Lucro da Mota-Engil cresce 20% para 59 milhões de euros no primeiro semestre
Grupo de construção registou o melhor resultado de sempre nos primeiros três meses do ano. Carteira de encomendas atingiu os 14,7 mil milhões de euros.
O grupo Mota-Engil registou no primeiro semestre um resultado líquido de 59 milhões de euros, um crescimento de 20% face aos 49 milhões de euros registados em igual período de 2024.
De acordo com a nota enviada pela empresa à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), “este é o melhor resultado de sempre” da Mota-Engil num primeiro semestre do ano.
Já o volume de negócios do grupo atingiu os 2.745 milhões de euros, mais 0,5% que os 2.732 milhões de euros alcançados nos primeiros seis meses de 2024.
O grupo português do setor da construção e obras públicas, hoje com interesses e empresas em diversas áreas, alcançou no mesmo período um EBITDA (resultados antes impostos, gastos financeiros líquidos, amortizações e depreciações) de 448 milhões de euros, o que significa mais 13% face aos 396 milhões de euros registados nos primeiros seis meses de 2024 e “com melhoria de margem para 16%”, refere-se na mesma nota.
A carteira de encomendas do grupo atingiu os 14,7 mil milhões de euros nos primeiros seis meses de 2025, não incluindo contratos de 1,36 mil milhões de euros assinados depois de junho, esclareceu a empresa esta quarta-feira.
Com o grupo a evidenciar uma “tendência de crescimento sustentável, focada na rentabilidade”, tendo em conta o crescimento de 13% do EBITDA e de 26% no EBIT, e “geração de caixa”, com cash-flow proveniente das operações de 536 milhões de euros, um crescimento de 22%, a administração da Mota-Engil reafirma a concretização dos objetivos previamente ao delineado no seu Plano de Negócios, refere-se na apresentação de resultados enviada à CMVM.
Isto, de acordo com o documento, “motivará a apresentação de um novo Plano Estratégico até final do primeiro trimestre de 2026, com novos objetivos e ambições até 2030”.
Relativamente ao desempenho financeiro, o grupo também destaca o facto de ter reduzido a dívida líquida em 64 milhões de euros e de ter melhorado o rácio de dívida líquida/EBITDA, “uma tendência consolidada nos últimos anos, que concretiza a estratégia de crescimento sustentável alinhada com o reforço da solidez do balanço”, considera.
Já analisando o desempenho por áreas de negócios, a Mota-Engil realça o crescimento de 59% da faturação em África e no Ambiente, mais 15%, com o EBITDA dos negócios no continente africano “a registar um crescimento de 77%, impulsionado pela atividade nos seus mercados core e pela expansão do negócio de Engenharia Industrial de 87%”.
O que “coloca atualmente o Grupo Mota-Engil como líder nos serviços de contract mining no continente africano”, sublinha.
Quanto ao desempenho na Europa, de -18%, neste primeiro semestre do ano, a Mota-Engil diz que há a considerar o efeito da Polónia em 2024, um negócio alienado em setembro.
Porque “sem esse efeito [registou 79 milhões de euros de faturação a junho de 2024], a região teria registado um crescimento de 11% em base comparável, num mercado como o português penalizado pelos ciclos eleitorais e pelo atraso no lançamento de concursos de projetos relevantes”, refere.
No caso da América Latina, tal como transmitido pelo grupo no início do ano ao mercado, “o grupo registou uma descida da sua atividade em linha com o expectável, dada a conclusão de projetos relevantes, o que foi devidamente considerado no planeamento de 2025 com o início de novos contratos em África”. O que, segundo a Mota-Engil, “de forma global, reforçou a rentabilidade global do grupo”.
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