Exportações sobem 2,5% em maio impulsionadas pelas vendas para Espanha e Alemanha

O défice da balança comercial de bens atingiu 3,2 mil milhões de euros em maio, refletindo um agravamento de 935 milhões face ao mesmo mês do ano passado.

As exportações portuguesas de bens subiram 2,5% em maio, em termos homólogos, impulsionadas sobretudo pelas vendas para Espanha e Alemanha, de acordo com os dados divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Paralelamente, as importações aumentaram 12,1%, levando assim a um acréscimo do défice comercial.

O aumento homólogo da venda de bens portugueses ao exterior em maio veio contrariar a queda de 6% registada em abril, provocada nesse mês sobretudo pelos combustíveis. Segundo o organismo de estatística nacional, em maio, contudo, quando excluídas as transações com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, ou seja, sem transferência de propriedade, o aumento foi menos expressivo: 1,5%. Já quando descontado os combustíveis e lubrificantes, o acréscimo das exportações foi de 5,2%

Fonte: INE

Em termos de categorias de produtos, em maio, destacam-se o aumento de 13,7% das exportações de máquinas e outros bens de capital, sobretudo para Espanha e para a Alemanha, e de 11,3% do material de transporte. Em sentido contrário, as exportações de combustíveis e lubrificantes caíram 31,6%, sobretudo para os Estados Unidos, refletindo “descidas em volume (-14,5%) e nos preços (-20,1%)”.

No global, entre os principais parceiros económicos, as exportações para a Alemanha subiram 12,7%, para Espanha 7,1%, enquanto para França aumentaram 2,4% e para os Estados Unidos 2,7%.

Já as importações de bens cresceram em termos homólogos 12,1%, o que compara com a taxa de 2% registada em abril. No entanto, o INE destaca que quando excluídas as transações sem transferência de propriedade, a subida foi de 3,5%.

Entre as principais compras de bens ao exterior assinalam-se os aumentos de 31,3% das importações de fornecimentos industriais, maioritariamente produtos químicos importados da Irlanda e dos Países Baixos, correspondentes, sobretudo, a
transações com vista a trabalho por encomenda.

Salienta-se também o acréscimo de 26,3% das importações de material de transporte, sobretudo de automóveis de passageiros. Por outro lado, as importações de combustíveis e lubrificantes registaram uma quebra de 28,1%, “maioritariamente óleos brutos de petróleo, refletindo sobretudo descidas nos preços (-27,7%), dado que em volume se registou uma diminuição residual de 0,5%”.

Com esta evolução o défice da balança comercial de bens atingiu 3,2 mil milhões de euros em maio, refletindo um agravamento de 935 milhões de euros face ao mesmo mês do ano anterior.

(Notícia atualizada às 11h43)

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