“Não sentimos muitos obstáculos para atrair talento” para o hub de Lisboa da Iterable, diz CTO

Samya DasSarma, chief technology officer da Iterable, esteve em Lisboa e faz o balanço da evolução do hub da unicórnio americana.

O hub de Lisboa da Iterable está já a desenvolver certas funcionalidades para a plataforma de marketing assente em IA do unicórnio americano, inclusive para o novo Agente IA, o Nova. É o único hub fora dos Estados Unidos com equipas de desenvolvimento tecnológico e de produto.

“Estamos a embarcar numa visão impulsionada pela IA para a empresa, chamada Nova. Nessa visão, há uma parte de experimentação, que permite aos nossos clientes realizar diferentes experiências na nossa plataforma usando IA. Essa camada de experimentação está a ser construída em Lisboa”, adianta Samya DasSarma, chief technology officer da Iterable, ao ECO.

Um projeto a ser acompanhado por Andrew Boni, cofundador da Iterable e até agosto CEO do unicórnio, altura em que dará lugar na presidência executiva da empresa a Sam Allen, assumindo como chief scientist.

De visita a Lisboa, o CTO não esconde o entusiasmo em torno do hub da companhia, o terceiro fora dos Estados Unidos e o único com equipas a fazer desenvolvimento tecnológico e de produto. Em setembro, altura em que assinala um ano, o hub deverá atingir as 25 pessoas. E está a recrutar.

“À nossa escala, não sentimos muitos obstáculos para atrair e reter talento neste momento. E atraímos talento não apenas de Lisboa e Portugal, mas também do exterior. Temos engenheiros vindos de diferentes países: Amesterdão [Holanda], Eslováquia e Ucrânia. Cerca de 20% da nossa equipa de engenharia são estrangeiros e 80% locais”, diz Samya DasSarma.

Samya DasSarma, Chief Technology Officer da Iterable, em entrevista ao ECO.Hugo Amaral/ECO

O objetivo é, daqui a “dois, três anos” atingir as 100 pessoas. O CTO não se mostra preocupado com um potencial impacto negativo da política mais restritiva de imigração e nacionalidade nos seus esforços de recrutamento. “Estou a prever um crescimento de mais 60-70 pessoas nos próximos dois anos. Há talento suficiente na União Europeia para que possa responder a isso“, considera.

Nem considera que o AI ACT que levou startups, VC e grupos de lobbying de tecnológicas a pedir a sua suspensãotenha particular efeito na capacidade da empresa colocar cá fora inovação, dentro dos parâmetros de regulação.

“Todas as empresas de tecnologia querem agir rápido e quebrar barreiras. E, às vezes, olhamos para esses requisitos de conformidade como atrapalhando a inovação. Acredito que esses requisitos são absolutamente necessários para proteger os consumidores e as empresas, os seus dados, a sua privacidade e tudo mais”, diz o CTO.

“Estamos a observar atentamente essas mudanças e estamos preparados no nosso pipeline de desenvolvimento para integrar essas políticas para que nossos developers não desacelerem, e possamos vender produtos às empresas que lhes permita permanecer dentro da conformidade”, afirma.

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