Antiga fábrica de cerveja em Coimbra dá lugar a sede de empresa tecnológica
A Present Technologies espera que as obras possam estar concluídas no final de 2026, com uma reabilitação que pretende preservar a história do edifício “emblemático" ligado à cerveja.
A empresa tecnológica Present Technologies vai investir “vários milhões” para reabilitar o edifício que albergou a primeira fábrica de cervejas de Coimbra, na avenida Emídio Navarro, que passará a ser a sua nova sede.
A empresa tecnológica espera que as obras possam estar concluídas no final de 2026, com uma reabilitação que pretende preservar a história daquele edifício “emblemático e que sempre teve uma história ligada à cerveja”, disse à agência Lusa o cofundador da Present Technologies, Vítor Batista, referindo que o projeto reserva um espaço comercial e de restauração no rés-do-chão.
A empresa, que celebra 25 anos de existência, comprou o edifício há cerca de três anos, onde foi inicialmente instalada a primeira fábrica da Companhia de Cervejas de Coimbra, que mais tarde viria a mudar a sua produção para a zona da Pedrulha. O investimento, cujo valor concreto os responsáveis da empresa optaram por não divulgar neste momento, procura “dar resposta ao crescimento que a empresa tem tido nos últimos anos”, numa cidade onde “faltam espaços com esta finalidade”, disse Vítor Baptista.
“Gostávamos que fosse diferente, mas decidimos investir porque não tínhamos muitas alternativas”, afirmou. A operação de reabilitação urbana proposta para o edifício pela Present Technologias foi alvo de parecer favorável da Câmara de Coimbra na reunião do executivo de segunda-feira, para instrução de pedido de financiamento no âmbito de um instrumento que apoia este tipo de intervenções.
Segundo Paulo Martins, também cofundador da empresa, a Present Technologias está atualmente sediada no Instituto Pedro Nunes e precisava de mais espaço para crescer, considerando a zona da avenida Emídio Navarro, por onde passará futuramente o Sistema de Mobilidade do Mondego, “um local ideal”.
Para Vítor Batista, o facto de ficar com o SMM à porta e a facilidade de acesso assegura “melhores condições” de atratividade por parte da empresa, que tem tido um “ciclo de dez anos de grande crescimento”, com uma aposta na internacionalização.
“Nos últimos cinco a seis anos, tivemos um crescimento de 25% a 30% ao ano”, notou, referindo que o imóvel que irão reabilitar conta com um edifício na parte de trás que não será para já intervencionado, mas que o poderá vir a ser no futuro, caso a empresa, com cerca de 100 trabalhadores, continue a crescer.
“Queremos manter este ritmo de crescimento”, vincou, referindo que cerca de 70% a 75% da faturação é relacionada com mercado externo de uma empresa dedicada ao desenvolvimento de software, trabalhando para áreas tão distintas como o espaço, o setor financeiro, o setor automóvel ou a segurança. A empresa tem a maioria dos seus funcionários em Coimbra, mas também tem escritórios no Porto e na Sertã.
Assine o ECO Premium
No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.
De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.
Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.
Comentários ({{ total }})
Antiga fábrica de cerveja em Coimbra dá lugar a sede de empresa tecnológica
{{ noCommentsLabel }}