Casa Branca ataca Bezos por considerar colocar custo das tarifas nas faturas. Amazon recua

  • Lusa
  • 16:13

"Trata-se de um ato hostil e político da Amazon", denunciou a porta-voz da Casa Branca, que se disse não surpreendida devido a Bezos ter "laços comerciais com o governo chinês". Amazon recuou.

A Casa Branca atacou esta terça-feira a Amazon, depois de a multinacional de comércio eletrónico do magnata Jeff Bezos ter ponderado indicar no preço dos produtos o custo das tarifas impostas pelo Presidente dos Estados Unidos. A Amazon anunciou, entretanto, que não iria avançar com esta medida.

O grupo explicou, em resposta enviada à AFP, que a equipa responsável pelos produtos de baixo custo, Amazon Haul, tinha “considerado a ideia de publicar os custos de importação de certos produtos”, mas que a proposta “nunca foi aprovada” e que “não seria implementada”.

Estas declarações surgem após a Casa Branca ter atacado a Amazon. “Trata-se de um ato hostil e político da Amazon”, denunciou a porta-voz da Casa Branca (presidência), Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa com o secretário do Tesouro, Scott Bessent.

Leavitt questionou a Amazon por não ter tomado a mesma decisão quando a anterior administração de Joe Biden “levou a inflação ao nível mais alto em 40 anos”. A porta-voz disse ainda que a medida da Amazon “não surpreende” porque Bezos tem laços comerciais com o Governo chinês.

Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, Donald Trump já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.

Posteriormente, o Presidente norte-americano concedeu uma trégua de 90 dias na guerra comercial à escala mundial, para permitir que os países afetados negociassem com os Estados Unidos, com exceção da China, que viu as tarifas sobre os produtos aumentarem para 145%.

Durante a campanha eleitoral, Bezos impediu o The Washington Post, jornal de que é proprietário, de apoiar abertamente a candidata presidencial democrata Kamala Harris, quebrando uma tradição de décadas no jornal. Bezos teve um lugar privilegiado na tomada de posse de Donald Trump, em janeiro passado, ao lado de outros grandes empresários da tecnologia, como Elon Musk e Mark Zuckerberg.

Os Estados Unidos impuseram direitos aduaneiros de 10% a todos os produtos que entram no país. Antes disso, Donald Trump já tinha aplicado taxas de 25% sobre o aço, o alumínio e os automóveis.

Posteriormente, o Presidente norte-americano concedeu uma trégua de 90 dias na guerra comercial à escala mundial, para permitir que os países afetados negociassem com os Estados Unidos, com exceção da China, que viu as tarifas sobre os produtos aumentarem para 145%. Pequim retaliou com taxas alfandegárias adicionais de 125% sobre produtos norte-americanos.

(Notícia atualizada às 18h30 com decisão da Amazon)

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