UE investiga uso de dados pessoais na rede X para treinar IA
A Autoridade de Proteção de Dados irlandesa, que atua em nome da UE, indicou que a investigação diz respeito a "dados pessoais incluídos em publicações acessíveis divulgadas na rede social X".
A União Europeia (UE) iniciou esta sexta-feira uma investigação sobre o uso de dados pessoais pela rede social X para treinar os modelos de Inteligência Artificial, particularmente o Grok.
A Autoridade de Proteção de Dados (DPC) irlandesa, que atua em nome da UE, indicou que a investigação diz respeito a “dados pessoais incluídos em publicações acessíveis divulgadas na rede social X por utilizadores” da UE e do Espaço Económico Europeu, de acordo com um comunicado.
Em setembro, a rede social X comprometeu-se a deixar de utilizar determinados dados pessoais dos utilizadores europeus para treinar o seu programa de Inteligência Artificial. Na altura, a DPC anunciou que tinha retirado a ação judicial que tinha interposto junto do Supremo Tribunal da Irlanda sobre esta matéria.
O anúncio de setembro referia-se a dados pessoais utilizados entre 07 de maio e 01 de agosto do ano passado. Mas a empresa continuou a desenvolver os modelos de Inteligência Artificial depois dessa data.
A autoridade irlandesa vai, portanto, examinar a conformidade deste desenvolvimento “com uma série de disposições-chave do RGPD”, o regulamento europeu de proteção de dados, “em particular no que diz respeito à legalidade e transparência do processamento” de informações, acrescentou na mesma nota.
O DPC pode atuar em nome da UE porque a sede europeia da rede social X se situa na Irlanda, tal como a de muitos gigantes tecnológicos de Silicon Valley, Califórnia. Os gigantes tecnológicos norte-americanos, incluindo a X, estão no centro das negociações comerciais entre a UE e os Estados Unidos.
Se estas negociações falharem, a Comissão Europeia poderá decidir taxá-los, ameaçou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa altura de forte tensão entre o bloco europeu e Washington devido à guerra comercial iniciada pela administração liderada pelo republicano Donald Trump.
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