A decisão sobre o que é o humano na equação não será preenchido pela IA
A talk "O Impacto da Inteligência Artificial no Panorama Jurídico, Regulatório e dos Negócios" contou com o advogado Jacinto Bettencourt e Mónica Moreira, sócio e managing partner da Deloitte Legal.
Mónica Moreira, managing partner da Deloitte Legal defende que a sociedade de advogados – por estar inserida na rede global Deloitte – “está numa situação privilegiada” para acompanhar os impactos da IA no panorama jurídico e empresarial. “As equipas estão dedicadas ao desenvolvimento de tecnologias próprias. Por outro lado tem equipas especializadas na análise e certificação de tecnologias. E por isso sentimos que damos um valor acrescentado”.
A talk “O Impacto da Inteligência Artificial no Panorama Jurídico, Regulatório e dos Negócios” – inserida na 8ª edição da Advocatus Summit – contou com o advogado Jacinto Bettencourt, sócio responsável pela área de prática Digital Business, Privacidade e Cibersegurança da Deloitte Legal, e Mónica Moreira, managing partner e sócia coordenadora da área de M&A da Deloitte Legal.
“Estes impactos já se falam há uns anos, e tem impacto na forma de trabalhar dos advogados está a mudar e vai mudar. E cada vez mais há ferramentas tecnológicas que nos dão maior eficiência e que acelerou exponencialmente na IA generativa. Mas é um processo em curso. Temos três pilares essenciais: ferramentas internas e na forma como trabalhamos e que tem a ver com a produtividade, temos a vertente de incorporação de tecnologia na prestação de serviços aos clientes e esses mesmos clientes querem saber disso e depois a terceira vertente que é acompanhar os clientes nos processos de transformação. Esta transformação está a acontecer a todos os níveis”, disse a advogada.
Jacinto Bettencourt, responsável pela área de prática Digital Business, Privacidade e Cibersegurança da Deloitte Legal, diz que esta realidade da IA é, por si só, multidisciplinar mas “ainda há muita indefinição, é uma realidade nova e não pode ser abordada exclusivamente do ponto vista jurídico ou sem o ponto de vista jurídico”.
O advogado disse ainda que “há uma dimensão que a IA não ocupará porque será ocupada pela contra IA: que é o campo do direito e aplicação do direito nas decisões judiciais. A decisão sobre o que é o humano na equação não será preenchido pela IA e porque não vamos querer. Porque vamos reagir em relação a isto. Não digo que não tentemos ir o mais longe possível mas inevitavelmente teremos o que tivemos no dia 28 de abril, um apagão. Vamos todos apanhar um susto e podemos não recuperar o controlo sobre as coisas. E temos de dar importância à dimensão humana”.
Mónica Moreira disse ainda que na Deloitte Legal têm acesso a bases de informação e muita formação e isso tem de acontecer. Tivemos nestes últimos meses formações para experimentação das ferramentas. Neste momento, ainda se exige muita revisão.
Veja aqui o vídeo na íntegra:
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Naquela que foi a sua 8ª edição, A Advocatus Summit realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.
O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.
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