Gronelândia precisa de parceiros “que a respeitem”, diz von der Leyen

  • Lusa
  • 28 Março 2025

A presidente da Comissão Europeia, no dia em que uma delegação política dos EUA força uma visita à Gronelândia, diz que território merece "parceiros que vos respeitem e tratem como iguais".

A presidente da Comissão Europeia disse esta sexta-feira que a Gronelândia “merece parceiros que respeitem” o território, no mesmo dia em que o vice-presidente dos Estados Unidos da América (EUA) visita a região autónoma dinamarquesa. “Vocês [a Gronelândia] merecem parceiros que vos respeitem e tratem como iguais”, escreveu Ursula von der Leyen nas redes sociais.

A presidente do executivo comunitário acrescentou que a União Europeia “tem orgulho em ser um parceiro assim”. As declarações da presidente da Comissão Europeia surgem num contexto da visita do vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, à região autónoma dinamarquesa.

Ainda antes de tomar posse como Presidente dos EUA, no passado dia 20 de janeiro, o republicano Donald Trump manifestou o desejo de anexar o território por questões geoestratégicas. A ideia foi imediatamente recebida com contestação por parte da Dinamarca, da população daquele território e por vários líderes de países da União Europeia.

Na visita à Gronelândia, Vance estará acompanhado pela sua mulher, Usha Vance, pelo conselheiro de segurança nacional, Mike Waltz, e pelo secretário da energia, Chris Wright. Após alterações, o programa da visita está limitado à base militar norte-americana que Washington mantém no norte da Gronelândia, em Pituffik, ao abrigo de um amplo acordo de defesa assinado em 1951 com Copenhaga.

A visita gerou polémica com as autoridades dinamarquesas e gronelandesas, embora a alteração do programa tenha acalmado os ânimos. A Dinamarca chegou a definir a deslocação de J.D. Vance como uma “pressão inaceitável”, enquanto Trump defendeu a visita como “uma demonstração de amizade”.

Dias antes da visita, Trump voltou a argumentar que a Gronelândia é um território essencial para a segurança internacional, justificando a sua pretensão de a anexar com razões “defensivas e ofensivas”.

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