Airbus ganha altitude em Portugal com nomeação de Nathalie Hellard-Lambic para “head of country”

Com fábrica de Santo Tirso e centros de serviços em Lisboa e Coimbra, a gigante da aeronáutica passa a ter uma responsável para "coordenar a definição e execução da estratégia nacional da empresa".

Com mais de 30 anos de “casa”, Nathalie Hellard-Lambic é, desde o dia 1 de junho, “head of Airbus” para Portugal, um cargo que vai acumular com a liderança da Airbus Global Business Services (GBS) no país. Esta nomeação vem reforçar a aposta da gigante aeronáutica no país, onde conta já com uma unidade industrial de Santo Tirso, que produz partes de aviões para o grupo, e centros de serviços partilhados em Lisboa e Coimbra.

Na qualidade de “Head of Airbus” para Portugal, Nathalie Hellard-Lambic será responsável por “coordenar a definição e execução da estratégia nacional da empresa, em estreita articulação com as divisões Airbus Commercial Aircraft, Airbus Helicopters e Airbus Defence and Space”, explicou a empresa em comunicado.

O principal objetivo da responsável, enquanto “head of country” da gigante francesa, passará por “impulsionar o crescimento sustentável da presença da Airbus no país”, assim como fazer a representação institucional da empresa em Portugal.

Nascida em França, Nathalie Hellard-Lambic conta com uma carreira de mais de 30 anos na Airbus, tendo assumido no ano passado a liderança da Airbus GBS em Portugal, através da qual o grupo opera a unidade industrial Airbus Atlantic e os dois centros em Lisboa e Coimbra, em que emprega 1.000 trabalhadores no país.

Já no Norte, mais concretamente em Santo Tirso, a Airbus Atlantic está a expandir a superfície industrial em cerca de 30% para dar resposta aos pedidos da Airbus e continua a reforçar equipas.

Com um doutoramento em Ciência e Engenharia de Materiais pela Université Paul Sabatier Toulouse III, a nova head of Airbus em Portugal já trabalhou nas áreas de engenharia, desenvolvimento do programa A350, serviços ao cliente e gestão de custos, liderando equipas globais com mais de 500 pessoas.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ex-emigrante em França aluga máquinas e ferramentas no Norte

Nos próximos cinco anos, o fundador da Akiloc, Ilídio Lourenço, pretende abrir até mais cinco lojas nos distritos de Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal e Faro.

Natural do Sabugal, Ilídio Lourenço emigrou para França com apenas dez anos e trabalhou durante 25 anos num grupo de transportes e logística francês, o Norbert Dentressangle. Ao longo do seu percurso profissional apercebeu-se que o conceito de aluguer de equipamentos e veículos de curta duração era “muito habitual em vários países europeus, ao contrário de Portugal”.

Em 1995 regressou a Portugal para criar uma filial do grupo francês em território nacional, onde trabalhou até 2017, dois anos depois de a empresa ter sido comprado pelo grupo americano XPO Logistic. Nesse mesmo ano, inspirado no que viu noutros países, decidiu investir num negócio por conta própria e abrir a Akiloc, que emprega atualmente 18 pessoas e fatura aproximadamente 1,5 milhões de euros.

A empresa portuguesa que se dedica ao aluguer de equipamentos e veículos de curta duração abriu em fevereiro uma loja em Santa Maria da Feira, localizada no parque do Centro Comercial E. Leclerc. O objetivo é abrir mais cinco unidades até 2030 nos principais distritos do país.

“Santa Maria da Feira tem uma geografia interessante por estar perto de regiões como Oliveira de Azeméis, São João da Madeira ou Ovar”, conta ao ECO o fundado da Akiloc. A loja feirense, com 100 metros quadrados, representou um investimento de cem mil euros e deu emprego a três pessoas.

Equipa da loja da Akiloc em Santa Maria da FeiraAkiloc

Ilídio Lourenço acrescenta ainda que a loja da Feira “surgiu devido a uma oportunidade que se enquadrava no conceito da marca: zona de atividades comerciais, com parque de estacionamento, estação de lavagem e num eixo de passagem”.

A Akiloc abriu o primeiro espaço em 2017 na Maia e, passados apenas dois anos, inaugurou uma segunda unidade em Braga, devido à elevada procura por este tipo de serviços de aluguer. Em 2023, expandiu o modelo de negócios para o franchising.

