Banco de Fomento contacta 120 mil empresas para dar garantias

Banco de Fomento contactou 120 mil empresas para dar "pré-rating, pré-scoring e montantes de garantias para tornar o seu financiamento mais competitivo".

O Banco de Fomento (BF) está a trabalhar na aprovação simultânea de garantias para às empresas no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência e do Portugal 2030 e contactou 120 mil empresas numa semana para o fazer. A informação foi avançada esta sexta-feira pelo ministro da Economia, Pedro Reis, durante uma intervenção sobre os desafios da economia portuguesa.

“Esta semana, o Banco de Fomento contactou 120 mil empresas a dar pré-rating, pré-scoring e montantes de garantias para tornar o seu financiamento mais competitivo. Se fosse tudo usado o que foi anunciado seriam cerca de 24 mil milhões de euros de crédito que poderiam ativar com as garantias do Banco de Fomento“, revelou no almoço-debate do International Club of Portugal, em Lisboa, no qual foi o orador convidado.

Esta foi uma das novidades que o Banco de Fomento anunciou na apresentação do seu plano de ação. O CEO da instituição anunciou o objetivo de, no primeiro trimestre deste ano disponibilizar 3,55 mil milhões de euros em garantias pré-aprovadas. “Com esta pré-aprovação, as empresas podem falar com os bancos comerciais e descontar esse crédito para investimento”, explicou, na altura, Gonçalo Regalado. “Criámos modelos à semelhança do que acontece na banca comercial para saber qual o limite de crédito que estão disponíveis a conceder a cada empresa. Fizemos o mesmo exercício, mas para o limite de garantia”, acrescentou.

O objetivo inicial era atribuir garantias pré-aprovadas a 50 mil empresas em março, outras tantas em abril e em maio.

“Com esta pré-aprovação, as empresas podem falar com os bancos comerciais e descontar esse crédito para investimento”, explicou Gonçalo Regalado. “Criámos modelos à semelhança do que acontece na banca comercial para saber qual o limite de crédito que estão disponíveis a conceder a cada empresa. Fizemos o mesmo exercício, mas para o limite de garantia”, explicou.

No Banco de Fomento, Pedro Reis considera que foi o escolhido “o caminho mais difícil”. “O mais fácil era assobiar para o lado, não tomar decisões até mesmo em termos de spill over político”, admitiu o ministro da Economia com Gonçalo Regalado sentado na plateia de empresários. “Era importante para a economia portuguesa ter um Banco de Fomento musculado e operacional”, disse o responsável, justificando assim a necessidade de “uma nova equipa com uma carta de missão muito clara”.

O ministro reconheceu que se concentrou, “numa primeira fase”, na renovação das instituições sob a sua tutela – IAPMEI, Compete, Aicep, Banco de Fomento – “sem pruridos, sem medos, sem partidarizações, mas sem abdicar de escolher os seus dirigentes”, como os empresários fazem nas suas empresas. “É escolher os melhores alinhados com o projeto”, disse. Pedro Reis respondia assim às acusações de que lhe têm sido feitas de substituir a cúpula de todos os organismos. O anterior presidente da Aicep, Filipe Santos Costa disse mesmo, em entrevista ao Expresso, que pela primeira vez, houve “uma politização do mandato”.

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