Fundo que detém a Exponor atrai “diversos investidores nacionais e internacionais”

A C&W confirma ao ECO que recebeu “diversas propostas de investidores nacionais e internacionais” e que várias delas superaram as “expectativas”. Espera fechar o negócio na primeira metade de 2026.

A Cushman & Wakefield (C&W) recebeu “diversas propostas de investidores nacionais e internacionais” para comprar o património da Nexponor, gerido pela sociedade Insula Capital e do qual faz parte o parque de exposições da Exponor, em Matosinhos.

Terminado esta quinta-feira o prazo para a apresentação de propostas, a C&W confirma ao ECO que “foram recebidas diversas propostas de investidores nacionais e internacionais, em linha com o que [antecipava] e, em vários casos, superando as expectativas definidas em conjunto com a Insula Capital”.

 

“Estamos confiantes de que este processo terá um desfecho muito positivo para a cidade de Matosinhos, cuja conclusão prevemos para a primeira metade do próximo ano”, acrescentou a consultora imobiliária, sem querer detalhar o número de propostas e as quais as entidades que as apresentaram, assim como os valores oferecidos.

Além do parque de exposições, que inclui os pavilhões das feiras, o centro de congressos, um edifício de serviços e o parque de estacionamento, fazem ainda parte do património da Nexponor dois lotes de terreno para promoção imobiliária, numa área total de 180 mil metros quadrados em Leça da Palmeira.

Quando anunciou o início da comercialização, a C&W salientou que a Câmara de Matosinhos já aprovou em abril do ano passado o Pedido de Informação Prévia (PIP), que se “encontra em vigor”, para um mega projeto para aqueles terrenos. Além da modernização da Exponor, prevê um empreendimento de uso misto (serviços, comércio, turismo e habitação) com uma área bruta de construção acima do solo de 177 mil metros quadrados.

“A localização premium junto ao Porto de Leixões e ao Aeroporto Francisco Sá Carneiro, assim como o facto de ter uma capacidade construtiva considerável às portas da cidade, fazem desta uma oportunidade de investimento de elevada rendibilidade, ancorada na forte procura por espaços corporativos, turísticos e residenciais na Área Metropolitana do Porto”, referiu Manuel Magalhães, Head of Development na Cushman & Wakefield.

No mesmo comunicado, Florence Ricou, CEO da Insula Capital, falou neste ativo como “uma oportunidade excecional para um investidor entrar ou reforçar a sua posição no mercado português, através de um projeto com enorme visibilidade e relevância”. “Pela sua dimensão e caráter transformador, permitirá criar uma nova centralidade junto à cidade do Porto, com impacto positivo não apenas ao nível económico, mas também social e ambiental”, acrescentou o líder da sociedade gestora do fundo Nexponor.

A AEP mantém o interesse e que o plano em curso contempla que a Exponor permaneça integrada na esfera da AEP, garantindo a continuidade da sua operação e, em cenário possível, a manutenção da propriedade.

Luís Miguel Ribeiro

Presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP)

Liderada por Luís Miguel Ribeiro, a Associação Empresarial de Portugal (AEP) tem um contrato de arrendamento para explorar o parque de exposições até 2028 e nas últimas semanas voltou agora a mostrar-se interessada em participar numa “solução” para este espaço de feiras e negócios inaugurado em 1987 e que já acolheu mais de 900 feiras, 205 mil expositores e 13 milhões de visitantes.

Contactada esta sexta-feira pelo ECO, a associação empresarial reitera apenas que “mantém o interesse”, sublinhando que “o plano em curso contempla que a Exponor permaneça integrada na esfera da AEP, garantindo a continuidade da sua operação e, em cenário possível, a manutenção da propriedade”.

“É importante referir que este processo não coloca em causa a agenda de feiras e o normal funcionamento da Exponor”, acrescenta Luís Miguel Ribeiro.

Em 2023, quando foi eleito para um novo mandato à frente da AEP, o gestor prometeu “trabalhar para que a Exponor volte a ser propriedade” desta que é a mais representativa associação patronal nortenha – e que há uma década, quando acumulava um passivo a rondar os 100 milhões de euros, avançou com um plano de reestruturação para salvar a instituição da falência e que envolveu a entrega deste equipamento a um fundo imobiliário.

A constituição do fundo Nexponor, que passou a deter os terrenos e as instalações da Exponor em Leça da Palmeira, foi a principal peça do plano de reestruturação financeira aprovado pelos credores em 2013. A associação liderada então por José António Barros entregou a Exponor a este fundo imobiliário, uma operação que, através da conversão dos créditos da banca em unidades de participação, “limpou” o grosso do passivo bancário da AEP.

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