Nos próximos cinco anos, o fundador revela ao ECO que pretende abrir entre quatro a cinco novas lojas próprias ou em regime franchising nos principais distritos (Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal e Algarve). Um plano que representará um investimento de cerca de meio milhão de euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Garland Transport Solutions cria filial em Paris com escritório e armazém

Nova filial tem como objetivo reforçar o serviço de transporte entre Portugal e França. "Paris, enquanto mundial da moda, representa um ponto estratégico para a atividade da Garland", diz o grupo.

A Garland Transport Solutions (GTS), empresa transitária do Grupo Garland, anunciou a abertura de uma filial em Paris com escritório e armazém. O grupo explica que a “decisão de avançar com uma operação própria em França surge depois de vários anos de sucesso no transporte de têxteis e calçado entre Portugal e Paris, dois setores altamente exigentes e nos quais a Garland se afirmou como um dos principais operadores”.

“Tendo em conta que, no mercado nacional, a Garland Transport Solutions é um dos principais players na área transitária, a expansão para França, onde transportamos muita mercadoria, afigurou-se como uma estratégia para nós, já que podemos alargar a nossa operação a um mercado significativamente maior, com uma população cerca de sete vezes maior que a portuguesa e com um PIB dez vezes superior”, explica Giles Dawson, administrador do Grupo Garland e CEO da Garland Transport Solutions, citado em comunicado.

O grupo explica ainda que “Paris, enquanto capital mundial da moda, representa um ponto estratégico para a atividade da Garland, que se especializou no apoio a este setor, tanto através dos seus contratos de logística 3PL em Portugal, como através dos seus serviços de transporte internacional em toda a Europa”.

“Grande parte da mercadoria com destino ao setor da moda em França é produzida em Portugal, pelo que a presença local permitirá assegurar uma cadeia logística mais fluida, controlada e eficiente, desde a origem até ao destino final“, afirma o grupo liderado por Giles Dãwson.

Para dar suporte a esta nova operação, a Garland arrendou um armazém com cerca de 1.750 metros quadrados de área e três cais de carga/descarga, estrategicamente localizado perto do Aeroporto Charles de Gaulle, um dos principais hubs logísticos da Europa.

No ano passado, a Garland TransportSolutions foi a empresa do grupo com maior peso na faturação global. Com um volume de negócios aproximado de 58 milhões, a área transitária representa quase 53% dos cerca de 110 milhões faturados pelo Grupo Garland, que se assume como um dos grupos líderes nacionais nas áreas de logística, transportes e navegação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Bruxelas multa Glovo e o seu maior acionista em 329 milhões pela prática de cartel

A Comissão Europeia aplicou uma multa superior a 223 milhões de euros à Delivery Hero e de quase 106 milhões à Glovo, acusando as duas empresas de terem formado um cartel entre 2018 e 2022.

A Comissão Europeia multou a Glovo e a Delivery Hero em 329 milhões de euros no total pela prática de um cartel no mercado online das entregas de refeições. Durante quatro anos, as duas empresas terão mantido um acordo ilegal para não contratarem trabalhadores uma da outra, partilhar informação sensível e alocar mercados geográficos em todo o Espaço Económico Europeu.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a Comissão Europeia sublinha que as duas empresas “admitiram o seu envolvimento no cartel e concordaram em fechar o caso”. “Esta é a primeira decisão em que a Comissão encontra um cartel no mercado de trabalho e a primeira vez que sanciona o uso anticompetitivo de uma posição minoritária num negócio concorrente”, aponta na mesma nota.

A alemã Delivery Hero detém, desde julho de 2022, a maioria das ações da espanhola Glovo, uma das maiores plataformas de entregas de refeições da Europa, a operar também em Portugal. Mas esta história começa em julho de 2018, quando a Delivery Hero adquiriu uma primeira posição minoritária na Glovo. A Comissão Europeia descobriu que, no período de quatro anos em que os alemães detinham a posição minoritária na Glovo, foi estabelecido um cartel em violação das regras europeias.

Por um lado, ambas acordaram não ‘roubar’ trabalhadores uma à outra. Por outro, iniciaram uma partilha de informações sensíveis, incluindo estratégias comerciais, preços, capacidade, custos e características dos produtos. Ademais, as duas plataformas de entregas decidiram dividir entre si o mercado no espaço europeu, removendo todas as sobreposições e evitando entrar nos respetivos mercados nacionais, explica a Comissão Europeia.

