Ricardo Parreira: “Hoje em dia sinto-me mais inútil, mas mais útil para mim”

  • ECO
  • 8:00

Fundador da PHC aos 23 anos, Ricardo Parreira reflete sobre liderança, gestão e tempo no 38.º episódio do podcast E Se Corre Bem?.

No 38.º episódio do podcast E Se Corre Bem?, o convidado é Ricardo Parreira, fundador da PHC, empresa que criou aos 23 anos e da qual se despediu recentemente. Um dos momentos centrais da conversa gira em torno da liderança: “Eu hoje em dia sinto-me mais inútil, mas mais útil para mim”, diz, defendendo que um verdadeiro líder deve capacitar a equipa ao ponto de se tornar dispensável. “Quando alguém era promovido a líder na PHC, a primeira coisa que eu lhe dava era um livro que se chamava A Arte de Ser Inútil, do Ricardo Vargas.

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A paixão pelo mundo dos negócios começou cedo. Com apenas seis anos, vendia desenhos à costureira. Mais tarde, um velho computador Spectrum levou-o a passar noites acordado a programar. Foi para um curso indicado pelo tio e pela avó, e o professor telefonou ao tio a dizer: “cuidado que este miúdo vai ser alguma coisa”. Foi aí que nasceu o impulso que levaria à criação da PHC.

Ricardo Parreira acredita que o valor está na ideia, mas também na execução, e que, atualmente, criar uma empresa de sucesso está mais ao alcance de todos. Ainda assim, aponta para a “mediania no mundo empresarial” e alerta para a falta de boas práticas: “A maior parte dos empresários são autênticos heróis, (…) mas não têm as boas práticas.” Defende a importância de expor os líderes a novas aprendizagens e conta que ele próprio viajava anualmente para os EUA com esse propósito.

O tempo é outro dos temas em destaque. “Todos nós temos 168 horas por semana. É muita hora.” A forma como se investe esse tempo, diz, deve estar alinhada com o valor que cada um lhe atribui. Delegar é fundamental, assim como evitar o controlo excessivo, que pode, paradoxalmente, levar ao erro.

Para Ricardo Parreira, o problema de Portugal não está no talento — “os portugueses são muito talentosos” —, mas sim na gestão. E embora critique o peso da carga fiscal, rejeita que sirva de desculpa para o insucesso: “Se há empresas que são um sucesso… Neste contexto, o que é que as diferencia? Práticas de gestão.”

Sem vontade de entrar na política, pois diz que “existe toda uma dificuldade à volta de fazer acontecer”, o empresário dá importância ao equilíbrio entre a vida pessoal e profissional. “Acho que temos que ter uma vida para além da empresa para depois voltar para a empresa com vontade”, diz.

Este podcast está disponível no Spotify e na Apple Podcasts. Uma iniciativa do ECO, na qual Diogo Agostinho, COO do ECO, procura trazer histórias que inspirem pessoas a arriscar, a terem a coragem de tomar decisões e acreditarem nas suas capacidades. Com o apoio do Doutor Finanças e da Nissan.

Se preferir, assista aqui:

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