UE gasta menos com energia, mas importa quase o mesmo

No segundo trimestre deste ano, o valor gasto em importações de energia voltou a cair, mas o volume manteve-se quase intacto, sendo que ambos têm estado em declínio desde 2022.

No segundo trimestre de 2025, o valor gasto em importações energéticas por parte da União Europeia (UE) caiu quase 13%, face ao mesmo período de 2024, mas a quantidade de produtos importados “mal mudou”, indica o Eurostat.

Entre os dois trimestres homólogos, nota-se uma descida de 12,7% no valor despendido em importações energéticas, mas a quantidade de importações decresceu apenas 0,1%, sendo que esta é uma tendência que o gabinete de estatística europeu identifica como tendo vindo a arrastar-se desde 2022, o primeiro ano da crise energética. Olhando à comparação entre 2024 e 2023, os valores despendidos diminuíram 16,4%, quase o dobro da quebra na quantidade importada, que se ficou pelos 7,2%.

Em 2024, o valor gasto em importações energéticas pela UE cifrou-se em 60 mil milhões de euros, quando em 2023 rondava os 65 mil milhões e em 2022 tinha atingido os 70 mil milhões.

Na mesma nota, lançada esta segunda-feira na página do Eurostat, a entidade indica que os Estados Unidos foram o maior parceiro comercial da UE no segundo trimestre de 2025, no que diz respeito a importações de gás natural liquefeito e carvão. A UE importou dos Estados Unidos 57,7% do gás natural liquefeito que recebeu no trimestre.

Já no que diz respeito ao gás natural em estado gasoso e óleos petrolíferos, destacou-se a Noruega, contribuindo com uma fatia de 50,8% no gás, decorrente de uma subida de 7,2 pontos percentuais face ao trimestre homólogo.

Rússia enfraquece, mas mantém-se relevante no gás

As importações de gás natural no estado gasoso vindas da Rússia caíram oito pontos percentuais no segundo trimestre de 2025, para 7,8%, ou seja para praticamente metade. No que diz respeito a produtos petrolíferos, a Rússia já não está entre os sete principais parceiros comerciais da UE.

Ainda assim, no gás natural liquefeito, a Rússia é o segundo maior fornecedor, entregando 12,9% das importações da UE, a seguir aos quase 60% correspondentes aos Estados Unidos. No carvão, também não há referência à Rússia.

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