Fonte: Comissão Europeia

“Cartéis como estes reduzem a escolha aos consumidores e parceiros de negócios, reduzem as oportunidades para os trabalhadores e reduzem os incentivos a concorrer e inovar”, argumenta a Comissão. A Delivery Hero terá de pagar 223,285 milhões de euros, enquanto a Glovo foi alvo de uma multa de 105,732 milhões de euros.

No âmbito deste processo, a Comissão realizou inspeções não anunciadas às instalações da Delivery Hero e da Glovo em junho de 2022 e novembro de 2023. A investigação formal foi aberta em julho de 2024.

No rescaldo da notícia sobre as multas, as ações da Delivery Hero estavam a subir 1,15%, para 24,66 euros, na bolsa de Frankfurt.

(Notícia atualizada pela última vez às 12h56)

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Grupo Visabeira atinge faturação recorde de 2,36 mil milhões em 2024

  • ECO
  • 2 Junho 2025

Grupo liderado por Nuno Terras Marques alcançou uma carteira de encomendas de 5,7 mil milhões de euros. Mercados externos contribuíram com 79% do volume de negócios no ano passado.

A Visabeira alcançou uma faturação recorde 2,36 mil milhões de euros em 2024, um aumento de 31,2% em relação ao ano anterior à boleia da expansão do negócio internacional.

O grupo liderado por Nuno Terras Marques explica que os mercados externos contribuíram com 79% do volume de negócios, num total de 1,9 mil milhões de euros. Mais 43,5% em comparação com 2023.

“2024 foi um ano de afirmação decisiva para o Grupo Visabeira, refletindo não apenas o sólido crescimento do nosso negócio, mas também a concretização da nossa visão estratégica”, refere Nuno Terras Marques, em comunicado.

Nuno Terras Marques, CEO da Visabeira

O CEO da Visabeira sublinha ainda a carteira de negócios contratualizada no valor de 5,7 mil milhões de euros que permite ao grupo “uma base sólida” para continuar a crescer no futuro.

A Visabeira está presente em 17 países. No mercado dos EUA registou um crescimento de 28% do volume de negócios para os 661 milhões de euros, “impulsionado pelas aquisições estratégicas da Verità Telecommunications e Sargent Electric”. Já os mercados europeus (excluindo Portugal) representaram uma faturação de 1,1 mil milhões de euros.

O EBITDA atingiu os 268 milhões de euros, representando um aumento de 13% face ao exercício anterior.

O grupo atua em diversos setores, incluindo telecomunicações, energia, tecnologia e construção (Visabeira Global) e na área do turismo e imobiliário (Visabeira Turismo e Imobiliária). Detém ainda, através da Visabeira Indústria, a Vista Alegre.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vodafone e Three estão oficialmente ‘casadas’ no Reino Unido e vão gastar 13 mil milhões na lua-de-mel

Mercado britânico de telecomunicações tem novo xerife: a VodafoneThree acaba de se tornar a nova líder de mercado, após concluída a fusão entre as duas empresas, com 27 milhões de clientes no total.

A subsidiária britânica do grupo Vodafone uniu-se à rival Three para criar um gigante de telecomunicações com 27 milhões de clientesEPA/TOLGA AKMEN

O casamento está consumado. A Vodafone UK e a Three anunciaram esta segunda-feira a conclusão de uma fusão que dá origem a um gigante de telecomunicações no Reino Unido com 27 milhões de clientes. A nova empresa chama-se VodafoneThree e já é líder no mercado britânico, após o fecho desta transação avaliada em 15 mil milhões de libras (17,77 mil milhões de euros).

A fusão entre a Vodafone UK e a Three tinha sido anunciada em 2023 e mereceu a aprovação da Autoridade da Concorrência e dos Mercados (CMA) do Reino Unido em dezembro de 2024, embora sujeita a compromissos. Uma das promessas que ajudou a viabilizar o negócio foi o pacote de investimentos de 11 mil milhões de libras (cerca de 13 mil milhões de euros), para executar ao longo dos próximos dez anos, na melhoria da rede móvel 5G no país — que, segundo o grupo Vodafone, se tornará numa “das mais avançadas da Europa”.

Deste montante, a nova empresa — detida em 51% pelo grupo Vodafone e em 49% pela CK Hutchison, anterior dona da Three — planeia investir 1,3 mil milhões de libras (1,54 mil milhões de euros) já no primeiro ano após esta fusão. “Isto permitirá à empresa acelerar o desenvolvimento da sua rede”, refere a Vodafone num comunicado.

