Bruxelas aprova compra da gestora de ativos da Axa pelo BNP Paribas

A Comissão Europeia considera que a operação "diz respeito, em primeiro lugar, ao setor da gestão de ativos" e não suscita preocupações de concorrência "dadas as posições limitadas" neste mercado.

A Comissão Europeia aprovou na segunda-feira a compra da gestora de ativos AXA Investment Managers pelo banco francês BNP Paribas por mais de cinco mil milhões de euros, por ser um negócio que não gera preocupações de concorrência.

“A operação diz respeito, em primeiro lugar, ao setor da gestão de ativos. A Comissão concluiu que a operação notificada não suscitaria preocupações em matéria de concorrência, dadas as posições limitadas das empresas no mercado resultantes da transação proposta. A operação notificada foi examinada no âmbito do procedimento simplificado de reavaliação das fusões”, justificou a instituição europeia liderada por Ursula von der Leyen.

O BNP Paribas anunciou na véspera da Consoada que chegou a acordo para a aquisição da gestora de ativos do grupo Axa por 5,1 mil milhões de euros. Depois de terem entrado em negociações exclusivas no início de agosto, o BNP Paribas Cardif e a Axa assinaram oficialmente o acordo de aquisição da AXA Investment Managers no final de dezembro A operação deverá estar concluída em meados de 2025.

A assinatura deste contrato de consolidação no setor financeiro (gestão de investimentos) surgiu na sequência da conclusão da consulta de informação estratégica com os representantes dos trabalhadores dos dois grupos, de acordo com a empresa francesa, quatro meses após os rumores deste negócio.

A 1 de agosto de 2024 veio a público que o BNP Paribas e a Axa se estavam a preparar – em conversações em exclusividade – para criar uma das maiores gestoras de fundos da Europa, com 1,5 biliões de ativos sob gestão. Mais concretamente, torna-se o principal operador da Europa na área da gestão de ativos de poupança a longo prazo para seguradoras e fundos de pensões, com 850 mil milhões de euros de ativos.

Prevê-se que a aquisição tenha um impacto no rácio CET1 do grupo BNP Paribas de 25 pontos base. Nos primeiros três meses de 2025, o BNP Paribas teve lucro líquido de 2,95 mil milhões de euros, o que significou uma queda de 4,5% em termos homólogos.

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