Medicamentos para emagrecer podem pôr seguros em risco no Reino Unido
Parte dos utilizadores considera os tratamentos como cosméticos ou auxiliares de estilo de vida. Mas para as seguradoras são medicamentos sujeitos a prescrição e têm de ser declarados.
Os britânicos que recorrem a medicamentos de emagrecimento e de diabetes como Mounjaro, Wegovy ou Ozempic podem ver os seus seguros de saúde e viagem comprometidos se não declararem a sua utilização às seguradoras. O estudo da Consumer Intelligence revela que mais de um quarto dos inquiridos não sabia que tinha de indicar estes fármacos como condição médica pré-existente quando adquirem um seguro, avança o Insurance Business.
Parte dos utilizadores considera os tratamentos como cosméticos ou auxiliares de estilo de vida. Mas para as seguradoras são medicamentos sujeitos a prescrição e têm de ser declarados. A omissão pode levar à recusa de cobertura em caso de sinistro.
Em 2024, as reclamações sobre seguros de viagem cresceram 19% no Reino Unido, segundo o regulador financeiro, com muitas ligadas à falta de divulgação de condições médicas. O problema ganha dimensão num país onde 1,5 milhões de pessoas já utilizam estes fármacos para diabetes e obesidade.
A declaração dos medicamentos pode encarecer o seguro – em média cinco libras por dia numa apólice de viagem para quem tem condições pré-existentes, contra três libras para quem não tem. Em alguns casos, as seguradoras podem mesmo recusar cobertura.
Empresas como a Admiral já publicaram orientações específicas, e a Associação de Seguradoras Britânicas recorda: ocultar informação pode anular a apólice. O setor reforça que a transparência é a única forma de garantir proteção efetiva para os clientes.
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