Exclusivo “Performance do Amália em português de Portugal é de facto sólida”

  • Tiago Alexandre Pereira
  • 24 Setembro 2025

O secretário do Estado para a Digitalização explica que o LLM português, Amália, será aplicado nos serviços da Administração Pública. "O Amália foi uma boa surpresa para mim".

Bernardo Correia, secretário de Estado para a Digitalização, durante a sua intervenção na primeira Talk .IA, uma iniciativa editorial do ECO
Bernardo Correia, secretário de Estado para a Digitalização, durante a sua intervenção na primeira Talk .IA, uma iniciativa editorial do ECOHugo Amaral/ECO

O secretário de Estado para a Digitalização, Bernardo Correia, garantiu esta quarta-feira que “a equipa de investigadores fantástica” que está a desenvolver o Amália “está a entregar” resultados, considerando ainda que o desempenho deste modelo de inteligência artificial (IA) “em português de Portugal é de facto sólida”.

O governante falava à margem da primeira Talk .IA, organizada no âmbito da Comunidade .IA, uma iniciativa editorial do ECO para discutir e promover o uso de inteligência artificial (IA) pelas empresas.

Falando sobre este projeto financiado pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Bernardo Correia explicou que o Amália tem sido uma “boa surpresa”, porque “a equipa que está por trás do Amália, os investigadores, a capacidade técnica que existe nos portugueses é fantástica”. O secretário de Estado destacou também que o desenvolvimento está a avançar conforme planeado e dentro do calendário previsto. A apresentação e disponibilização ao público da versão base está prevista para 30 de setembro, noticiou recentemente o ECO.

Os primeiros resultados do Amália, comparados com outros produtos de inteligência artificial de código aberto, mostram que “a performance do Amália em português de Portugal é de facto sólida e é isso que o produto tenciona fazer”, garantiu Bernardo Correia, que antes de assumir as atuais funções era o líder da Google em Portugal.

O Amália será introduzido na Administração Pública para a integração de tudo o que seja valorização da cultura e da língua portuguesa. É nesse contexto que, segundo o secretário de Estado para a Digitalização, o Amália será aplicado “transversalmente em todos os serviços que tenham por base valorizar a cultura portuguesa, valorizar a história, valorizar a educação, valorizar a capacidade do português de Portugal de se impor também como língua global”, explicou.

Contrariamente ao que era esperado, a “versão base” do Amália será mesmo disponibilizada ao público, avançou o ECO no início de setembro. A partir daí, qualquer entidade poderá utilizar o modelo, desde que tenha acesso a uma infraestrutura adequada. O ECO revelou também no início de setembro que o Amália não terá uma aplicação do tipo chatbot ao estilo do ChatGPT.

Na mesma ocasião, o secretário de Estado para a Digitalização traçou também o perfil do futuro diretor de sistemas e tecnologias de informação da Administração Pública, vulgarmente conhecido por CTO (referente a Chief Technology Officer) do Estado, dizendo que terá de ser alguém profundamente conhecedor dos meandros da Administração Pública. “Tem de ser alguém que saiba, que tenha o respeito do setor público. Tem de ser alguém que tenha uma grande capacidade técnica, tem de ser alguém que tenha uma grande capacidade de liderança”, explicou Bernardo Correia.

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