Trabalhadores da indústria automóvel lideram apoios europeus para encontrar novo emprego
Em 2023 e 2024, a Comissão recebeu sete pedidos de apoio do FEG de três Estados-membros (Bélgica, Dinamarca e Alemanha) e ofereceu apoio a 5.600 trabalhadores. Indústria automóvel lidera pedidos.
Mais de oito em cada dez (81%) trabalhadores que perderam o emprego encontraram um novo posto de trabalho 18 meses após terem recebido apoio do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), revela um relatório publicado esta sexta-feira pela Comissão Europeia. Maioria dos beneficiários trabalhavam na indústria automóvel.
Os dados baseiam-se nos relatórios finais de implementação das medidas do FEG, apresentados em 2023 e 2024, que abrangem o apoio a mais de 5.300 trabalhadores.
O relatório revela que, em 2023 e 2024, a Comissão recebeu sete pedidos de apoio do FEG de três Estados-membros (Bélgica, Dinamarca e Alemanha), oferecendo apoio a 5.600 trabalhadores que tinham perdido os seus postos de trabalho. Nestes dois anos, o Fundo investiu 16,4 milhões de euros em formação, procura de emprego e outras formas de apoio.
Seis pedidos estavam relacionados com despedimentos numa empresa, nos seus fornecedores e produtores a jusante e um referente a despedimentos na mesma região da Bélgica, lê-se no relatório. A possibilidade de combinar despedimentos na mesma região num único pedido, mesmo que afetem setores diferentes, foi introduzida no atual Regulamento, sendo que o pedido do setor de máquinas e papel de Limburg foi o primeiro a utilizar esta possibilidade. De acordo com os Estados-membros que pediram o apoio, cinco pedidos diziam respeito a uma crise empresarial (Alemanha e Dinamarca) e dois estavam relacionados com o comércio (Alemanha) e outras causas de reestruturação (Bélgica).
Por outro lado, o estudo releva que os pedidos se referiam a despedimentos em oito setores: automóvel, metais básicos, produtos alimentares, transportes terrestres, máquinas e equipamentos, papel, retalho e armazenagem e atividades de apoio aos transportes. “Houve dois pedidos para o setor do retalho e dois pedidos da Bélgica referiam-se a mais do que um setor”, precisa o documento.
A indústria automóvel apresentou o maior número de beneficiários previstos (2.397), seguida pelo setor dos metais básicos (835) e pelo retalho (786). Pela primeira vez, houve um pedido de apoio a trabalhadores deslocados no setor do papel.

“O Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização é crucial para ajudar os trabalhadores que perdem o emprego a reintegrarem-se no mercado de trabalho, incluindo muitos da indústria automóvel e de outros setores que estão a passar por grandes transformações”, sublinhou a Vice-Presidente Executiva para os Direitos Sociais e Competências, Empregos de Qualidade e Preparação, citada em comunicado. “Ao apoiar as pessoas na aquisição de novas competências, na procura de novos empregos ou na criação dos seus próprios negócios, o FEG dá-lhes uma oportunidade real de permanecerem no mercado de trabalho e de receberem um rendimento”, acrescentou Roxana Mînzatu.
Apesar de entre 2023 e 2024, só três Estados-membros terem pedido apoio, desde 2007, o FEG disponibilizou 719 milhões de euros em 185 casos de despedimentos em massa, oferecendo apoio a mais de 175.000 trabalhadores que perderam o seu posto de trabalho em 20 Estados-membros.
O objetivo deste fundo é ajudar os trabalhadores a adquirir novas competências, incluindo competências digitais, preparar-se para novas oportunidades de emprego através de mentoria, orientação profissional e apoio na procura de emprego, ou iniciar os seus próprios negócios.
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