Putin admite terminar conflito na Ucrânia
"Se as tropas ucranianas abandonarem os territórios ocupados, cessaremos as hostilidades. Se não saírem, expulsá-las-emos pela força militar", disse o presidente russo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou esta quinta-feira que Moscovo cessará as hostilidades com a Ucrânia caso Kiev retire as suas forças dos territórios que a Rússia alega ter anexado. “Se as tropas ucranianas abandonarem os territórios ocupados, cessaremos as hostilidades. Se não saírem, expulsá-las-emos pela força militar”, declarou numa conferência de imprensa em Bishkek, capital do Quirguistão, onde está a realizar uma visita de Estado.
O líder russo não especificou se se referia apenas às regiões de Donetsk e Lugansk, no leste da Ucrânia, consideradas alvos prioritários pelo Kremlin, ou também às de Kherson e Zaporijjia, no sul. Em setembro de 2022, a Rússia reivindicou a anexação destes quatro territórios, que não controla totalmente.
A entrega por Kiev das regiões de Donetsk e Lugansk a Moscovo fazia parte do plano original de 28 pontos dos Estados Unidos para pôr fim à guerra na Ucrânia, que foi visto por muitos em Kiev como uma capitulação. O texto foi entretanto reformulado após consultas com a Ucrânia e os países da chamada “Coligação dos Dispostos”, onde a possibilidade de ceder território é uma questão volátil após quatro anos de invasão russa no país.
O enviado norte-americano, Steve Witkoff, é esperado em Moscovo na próxima semana para discutir o plano com responsáveis russos. Putin também reiterou esta quinta-feira que o seu país não tem qualquer intenção de atacar a União Europeia (UE), mas indicou que Moscovo tinha elaborado “medidas de retaliação” económicas em caso de apreensão dos bens russos congelados.
Tanto a UE como a Ucrânia têm defendido a utilização dos bens russos apreendidos para apoiar o país que tem sido fustigado por quatro anos de conflito, iniciado com a invasão russa em fevereiro de 2022. Atualmente, existem cerca de 210 mil milhões de euros em bens congelados russos na UE, principalmente na Bélgica, onde está sediada a Euroclear, uma das maiores instituições de títulos financeiros do mundo.
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