BBVA, Cox, Santander e Repsol, as multinacionais espanholas que lideram o investimento no México

Há apenas um mês, a multinacional de água e energia Cox anunciou a aquisição da Iberdrola México por 4,2 mil milhões de dólares, o que representa uma das maiores operações corporativas do ano até agora. No total, incluindo esta compra, a Cox investirá mais de 10,7 mil milhões de dólares até 2030 no México, tanto em ativos de energia (cerca de 4 mil milhões de dólares) como em ativos concessionados de água (cerca de 1,5 mil milhões de dólares).

Da mesma forma, a empresa apontou para a possibilidade de ampliar o investimento, coinvestindo em novos projetos de geração com a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) mexicana. A empresa dirigida por Enrique Riquelme destacou no anúncio a segurança jurídica dentro do novo quadro regulatório energético incluído no Plano México.

O presidente do BBVA, Carlos Torres, anunciou no final de maio um investimento de mais de 100 mil milhões de pesos até 2030 no país, cerca de 4,57 mil milhões de euros, durante a Reunião Nacional de Conselheiros Regionais 2025 do BBVA México, na qual ele enfatizou que “o México possui forças estruturais e vantagens competitivas para sair fortalecido neste mundo cada vez mais complexo”, referindo-se também ao Plano México. O presidente do BBVA lembrou igualmente que, desde 2023, o México consolidou a sua posição como principal parceiro comercial dos Estados Unidos, acima da China, e que em 2024 ampliou ainda mais essa distância.

Nesse sentido, a presidente do Banco Santander, Ana Botín, comprometeu-se a investir mais de 2 mil milhões de dólares nos próximos três anos no México, nação na qual a instituição financeira vê «mais potencial de crescimento, um dos países em que mais investimos e mais vamos investir», afirmou Botín durante o lançamento no país do Openbank, o banco digital do grupo, em fevereiro passado. Além disso, ela ressaltou que a instituição busca ser “o banco mais rentável e maior do país” e vinculou precisamente esse investimento ao Plano México, após se reunir com a presidente mexicana.

Por fim, a Repsol prevê destinar até 600 milhões de dólares para o desenvolvimento do Bloco 29, localizado em águas profundas do Golfo do México, em frente a Veracruz e Tabasco. Este projeto inclui os poços Polok e Chinwol, descobertos em 2020, e a empresa espera que a produção comece por volta de 2028. Estima-se que a produção possa atingir 60 mil barris por dia. Em 2024, a Repsol aumentou a sua participação para 65% do Bloco 29, após adquirir os 16,67% que pertenciam à Pttep.