Por ordem do regulador da concorrência, as duas empresas tiveram de aceitar limites nos preços de um conjunto selecionado de tarifários por um prazo mínimo de três anos. Nesse período, ao nível grossista, terão ainda de praticar preços e termos contratuais predefinidos, para assegurar que os operadores móveis virtuais continuam a ter acesso a condições competitivas no mercado.

Ambas esperam que, ao fim de cinco anos, a contar a partir de agora, a combinação dos dois negócios permita gerar sinergias de 700 milhões de libras (829,6 milhões de euros) por ano, ao nível do investimento e de poupanças nos custos. Max Taylor, que era CEO da Vodafone UK, assume agora a liderança da VodafoneThree, que conta com Darren Purkis, que transita da Three, no cargo de CFO.

Com esta fusão entre a terceira e a quarta operadora em quota de mercado, o Reino Unido fica reduzido a três operadoras: a VodafoneThree, a BT/EE (maioritariamente detida pelo grupo indiano Bharti Televentures) e Virgin Media O2 (controlada a meias pela Liberty Global e pela Telefónica).

“Estamos ansiosos por dar início à construção da nossa rede e oferecer rapidamente aos clientes uma maior cobertura e qualidade de rede superior. A transação conclui a reformulação da Vodafone na Europa e, depois deste período de transição, estamos bem posicionados para o crescimento no futuro”, disse Martherita Della Valle, CEO do grupo Vodafone, citada num comunicado.

De acordo com o The Guardian, o sindicato Unite, um dos maiores do Reino Unido, estima que a fusão entre a Vodafone e a Three resulte na perda de 1.600 empregos. Um número que a Vodafone rejeita, argumentando que esta operação resultará na criação de mais emprego.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Plataforma para mapear ecossistema do empreendedorismo arranca este ano com 1 milhão do PRR

Projeto promovido pela Startup Portugal foi adjudicado no início deste ano à empresa Leadership Business Consulting, na sequência de um concurso internacional.

Uma nova plataforma para mapear o ecossistema de empreendedorismo nacional de forma mais fina deverá arrancar no final deste ano, tendo obtido um financiamento de um milhão de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“A Startup Portugal está a desenvolver uma nova plataforma de mapeamento do ecossistema empreendedor, com o objetivo de proporcionar uma visão mais granular, atualizada e acionável sobre o ecossistema. Esta plataforma pretende complementar abordagens existentes, como a da plataforma Dealroom e com dados públicos, permitindo uma análise mais fina e adaptada à realidade nacional e servindo como um ponto de entrada para o ecossistema português de empreendedorismo“, explica fonte oficial da Startup Portugal ao ECO.

“O lançamento da plataforma está previsto até ao final do ano, em linha com o calendário estabelecido e com o plano de execução em curso”, diz a mesma fonte. “O investimento rondará 1 milhão de euros, financiado por verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)”, diz ainda.

“O processo de contratação pública internacional foi amplamente participado, tendo recebido múltiplas propostas. O procedimento pré-contratual foi concluído com a adjudicação do projeto à empresa Leadership Business Consulting, em janeiro de 2025“, diz fonte oficial.

Qual o objetivo da plataforma?

A plataforma chegou a ter uma data de arranque apontada “desejavelmente” para 2023, ano em que estava previsto o lançamento do processo de concurso internacional, tal como o ECO noticiou em dezembro de 2022. A concretizar-se o novo calendário, a plataforma chega ao mercado dois anos depois do inicialmente antecipado.

Na época, a Startup Portugal justificava a necessidade da nova plataforma com a necessidade de apresentar um retrato mais detalhado da realidade do ecossistema nacional.

“Além daquilo que é público — capturado por notícias de órgãos da especialidade, informações muito valiosas para depois poderemos fazer a estatística e a caracterização do ecossistema — e que está a ser capturado pelos atuais fornecedores de informação, queremos ir mais além e fazer uma recolha de informação junto de entidades relevantes para o ecossistema, que agregam stakeholders, sejam eles investidores, incubadoras, tech companies ou outros, que nos vai permitir complementar a informação que já temos”, explicava António Dias Martins, diretor executivo da Startup Portugal.

“Isto tem de ser feito através de uma plataforma desenhada à nossa medida, que se alimente de fontes de informação muito variada, mais do que hoje, e que nos permita fazer uma curadoria, uma confrontação de dados, de modo a que o resultado final seja coerente”, reforçava na altura.

