Sánchez afasta eleições antecipadas após suspeitas de corrupção no PSOE

Primeiro-ministro espanhol adiantou que vai pedir uma auditoria externa às contas do partido na sequência do escândalo que envolve membros do PSOE, que exigiriam dinheiro em troca de adjudicações.

O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, afastou esta quinta-feira a convocatória de eleições antecipadas no país, na sequência do escândalo que rebentou no PSOE sobre suspeitas de corrupção que já levaram à demissão do secretário do partido. Apesar de ter adiantado que não vai pedir eleições, o chefe do Governo espanhol pediu “perdão aos cidadãos” e anunciou uma auditoria externa às contas do partido.

Não haverá eleições antes de 2027, porque não se trata de mim, do Partido Socialista ou dos deputados do PSOE, trata-se de um projeto político que está a fazer bem ao nosso país“, afirmou o primeiro-ministro espanhol. “O que Espanha precisa agora é de estabilidade e certeza para continuar com as transformações sociais e económicas”, acrescentou, numa resposta à oposição.

O PP e o Vox pediram a Sánchez que se demitisse e pedisse eleições antecipadas, depois de terem vindo a público as suspeitas de corrupção no partido do primeiro-ministro.

Um relatório da UCO (Universidade Central da Catalunha) expôs um caso em que membros do partido – José Luis Ábalos, Koldo García e Santos Cerdán – teriam exigido dinheiro em troca da contratação de obras públicas. A investigação revela que eles teriam recebido 620.000 euros. Já a Guarda Civil alega ter “fortes indícios” da prática de dois crimes: participação em quadrilha criminosa e suborno.

O escândalo já está a fazer rolar cabeças no partido. O secretário do PSOE, Santos Cerdán, apresentou a sua demissão e mostrou-se disponível para dar todas as explicações perante o Tribunal Supremo, apesar de ter negado participar nas adjudicações ilícitas.

Por seu lado, o primeiro-ministro, na sede do PSOE, pediu desculpas e disse que “até esta manhã” estava convencido da integridade de Santos Cerdán. “Durante semanas e meses, circularam rumores sobre supostas investigações em andamento, mas não havia provas do envolvimento de Santos Cerdán no notório caso Koldo. Esta manhã, essas pistas surgiram, e são claramente muito graves, e é por isso que esta tarde pedi a renúncia de Santos Cerdán”, explicou Sánchez.

O líder do PP, Alberto Núñez Feijóo, considerou que o caso é “de extrema gravidade”, mas disse que o partido para já não está a considerar avançar com uma moção de censura. “Não vamos precipitar-nos”, disse.

(Notícia atualizada)

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