Falências e registos de empresas na UE caíram no primeiro trimestre
Quedas homólogas foram de 0,9% e 5,1%, respetivamente. Construção, comércio, serviços de alojamento e restauração não registavam tão poucas empresas desde 2019. Portugal está a meio da tabela.
As falências e os registos de novas empresas na União Europeia (UE) caíram no primeiro trimestre do ano, informou esta sexta-feira o Eurostat. Entre janeiro e março de 2025, o número de declarações de insolvência na UE diminuiu 0,9%, em termos homólogos, e os registos de empresas reduziram 5,1%.
Apesar da queda, as falências ainda se mantêm acima do período pré-pandemia, em 2018 e 2019, segundo o organismo de estatística da UE. E não está a refletir-se na criação de novas empresas, uma vez que, no primeiro trimestre, os registos de empresas desceram em todos os setores de atividade económica, tendo a queda mais notável sido observada na construção, comércio e informação e comunicação.
“Os registos das empresas desceram para níveis inferiores aos anteriores à crise da Covid-19 (quarto trimestre de 2019) em setores da economia tais como: construção, comércio, serviços de alojamento e restauração. Na indústria, houve menos empresas registadas no primeiro trimestre de 2025 do que no quarto trimestre de 2019, antes da pandemia”, lê-se no relatório do Eurostat publicado esta manhã.
Portugal viu as insolvências baixarem 10,8% do quarto trimestre de 2024 para o primeiro trimestre de 2025, o que coloca o país a meio da tabela. Nesta comparação em cadeia, entre os países da UE para os quais existem dados disponíveis, os maiores aumentos nas declarações de falência foram registados na Grécia (+35,9%), na Suécia (+22,7%) e na Estónia (+20,4%), enquanto as maiores quedas observaram-se no Chipre (-70,0%), em Malta (-66,6%) e na Letónia (-21%).
Quanto aos registos de novas empresas, Portugal ficou na linha de água na comparação em cadeia (+0,2%). O ranking dos Estados-membros da UE com os maiores aumentos nos registos de novas empresas, do último trimestre do ano passado para o primeiro de 2025, foi liderado pelo Chipre (+9,8%), na Lituânia (+8,9%) e na Croácia (+4,2%). Já as maiores reduções nos registos de novas empresas verificaram-se nos Países Baixos (-38,4%), na Roménia (-32,3%) e em Espanha (-16,1%).
O índice de registo de empresas e falências dos 27 Estados-membros contraiu de 107.1 nos primeiros três meses de 2024 para 101.6 entre janeiro e março deste ano, sendo que em Portugal se manteve semelhante de um ano para o outro (121.3 e 121.6, respetivamente). Trata-se do sexto valor mais elevado da tabela dos países da UE, logo abaixo da Alemanha.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Falências e registos de empresas na UE caíram no primeiro trimestre
{{ noCommentsLabel }}