Grupo Lufthansa tira poder às subsidiárias. Decisões centralizadas em Frankfurt

Empresa alemã, uma das interessadas na privatização da TAP, vai centralizar decisão sobre rotas, preços e estratégia de vendas das suas companhias aéreas 'premium'.

O Grupo Lufhansa pretende implementar uma nova estrutura organizacional mais centralizada a partir do próximo ano, assumindo o poder de decisão em temas que agora são geridos pelas subsidiárias.

Estratégia de vendas, definição do preço das passagens ou definição de rotas são algumas das competências que passam a ser definidas pela sede, segundo avança esta segunda-feira o jornal alemão Handelsblatt, que cita um memorando interno.

A decisão afeta o quarteto de companhias aéreas premium do grupo – Lufthansa, Swiss, Brussels Airlines e Austrian Airlines – que perdem autonomia de decisão nestas áreas. As marcas ficam responsáveis pela experiência a bordo, incluindo o catering.

A reestruturação cria quatro “Conselhos de Funções do Grupo” responsáveis pelas áreas de hubs aeroportuários, tecnologia, recursos humanos e financeira, que reportam à comissão executiva liderada por Carsten Spohr. A alteração faz parte do plano de restruturação com que o grupo espera conseguir lucros de 2,5 mil milhões de euros até 2028.

A nova estrutura organizacional do grupo Lufthansa passará a ser muito distinta em relação ao que acontece, por exemplo, no Grupo IAG, dono da British Airways ou Iberia, onde as diferentes companhias aéreas têm autonomia na escolha das rotas ou na definição da estratégia de vendas.

Na apresentação das contas, no final de julho, Carsten Spohr, reiterou o interesse da empresa alemã na privatização da TAP, afirmando que a transportadora aérea portuguesa continua a ser “uma opção interessante”, acrescentando que “não tem pressa” na operação. A prioridade da companhia é a integração da ITA.

O Governo aprovou em julho a reprivatização de 49,9% da TAP, incluindo 5% para os trabalhadores. O futuro investidor de referência poderá “influenciar de forma determinante a gestão da TAP”.

A Lufthansa registou lucros de 1,01 mil milhões de euros no segundo trimestre, mais do dobro dos 469 milhões alcançados no mesmo período do ano passado. As receitas cresceram 3% para 10,3 mil milhões de euros.

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