“Queremos que esta plataforma permita uma interação rápida e fácil entre stakeholders do ecossistema, nomeadamente, incubadoras, universidades e investidores, e seja um ponto de contacto, de estabelecimento de parcerias, de iniciativas comuns, que possam por via desta plataforma informática aproximar estas entidades”, concluía.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

PAF Advogados assessora venda da Clínica Oftalmológica das Antas a grupo espanhol Miranza

A venda da Clínica Oftalmológica das Antas ao grupo espanhol Miranza contou com a assessoria jurídica da PAF Advogados.

A PAF Advogados assessorou a venda da Clínica Oftalmológica das Antas ao grupo espanhol Miranza. Com esta operação, a Miranza entra no mercado português.

“Temos vindo a acompanhar todo o processo da parte da Clínica Oftalmológica das Antas, fazendo o due diligence, toda a parte contratual, encabeçando ainda todo o processo negocial. Esta operação representa não só um marco para a clínica, ao integrar um grupo internacional de referência, como também reforça a importância de um acompanhamento jurídico especializado e estratégico em processos de aquisição, em particular numa área tão sensível como a área da saúde. A nossa missão passou por assegurar que todos os interesses da clínica fossem devidamente protegidos, garantindo segurança, transparência e eficácia em todas as fases da transação”, refere em comunicado a sócia fundadora Cristina Alves de Freitas.

O grupo Miranza dedica-se à área dos cuidados oftalmológicos e bem-estar em Espanha e conta com mais de 20 centros localizados nas principais regiões do país. A entrada em Portugal é agora assinalada através da compra da Clínica Oftalmológica das Antas, que conta com mais de 20 anos dedicados aos cuidados oftalmológicos.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Pérez-Llorca entra na Colômbia através da integração da Gómez-Pinzón

Prevê-se que a integração esteja concluída nas próximas semanas, após a aprovação dos órgãos sociais de ambas as empresas.

A Pérez-Llorca assinou um acordo de integração com o escritório de advogados colombiano Gómez-Pinzón. Segundo o escritório, prevê-se que a integração esteja concluída nas próximas semanas, após a aprovação dos órgãos sociais de ambas as empresas.

Esta operação permitirá à Pérez-Llorca entrar no mercado colombiano com o objetivo de participar como assessor jurídico nos fluxos de investimento para a Colômbia provenientes de todo o mundo, em particular dos Estados Unidos, Europa, México, Ásia e outros mercados sul-americanos”, revela a firma em comunicado.

Com uma equipa de 120 advogados, a Gómez-Pinzón possui escritórios em Bogotá e Medellín. “A transação baseia-se no forte posicionamento e na trajetória da Gómez-Pinzón no mercado local, e contempla a incorporação dos seus sócios e de todos os seus profissionais na estrutura da Pérez-Llorca“, revelam.

Segundo Pedro Pérez-Llorca, sócio diretor da Pérez-Llorca, esta integração permitirá competir pela liderança na Colômbia e “consolidar” o escritório na região latino-americana. “Aspiramos, juntamente com a Gómez-Pinzón, construir um escritório que seja a escolha natural para os grandes clientes, tanto a nível nacional como internacional, nas suas transações mais complexas, litígios ou assuntos regulatórios”, nota.

Já o sócio diretor da Gómez-Pinzón, Mauricio Piñeros, a combinação da experiência e capacidade de ambos os escritórios permitirá um maior acompanhamento aos clientes em assuntos “mais complexos e transfronteiriços”. “Estamos convencidos de que esta integração marcará um ponto de viragem na evolução da prática jurídica na região”, refere.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Euribor a três meses cai para um novo mínimo desde final de 2022

  • Lusa
  • 2 Junho 2025

Esta segunda-feira, as Euribor caíram em todos os prazos: a três meses para 1,979%, a seis meses para 2,063% e a 12 meses para 2,057%.

A Euribor desceu esta segunda-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a sexta-feira, no prazo mais curto para um novo mínimo desde dezembro de 2022. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 1,979%, ficou abaixo das taxas a seis (2,063%) e a 12 meses (2,057%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,063%, menos 0,006 pontos.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,057%, menos 0,033 pontos do que na sexta-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2% desde 30 de maio passado, recuou para 1,979%, menos 0,016 pontos e um novo mínimo desde 8 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em maio, as médias mensais da Euribor voltaram a cair nos três prazos, menos intensamente do que nos meses anteriores e mais fortemente no prazo mais curto (três meses): desceu 0,150 pontos para 2,099% a três meses, 0,082 pontos para 2,120% a seis meses e 0,062 pontos para 2,091% a 12 meses.

