Trabalhadores em lay-off baixam quase 48% em fevereiro

Número de trabalhadores em lay-off caiu 53,8% face a janeiro e 47,8% face a fevereiro de 2024, mostram os dados divulgados esta quinta-feira. Maioria dos abrangidos tem o horário cortado.

O número de trabalhadores em lay-off isto é, com o contrato suspenso ou com o horário reduzido – diminuiu quase 48% em fevereiro, face ao mesmo mês do ano anterior. De acordo com os dados divulgados esta quinta-feira, foi registada uma quebra também em comparação com janeiro, mês em que o total de empregados abrangidos por este regime disparou.

“Em fevereiro de 2025, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 5.705“, começa por indicar a síntese publicada esta tarde pelo Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho.

Face ao mês anterior, houve uma redução de 6.645 prestações de lay-off, o que equivale a um decréscimo de 53,8%. Já em comparação com o mesmo período de 2024, registou-se uma diminuição de 5.219 prestações processadas, o que corresponde a um decréscimo de 47,8%“.

O regime de lay-off está disponível para as empresas que estejam em crise e tem duas modalidades: ou o empregador corta o horário de trabalho (e o salário), ou suspende totalmente o contrato com o trabalhador, sendo que neste caso é assegurada, ainda assim, uma parte do ordenado com a ajuda da Segurança Social.

De acordo com os dados agora conhecidos, dos quase seis mil trabalhadores que estavam em lay-off no segundo mês de 2025, a maioria (isto é, 3.763 indivíduos) estava na primeira destas situações, ou seja, tinha o horário de trabalho cortado. Em relação a janeiro, houve uma diminuição de 49,5% de trabalhadores nesse regime e, face a fevereiro de 2025, registou-se um recuo de 37,2%.

Já os demais trabalhadores (1.942 indivíduos) tinham o seu contrato suspenso em fevereiro. “Em termos mensais, registaram‐se menos 2.958 processamentos, o que representa um decréscimo de 60,4%. Em comparação com o período homólogo, registou‐se uma diminuição de 2.991 processamentos, o que corresponde a uma redução de 60,6%“, lê-se na nota divulgada pelo GEP.

Há ainda a notar que, no total, 334 entidades empregadores estavam em regime de lay-off em fevereiro, menos 57 do que em janeiro e menos 271 do que há um ano.

Beneficiários de prestações de desemprego voltam a aumentar

A síntese publicada esta tarde pelo GEP permite também perceber que, em fevereiro de 2025, as várias prestações de desemprego abrangeram um total de 211.769 beneficiários, mais 0,8% do que no arranque do ano. “Em relação ao mesmo período do ano anterior, verificaram‐se mais 14.173 beneficiários, correspondendo a um aumento de 7,2%”, é ainda observado.

Olhando especificamente para o subsídio de desemprego, no segundo mês do ano havia 166.836 pessoas a receber esta prestação, menos 1,8% do que em janeiro, mas mais 7,8% do que há um ano. O valor médio mensal do subsídio de desemprego foi de 685,78 euros, “representando uma variação anual positiva de 7,5%”.

Já no que diz respeito ao subsídio social de desemprego inicial – prestação que se destina a quem não cumpre os requisitos (nomeadamente, os descontos mínimos) para aceder ao subsídio de desemprego –, totalizaram 11.845 beneficiários em fevereiro, mais 3,9% do que em janeiro, mas menos 1,5% do que há um ano.

Por outro lado, o subsídio social de desemprego subsequente – para quem já esgotou o subsídio de desemprego – abrangeu 21 620 beneficiários no segundo mês do primeiro trimestre, mais 2% do que no arranque do ano, mas menos 3,4% do que há um ano.

Atualizada às 18h10

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