CTP considerou que Portugal vive “tempos desafiantes, sobretudos incertos”.
“Estamos a passar por um novo período de instabilidade política e, neste momento, a palavra-chave, é a incerteza”, realçou.
Segundo o responsável, “a fase de instabilidade nacional, junta-se às incertezas de âmbito internacional”, o que representa tempos desafiantes para todos, e em particular para o setor do turismo.
Para Francisco Calheiros, o país “necessita de estabilidade em termos políticos e de uma governação estável para que não sejam bloqueados dossiers e investimentos em curso que têm relação direta e indireta com a atividade turística”.
“É o caso da privatização da TAP, do novo aeroporto ou da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, apontou.
Ao mesmo tempo, asseverou que seja qual for a solução política e governativa nos próximos meses, a CTP “não irá desmobilizar e continuará a insistir na urgência de uma reforma do Estado, de um novo aeroporto, do TGV [comboio de alta velocidade], da modernização da ferrovia e de uma gestão mais eficiente dos territórios”.
Segundo Francisco Calheiros, a falta de mão-de-obra e o reforço do investimento em formação e valorização das profissões turísticas vão ser também exigências do setor turístico, pois “há necessidades que o turismo deve ver resolvidas para continuar a criar riqueza e emprego”.
“O turismo dá valor ao país, gera riqueza e cria postos de trabalho como nenhuma outra atividade, induz efeitos muito significativos na economia pelo estímulo a outros setores, assegurando uma importante fonte de receitas fiscais e leva mais longe o nome de Portugal”, concluiu.
Ao intervir na sessão de abertura da conferência que assinala os 55 anos da RTA, o presidente desta entidade, André Gomes, estimou um crescimento no próximo verão de oito por cento do turismo na região algarvia, motivado pela novas ligações aéreas para os Estados Unidos da América, Finlândia e Islândia.
De acordo com o responsável, o aeroporto internacional Gago Coutinho, em Faro, contará com 86 rotas para 75 destinos, com uma média de 821 frequências semanais, ficando ligado a 22 mercados internacionais.
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