“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente”

Na talk "Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado" estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado.

Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal realçou que um advogado crossborder tem de ser alguém com “audácia para sair da zona de conforto. Apesar dos países lusófonos serem muito próximos de Portugal, há uma forma de trabalhar diferente, de aplicar o direito. Acho que é importante gostar da novidade e não da monotonia. Há uma tendência de hiper especialização e nós aqui no departamento da África Lusófona fazemos de tudo um pouco. A especialização a mais torna-nos uns autómatos. Tem de saber lidar com os temas jurídicos diferentes. E em países que muitas vezes a legislação não existe ou não está bem feita”.

Na talk “Projetos Cross-Border e o Papel do Advogado” – a cargo da CMS – estiveram presentes como oradores Alberto Galhardo Simões, sócio de África Lusófona da CMS Portugal, e Lourenço Quintão, associado de África Lusófona da CMS Portugal.

Lourenço Quintão sublinhou o exemplo de Timor-Leste como muito exigente pelo fuso horário (oito horas de diferença) e “esse é um desafio de caráter físico e perseverança mental”. Do ponto de vista técnico, o que acaba por acontecer quando trabalhamos com estes países é que temos de arrecadar conhecimento de sistemas jurídicos que são diferentes entre eles. O advogado falou ainda na angariação de clientes nestes mercados: “no meu caso era mais fácil quando estamos a falar de clientes individuais como acontece na minha área de Fiscal”.

Alberto Galhardo Simões diz que o sistema jurídico mais desafiante e volátil foi o da Guiné-Bissau porque muitas vezes “as próprias autoridades não sabem o que está em vigor e isso é muito frustrante”. São Tomé e Príncipe também não é fácil: “há uns anos até era difícil imprimir os Diários da República”. Mas concluiu dizendo ainda que nos projetos multi jurisdicionais, a “complexidade dos problemas é tão grande que quando se encontra uma solução é satisfatório”.

“A vertente comercial de um advogado tem de estar presente. Todos os anos, a nossa equipa faz um plano de objetivos para o ano seguinte (somos uma equipa de 20 pessoas), que clientes são prioritários, que eventos vamos organizar”, disse, concluindo que a faturação deste departamento desde que chegou à CMS, há cinco anos, é de dois dígitos.

Veja aqui o vídeo na íntegra:

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A Advocatus Summit decorreu nos dias 29 e 30 de maio. Naquela que foi a sua 8ª edição, este ano o evento realizou-se no Auditório da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. José Luís Moreira da Silva, presidente da ASAP – Associação das Sociedades de Advogados de Portugal, fez a abertura. João Massano, bastonário da Ordem dos Advogados Portugueses e Eduardo Vera-Cruz Pinto, Diretor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, foram os responsáveis pelo encerramento.

Durante duas manhãs, reunimos alguns dos principais nomes da advocacia de negócios em Portugal para debater os grandes temas que moldam a prática jurídica: Fiscalidade, governance e compliance, investimento em Portugal, Cibersegurança e IA, Concorrência e direitos do consumidor, Agribusiness, smart cities e o papel do advogado em projetos cross-border.

O principal evento que liga a advocacia aos agentes empresariais e da economia é uma iniciativa ECO e ADVOCATUS que conta com o apoio de: Abreu Advogados, CMS Portugal, CS’Associados, Deloitte Legal, EY Law, Morais Leitão, Pérez-Llorca, PLMJ, PRA – Raposo, Sá Miranda & Associados, Proença de Carvalho, PwC Portugal, Sérvulo & Associados, SRS Legal, TELLES e Vieira de Almeida.

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