Trump avisa que gostaria de encurtar o prazo para novos acordos comerciais
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou que gostaria de encurtar o prazo de 9 de julho dado aos outros parceiros comerciais para chegarem a novos acordos.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, avisou esta sexta-feira que gostaria de encurtar o prazo de 9 de julho dado aos outros parceiros comerciais para chegarem a novos acordos.
“Podemos fazer o que quisermos. Podemos prolongá-lo, podemos encurtá-lo. Eu gostaria de o encurtar. Gostaria de enviar cartas a toda a gente: “Parabéns! Vão pagar 25%“, afirmou num evento na Casa Branca.
A China e o Reino Unido são os únicos dois acordos que já foram acordados.
“Estamos a entender-nos com os países, mas alguns vão ficar desapontados porque vão ter de pagar“, acrescentou o líder republicano, que na véspera já tinha deixado escapar que não iria fechar acordos com todos.
A Presidência norte-americana já tinha afirmado na quinta-feira que não considerava “crítica” a data de 9 de julho inicialmente fixada pelo Presidente para negociar novos acordos comerciais com os seus parceiros e evitar assim a aplicação das suas mal chamadas “tarifas recíprocas”.
“O prazo não é crítico. O Presidente pode simplesmente oferecer um acordo a esses países se eles se recusarem a fazer um acordo connosco antes do prazo, e isso significa que o Presidente pode escolher uma taxa tarifária recíproca que considere vantajosa para os Estados Unidos”, afirmou a porta-voz da administração, Karoline Leavitt, numa conferência de imprensa.
Quanto ao progresso das negociações comerciais, Leavitt tinha adiantado que o representante comercial dos EUA, Jamieson Greer, “está a trabalhar arduamente e tem tido discussões muito boas e produtivas” com vários dos principais parceiros comerciais de Washington.
Questionada na quinta-feira por um jornalista sobre o que irá acontecer depois de 9 de julho com a suspensão das tarifas, a porta-voz da Casa Branca respondeu que “essa é uma decisão que cabe ao Presidente tomar”.
Desde que regressou ao poder, a 20 de janeiro, Trump fez aprovar taxas globais que depois suspendeu parcialmente para dar tempo aos outros países de negociarem novos pactos comerciais com Washington.
Em 2 de abril, Trump anunciou as chamadas “tarifas recíprocas”, taxas de importação que variam entre 11% e 50% sobre dezenas de países com os quais os Estados Unidos têm défices comerciais.
Contudo, depois de os mercados financeiros se terem afundado com o receio de uma perturbação maciça do comércio mundial, Trump suspendeu as taxas durante 90 dias para dar aos países a oportunidade de negociar reduções nas suas barreiras às exportações dos EUA.
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