Aumento da dedução com rendas para 900 e 1.000 euros e descida do IRS para proprietários
O Conselho de Ministros vai aprovar esta quinta-feira novas medidas para promover habitação a preços moderados, anunciou o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou que, esta quinta-feira, será aprovado em Conselho de Ministros “um conjunto muito significativo e amplo de medidas na área da habitação, para promover habitação a preços moderados para os portugueses e, em particular, para a classe média”.
“Para os inquilinos”, o Governo vai aumentar a dedução à coleta de IRS dos encargos com rendas para 900 euros em 2026 e para 1.000 euros em 2027, nos contratos de habitação a preços moderados, revelou o chefe do Executivo esta quarta-feira durante o debate quinzenal, o primeiro da legislatura.
Neste momento, é possível deduzir 15% da despesa com rendas até ao limite máximo de 700 euros, valor que será tido em conta na declaração de IRS a entregar no próximo ano por referência às prestações pagas em 2025. Por proposta do PS, esse teto vai aumentar até 750 euros, em 2026, e 800 euros, em 2027.
Mas o Governo da Aliança Democrática (AD) vai alargar esse limite máximo até aos 900, no próximo ano, e 1.000 euros, em 2027, no caso de contratos de arrendamento a preços acessíveis. “Para os inquilinos, já em 2026 um aumento de 900 euros e em 2027 para 1000 euros de dedução à coleta de IRS dos encargos com as rendas de habitação a preços moderados”, enunciou.
Para os proprietários, o Governo vai reduzir o IRS “de 25% para 10%” nos contratos com renda acessível. Para além disso, Montenegro indicou que o Executivo vai acabar com as “mais-valias” pagas em sede de IRS das “habitações se o valor for reinvestido em habitação acessível” e avançar com “a simplificação dos licenciamentos, encurtando prazos e agilizando processos”.
De salientar que os contratos de longa duração já beneficiam de reduções de taxa de IRS, ao abrigo do pacote Mais Habitação, aprovado pelo anterior Governo de maioria absoluta socialista de António Costa.
“Estas medidas visam reforçar o programa Construir Portugal e complementam” as medidas aprovadas na semana passada, e que “incluem uma linha de financiamento do Banco Europeu de Investimento de 1.340 milhões para construção e renovação de 12 mil habitações para arrendamento“.
Na última semana, o Governo aprovou em Conselho de Ministros uma proposta de lei que isenta de fiscalização prévia do Tribunal de Contas (TdC) os contratos de financiamento para promoção, reabilitação e compra de imóveis para habitação acessível e a agilização da construção modular nas obras públicas.
A escusa de visto prévio abrange também financiamentos para alojamento temporário, incluindo a constituição de garantias a esse financiamento. E permite que as câmaras municipais possam recorrer a empréstimos no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em condições consideradas “mais favoráveis”.
O plano para a habitação estabelece também uma flexibilização das regras para construção modular (em módulos ou blocos) nas obras públicas. Para tal, o Governo deu ‘luz verde’ a um decreto-lei que altera o Código dos Contratos Públicos (CCP) para eliminar “obstáculos” ao recurso à construção modular nas empreitadas, nomeadamente a exigência de ser “estritamente excecional” e “necessariamente fundamentado”.
(Notícia atualizada às 15h51)
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