Esta semana, em 5 e 6 de junho, em Frankfurt, realiza-se a próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e os mercados antecipam uma nova descida da taxa diretora, de 0,25 pontos, para 2%. A concretizar-se, esta descida será a oitava desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024 e, segundo os analistas, a última deste ano. Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o BCE desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Número de advogados em Portugal desce em 2024 para 38.581

Em 2024 estavam inscritos na OA 38.581 advogados, menos 1.484 do que em 2023. Mais da maioria são do sexo feminino, representando cerca de 57% da classe. Maior quebra foi nos estagiários.

O número de advogados inscritos na Ordem dos Advogados desceu em 2024. Segundo os dados provisórios divulgados pela Direção-Geral da Política de Justiça (DGPJ) do Ministério da Justiça, existem atualmente 38.581 advogados, menos 1.484 do que em 2023.

Dos 40.065 advogados contabilizados em Portugal em 2024, mais da maioria são do sexo feminino, totalizando cerca de 57%, ou seja 21.976 advogadas. Já advogados do sexo masculino foram contabilizados 16.605, ou seja cerca de 43% da classe.

No que concerne ao número de estagiários, em 2024 existiam 1.929, ou seja, cerca de 5% dos advogados inscritos. Um recuo de mais de 1.500 estagiários face a 2023, em que estavam inscritos 3.431. Também entre os estagiários o sexo feminino impera com 1.255 advogadas face aos 674 advogados.

Apesar de ao longo dos últimos anos este número ter vindo a crescer, em 2024 houve uma quebra do número de advogados inscritos. Segundo os dados, verifica-se apenas oito quebras no número de advogados inscritos nos anos de 1988, 1991, 1996, 2002, 2007, 2009, 2020 e agora em 2024. A maior quebra foi em 2007, em que estavam registados 22.345 advogados face aos 25.716 em 2006, ou seja, um decréscimo de 3.371. Mas esta descida teve uma razão: decorria o bastonato de Marinho e Pinto e por alguns meses desse ano houve suspensão de inscrição de advogados estagiários.

Quanto ao género, foi no ano de 2006 que pela primeira vez exerceram advocacia mais mulheres do que homens. Nesse ano contabilizaram-se 12.996 advogadas face aos 12.720 profissionais do sexo masculino. Desde então que o sexo feminino tem dominado a classe, com exceção do ano de 2008. Recorde-se que a advocacia esteve durante vários anos restringida às mulheres e só em 1918 é que viram assegurado o seu direito de acesso à profissão.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Produção da indústria portuguesa baixa 2,2% em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 2 Junho 2025

Produção industrial voltou a cair em abril, embora menos do que no mês anterior. Só o agrupamento da energia apresentou uma variação homóloga positiva.

O Índice de Produção Industrial registou um decréscimo homólogo de 2,2% em abril, após a descida de 5,4% no mês anterior, segundo os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Excluindo o agrupamento de energia, o indicador passou de uma quebra de 4,2% em março para um recuo de 3% em abril.

Evolução do Índice de Produção Industrial

Fonte: INE

No mês em análise, as indústrias transformadoras tiveram um decréscimo de 3,1%, que compara com uma descida de 4,8% em março.

De acordo com o gabinete estatístico, “todos os grandes agrupamentos industriais apresentaram melhores desempenhos, em termos homólogos, do que os observados no mês anterior”.

Enquanto os bens de consumo e os bens de investimento apresentaram “os principais contributos” para a variação do índice total (-1,1 e -1,0 pontos percentuais, respetivamente), originados por taxas de variação de -3,6% e -4,9%, na mesma ordem (-4,4% e -5,5% no mês anterior), o agrupamento de bens intermédios passou de uma queda de 3,1% em março para um recuo de 1,2% em abril, contribuindo com -0,4 pontos percentuais.

Já o agrupamento de energia foi o único com um contributo positivo, de 0,3 pontos percentuais, em resultado de uma taxa de variação de 1,5%, quando em março tinha caído 10,5%.

Em termos mensais, a produção industrial registou uma variação de 1,2% em abril, depois de ter caído 3,9% no mês anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.