Galp vai continuar a ter dois CEO até ao final do mandato
Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva vão liderar a empresa de energia até 2026.
A administração da Galp confirmou esta quinta-feira que a empresa vai manter dois CEO até ao final do mandato, que termina no próximo ano.
“A Galp anuncia a decisão unânime do seu conselho de administração de nomear Maria João Carioca e João Diogo Marques da Silva como copresidentes da comissão executiva (CEOs) para o restante do atual mandato”, lê-se num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A dupla de CEO da Galp vai manter as suas outras funções de CFO e vice-presidente executivo comercial, segundo a mesma nota divulgada pelo regulador dos mercados.
Paula Amorim garante que, “neste momento decisivo”, a administração da Galp está “totalmente” alinhada na “convicção de que esta coliderança representa um passo significativo na execução” da estratégia da empresa. “Reflete o nosso compromisso com a excelência operacional, o crescimento sustentável e a criação de valor a longo prazo para todas as partes interessadas, num contexto geopolítico e económico global complexo e em evolução”, acrescenta a chairwoman da Galp.
“Maria João e João Diogo demonstraram claramente a sua capacidade de liderar a Galp com excelência, combinando uma liderança forte e complementar, visão estratégica e um profundo conhecimento das operações da empresa”, afirma a presidente do conselho de administração da Galp.
Neste momento decisivo, o conselho da administração da Galp está totalmente alinhado na convicção de que esta coliderança representa um passo significativo na execução da nossa estratégia. Reflete o nosso compromisso com a excelência operacional, o crescimento sustentável e a criação de valor a longo prazo para todos os stakeholders.
Ambos foram nomeados CEO interinos da Galp a 10 de janeiro. Maria João Carioca, que encabeçava a pasta das finanças da empresa desde maio de 2023, e João Diogo Marques da Silva, então vice-presidente executivo para a área comercial, foram escolhidos para coliderar a petrolífera na sequência da saída de Filipe Silva, que apresentou a demissão após uma investigação interna do comité de ética sobre um relacionamento com uma diretora de topo da empresa, noticiada pelo ECO.
A Galp vai apresentar resultados trimestrais na próxima segunda-feira. No ano passado, a empresa teve o segundo maior lucro de sempre, no valor de 961 milhões de euros, menos 4% do que em 2023. A administração propôs subir em 15% o dividendo aos acionistas, para 62 cêntimos por ação, e executar ao longo deste ano um programa de recompra de ações no valor de 250 milhões de euros.
Em 2024, Filipe Silva foi o membro mais bem pago da comissão executiva, num total de 1,7 milhões de euros brutos, dos quais 980 mil euros de remuneração fixa e o remanescente dividido entre remuneração variável e PPR – Plano Poupança Reforma (PPR).
Notícia atualizada às 18h06
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