Clima económico volta às subidas e atinge máximos de 2019

Segundo o INE, os indicadores de confiança no clima económico aumentaram no comércio, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, tendo diminuído nos serviços. 

O indicador de clima económico aumentou em novembro, recuperando o movimento ascendente observado desde abril, mas que tinha sido interrompido no mês passado, para atingir máximos de maio de 2019, de acordo com os “Inquéritos de Conjuntura às Empresas e aos Consumidores” divulgados esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Em sentido inverso, o indicador de confiança dos consumidores recuou, após dois meses de subidas.

Segundo o gabinete estatístico, os indicadores de confiança aumentaram no comércio, na indústria transformadora e na construção e obras públicas, tendo diminuído nos serviços.

“O indicador de confiança do comércio aumentou nos últimos cinco meses, refletindo os contributos positivos de todas as componentes, perspetivas de atividade da empresa, opiniões sobre o volume de vendas e apreciações sobre as existências“, referiu o INE. É preciso recuar a janeiro de 2022 para obter um valor idêntico. O instituto de estatística adianta que também o indicador de confiança na indústria transformadora aumentou, após ter diminuído no mês precedente, “refletindo o contributo positivo das opiniões sobre a evolução da procura global e, expressivamente, das perspetivas de produção no último mês”. Apesar de persistir em terreno negativo, é o valor mais elevado desde março de 2023.

Por sua vez, na construção e obras públicas o indicador aumentou ligeiramente em outubro e novembro, refletindo o significativo contributo positivo das perspetivas de emprego, tendo a componente relativa às apreciações sobre a carteira de encomendas estabilizado. “Em sentido contrário, o indicador de confiança nos Serviços diminuiu no último mês, em resultado do contributo negativo das apreciações sobre a atividade da empresa e das perspetivas relativas à evolução da procura”, vincou o INE.

Evolução económica e situação financeira reduz confiança dos consumidores

A confiança dos consumidores, que diminuiu em novembro após ter aumentado nos dois meses anteriores. A evolução observada no último mês resultou dos contributos negativos das perspetivas sobre a evolução futura da situação económica do país, da situação financeira do agregado familiar e da realização de compras importantes por parte das famílias. Em sentido contrário, as opiniões sobre a evolução passada da situação financeira do agregado familiar registaram um contributo positivo, explicou o INE.

“O saldo das opiniões dos consumidores sobre a evolução passada dos preços diminuiu em novembro, depois de ter aumentado significativamente no mês anterior, enquanto o saldo das expectativas sobre a evolução futura dos preços diminuiu entre setembro e novembro, após os aumentos observados nos dois meses precedentes”, concluiu.

Zona euro mais confiante, mas abaixo da média de longo prazo

O sentimento económico subiu uns ligeiros 0,2 pontos em novembro, tanto na zona euro quanto na União Europeia (UE), mantendo-se em ambas abaixo da média de longo prazo, divulgou esta quinta-feira a Comissão Europeia.

De acordo com os dados divulgados pela Direção-geral dos Assuntos Económicos e Financeiros do executivo comunitário, o indicador se sentimento económico fixou-se, em novembro, nos 96,8 pontos na UE e nos 97 pontos na área do euro.

Bruxelas indica que, na UE, a subida da confiança nos setores dos serviços, do comércio de retalho e da construção foi compensada por um recuo na área da indústria.

A confiança dos consumidores, por outro lado, manteve-se praticamente estável de outubro para novembro.

Considerando as maiores economias da UE, o sentimento económico melhorou em Espanha (dois pontos), Itália (1,1), França (0,8) e Polónia (0,5), tendo diminuído ligeiramente na Alemanha e Países Baixos (-0,3 pontos cada).

A Comissão divulga ainda, no mesmo boletim, que o indicador de expectativas de emprego aumentou na UE 1,1 pontos para 98,8 e na zona euro 0,8 pontos para 97,8.

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