Tarifas de Trump atiram ouro para recorde acima dos 3.100 dólares

Incerteza em torno da política comercial da Casa Branca continua a puxar o lustro ao ouro. Valorização do metal amarelo deverá continuar, com analistas a verem onça nos 3.500 dólares até final do ano.

O ouro continua a brilhar a cada anúncio de mais tarifas por parte do Presidente americano, Donald Trump, que intensifica a incerteza em relação a uma guerra comercial global. A onça atingiu pela primeira vez os 3.100 dólares com os investidores à procura de refúgio no chamado metal amarelo.

Ainda há poucas semanas quebrou a barreira dos 3.000 dólares e já deu um novo salto de 100 dólares, com o preço spot a atingir esta segunda-feira os 3.119,9 dólares por onça.

“O ouro está com o vento a seu favor neste momento. A política comercial dos EUA, a política orçamental dos EUA, a geopolítica e a desaceleração do crescimento — tudo está a soprar na direção do ouro”, referiu o analista de mercados financeiros da Capital.com, Kyle Rodda.

Ouro segue de vento em popa:

Fonte: Refinitiv

“Os mercados ainda não perceberam quais serão as respostas de retaliação”, o que também está a ajudar o ouro, disse o analista da Marex, Edward Meir.

Desde o início do ano este metal precioso já escalou cerca de 18%. Ao contexto de incerteza em torno das tarifas e dos conflitos geopolíticos, juntou-se a perspetiva de cortes nas taxas de juro e ainda as compras dos bancos centrais em todo o mundo.

Neste ambiente, a perspetiva é a de que a cotação do ouro mantenha a tendência de valorização. Pelo menos os analistas apontam nesse sentido, como o banco AZN, que aponta para os 3.200 dólares nos próximos seis meses.

“Mantemos a nossa visão otimista, no meio de fortes ventos favoráveis ​​decorrentes da escalada das tensões geopolíticas e comerciais, da flexibilização da política monetária e das fortes compras do banco central”, explicaram os analistas da AZN numa nota publicada em meados de março.

O Citi vê o ouro nos 3.500 dólares até final do ano “sustentado por uma procura muito maior de cobertura/investimento devido aos receios de aterragem forçada/estagflação nos EUA”.

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