Mota-Engil, Teixeira Duarte e espanhóis na corrida à construção da linha Violeta do Metro de Lisboa

Mota-Engil, Teixeira Duarte e FCC Construcción lideram consórcios para a construção do metro ligeiro de superfície entre Odivelas e Loures. MasterStylo também concorre.

O Metropolitano de Lisboa recebeu quatro propostas para a construção, fornecimento de veículos e manutenção do metro ligeiro de superfície Odivelas Loures, conhecido como linha Violeta.

A Mota-Engil, Zagope e Spie Batignolles concorrem em consórcio e vão enfrentar um agrupamento português composto por seis empresas: Teixeira Duarte, Casais, Tecnovia, EPOS, Somafel e Jayme da Costa, informa o Metro de Lisboa. As propostas submetidas no concurso público foram abertas esta terça-feira.

A espanhola FCC Construcción surge à frente de um consórcio que integra a ainda a Contratas y Ventas, a Comsa, a Comsa Instalaciones Y Sistemas Industriales e o Fergrupo – Construções Técnicas e Ferroviárias.

Por fim foi recebida também uma proposta da MasterStylo – Eletricidade e Telecomunicações, Lda.

O concurso tem um valor de 600 milhões de euros, mais 150,2 milhões do que o anterior, que acabou por ser anulado. O reforço de 28% foi aprovado pelo Conselho de Ministros em março. Àquele montante somam-se 77,5 milhões de euros destinados aos custos com expropriações e assessorias ao projeto.

Além da construção da infraestrutura do sistema de metro ligeiro, o concurso inclui o fornecimento de 12 veículos Light Rail Vehicle bidirecionais, num montante máximo de 60 milhões de euros, e a manutenção da linha e das carruagens durante três anos.

O prazo de conclusão da obra foi adiado para 2029. Na resolução de Conselho de Ministros que lançou a obra, em novembro de 2023, previa-se que o sistema de transporte estivesse operacional até ao final de 2026, estendendo-se para 2027 algumas obras complementares.

A Linha Violeta, com 11,5 km de extensão, contempla 17 estações e um parque de material e oficinais. No concelho de Loures serão construídas nove estações que servirão as freguesias de Loures, Santo António dos Cavaleiros e Frielas, numa extensão de cerca de 6,4 km.

O concelho de Odivelas terá oito estações que servirão as freguesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto, Odivelas, Ramada e Caneças, numa extensão total de cerca de 5,1 km. As estações terão diferentes tipologias, sendo 12 de superfície, três subterrâneas e duas em trincheira.

O Metro de Lisboa estima que utilizem a linha cerca de 9,5 milhões de passageiros no primeiro ano, retirando cerca 3,8 milhões de viaturas individuais e 4,1 mil toneladas de CO2. O metro de superfície ligará a estação de Odivelas ao Hospital Beatriz Angelo em 9,5 minutos e ao Infantado em 16,5 minutos.

O projeto da Linha Violeta do Metro de Lisboa tem tido uma vida difícil. O primeiro concurso foi cancelado em novembro de 2024, depois da Mota-Engil e a Zagope terem apresentado propostas acima do valor base, “numa média de cerca de 28%”.

O atraso no projeto levou ainda a que fosse colocado fora do PRR. Segundo o Ministério das Infraestruturas, o financiamento passará a ser assegurado pelo “Banco Europeu de Investimento e pelo reforço da componente nacional do financiamento, através do Orçamento de Estado e do Fundo Ambiental”.

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