Endividamento da economia supera 820 mil milhões de euros em fevereiro
Endividamento do setor não financeiro foi maioritariamente impulsionado pelo setor privado, que cresceu 1,1mil milhões de euros, destacando-se o endividamento dos particulares.
O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou cerca de 2,3% em fevereiro, em termos homólogos, para 820,5 mil milhões de euros, anunciou esta quarta-feira o Banco de Portugal.
No final de fevereiro deste ano, o endividamento do setor privado – que inclui empresas e particulares – representava 457,4 mil milhões de euros, enquanto a dívida do setor público – que inclui administrações públicas e empresas públicas – totalizava 363,1 il milhões de euros, divulgou o Banco de Portugal (BdP).
Face a janeiro, o aumento do endividamento do setor não financeiro foi maioritariamente impulsionado pelo setor privado, que cresceu 1.100 milhões de euros, destacando-se o endividamento dos particulares, que cresceu cerca de 800 milhões de euros, principalmente “por via do crédito à habitação”.
Entre as empresas privadas, a subida de cerca de 300 milhões de euros reflete “sobretudo um aumento perante o setor financeiro (mais 800 milhões de euros), parcialmente compensado por uma redução junto do exterior (menos 500 milhões de euros)”.
O endividamento do setor público, por sua vez, “praticamente não se alterou”.
Segundo os dados do banco central, o aumento do endividamento junto do exterior (2.500 milhões de euros) — através da aquisição de títulos de dívida pública por não residentes – e junto dos particulares (500 milhões de euros) — com destaque para a subscrição de certificados de aforro –, opôs-se à redução do endividamento do setor público perante as administrações públicas, em cerca de três mil milhões de euros, numa variação atribuída principalmente à diminuição das responsabilidades em depósitos do Tesouro.
No mês em análise, o endividamento das empresas privadas teve uma taxa de variação anual (tva) — que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas — de 0,5%, abrandando face aos 0,7% de janeiro.
Já entre os particulares, a tva subiu 4,5%, também acima do registado em janeiro (4%), com o BdP a assinalar que se mantém “a tendência de aumento observada nos últimos meses”.
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