Imobiliário e construção ‘aguentam’ criação de empresas em Portugal

  • Joana Abrantes Gomes
  • 6 Agosto 2025

Entre janeiro e julho foram criadas 32.422 empresas, o que representa uma subida ligeira de 0,8% face ao período homólogo. Insolvências descem pela primeira vez em dois anos.

A constituição de empresas em Portugal aumentou 0,8% desde o início do ano até julho, tendo sido criados 32.422 novos negócios nesse período, mais 263 do que nos primeiros sete meses do ano passado.

Os dados divulgados esta quarta-feira pela Informa D&B revelam que o imobiliário (+22%) e a construção (+11%) foram os setores que lideraram a criação de empresas, num total de 697 e 410 novos negócios, respetivamente.

Com aumentos igualmente expressivos na constituição de empresas, destacam-se ainda as atividades de agricultura e pecuária (+26%; +209 constituições) e dos serviços de apoio às empresas (+3,4%; +147 constituições).

O setor dos transportes, por sua vez, registou a maior descida na criação de empresas (-24%), com menos 731 novos negócios do que os registados entre janeiro e julho de 2024. O retalho (-10%; -305 constituições) e os serviços gerais (-4,2%; -200 constituições) também tiveram decréscimos relevantes.

Fonte: Informa D&B

Por regiões, Norte (+2,9%; +286 constituições), Oeste e Vale do Tejo (+9,3%; +175 constituições) e Centro (+3,9%; +146 constituições) tiveram os maiores crescimentos face ao período homólogo, enquanto na Grande Lisboa (-2,8%; -272 constituições), no Algarve (-6,9%; -138 constituições) e na Península de Setúbal (-0,9%; -22 constituições) verificaram-se as maiores descidas, sobretudo em consequência da queda de novas empresas de transportes.

Já o número de encerramentos mantém a tendência de descida, com 5.963 empresas encerradas entre janeiro e julho. No acumulado dos últimos 12 meses, isto é, desde agosto de 2024 até ao final de julho deste ano, encerraram 13.478 empresas em Portugal, 14% abaixo dos 12 meses anteriores (-2.139 encerramentos).

A consultora assinala no mesmo estudo que a quebra neste indicador ao longo deste período é “transversal” a todos os setores de atividade, realçando, porém, o decréscimo de 20% observado no setor do alojamento e restauração (-355 encerramentos).

No que toca às insolvências, registou-se uma descida homóloga de 8,3% nos primeiros sete meses do ano, para um total de 1.156 empresas. Segundo a Informa D&B, “esta descida verifica-se após dois anos de aumentos consecutivos neste indicador”, concentrada especialmente na indústria (-30%; -108 insolvências), em particular do têxtil e da moda (-45%; -100 insolvências).

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