Empresa de Ponte de Lima dá espetáculo pirotécnico nos 50 anos de Angola. Marcelo chega hoje a Luanda

  • Lusa e ECO
  • 10 Novembro 2025

Desenvolvido pela centenária Pirotecnia Minhota em parceria com a subsidiária angolana Arte & Fogos, o espetáculo terá entre 12 e 15 minutos de duração, cobrindo cerca de 250 metros da Baía de Luanda.

O grupo Pirotecnia Minhota será responsável pelo fogo-de-artifício das comemorações dos 50 anos da independência de Angola, um espetáculo de 12 minutos, sincronizado com música, sobre a Baía de Luanda.

O projeto, desenvolvido pela empresa portuguesa em parceria com a sua subsidiária angolana Arte & Fogos, será um espetáculo piromusical, com fogo e som sincronizados ao ritmo da música escolhida pela comissão organizadora das celebrações. “É fogo-de-artifício sincronizado com música. A banda sonora foi escolhida pelo cliente e é uma surpresa”, explicou à Lusa André Duarte, sócio-gerente da Arte & Fogos.

O espetáculo terá entre 12 e 15 minutos de duração, cobrindo cerca de 250 metros da Baía de Luanda, e envolverá uma equipa de cerca de 20 técnicos, entre portugueses e angolanos. “São três dias de trabalho na marginal, mais uma semana de pré-montagem em armazém”, detalhou André Duarte.

O material utilizado foi produzido em Portugal e importado para Angola, sendo assegurada em Luanda a montagem, a programação e a execução técnica. “É tudo um trabalho feito tanto com os técnicos que vieram de Portugal como com os técnicos cá presentes em Angola”, referiu, acrescentando que a equipa envolve 20 pessoas.

A empresa de Ponte de Lima destaca ainda que serão utilizados diversos tipos de materiais e efeitos, sem repetições: “Temos os 12 minutos sem repetições. Ou seja, sempre materiais diferentes. Uma variedade muito grande de materiais, de cores, de efeitos”, disse.

Todo o perímetro será vedado, cumprindo a segurança exigida por lei. “Temos a presença da Polícia Nacional. Temos a presença dos bombeiros de Angola. Tudo isto foi feito de acordo com todas as autoridades competentes, para que o resultado final seja bom, seguro e bonito”, afirmou o representante da empresa portuguesa.

A Pirotecnia Minhota, empresa centenária minhota, que tem conta também com delegações na Madeira e em Angola, tem um longo historial no país africano. “O primeiro grande trabalho foi nos 30 anos de independência, o segundo nos 40, e o terceiro será agora nos 50”, recordou André Duarte.

Em Portugal, o grupo mantém também “uma presença consolidada com eventos durante todo o ano”, explicou o responsável, sublinhando que as épocas mais intensas são “a passagem de ano e os meses de verão, especialmente junho, julho, agosto e setembro”, sendo a Páscoa também um dos períodos de maior procura.

O responsável reconhece, contudo, que o setor tem enfrentado dificuldades devido às restrições impostas pelos incêndios florestais. “Temos tido nestes últimos anos algumas proibições com os incêndios, alguma dificuldade em Portugal (…). Este ano dificultou-nos muito o trabalho, tivemos muito trabalho cancelado”, lamentou.

Apesar disso, garante que a empresa não compromete a segurança nem atua fora das condições adequadas. “Nós fomos os primeiros a dizer que, se não existirem condições ou se realmente a época de incêndios estiver má, não queremos fazer, porque não queremos ser provocadores de tal. Só não queremos é que as proibições sejam feitas de uma maneira cega”, afirmou André Duarte.

A empresa reforça que todos os eventos “são feitos com segurança, em articulação com os bombeiros, a proteção civil e as autoridades competentes”, princípio que também orienta o espetáculo em Luanda.

Com uma ligeira inclinação para o mar, para refletir o fogo-de-artifício sobre as águas da Baía de Luanda, o espetáculo promete transformar a Marginal num cartão-postal das celebrações do meio século da independência angolana na noite de segunda para terça-feira.

Marcelo Rebelo de Sousa chega hoje a Luanda

O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, chega esta segunda-feira a Luanda para participar nas comemorações dos 50 anos da independência de Angola, cerimónia que reunirá mais de uma dezena de chefes de Estado e representantes estrangeiros.

De acordo com o programa oficial, Marcelo Rebelo de Sousa chega à capital angolana às 18:00, acompanhado pelo Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e por um deputado de cada grupo parlamentar da Assembleia da República

A visita, segundo uma nota divulgada pela presidência, “constituirá um momento muito significativo na relação de estreita cooperação e profunda amizade entre Portugal e Angola”.

Ainda esta noite, o chefe de Estado português terá um encontro com representantes da comunidade portuguesa residente em Angola, na residência oficial do embaixador, Francisco Alegre Duarte.

Na tarde de terça-feira, estão previstos encontros bilaterais de Marcelo Rebelo de Sousa, embora os detalhes do programa não tenham sido divulgados.

O ato central da independência realiza-se no dia 11 de novembro, entre as 09:00 e as 13:00, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, em Luanda.

O programa inclui a deposição de flores, entoação do hino nacional e discurso do Presidente angolano, João Lourenço, a outorga da medalha comemorativa dos 50 anos, na classe de honra, ao primeiro Presidente angolano, António Agostinho Neto, e um desfile militar e cívico seguindo-se um almoço oferecido aos convidados estrangeiros.

Estão confirmadas as presenças de 13 chefes de Estado e de Governo, incluindo os presidentes de Cabo Verde, José Maria Neves, de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, e os antigos presidentes de Moçambique, Joaquim Chissano e Filipe Nyusi.

Participam ainda dirigentes e enviados especiais de países africanos, asiáticos e do Golfo, como a Índia, o Quénia, a Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.

 

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